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terça-feira, 30 de abril de 2013

Cortesia na escola, emprego e comércio

Nesses ambientes, precisamos ter muito cuidado com a cortesia. Ela  já deve ser ensinada, treinada e praticada em casa, para que se torne  mais fácil praticá-la exteriormente.

1 - Ao entrar e sair de uma aula, do trabalho, ou de qualquer ambiente social, cumprimentar quem está presente. Isso serve para todos os níveis, desde a gentil moça que serve café até o chefão máximo. Todos rendem mais quando são tratados como pessoas importantes, e são realmente.

2 - Atenção às aulas:– demonstrar interesse, e só fazer perguntas condizentes ao assunto que está sendo esplainado. Apresentar bem os trabalhos escolares; para no futuro, no trabalho, não sofrer a vergonha de ouvir do chefe sobre o estado do nosso trabalho, a higiene e a apresentação.

3 - Ensinar a não riscar paredes, carteiras, tudo que for de uso público.
Tratar bem os colegas, como gostamos de ser tratados. E respeitar o professor, ele não é seu coleguinha, nem seu pai. Não se deve descarregar nele frustrações domésticas.

4 - Cuidar do silêncio, tanto na aula como no trabalho. Manter o bom trato, evitar piadas de mau gosto. Lembrar que uma piada deve agradar a quem faz e a quem ouve.

5 - Importar-se com a pontualidade, com a coerência de atitudes e opiniões, com a temperança no trato geral. Quem trabalha no comércio, precisa saber lidar com o público, ser solícito, sem ser chato; oferecer ajuda; mostrar caras simpáticas, sorridentes; ter paciência, principalmente se o cliente experimentar muitas peças e não levar nada.

6 - O cliente também deve obedecer às regras de cortesia: não ser grosseiro com o vendedor, não ficar horas numa loja, fazendo o outro perder tempo, se não vamos comprar nada. Agradecer e também  ter caras alegres.

Essas atitudes vão educando os nossos filhos, e é um treinamento para o futuro de cada um. Conseguir se dominar para não se deixar levar pela irritabilidade vai nos preparar para evitarmos a cometer vários atos descorteses.

Vamos ser naturais, sem grandes afetações, para não irmos de um extremo ao outro: Nem parecer hipócritas e bajuladores, nem sermos grosseiros e desagradáveis, deixando-nos levar pelo sentimento do momento.

Melhorar no trato, na simpatia e nos bons modos tornarão nossos filhos pessoas mais sensíveis em relação aos outros, percebendo, suas necessidades.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Coleta de lixo – um sonho para o Brasil

Em várias cidades europeias, já existe uma coleta de lixo inteligente. Só vendo o pequeno filme abaixo, para entender melhor o novo sistema.

Uma solução para as cidades grandes, onde os caminhões de coleta atrapalham o trânsito a qualquer hora do dia e da noite, e deixam por muitas horas os lixos acumulados nas calçadas, servindo para os cachorros de ruas rasgarem e espalharem tudo.

Com esse sistema inovador, acabaram-se as latas de lixo, os lixos nas calçadas e os caminhões barulhentos nas ruas. Tudo segue seu curso através de tubos e coletores instalados em vários pontos das cidades. O material é triturado e prensado em mini usinas, e depois enviados a uma central, onde será reciclados ou descartados, conforme sua especificação.



Confira mais sobre a iniciativa na matéria de Marcos Losekann, veiculada no Jornal Nacional.

                                                   Sugestão de Patricia Carol

domingo, 28 de abril de 2013

Filmes que estão passando - O LADO BOM DA VIDA - O QUARTETO

O LADO BOM DA VIDA
Comédia dramática, de 2012,  com 122 minutos.
Indicação: 14 anos
Conquistou OSCAR de melhor atriz para Jennifer Lawrence

Na trama, o Prof. Pat (Bradley Cooper) sai de um hospital psiquiátrico após internação de 8 meses. O encontro casual com Tiffany (Jennifer) alterará sua rotina de obsessões. Ela ficou viúva e caiu na boca do povo por sua promiscuidade. A primeira metade do filme mostra-se bem afiada, pelo registro psicológico de duas pessoas problemáticas, sem travas na língua, mas logo o drama e o humor negro dão lugar ao romantismo.

Não recomendamos para menores de 16 anos, apesar da censura ser para 14anos. O filme
é bastante pesado.

O QUARTETO
 “O QUARTETO”
Comédia dramática, com Dustin Hoffman na direção.
Inglaterra, 2012, 98 minutos
 Indicação: 12 anos

É uma estória que envolve músicos e cantores líricos, estrelada por um time de grandes atores. A ação se desenrola em uma casa para músicos aposentados na Inglaterra. O local corre risco de fechar por falta de financiamento; então, os moradores decidem preparar um espetáculo em homenagem a Giuseppe Verdi. Amigos de palco no passado, Reggie (Tom Courtney), Wilf (Billy Connolly) e Cissy (Pauline Collins) topam recriar o quarteto da ópera  Rigoletto.

O mais difícil seria convencer Jean (Maggie Smith) a participar junto. Diva de outrora, essa prima-dona, antes irredutível, muito a contragosto volta a cantar.

Pela grande sensibilidade no tratamento da fragilidade física e emocional na idade avançada dos participantes, vê-se o talento promissor de Hoffman como diretor.

                                       Patricia Carol

sábado, 27 de abril de 2013

The Green Leaves Of Summer

The Brothers Four

Wo... wo...
A time to be reaping (Um tempo para colher)
A time to be sowing  (Um tempo para semear)
The green leaves of summer
Are calling me home " (…)
A time just for planting   (Um tempo só para plantar)
A time just for ploughing (Um tempo só para arar)
A time to be courting
A girl of your own "


Essa é uma música antiga (mais antiga do que eu, mas eu ouvi, gostei e gravei na minha memória afetiva musical. Hoje ela voltou nas palavras de um texto, palavras diferentes da letra, mas o cérebro humano faz associações inusitadas, ainda bem.

E fiquei pensando na nossa pressa em viver, em desfrutar de tudo rapidamente, em ter nossos problemas e dores solucionados no tempo digital. Contudo, há um tempo para cada coisa, como diz a música. Faltou dizer que há um tempo para fertilizar a terra – com paciência, amor, detalhes de carinho, e para regá-la também, muitas vezes, mais do que gostaríamos, com nossas lágrimas.

Quando queremos ser donos do tempo, apressá-lo, desesperançar porque ele não anda, ou corre, no compasso dos nossos desejos precisamos entender que Alguém sempre está a nosso lado, e nos fala: “Vamos viver este dia, filha, juntos! Vamos nos conservar unidos pelo trabalho, orações, eucaristia, prazeres e dissabores cotidianos. E, como Meu Amor sempre se renova a cada dia, hoje lhe trará uma inesperada surpresa, uma lufada de alegria e paz!”

“Eis que eu faço novas todas as coisas (Ap. 21,5)

                                                       Maria Teresa Serman

sexta-feira, 26 de abril de 2013

EmContando – 31 - A Importância dos Contos de Fadas na Educação Infantil

Li  e ouvi bastante   a respeito desse assunto, mas para falar dele,   de maneira simples mas precisa, escolhi  as professoras Fanny Abramovich  e Vera Teixeira de Aguiar que muito melhor   transmitirão  o  imenso valor que essas histórias  representam no desenvolvimento emocional de nossas crianças. 

OS CONTOS DE FADAS VIVEM ATÉ HOJE ...

Quem lê “Cinderela” não imagina que há registros  de que esta história já era contada na China, durante o século IX A.C.. E, assim como tantas outras, tem se perpetuado há milênios, atravessando todas as geografias, mostrando toda a força e a perenidade do folclore dos povos.

Por quê? Porque os contos de fadas estão envolvido
s no maravilhoso, um universo que detona a fantasia, partindo sempre de uma situação real, concreta, lidando com emoções que qualquer criança já viveu ... Porque se passam num lugar que é apenas esboçado, fora dos limites do tempo e do espaço, mas onde qualquer um pode  caminhar ... Porque as personagens são simples e colocadas em inúmeras situações diferentes, onde têm que buscar e encontrar uma resposta de importância fundamental, chamando a criança a percorrer e a achar junto uma resposta sua para o conflito ...  Porque todo esse processo é vivido através da fantasia, do imaginário, com intervenção de entidades fantásticas (bruxas, fadas, duendes, animais falantes, plantas sábias ... ).

Ou, como bem explica Vera Teixeira de Aguiar: “Os contos  de Fadas mantêm uma estrutura fixa. Partem de um problema vinculado à realidade (como estado de penúria, carência afetiva, conflito entre mãe e filho), que  desequilibra a tranquilidade inicial. O desenvolvimento é uma busca de soluções, no plano da fantasia, com a  introdução de elementos mágicos (fadas, bruxas, anões, duendes,  gigantes etc.) A restauração da ordem acontece no desfecho da narrativa, quando há uma volta ao real. Valendo-se desta estrutura, os autores, de um lado, demonstram que aceitam o potencial imaginativo infantil e, de outro transmitem à criança a idéia de  que ela não pode viver indefinidamente no mundo da  fantasia, sendo necessário assumir o real, no momento certo”.
Por lidar com conteúdos da sabedoria popular, com
conteúdos essenciais da condição humana, é que esses contos de fadas são importantes, perpetuando-se até hoje ...

Fanny Abramovich, em Literatura Infantil – Gostosuras e Bobices  Editora Scipione  5ª Edição 1995
Vera Teixeira de Aguiar, em posfácio da coleção Era uma Vez (Contos de Grimm), com bibliografia de apoio para professores, Porto Alegre, Ed. Kuarup

Obs.: Na próxima semana, farei chegar a vocês a opinião de um famoso psicólogo infantil, já falecido. Bruno Bettlelheim  analisa e   aprofunda o assunto sobre qual  refletimos hoje. Não percam. É matéria para discussão.

                                                           Agnes G. Milley

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O resgate de S.Tomé

Reproduzimos aqui um texto muito interessante e revelador sobre um santo que, infelizmente, só ficou como símbolo da incredulidade. Não podemos colocá-lo na íntegra, mas recomendamos com ênfase que leiam até o fim, acessando o link. É muito bom!

Coração valente

São Tomé é uma figura que costuma ser apresentada como símbolo do ceticismo: Já há até uma frase feita: “Ver para crer, como Tomé”. E, no entanto, Tomé é um dos personagens mais comoventes do Evangelho. Vamos procurar compreender, nesta meditação, que, em boa parte, Tomé é um injustiçado. Como é que era mesmo Tomé na realidade? Que nos diz dele o Evangelho?

Para começar o “resgate” de Tomé (que resgata os bons exemplos que nos dá), é preciso dizer que, dele, sabemos uma coisa certa, e é que foi um dos idealistas que, deixando todas as coisas, seguiram Jesus. Portanto, confiava em Jesus, acreditava nele – senão, não teria largado tudo e apostado nele – ; além disso, tinha-lhe amor, pois ninguém se entrega nas mãos de uma pessoa que lhe é indiferente; e era generoso.

Logicamente era humano, e, portanto, tinha fraquezas como, aliás, todos os Apóstolos, como todos nós. Mas, antes da Paixão de Jesus, o Evangelho mais nos mostra nele fortaleza que fraqueza. Refiro-me àqueles momentos críticos – pouco antes da Paixão – , em que Jesus já era perseguido de morte em Jerusalém e teve de retirar-se para além do Jordão, juntamente com os Apóstolos, porque ainda não tinha chegado a sua hora. O que lá aconteceu é tocante…

Naquele lugar retirado, Jesus recebeu o recado de Marta e Maria, pedindo-lhe que fosse de novo a Jerusalém (a Betânia, pertíssimo de Jerusalém), porque seu irmão Lázaro estava muito doente: Senhor, aquele que amas está enfermo. Jesus, no entanto, deixou-se ficar ali ainda dois dias. Mas, de repente, disse: Voltemos para a Judéia. Isso assustou os discípulos: Mestre – disseram-lhe –, há pouco os judeus te queriam apedrejar, e voltas para lá? Jesus não ligou, e disse-lhes abertamente que Lázaro já tinha morrido, mas –acrescentou – vamos a ele. Todos ficaram gelados, pensando que aquilo era pôr-se na boca do lobo…

Todos menos um! Tomé! Só ele, cheio de coragem, foi capaz de dizer aos seus condiscípulos: Vamos também nós, e morramos com ele! Estava disposto a morrer com Jesus, por Jesus. Como vemos, no coração de Tomé não há nada de covardia, nem de dúvidas, nem de vacilações.

Coração sincero

E ainda há outro traço do caráter de Tomé que o Evangelho põe em relevo, Tomé era um homem que era sincero e gostava da objetividade. Não era daquele tipo de homens que são “objetivos” só para pôr dificuldades, tirar o corpo e dizer que não dá (“sou realista”, dizem, e, na realidade, são pessimistas ou comodistas). Ele gostava da objetividade para entender melhor as coisas e, assim, poder agir melhor e resolver melhor os assuntos. Isso não diminuía nem um pouco a fé que tinha em Jesus. Tomé unia a fé ao realismo, um binômio excelente em si mesmo…, mas que pode desequilibrar-se, e então se torna perigoso (como logo veremos). É algo que fica bem claro na Última Ceia.
........
Deus – por assim dizer – “desafia-nos” a viver de esperança, a saber esperar do seu amor coisas grandes que não vemos, coisas que nos parecem impossíveis, mas que Ele nos quer dar. Mesmo diante das maiores dificuldades, todos podemos dizer com São João: Nós conhecemos o amor de Deus, e acreditamos nele.

O “realismo” cristão está feito de fé, de audácia e de magnanimidade. O nosso realismo é a esperança. Aí está o segredo do otimismo do cristão. É preciso que, aquecidos pela fé, pelo amor e pela esperança, saibamos apontar alto, apontar para coisas grandes, para ambições santas, e confiar plenamente em Deus. A mulher de fé, o homem de fé, confia, sobretudo em dois pilares fortíssimos sobre os quais se apóia a esperança cristã: a obediência a Deus (fazer o que sabemos que Deus nos pede), e a oração (pedir com a fé com que um filho pede a um pai de cujo amor não duvida). “Apoiada na obediência e na oração, a nossa esperança ficará, como diz o Livro da Sabedoria”, cheia de imortalidade.

http://www.padrefaus.org/o-resgate-de-sao-tome/

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Gratidão melhora a saúde!

Não vende na farmácia, embora lá, ao comprar remédios, você possa agradecer e pedir a Deus pelos dedicados cientistas que passam despercebidos, boa parte de seu tempo pesquisando heroicamente nos laboratórios. Vamos reproduzir, em seguida, trechos de uma reportagem da revista Simplesmente, sob o título acima. E antes disso, é importante lembrar que uma virtude, como a de ser grato, deve ser praticada em primeiro lugar em relação contínua a Deus, e pressupõe uma boa ação anterior, são duas ações positivas irmanadas? E mais, também praticamos a humildade, pois reconhecemos a importância e o valor do próximo.

"Importante é que esse sentimento (o da gratidão) exista, porque produz uma cascata de reações que os cientistas avaliam de uma forma muito positiva, conforme aponta uma quantidade crescente de pesquisas que está oferecendo novas percepções sobre a importância dessa sensação. "A gratidão produz efeitos na saúde física e mental", defende Robert Emmons, professor da Universidade da Califórnia, que (...) é considerado o maior especialista nesse assunto no mundo. "No aspecto físico, ela ajuda a dormir melhor e a se sentir mais revigorado ao acordar, ajuda a baixar a pressão arterial e a melhorar o sistema imunológico", afirma o psicólogo. "Ela nos incita a celebrar o presente e aumenta as emoções positivas. Nós nos adaptamos às circunstâncias da vida de um a maneira tão rápida que, em pouco tempo, o carro novo ou o cônjuge não são mais excitantes ou novos. “Mas a gratidão nos acorda para apreciar o valor das coisas e permite participar mais da vida, celebrando seus aspectos positivos e os prazeres", diz o pesquisador.

Também na saúde mental ele descobriu grandes benefícios: “Em face de um trauma grave, adversidade e sofrimento, há estudos que mostram que as pessoas com disposição a serem gratas se recuperam mais rapidamente. (...) Ele ressalta  ainda que as pessoas gratas têm maior autoestima.

Benefícios da Gratidão

No corpo:
•    . Melhora a imunidade.
•    . As dores passam a incomodar menos.
•    . Reduz a pressão arterial.
•    . O sono é de melhor qualidade e mais revigorante.

Na mente:
•    . Melhor disposição, mais bom humor, maior otimismo.

 Nas relações sociais:
•    . A pessoa se sente mais útil e generosa; aumenta a capacidade de perdoar; os voluntários da pesquisa se sentiram menos solitários ou isolados.

Maria Teresa Serman

terça-feira, 23 de abril de 2013

Dez histórias do Papa Francisco antes de ser Papa - parte 2

Continuação de ontem, dia 15/4/2013
6 - Educação sexual - “A Igreja não se opõe à educação sexual. Pessoalmente, acredito que ela deve existir ao longo de todo o crescimento das crianças, adaptada a cada etapa. Na verdade, a Igreja sempre proporcionou educação sexual, ainda que, concedo, não o tenha feito sempre de um modo adequado. O que acontece é que, atualmente, muitos dos que levantam as bandeiras da educação sexual concebem-na separada da pessoa humana. Então, em vez de contar-se com uma lei de educação sexual para a plenitude da pessoa, para o amor, cai-se numa lei para a genitalidade. Essa é a nossa objeção. Não queremos que se degrade a pessoa humana. Só isso.” (El Jesuita. Conversaciones con el cardenal Jorge Bergoglio, SJ., Sergio Rubin y Francesca Ambrogetti, Vergara editor, pág. 92-93)

7 - Cozinha
— Cozinha atualmente?
— “Não, não tenho tempo. Mas quando vivia no colégio Máximo, de San Miguel, como aos domingos não havia cozinheira, eu cozinhava para os estudantes.”
— E cozinha bem?
— “Bem, nunca matei ninguém…”(El Jesuita. Conversaciones con el cardenal Jorge Bergoglio, SJ., Sergio Rubin e Francesca Ambrogetti, Vergara editor, p. 31)

8 - Pingue-pongue de perguntas e respostas
Como se apresentaria diante de um grupo que não o conhece?
— “Sou Jorge Bergoglio, sacerdote. É que gosto de ser sacerdote.”
Um lugar no mundo?
— “Buenos Aires.”
Uma pessoa?
— “Minha avó.”
Como prefere saber das notícias?
— “Lendo jornal. Ligo o rádio para escutar música clássica.”
Viaja muito de metrô? É seu transporte predileto?
— “Pego quase sempre pela rapidez, mas gosto mais do ônibus, porque vejo a rua.”
Teve namorada?
— “Sim. Formava parte do grupo de amigos com que costumávamos dançar.”
Porque terminou o namoro?
— “Descobri minha vocação religiosa.”
Tem algum parente que também abraçou a vocação religiosa?
— “Sim, o filho de minha irmã Marta. É sacerdote jesuíta como eu.”
Algum hobby?
— “Quando jovem eu colecionava selos. Agora, ler, que gosto muito, e escutar música.”
Uma obra literária?
— “A poesia de Hölderlin me apaixona. Igualmente, muitas obras da literatura italiana. Já li I promesi sposi umas quatro vezes. Outro tanto A Divina Comedia. Agradam-me Dostoievsky e Marechal.”
Borges? O senhor já se relacionou com ele.
— “Não sei o que dizer. Além de que Borges tinha a genialidade de falar praticamente de qualquer coisa sem alardear.”
Borges era agnóstico.
— “Um agnóstico que todas as noites rezava o pai-nosso, porque o prometera a sua mãe, e que morreu assistido religiosamente.”
Uma composição musical?
— “Entre as que mais admiro está a abertura Leonora nº 3 de Beethoven, na versão de Furtwängler. É, a meu entender, o melhor diretor de algumas de suas sinfonias e das obras de Wagner.”
Agrada-lhe o tango?
— “Muitíssimo. É algo que me sai de dentro. Acho que conheço bastante de suas duas etapas.”
Sabe dançar tango?
— “Sim. Dancei quando jovem, ainda que eu prefira a milonga.”
Seu esporte preferido?
— “Quando jovem, praticava o basquete, mas gostava de assistir futebol no estádio. Íamos toda a família, incluída minha mãe, para ver o San Lorenzo, o time de nossos amores. Meus pais eram de Almagro, o bairro do clube.” (El Jesuita. Conversaciones con el cardenal Jorge Bergoglio, SJ., Sergio Rubín e Francesca Ambrogetti, Vergara editor, pp. 118-120)

9 - Nomeação — “[Depois de uma conversa com o Núncio, ele] me informa: ‘Ah… uma última coisa… o senhor foi nomeado bispo auxiliar de Buenos Aires e a designação se tornará pública no dia 20…’ Assim, sem mais, ele me comunicou.”
— E qual foi a sua reação?
— “Fiquei bloqueado. Como expliquei antes, sempre fico bloqueado diante de um golpe, bom ou mau.”
— Pelo menos, diga-nos o que sentia quando via o seu nome entre os grandes candidatos a Papa… [sobre o conclave de 2005].
— Pudor, vergonha. Pensava que os jornalistas estavam loucos.  (El Jesuita. Conversaciones con el cardenal Jorge Bergoglio, SJ., Sergio Rubín e Francesca Ambrogetti, Vergara editor, pp. 125-126)

10 - Dor e ressentimento - “A dor, que é também outra chaga, é um campo aberto. O ressentimento é como uma casa lotada, onde vive muita gente amontoada que não tem céu. Enquanto que a dor é como uma vila onde também há excesso de gente, mas se vê o céu. Noutras palavras, a dor está aberta à oração, à ternura, à companhia de um amigo, a mil coisas que dignificam as pessoas. Ou seja, a dor é uma situação mais sã. Assim de diz a experiência.” (El Jesuita. Conversaciones con el cardenal Jorge Bergoglio, SJ., Sergio Rubín e Francesca Ambrogetti, Vergara editor, pp. 143)

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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dez histórias do Papa Francisco antes de ser Papa - parte 1

O tango, San Lorenzo, Borges, seu bairro e seu primeiro trabalho com uma chefe próxima ao comunismo, a cozinha, sua vocação, a dor e o ressentimento, o drama do aborto e a educação sexual… E, não poderia faltar, a nova evangelização. Extraídos do livro “El Jesuita”, de Sergio Rubín e Francesca Ambrogetti, transcrevemos dez fragmentos particularmente reveladores.

1 - Trabalho - “Agradeço tanto o meu pai que me mandou trabalhar. O trabalho foi uma das coisas que me fez mais bem na vida e, particularmente, no laboratório aprendi o bom e o mau de toda tarefa humana (…). Ali tive uma chefe extraordinária, Esther Balestrino de Careaga, uma paraguaia simpatizante do comunismo, a qual sofreu anos depois, durante a última ditadura, o sequestro de uma filha e um genro, e depois foi raptada (…) e assassinada. Atualmente está enterrada na igreja de Santa Cruz.  Eu gostava muito dela. (…) Ensinou-me a seriedade do trabalho. Realmente, devo muito a essa grande mulher” (El Jesuita. Conversaciones con el cardenal Jorge Bergoglio, SJ., Sergio Rubín e Francesca Ambrogetti, Vergara editor, pág. 34)

2 - Vocação - Quando rondava os 17 anos, em um 21 de setembro (dia em que na Argentina os jovens celebram o dia do estudante), preparava-se para sair e festejar com seus companheiros. Mas decidiu começar o dia visitando sua paróquia. Quando chegou, encontrou-se com um sacerdote que não conhecia e que lhe transmitiu uma grande espiritualidade, pelo que decidiu confessar-se com ele. “Nessa confissão me aconteceu algo estranho, não sei o que foi, mas que me mudou a vida; eu diria que me surpreenderam de baixa guarda.” Mais de meio século depois, interpreta assim o fato: “Foi a surpresa, o estupor de um encontro; dei-me conta de que me estavam esperando. Isso é a experiência religiosa: um estupor de encontrar-se com alguém que está esperando você. Desde esse momento, Deus é para mim quem ‘se faz primeiro’. Você busca a Deus, mas Deus procura você primeiro. Você quer encontra-lo, mas ele o encontra primeiro”. “Primeiro, eu contei ao meu pai e a ele lhe pareceu muito bom. Mas a reação de minha mãe foi diferente. A verdade é que a boa velha ficou chateada. (El Jesuita. Conversaciones con el cardenal Jorge Bergoglio, SJ., Sergio Rubín e Francesca Ambrogetti, Vergara editor, pp. 45-47)

3 - Nova Evangelização - “A Igreja, por vir de uma época em que era favorecida pelo modelo cultural, acostumou-se a que seus pedidos fossem atendidos, as portas lhes fossem abertas, suas instâncias fossem secundadas. Isso funcionava numa comunidade evangelizada. Mas na atual situação, a Igreja necessita transformar suas estruturas e modos pastorais orientando-os de modo a que sejam missionários. Não podemos permanecer num estilo ‘clientelista’ que, positivamente, espera que venha ‘o cliente’, o freguês, mas precisamos ter estruturas para ir aonde precisam de nós, aonde estão as pessoas, àqueles que mesmo desejando não se aproximarão das estruturas e formas caducas que não respondem a suas expectativas e a sua sensibilidade.
Temos de ver, com grande criatividade, como nos fazemos presentes nos ambientes da sociedade fazendo que as paróquias e instituições sejam instâncias que lancem a esses ambientes. Revisar a vida interna da Igreja para alcançar o fiel povo de Deus. A conversão pastoral nos chama a passar de uma Igreja ‘reguladora da fé’ a uma Igreja ‘transmissora e facilitadora da fé’. (De las Orientaciones para la promoción del Bautismo, de la Arquidiócesis de Buenos Aires, en El Jesuita. Conversaciones con el cardenal Jorge Bergoglio, SJ., Sergio Rubín e Francesca Ambrogetti, Vergara editor, p. 77-78)

4 - Divorciados na Igreja
— Que diria aos divorciados que estão numa nova união?
— “Que se integrem à comunidade paroquial, que trabalhem ali, porque há coisas numa paróquia que eles podem fazer. Que procurem ser parte da comunidade espiritual, que é o que aconselham os documentos pontifícios e o Magistério da Igreja. O Papa assinalou que a Igreja os acompanha nessa situação. É certo que alguns deles se doem de não poder comungar. O que lhes falta nesses casos é que as coisas lhes sejam bem explicadas. Existem casos em que isso é complicado. É uma explicação teológica que alguns sacerdotes expõem muito bem e as pessoas entendem.” (El Jesuita. Conversaciones con el cardenal Jorge Bergoglio, SJ., Sergio Rubín e Francesca Ambrogetti, Vergara editor, pág. 91)

5 - Aborto e direitos da mulher — “A batalha contra o aborto a situo na batalha a favor da vida desde a concepção. Isto inclui o cuidado da mãe durante a gravidez, a existência de leis que protejam a mulher no pós-parto, a necessidade de assegurar uma adequada alimentação das crianças, como também de brindar uma atenção sanitária ao longo de toda a vida, o cuidado dos nossos avós e não recorrer à eutanásia. Porque tampouco deve ‘submatar-se’ com uma insuficiente alimentação ou uma educação ausente ou deficiente, que são formas de experimentar uma vida plena. Se há uma concepção a respeitar, também há uma vida a cuidar.”
— Muitos dizem que a oposição ao aborto é uma questão religiosa.
— “Ora vamos… Uma mulher grávida não leva no ventre uma escova de dentes; tampouco um tumor. A ciência ensina que desde o momento da concepção, o novo ser tem todo o código genético. É impressionante. Não é, portanto, uma questão religiosa, mas claramente moral com base científica, porque estamos na presença de um ser humano.”
— Mas a graduação moral de uma mulher que aborta é a mesma que a de quem o pratica?
— “Não falaria de graduação. De fato, uma mulher que aborta — sabe lá por que pressões tenha passado! — a mim me dá, não digo lástima, mas muita compaixão no sentido bíblico da palavra, ou seja, de compadecer e acompanhar, do que aqueles profissionais — se é que são profissionais — que atuam por dinheiro e com singular frialdade. (…) Essa frialdade contrasta com os problemas de consciência, os remorsos que, ao cabo de uns anos, têm muitas mulheres que abortaram. É preciso estar no confessionário e escutar esses dramas, pois elas sabem que mataram um filho.” (El Jesuita. Conversaciones con el cardenal Jorge Bergoglio, SJ., Sergio Rubín y Francesca Ambrogetti, Vergara editor, pág. 91)

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domingo, 21 de abril de 2013

Diversão para a família - “DENTRO DE CASA” – suspense

"DENTRO DE CASA" – suspense

Produção francesa, 2012. 105 minutos- indicação: 14 anos

Kristin Scott Thomas e Fabrice Luchini (como o professor Germain), excelentes atores, assim como os dois adolescentes colegas de classe, Ernst Umhauer (Claude), e Rapha (Bastien Ughetto), se destacam nesse filme.

É um drama intrigante e hipnótico, com roteiro extraído de uma peça espanhola. A estória tem como centro a relação entre um professor e seu aluno de 16 anos, com forte inclinação para a literatura.

Seus temas, nas redações pedidas como trabalho de casa pelo professor, envolvem sempre a vida íntima, cotidiana, familiar de um colega de classe (Rapha) e chega ao extremo de parecer que o aluno, Claude, já faz parte daquele lar. Essa intromissão permanente como observador nos assuntos da família se deve em parte aos convites feitos pelos pais do colega para que fique até mais tarde para jantar, após ajudar o filho nos deveres de matemática.

O final da trama é tão surpreendente quanto o de um livro eletrizante.

sábado, 20 de abril de 2013

Aproveite suas tristezas

A ciência (ainda) não comprovou a relação entre o surgimento de um câncer e uma grande mágoa, mas já estabeleceu o efeito nocivo que emoções negativas, principalmente por um longo período, aumentam a produção do hormônio  cortisol no organismo, debilitando o sistema imunológico e predispondo a doenças. É óbvio que dores físicas e emocionais fazem parte da vida, não há como evitá-las e não se deve guardá-las ou camuflá-las também. Todavia, podem ser trabalhadas e delas extraídos benefícios psíquicos, morais e espirituais.

A famosa abreviação da máxima paulina, "omnia in bonum", tudo concorre para o bem (dos que amam a Deus)" pode ser o ponto de partida. Ninguém acha bom uma perda, traição, doença grave, mas deve se motivar a tirar disso sua própria receita de sobrevivência, para seu bem e dos que cercam. Ficar enjaulado em seu próprio sofrimento só faz aumentá-lo; ele se agiganta e domina a pessoa e tudo que ama. Fácil é falar, mas como fazer?

Identificar o sentimento, as várias sensações negativas e seus motivos ajuda a traçar um rota de "trabalho". É ressentimento? De quem  ou do quê? O motivo persiste ou já ficou no passado? A pessoa responsável se desculpou, retificou? Então está o sofredor se alimentando de "carne" fora da validade, podre, como uma hiena histérica? Terapia; bons conselhos; conversa franca mas amável com o(a) ofensor(a;, confissão; humildade para perdoar como quer ser perdoado; essas são boas rotas de salvação.

A perda de alguém muito amado nos dá o direito
de chorar e nos debater; sofrer é mais do que natural, é normal, saudável, desde que esse luto não se prolongue indefinidamente, ainda que a saudade nunca acabe. Procurar a companhia de outras pessoas queridas ajuda, e também sair com elas, permitir-se alguma diversão amena, mudar de ambiente.

Atividades relaxantes e prazerosas, mesmo usufruídas sozinha, como colocar um DVD de que goste e dançar à vontade em casa, até ir a um show ou sambar até cansar (serve dançar rock, tango, o que for) trazem um alívio enorme, insuspeitado. E o que mais bem faz, muitos já comprovaram, é falar com o Pai, confiar na sua infinita Misericórdia, agradecer-lhe pelas inumeráveis graças derramadas em nossa vida a cada segundo, e entregar-lhe o passado, o presente e o futuro, para os que acreditam,  nas mãos de sua Mãe Santíssima, que está sempre pronta a nos acolher, acalmar e levar nossos necessidades a seu Filho.
                                                          Maria Teresa Serman

sexta-feira, 19 de abril de 2013

EmContando - 30 - As Narrativas Maravilhosas

Na  semana passada falei do entusiasmo  com que  redescobri, depois de adulta, a magia dessas narrativas. Hoje, comentarei sobre o surgimento delas, da diferença entre Contos de Fadas e Contos Maravilhosos, sua fusão e transformação.

Desde as origens do mundo, o homem sente a presença de poderes maiores  do que sua vontade e seu poder pessoal. A ânsia de descobrir, conhecer e harmonizar aquilo que ultrapassa os limites que nele é simplesmente humano, foi sempre expressa de forma significativa através da literatura. Essas narrativas, nascidas entre os povos da Antiguidade, chegaram até nós em forma de lendas, mitos, contos e sagas. Fundidas e transformadas, assumiram um caráter diferente em cada época e em cada lugar.

Conto de Fadas e Conto Maravilhoso

As duas denominações vêm sendo usadas indistintamente para englobar todas as narrativas que fazem parte do acervo da chamada Literatura Infantil Clássica (“Chapeuzinho Vermelho”, “O Pequeno Polegar”, “Os Músicos de Bremen”, “Aladim e a Lâmpada Maravilhosa” etc. ) Os dois grupos são porém, distintos quanto à problemática que gera os contos que os formam.

Os Contos de Fadas têm como fonte geradora uma problemática existencial, isto é, a realização essencial do herói ou da heroína. Aqui, para que o herói alcance sua autorrealização existencial, precisa vencer provas e obstáculos. Ex.: O príncipe encontra a princesa que representa o ideal a ser alcançado. Os Contos de Fadas  são de origem celta e são essencialmente idealistas e preocupados com os valores do espírito. Primitivamente eram poemas independentes que chegaram, como tais, até os tempos do Rei Arthur.

Já o eixo gerador dos Contos Maravilhosos se encontra em uma problemática social ou ligada à vida prática e concreta. O desejo de autorrealização do herói está em suas necessidades materiais básicas, isto é, estômago, sexo poder etc. A paixão efêmera está no lugar do amor espiritual, eterno. Estes contos originaram-se das narrativas orientais.

A  Fusão e a Transformação

Na Idade Média, todo esse acervo pagão, vindo principalmente dos países nórdicos  e das terras do oriente, modifica-se segundo a nova visão  do mundo gerada pelo espiritualismo cristão. O Império Romano foi o grande responsável por tal fusão, uma vez que trouxe para o Ocidente toda a magia, a sabedoria e o conhecimento do Oriente, incluindo o conhecimento bíblico dos hebreus e o próprio cristianismo.

Toda essa maravilhosa literatura antiga destinava-se aos adultos e é na passagem da era clássica para a era romântica que ela, já integrada à tradição oral popular, se transforma em literatura para crianças. Estão nessa área as adaptações  dos contos das
Mil e Uma Noites, os contos de Perrault  (França) , dos Irmãos Grimm (Alemanha), as fábulas de La Fontaine e outros. O início da transformação deu-se concretamente no século XVII, na França, com Charles Perrault.

Nos dias de hoje, essas histórias ganharam belíssimas ilustrações e adaptações das mais variadas; às vezes discutíveis. Quanto à sua importância    na educação infantil não há muito que discutir. Falaremos sobre isso na semana que vem.

                                                              Agnes G. Milley

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Diversão - FILME: ANNA KARENINA- drama

Produção inglesa de 2012, estreou em 15/03/13. Indicação: 14 anos

É uma moderna versão do romance do russo Leon Tolstoi. Venceu o OSCAR de melhor figurino, ao misturar teatro e dança como em um balé cinematográfico.  Keira Knightley faz o papel de Anna, casada com um aristocrata (Jude Law), e morando em São Petersburgo.

Numa viagem a Moscou, ela conhece o Conde Vronski (Aaron Taylor-Johnson), oficial de cavalaria. A paixão arrebatadora dos amantes vai criar conflitos dolorosos para todos os familiares, e animosidade entre os amigos envolvidos nessa sociedade que  frequentam.

Os episódios principais são apresentados como se os atores estivessem num palco de teatro, com cortinas abrindo e fechando ao começarem e terminarem as cenas. As mudanças de estação do ano são também apresentadas com a utilização de painéis pintados ao fundo, de forma inusitada.

Vale a pena ver as cenas de danças lindamente filmadas, e  já sabendo que é um tema mais pesado, não esperar um “conto de fadas” por mais belos que sejam os figurinos premiados, as cores e as paisagens.
                                        Patricia Carol 

Conforme nos foi sugerido - o filme é mais para ADULTOS.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Receita para o lanche da garotada - Cuca de Banana

Ingredientes:

9 colheres de sopa de farinha de trigo
6 colheres de sopa de açúcar
3 ovos
2 colheres de sopa de margarina
1 colher de sobremesa de fermento
1 xícara de leite
Banana


Modo de Fazer:

Bata a margarina com o açúcar.
Junte os ovos mal batidos.
Adicione a farinha e por último o leite com o fermento.
Despeje num tabuleiro untado com manteiga.
Sobre a massa espalhe fatias de banana.
Polvilhe açúcar com canela .
Leve ao forno até assar.
Sirva  cortada em retângulos no lanche com suco de frutas ou um chocolate quente.

terça-feira, 16 de abril de 2013

É preciso educar o coração... E coração se educa? Por quê e para quê? - 2

Importante e bela tarefa a dos pais que se educam ao mesmo tempo em que educam os corações de seus filhos! Você, Pai, Mãe, conhece de verdade, seus filhos? Sabe cada um de seus gostos, anseios, esperanças, aptidões, sonhos?

Houve um Congresso Médico no Rio de Janeiro há algum tempo, e um médico chileno alertou: “Durante muito tempo trabalhou-se o hemisfério esquerdo do cérebro humano, em busca do desenvolvimento da técnica – o que não é mau – mas devemos urgentemente tratar de desenvolver o hemisfério cerebral direito, aquele em que predominam a Arte, a Beleza, a Sensibilidade...”

E os sentimentos, afinal, que são? Em si, não são bons nem maus. Agem positiva ou negativamente nas decisões, nas reações objetivas úteis. Influem em todos os campos de nossas vidas. São movimentos da sensibilidade que nos aproximam do que é um Bem e nos afastam do que julgamos ser um Mal. Formam-se especialmente durante a infância. Desde pequenos aprendemos a amar e esta experiência é fundamental para um desenvolvimento saudável da personalidade Os pais devem ser os primeiros mestres e educadores dos filhos. Calma, serenidade, ordem, equilíbrio, vividos pelos pais se refletirão na segurança com que os filhos caminharão pela vida. O contrário – pais ausentes, que buscam “compensar” materialmente sua ausência – física e/ ou emocional junto dos filhos – são fatores geradores de insegurança, desequilíbrio, violência...

Para bem educar o coração, importa educar Inteligência e
Vontade dos filhos, desde pequeninos. Não deixar os sentimentos à solta, nem a vontade fraca, que alterna entusiasmos e alegrias passageiras com tristeza e depressão, agindo de acordo com os impulsos do momento, deixando de lado o cultivo de uma vontade firme.

Como agir em casa? Atenção às birras; ao jogar-se ao chão quando desejam as coisas e não tiveram  todas as “vontadinhas” satisfeitas; a não saber esperar sua vez; a não saber dividir nem compartilhar o que é seu... Orientar, ensinar ( dando as devidas explicações ! ) que todos temos emoções e que é preciso saber controlar os impulsos de raiva, ciúmes, mau gênio, agressividade, fazendo coisas que não prejudiquem os outros: socar um travesseiro, morder um lenço dobrado, se estão com raiva, gritar na praia ou num campo de futebol... Sempre os pais devem dar o exemplo, ir à frente dos filhos (o que infelizmente não ocorre muitas vezes...)

Para os maiores, estudar meia hora até comer o chocolate, segurar um copo d’água e contar até 10 antes de beber- devagar. Essas e outras pequeninas coisas ajudarão a que tenhamos uma vontade bem educada e um coração engrandecido... Ah, sim, e saber agradecer! Coração bem educado sabe dizer “obrigada” aos mínimos gestos que recebemos todos os dias de quem nos rodeia!

Mannoun Chimelli – médica especializada em adolescentes

segunda-feira, 15 de abril de 2013

É preciso educar o coração... E coração se educa? Por quê e para quê? - 1

Vamos observar ao nosso redor e pensar um pouquinho. O mundo está triste, não é verdade? Há talvez muito barulho, risos, muita conversa, mas as pessoas andam tristes, estamos no século da depressão, das doenças psíquicas, do uso e abuso de medicamentos.

Penso que uma das razões dessa tristeza resida no fato de que as pessoas estejam com seus corações pesados, fechados em si mesmos, decepcionados, desconfiados, sem esperança... Esse quadro de desolação se manifesta especialmente nos momentos mais significativos da existência humana – morte de um ser querido, sofrimentos, doenças, acidentes, violência, notícias assustadoras. E muitos indagam – que podemos fazer? - há possibilidade de alguma mudança? Vamos ver que é possível, sim, claro que sim!

O mundo precisa urgentemente de corações alegres, coerentes, de convicções e sentimentos firmes, dispostos a mudar dentro de si mesmos e a partir de dentro! “A boca fala daquilo de que o coração está cheio!”

Os ouvidos e corações ao redor de nós estão sedentos, ávidos da Verdade – esta que devemos trazer dentro de nossos próprios corações para espalhar à nossa volta e dar uma resposta aos que nos perguntam. E se faz necessário indagar – Meu coração é educado? Quer dizer, quais os sentimentos, virtudes e valores que abrigo dentro dele? Como foi que preparei meu coração ao longo da vida? É conhecido de todos que os povos latinos são sentimentais, como os poetas e artistas em geral, são sentimentais.

Vale a pena, então, refletir nas expressões SENTIMENTO,
SENTIMENTALISMO, SENSIBILIDADE, que não querem dizer a mesma coisa, são distintas entre si! Urgente se faz cultivar a sensibilidade, mas não o sentimentalismo, ou seja, as emoções pelas emoções.

Devemos, sim, ser pessoas sensíveis, mas não sentimentais. Sentimental é aquele que chora e sofre com o que vê, ouve, mas só naqueles momentos.  Fica nas lagrimas e na emoção, mas pode passar sem o perceber pelas necessidades daqueles que o cercam, na família, na escola, no trabalho... O sentimental age pelo entusiasmo- é como fogo de palha, ao vivenciar o “gosto/ não gosto”, quero/não quero, só faço o que me agrada, motiva-se ou desanima segundo o momento; vai buscar novidades, emoções cada vez mais fortes e foge ao que custa, ao esforço, ao sacrifício, à fidelidade à palavra dada... Em resumo, é um egoísta que só pensa em si mesmo e vive das sensações... Vai sofrer e fazer sofrer ao longo da existência para a qual não encontra um sentido.

A sensibilidade é fruto de um coração bem educado, que desenvolveu a arte de estar atento ao outro, mais do que voltado para si próprio, que sabe sair de si mesmo para atender o outro com delicadeza, vencendo o egoísmo tão próprio do ser humano... Encontra sempre e renova um sentido para seu viver.
Continua amanhã.

Mannoun Chimelli – médica especializada em adolescentes

domingo, 14 de abril de 2013

Deve haver clareza no projeto familiar

Prof. Eduardo Cattaneo

• Muitos dos fracassos familiares devem-se à incapacidade, por parte dos cônjuges, para fixar um projeto familiar comum. Este projeto deve começar a ser formulado desde o noivado. E deve ser reformulado depois, para adequar-se à realidade familiar.

• Já pensaste se espera de teus filhos algo semelhante às expectativas que deles tem tua esposa ou esposo? Se não o fizeste até hoje, esperamos que este artigo possa ajudar-te.Não te apresses, espera o melhor momento para falar sobre isto com tua esposa ou esposo.

Muitas vezes este projeto comum existe, ainda quando não se combinou explicitamente, subjacente no interior e no atuar de ambos os membros do matrimônio; contudo, é sempre bom levá-lo ao nível de um plano comum perfeitamente explicitado. Desta maneira evitaremos tomar caminhos contrários que desorientem nossos filhos.

• Dentro desse projeto familiar não só se deve ter em conta o que esperamos de nossos filhos, mas também o que esperamos de nosso cônjuge. Também isto deve ser explicitado, buscando o melhor momento, já que isto não deve ser causa de atritos, mas de tranquilidade.

• Muitas vezes acontece que os cônjuges chegam ao matrimônio com um projeto que inclui a própria felicidade, e os filhos como parte dessa realização pessoal. Mas deveríamos ter em conta que nossos filhos são pessoas distintas e livres, com capacidades e inclinações próprias que devemos respeitar encaminhando-as para o bem.

• Nossas esperanças a respeito dos filhos, e aquilo que nós queremos de nossa esposa ou esposo, sempre devem ser flexíveis, já que estamos diante de pessoas que atuam livremente, nosso cônjuge e filhos mais velhos, ou que se encontram conquistando sua liberdade, como nossos filhos pequenos.
• Uma vez que nos colocamos de acordo com nossa esposa ou esposo teremos que comunicar a nossos filhos o que esperamos deles. Para isto também deve-se buscar o momento adequado.

A Forma e o Momento Adequados

• Deve-se procurar, assim como para qualquer
conversa familiar, esperar que aqueles com quem temos que falar estejam tranquilos. Além disso, os temas devem ser colocados de forma amável.

• As conversas deveriam ser desenvolvidas em um clima de carinho, alegria, confiança, tranquilidade e delicadeza. Desta maneira será mas fácil que a outra parte nos escute com melhor disposição.

• Nunca devemos colocar estes temas em momentos de tensão, durante alguma briga familiar, ou diante de uma desgraça. Isto sempre soa ao outro como se lhe estivéssemos colocando a culpa.

• A confiança necessária será obtida sempre que creiamos em nosso filho e demonstremos que ele pode confiar em nós, porque cumprimos nossas promessas.

Aqui há uma questão importante: muitas vezes para nos livrarmos de um problema, ante a insistência de nossos filhos sobre algum assunto determinado, lhes dizemos que cumpriremos seus desejos depois, mas sem estar seguros se poderemos fazê-lo e, outras vezes, estando seguros de que não poderemos. Isto termina minando a confiança que nossos filhos teriam depositado em nós.

• As conversas devem ser realizadas de forma carinhosa e delicada. Sem se irritar nem gritar, e estando dispostos a admitir se nos equivocamos; mas, no caso de nossos filhos, com firmeza: exigindo e corrigindo.

• Se não estamos seguros de ter conseguido o momento adequado é preferível não dizer nada, já que bem poderemos causar efeito contrário ao que buscamos.

NOTA: Recordemos sempre que, como se disse números atrás, os conselhos só são conselhos, não devem ser tomados como normas gerais, nem sempre são bons para todos, devemos passá-los pelo filtro de nossa própria experiência.

sábado, 13 de abril de 2013

Casa de cada um

Nesta época, gosto de tratar da vida. Dou a roupa que não uso mais. Livros que não pretendo reler. Envio caixas para bibliotecas. Ou abandono um volume em um shopping ou café, com uma mensagem: "Leia e passe para frente!". Tento avaliar meus atos através de uma perspectiva maior.

Penso na história dos Três Porquinhos. Cada um construiu sua casa. Duas, o Lobo derrubou facilmente. Mas a terceira resistiu porque era sólida. Em minha opinião, contos infantis possuem grande sabedoria, além da história propriamente dita. Gosto desse especialmente. 

Imagino que a vida de cada um seja semelhante a uma casa. Frágil ou sólida, depende de como é construída. Muita gente se aproxima de mim e diz: Eu tenho um sonho, quero torná-lo realidade! Estremeço. Frequentemente, o sonho é bonito, tanto como uma casa bem pintada. Mas sem alicerces. As paredes racham, a casa cai repentinamente, e a pessoa fica só com entulho. Lamenta-se. Na minha área profissional, isso é muito comum.

Diariamente sou procurado por alguém que sonha em ser ator ou atriz sem nunca ter estudado ou feito teatro. Como é possível jogar todas as fichas em uma profissão que nem se conhece?

Há quem largue tudo por uma paixão. Um amigo abandono
u mulher e filho recém-nascido. A nova paixão durou até a noite na qual, no apartamento do 10º andar, a moça afirmou que podia voar. Deixa de brincadeira , ele respondeu. Eu sei voar, sim! rebateu ela.. Abriu os braços, pronta para saltar da janela. Ele a segurou. Gritou por socorro. Quase despencaram. Foi viver sozinho com um gato, lembrando-se dos bons tempos da vida doméstica, do filho, da harmonia perdida!

Algumas pessoas se preocupam só com os alicerces. Dedicam-se à vida material. Quando venta, não têm paredes para se proteger. Outras não colocam portas. Qualquer um entra na vida delas.

Tenho um amigo que não sabe dizer não (a palavra não é tão mágica quanto uma porta blindada). Empresta seu dinheiro e nunca recebe. Namora mulheres problemáticas. Vive cercado de pessoas que sugam  suas energias como autênticos vampiros emocionais. Outro dia lhe perguntei:Por que deixa tanta gente ruim se aproximar de você? Garante que no próximo ano será diferente. Nada mudará enquanto não consertar a casa de sua vida.

São comuns as pessoas que não pensam no telhado. Vivem como se os dias de tempestade jamais chegassem. Quando chove, a casa delas se alaga. Ao contrário das que só cuidam dos alicerces, não se preocupam com o dia de amanhã.

Certa vez uma amiga conseguiu vender um terreno valioso recebido em herança. Comentei: Agora você pode comprar um apartamento para morar. Preferiu alugar uma mansão. Mobiliou. Durante meses morou como uma rainha. Quase um ano depois, já não tinha dinheiro para botar um bife na mesa!

Aproveito as festas de fim de ano para examinar a casa que construí. Alguma parede rachou porque tomei uma atitude contra meus princípios? Deixei alguma telha quebrada? Há um assunto pendente me incomodando como uma goteira? Minha porta tem uma chave para ser bem fechada quando preciso, mas também para ser aberta quando vierem as pessoas que amo? É um bom momento para decidir o que consertar. Para mudar alguma coisa e tornar a casa mais agradável. Sou envolvido por um sentimento muito especial.

Ao longo dos anos, cada pessoa constrói sua casa. O bom é que sempre se pode reformar, arrumar, decorar! E na eterna oportunidade de recomeçar reside a grande beleza de ser o arquiteto da própria vida. 

Texto de Walcyr Carrasco- escritor e jornalista

sexta-feira, 12 de abril de 2013

EmContando - 29 - Queridas e queridos leitores!

Estamos chegando ao final  da primeira fase  da série EmContando. Falamos de parábolas, fábulas, lendas, de contos populares em geral e também de contos autorais.  Antes de terminarmos  ,  no entanto, devo   falar ainda, um pouco,  sobre os Contos de Fadas  e o quanto o seu estudo me agradou e  convenceu.

Ao final de um curso de Literatura Infanto Juvenil, elaborei, assim como todos os outros  participantes, um pequeno trabalho sobre um dos  temas abordados.  Para isso, li muito, estudei bastante e meu entusiasmo ficou patente na Conclusão do trabalho. Trago esta página para vocês no desejo sincero de contagiá-los e abrir as portas desse mundo mágico para os que ainda não as abriram.

Conclusão: 

Há  uns dois meses comecei a viajar pelo
mundo encantado das Histórias da Fadas e dos Contos Maravilhosos. Com grande curiosidade e muitas surpresas fui desbravando páginas e mais páginas de muitos livros. Embrenhei-me nas florestas da velha Escandinávia e observei, espreitando por detrás das árvores, gnomos e duendes, brincando nas clareiras. Vi, também, sacerdotisas druidas celebrando   seus cultos, feiticeiros e  bruxas, com ar circunspecto, preparando suas poções mágicas.

Quis ficar mais tempo por aquelas paragens, mas o tempo era pouco e haviam me recomendado que não deixasse de ir até o Oriente; até a Arábia. Havia muito que ver por lá. Segui o conselho e fui. Tudo que vi me encantou. Aprendi muito. Fui também até o Egito, tão cheio de  mistérios, e de lá segui pelo deserto até os caminhos da Galiléia. No fim da viagem deparei-me com tropas romanas que  me trouxeram de volta daqueles confins.

Na Europa sentei-me no chão, junto às lareiras, e, por vezes, junto a fogueiras, no relento, debaixo das estrelas e ouvi, como qualquer neto, as histórias sem fim que por lá se contavam. 

Ouvi e sonhei. Por fim, a viagem terminou. Não porque eu quisesse, mas fiquei  com medo de perder o trem. Acordei e pensei em tudo que vi e ouvi. Vou contar a vocês que o que mais me deslumbrou foi constatar que dentro de cada um dos pequenos contos que nos sorriem das páginas de um livro que colocamos nas mãozinhas de nossas crianças, está presente tudo aquilo que vi e ouvi e muito mais do que eu não ouvi nem vi. Aí está contida toda a trajetória da Humanidade.

                                                                                                       Agnes G. Milley

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Diversão - FILME: “AMOROSA SOLEDAD” – comédia romântica

 FILME: “AMOROSA SOLEDAD”

Filme argentino, de 2008,  pré-estréia. Indicação: 12 anos

Inés, uma jovem que terminou recentemente com o namorado  Nicolás, resolve ficar sem nenhum tipo de relacionamento por três anos, já que a ruptura inesperada, através de um telefonema dele, a deixara muito infeliz e atordoada.

Mora sozinha e trabalha em uma loja de decoração de dois amigos. Eventualmente se encontra com os pais, que se preocupam em apoiá-la nesse momento.

Inesperadamente seus planos mudam quando conhece “outro Nicolás”. Este tem um ritmo de vida muito diferente do namorado anterior, que era roqueiro e sem estabilidade econômica, O “atual Nicolas” é um arquiteto competente e bem estabelecido financeiramente, inclusive, dono do seu próprio apartamento recém decorado.

As cenas são desenroladas bem lentamente, chamando mais a atenção do espectador para as expressões faciais, gestos e palavras não ditas, sensações intuídas, muito sobrea  sensibilidade entre o casal.
                                                     Patricia Carol

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Disfarces e máscaras

"Estamos tão acostumados a nos disfarçarmos
para os outros, que acabamos nos disfarçando para nós mesmos". Charles de Foucauld

O autor dessa frase profunda é o beato Charles de Foucauld, do qual cito uma pequena biografia, colhida no site oarcanjo.net: "Charles nasceu em 1858. Morreu assassinado na Argélia, em 1916, aos 58 anos. Tinha sido oficial do exército francês e comandou expedições militares na África. Aos 28 anos, converteu-se ao Evangelho de Jesus. Ingressou num mosteiro trapista das irmãs clarissas em Nazaré. Não satisfeito, retirou-se para uma vida simples e oculta, a exemplo de Jesus. Retornou, mais tarde, para a Argélia e ali, no seguimento radical do Mestre, tornou-se monge sem convento, em contato direto com as populações tuaregs, até ser assassinado."

Nestes tempos de novas perseguições aos cristãos em regiões onde o cristianismo não está amplamente divulgado, ou é renegado e proibida a sua prática, o Bem-aventurado Carlos de Jesus, como escolheu ser chamado, é um exemplo de fortaleza e entrega a um apostolado total, comprometido até a morte.

É muito verdadeira essa ideia de que a falta de unidade de vida tem suas raízes na própria dissimulação interna que o orgulho nos faz construir. Queremos sempre parecer melhor do que somos, ocultar nossas fraquezas, agradar ao mundo. Esquecemos que somos exatamente do jeito que Deus Pai nos vê, nem mais nem menos. Já disse magistralmente S. Paulo  "nem eu me julgo mais". Claro, pois nos avaliamos com muita benevolência, ou do modo oposto, com excessivo rigor e escrúpulos nocivos. A verdadeira face de nossa alma só Deus a contempla.

Então, como podemos ser sinceros
conosco mesmos, em primeiro lugar? Podemos começar dizendo, como indicou S. Josemaria, no ponto 595, de Caminho: “Se te conhecesses, alegrar-te-ias com o desprezo, e choraria teu coração ante a exaltação e o louvor.”


Não se trata de menosprezar-se simplesmente, mas ter a noção real do que cada um pode e vale: vale muito, pois é filho ou filha de Deus, que lhe concedeu o dom da vida, e da vida eterna; a redenção dos homens foi comprada pelo sacrifício de Cristo na cruz, que acabamos de contemplar, por um preço incalculável - "pretio magno", nas palavras do mesmo apóstolo. Por outro lado, nada podemos, se nos apoiarmos somente em nós mesmos. Porém, amparados na filiação divina e nas graças que nos são conferidas abundantemente pela misericórdia divina, tudo alcançamos, tudo vencemos, pois pertencemos ao Amor, acima de tudo e em primeiro lugar.

                                                      Maria Teresa Serman

terça-feira, 9 de abril de 2013

Saber educar no tempo livre faz parte de uma educação integral

Não há dúvida de que os pais desejam que a educação de seus filhos seja em tempo integral, e que afete todos os âmbitos de seu ser.

O que é importante entender, é que tudo faz parte de um processo, cada dia um ânimo renovado para empenhar essa tarefa. E é bom que os pais a realizem, caso contrário, ninguém a fará em seu lugar, ou o ambiente se encarregará disso. Será que é o que querem?

O trabalho é árduo, mas bastante recompensador. Todo o empenho que vocês, pais, colocam nessa educação, fará com que seus filhos sejam adultos livres e responsáveis, que saberão trilhar seu próprio caminho e não serão apenas arrastados pelos ambientes que os cercam.

É uma educação ampla, que abrange o corpo, a inteligência, a vontade, os sentimentos e a transcendência. O seu tempo é constante, durantes todos os dias do ano, sempre tendo em mente que o tempo gasto nisto, nunca é tempo perdido.

Não pode haver dias livres na agenda dos pais quanto a isso. Não podem educar de segunda a sexta, acreditando que as únicas coisas com que devem se preocupar são o trabalho, o estudo e as notas dos filhos, e em relação ao resto deixá-los fazer o que quiserem, para tirarem um descanso. O resultado disso não é positivo.

Uma criança ou adolescente em época escolar tem, em média, 189 dias livres por ano e 176 dias letivos. Isso mostra que se os pais decidem deixar de
educar no tempo livre, estarão sendo descuidados em mais de 50% do tempo da vida deles. Uma educação completa dos filhos exige também a educação de seu tempo livre.

Mas, o que fazer com eles nesse tempo livre? Bem, os filhos, nesse tempo, podem realizar diversas atividades boas e saudáveis, como esporte, leitura, excursões, música, idiomas, teatro, e por aí vai. Pois devem se lembrar que se o tempo livre não os forma, não levará muito tempo para deformá-los.

Os jogos e os esportes permitem que explorem o mundo e desenvolvam, se socializem, cresçam em virtudes e ao mesmo tempo se divirtam. A leitura traz novas informações, diverte, educa a vontade e a concentração, fomenta a imaginação, melhora a compreensão escrita e a capacidade de expressão, ensina a pensar e a desenvolver senso crítico.

Assim como as mencionadas acima, as demais atividades sugeridas também apresentam muitos pontos positivos, basta saber encontrá-los e aproveitá-los. Desse modo, é possível enxergar que o tempo livre não foi feito para ser perdido, mas para ser conquistado e fazer cada um crescer em suas dimensões.

Thalita Antunes - Revista Ser Família -  29 de maio de 2012