Para quem esta pensando em ir para a jornada mundial da juventude em 2016, em Cracóvia, na Polônia, coloco algumas observações que podem ser úteis.
Terra da irmã Faustina Kowalska, santa católica e impulsionadora da devoção à Divina Misericórdia. E de Karol Józef Wojtyła (Papa João Paulo II), foi bispo auxiliar (1958-1964) e Arcebispo de Cracóvia (1964-1978).
“Cracóvia é encantadora. Como não foi atingida por bombardeios na Segunda Guerra Mundial, muitos dos seus prédios são originais, o que faz a visita à cidade ser uma volta no tempo. Bastante compacta, Cracóvia pode ser perfeitamente explorada a pé. Estive lá no inverno de 2013 (mês de fevereiro) e, apesar dos dias mais curtos, foi possível conhecer bem as principais atrações em três dias.
O centro histórico de Cracóvia – a Cidade Velha ou Stare Miasto - é cercado por uma muralha fortificada que abriga no seu interior os principais pontos turísticos. Meu hotel era bem próximo ao portão principal da muralha (Portão de São Floriano), que dá acesso a Rua Florianska, onde ficam várias lojinhas e restaurantes. Ao percorrer a Rua Florianska, chega-se à Praça do Mercado (Rynek Główny), que tem a fama de ser a maior praça da Europa – e é realmente linda.
A Praça é dividida ao meio pelo prédio do Mercado, construído na época medieval. Em seu interior, há várias lojinhas de souvenires e artesanato – basicamente, podem ser encontradas peças de madeira, bijuterias e joias de ambar e pratos pintados (tudo de muito bom gosto).
Mercado - Na Praça do Mercado há também a Torre da Prefeitura, vários cafés e restaurantes charmosos e a escultura em bronze Eros Bendato (ou “Eros Vendado”), de Igor Mitoraj, que é também um dos ícones da cidade.
Na Praça do Mercado, fica também a belíssima Igreja de Santa Maria. Ela foi construída no século XII e recebeu várias adições ao longo dos tempos, como a torre esquerda, onde fica o relógio. Se você estiver por perto, ouvirá a cada hora cheia o som de um trompete. Reza a lenda que se trata da homenagem a um famoso trompeteiro local que foi atingido e morreu ao anunciar uma invasão mongol há alguns séculos.
Uma coisa interessante na Igreja de Santa Maria é que você pode pagar uma taxa adicional ao ingresso para fotografar o seu interior (sem flash, é claro) – você ganha um adesivo que deve ficar preso à roupa para poder circular com a câmera e registrar quantas fotos quiser.
Um dos destaques da Igreja de Santa Maria é uma impressionante peça de altar com 12m de altura, criada por Veit Stoss. O teto azul com estrelas douradas também é belíssimo.
Ao redor da muralha da Cidade Velha também existe uma grande área arborizada bastante agradável, que no inverno fica toda branquinha e é excelente para uma caminhada. No seu subsolo, há banheiros públicos limpíssimos.
Outro ponto turístico imperdível é o Monte Wawel, que pode ser alcançado através de uma rampa e fica bem próximo à Cidade Velha.
No Monte Wawel fica a famosa Catedral de Cracóvia (fundada em 1020). Ao longo do tempo, ela foi sofrendo vários acréscimos, por isso podem ser vistas várias torres em seu entorno. Nessa Catedral, o Papa João Paulo II celebrou sua primeira missa como sacerdote em 2 de novembro de 1946. E logo à sua frente há um monumento em sua homenagem.
Também no Monte Wawel fica o Castelo Real (Crácóvia foi a capital da Polonia até 1609, quando a Corte e o Parlamento foram transferidos para Varsóvia). Ele foi ocupado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e totalmente restaurado no século XX.
Logo atrás das muralhas do Castelo Real, fica o Rio Vístula. É possível passear às suas margens e se sentar um pouco para apreciar a paisagem (no inverno, é claro, isso não é possível, porque os banquinhos estão cobertos de neve).
Há também o Bairro Judeu, no distrito de Kazimierz, onde no início da 2ª Guerra Mundial viveram cerca de 70 mil judeus. Os nazistas os transferiram para um gueto do outro lado do rio Vistula, de onde foram deportados posteriormente para os campos de concentração.
Um museu que vale muito a pena ser visitado em Cracóvia é a Fábrica de Esmaltados de Oskar Schindler – sim, é aquele personagem do filme “A Lista de Schindler”, de Steven Spielberg. Ele fica no coração do gueto para onde a comunidade judaica foi transferida em 1941, conta em detalhes o dia a dia dos moradores ao longo da Segunda Guerra Mundial e mostra as atrocidades cometidas pelo nazistas contra a população. Imperdível!
Outra dica em Cracóvia é a Galeria Krakowska: um shopping center com várias opções de restaurantes, cafés e lojas de marcas mundialmente conhecidas (uma boa oportunidade para aproveitar os excelentes preços da Polônia). No inverno, é uma excelente parada pra quem deseja se esquentar um pouquinho.
Cracóvia é também um excelente ponto de partida para a visita aos campos de concentração nazistas de Auschwitz e Birkenau (excursão de um dia inteiro) e também para conhecer a Mina de Sal de Wieliczka (excursão de meio dia).
Curiosidades sobre Cracóvia
- Em Cracóvia, Mikołaj Koperniko (Copérnico) propôs pela primeira vez que o Sol, e não a Terra, era o centro do sistema solar.
- De acordo com o “Índice do Mochileiro de 2013″ (Backpacker Index) do site Price of Travel, Cracóvia é uma das cidades mais baratas do mundo para se fazer turismo – fica em 17º lugar em uma lista com 116 localidades.
- A ideia de criar a Jornada Mundial da Juventude partiu do próprio João Paulo II, após um encontro com jovens em 1984. No ano seguinte, houve nova reunião, e a data foi celebrada pela ONU como o Ano Internacional da Juventude. A primeira edição oficial da JMJ ocorreu em Roma, em 1986.”
- A cidade conta com aproximadamente 499 hotéis credenciados.
Saindo do Brasil, teremos que fazer uma ou duas escalas até Cracóvia. Com um preço de passagens aéreas hoje, de ida e volta, em média de R$ R$ 4352,37 pela Lufthansa. Pela TAM a passagem já fica em torno de R$ 6054,95 ; a TAP chega a R$10150,73 e a Air France R$ 11085,95. Portanto será necessário pesquisar com bastante antecedência e fazer a compra assim que encontrar alguma boa promoção.