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sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Caldinho para levantar o doente



Hoje vi várias amigas falando desse caldo da carne, para dar uma melhorada nos doentinhos da casa. Assim me lembrei de quando os meus eram pequenos e eu fazia um caldo de carne como minha sogra ensinou. Fazia um bem enorme para as crianças.  

 
Era fácil de fazer, porem precisava de um vidro refratário que ficasse hermeticamente fechado. 

Minha sogra chamava de “beeftea”, traduzindo seria um chá de carne, o caldo fica perfeito.

Coloca-se 200g de músculo, com uma pitada de sal, puro, dentro do vidro. Sem adicionar mais nada. 

Coloca-se o vidro numa panela em banho Maria. Com um anteparo entre o fundo da panela e o vidro, para evitar que quebre o recipiente da carne. 

Deixa por uns 40 minutos no fogo brando para que o sumo solte todo da carne. 

Dá para ver o líquido dentro do vidro, e a carne ficar sem cor. 

Depois disso é só tirar do fogo e deixar esfriar. Usar esse caldo puro ou em um caldo de feijão.  O importante é que a criança consiga comer toda a porção. 

Eu chamo de levanta doente. A criança logo se reanima e levanta suas forças. 

Atualmente encontramos esses vidros com mais facilidade. Pode ser esses de compotas.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

As tristezas também unem as pessoas.

Fui a um enterro ontem de uma amiga de muitos anos. Com isso revi muitas pessoas amigas também, que o tempo foi nos levando para longe. Vi neste momento que a dor faz nos reaproximar dessas antigas amizades. É um alento pela perda de um. 

Chorar junto, ter outro ombro amigo para liberar a sensação de falta que aquela morte nos obriga a sentir. É um carinho de Deus neste momento difícil.  

Posso estar dizendo uma incoerência, mas o velório passa a ser um momento alegre, no meio de muita tristeza por aquela perda. Choramos e sorrimos em pouca variação de tempo. Ora lembrando-se de coisas boas que o falecido nos proporcionou, ora lembrando o quanto é dolorida aquela perda. Porém ao chegar a casa o coração estará mais conformado, sentindo a perda, porém acalentado por tantos abraços recebidos.

Neste momento é que vemos o quanto somos queridos: quantas pessoas estarão presentes no nosso velório? Será que em vida essas mesmas pessoas nos acompanharam de perto, na nossa jornada? Quantas perguntas não poderemos nos fazer porque já estaremos longe deste corpo, estaremos face a face com nosso Pai celestial, prestando outras contas da nossa vida.

Com certeza, ao chegar diante de Deus, teremos muitas coisas pra justificar. As nossas faltas serão muitas, mas aquele soar de vozes pedindo por nós, vai nos ajudar a minimizar o peso dos nossos erros, e nos impulsionar para junto de Deus.

Vamos vencer nossos medos, vamos ensinar aos nossos filhos a se vencer, e ir ao último adeus aos nossos amigos, parentes e conhecidos. Não para ser uma presença a mais, mas para somar ao coro de vozes que pede ao Pai que receba em seus braços aquela pessoa que já não está mais entre nós.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Um filme divertido: QUE MAL EU FIZ A DEUS!

Achei esse filme na TV, e me diverti numa tarde chuvosa. Alegre e descompromissado. Sugiro que se for ver com os filhos a partir de 12 anos, tenha o controle remoto a mão, para cortar umas duas cenas que não acho boas para crianças. Com certeza o filme agradará mais a jovens e adultos.

 Qu'est-ce qu'on a fait au Bon Dieu? - é um filme francês, laçado em 2015, no Brasil. Conta a história de um  casal  que tem quatro filhas. Católicos, conservadores e um pouco preconceituosos, eles não ficaram muito felizes quando três de suas filhas se casaram com homens de diferentes nacionalidades e religiões. Quando a quarta anuncia o seu casamento com um católico, o casal fica nas nuvens e toda a família vai se reunir. Mas logo eles vão descobrir que nem tudo é do jeito que eles querem.

Em uma época, como a de hoje, onde tudo virou preconceito, essa família consegue driblar os mitos e os tabus, e todos chegam a uma harmonia, com muito humor e boas risadas.


terça-feira, 13 de setembro de 2016

Faça você mesmo

Em épocas de vacas magras, tempos difíceis economicamente falando, é a melhor época para exercer a criatividade, e treinar todos em casa para entrar no mesmo ritmo de aproveitar tudo, e dar a volta por cima da inflação.

Quem mora no Brasil, e vive em grandes cidades, entende bem que precisa fazer seus próprio consertos, em casa, sem a ajuda de profissionais que aproveitando da situação de inflação acabam cobrando cada vez mais caro por seus serviços.

Com uma pequena máquina de costura, portátil, simples, de pontos retos, podemos fazer desde bainha nas roupas, até pequenas reformas de cortinas e estofados. Assim evitamos os gastos com estofadores e costureiras. 

Uma ideia boa é fazer um mutirão em casa e comover a todos a ajudar nos consertos da casa, em um dia de um final de semana. Programar o que precisa ser feito, comprar os materiais necessários para os consertos e estar com tudo em casa no dia combinado. 
 
Aqui em casa fizemos uma reforma geral em um dos quartos. Foi espetacular a colaboração de todos, para o maior conforto de um. Até os que já estão casados e moram fora vieram ajudar de alguma forma. Resultado: quarto pintado, armários embutidos pintados, faxina feita, mobília recolocada, tudo pronto, com cara de novo.

A empolgação foi tal que continuamos fazendo nós mesmos outras pequenas reformas. Partimos para um sofá, de linhas retas, que estava em estado crítico, e colocamos ele novinho em folha, com cara de saído da fábrica. 

Um dos filhos começou a se equipar de pequenos instrumentos para facilitar os serviços que foram de grande valia: grampeador de estofados, parafusadeira,  furadeira, rolinhos de pintura, pincéis, lixadeira elétrica, e por aí foi se equipando. Fizemos uma grande economia, mesmo com esses novos gastos.

Para se ter ideia, um estofador nos cobrou , por reformar um sofá de três lugares, todo reto, o valor equivalente a 550 dólares. No valor de hoje, R$1800,00. Com todo o material que compramos só gastamos 76 dólares, R$250,00. Conseguimos terminá-lo em um dia apenas.Sendo , na maior parte do tempo, apenas duas pessoas fazendo.

Várias amigas, com filhos pequenos, partiram para o mesmo esquema: confeccionando roupinhas de criança, preparando os enfeites das festas de seus filhos, assim diminuindo bastante os gastos. 

Cada família se quiser fazer economia e ao mesmo tempo ajudar no equilíbrio da economia da sua cidade, pode aproveitar a crise e tirar bons proveitos dela, basta ter um pouquinho de habilidade e colocar mãos a obras.

Trocar lâmpadas, trocar uma torneira, consertar o fio do abajur, são coisas bem fáceis de fazer, basta tomar os cuidados certos, como, desligar o interruptor, antes de trocar; fechar o registro de água, antes de tirar a torneira, tirar o fio da tomada, para consertar o abajur. 

Vamos começar fazendo coisas pequenas que logo estaremos pintando o sete em casa!

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

O desejo de possuir

Todos nós gostamos de possuir. Gostamos muito. Até a pessoa mais desprendida tem esse desejo, ele varia de pessoa para pessoa: possuir o saber, possuir bens materiais, possuir o controle das situações, possuir a atenção de alguém, e por aí seguem os nossos desejos de ter.

Possuir é um meio de comunicar-se. O bebê leva à boca os objetos, e examina-os para conhecê-los; choram quando lhes tiramos algo. Já por volta dos 3 a 4 anos conhecem o "meu". Tudo quer para si. Do pai ao cachorro, brinquedos velhos. Por que?

As crianças tendem a ser egocêntricas. Estão acostumadas com tudo girando a seu redor, e como ainda não é muito sociabilizada se sente o centro do mundo. Quando as famílias são numerosas esse egocentrismo se dilui, porque há desde sempre na vida das crianças uma divisão: a mãe não fica o tempo todo por conta dela, tem outros para olhar e atender; num dia um está doente, dia seguinte é um que precisa de apoio nos estudos, deste modo vão aprendendo de forma mais fácil a dividir e a ceder. O que não quer dizer que por nossa natureza uns não sejam mais egocêntricos que outros. A convivência em família, com muitos irmãos, é benéfica.

A medida que a criança vai crescendo, torna-se assustador, pelos limites que vamos impondo a ela, e pela própria dificuldade de domínio da maior parte das situações.

Cada vez mais, então, teremos que trabalhar com nossas crianças os limites do ter, de possuir algo novo. De aceitar aquilo que a está sendo oferecido. Seja carinho, ou a quantidade de alimento, tudo terá uma quantidade e precisará ser aceito com alegria e conformidade, para que aprendam a dar valor ao que tem e satisfazer-se, para chegar a felicidade.