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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Dicas para viver bem numa sociedade de consumo

Por Rafael Carneiro da Rocha

Vivemos numa sociedade de consumo. Precisamos comprar, mas muitas vezes não sabemos como usar o nosso dinheiro. O que é necessário? O que é supérfluo? Na hora de fazer as contas, quando nos assustamos com tantas despesas é que sentimos o incômodo peso da responsabilidade (ou falta dela). Entramos numa fria, porque não soubemos resistir aos excessos consumistas.

Diante dessa realidade capitalista, somos inclinados a encarar a vida como um vai e vem de despesas. Porém, precisamos ser mais do que consumidores. Precisamos ser pessoas, criaturas com inteligência e criatividade.

Não podemos deixar que o “bom senso” pregado pela sociedade sempre dite os rumos de nossas vidas, até porque numa sociedade imperfeita os “bons sensos” são muitas vezes imperfeitos. Se a sociedade de consumo rebaixa jovens à condição de causadores de despesas, o “bom senso” pregará que os casais não tenham filhos ou, se tiveram, que respeitem as atuais taxas nórdicas de 0,8 crianças por família. É preciso ter criatividade para ter os benefícios da sociedade de consumo como acessórios para a vida e não como determinantes.

Uma medida bacana que gera economias consideráveis a longo prazo é anotar todos os gastos e fazer uma espécie de planilha orçamentária a cada mês. Não precisa nem ser algo sofisticado. Confesso que uma das minhas lacunas graves de conhecimento é não saber usar o Excel. Para pessoas pouco afeitas à tecnologia como eu, anotar tudo numa agenda e passar os gastos à limpo no fim do mês funciona da mesma forma. Assim, é possível descobrir onde gastamos de forma problemática.

Mas se o comportamento disciplinado for muito chato para você e a avareza nunca fez parte do seu vocabulário, uma recomendação é que se saiba agir em parceria com os impulsos consumistas. Às vezes é bom traçar grandes planos de consumo. Selecionar investimentos muito satisfatórias, como uma viagem dos sonhos ou a aquisição de um imóvel, é uma forma agradável e consoladora de descartar algumas despesas não fundamentais. Trocar o carro por um modelo mais barato e econômico pode significar, por exemplo, uma forma de poupar que terá grande valia no futuro.

Pesquisar cuidadosamente antes de comprar coisas caras, manter apenas um cartão de crédito, não ceder à vontade de “impressionar” os outros e dar preferência sempre que possível ao pagamento à vista são outras boas medidas para ter um pouco de sossego na administração das finanças.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 57)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem à vontade nossas amigas.

1 - A. diz: O uso do ecstasy por adolescente pode causar aborto?
E pode provocar algu
ma anomalia no bebê?

RESP: Car(o) a.A,
Qualquer droga, lícita ( medicamentos, fumo, álcool ) ou ilícita, utilizada durante a gravidez pode provocar alterações sérias no bebê e por esta razão sempre se recomenda acompanhamento pré-natal por um médico. Ele deve ser informado dos hábitos do casal, alimentação, uso de medicamentos e/ou drogas para bem acompanhar a evolução da gestação e cuidados a serem tomados antes, durante e após o parto.
Pode voltar a falar comigo sempre que desejar! Atenciosamente, Mannoun

2 - A. diz: Estou me separando e gostaria de saber que problemas isto pode causar para meu filho de 13 anos? Ele é um menino muito quieto e não costuma expor seus sentimentos. Como devo agir depois de separada, com as idas e vindas da casa do pai com a nova mulher? L.S.

RESP: Cara Sra.L.S.
Toda separação é traumática para os filhos, porque o ser humano, qualquer que seja sua idade deseja ter os pais juntos, uma vez que em seu coração os pais formam uma unidade inseparável.
Ele é único filho?
Procure conversar com ele serenamente, sem culpar o pai, e tente explicar que o amor abalado entre o casal não compromete o amor dos pais pelos filhos e que ele sempre será amado por vocês, independente de estarem ou não juntos na mesma casa.
Peça ao pai que faça o mesmo e ainda que seu filho seja calado, procurem amenizar seu sofrimento sempre falando bem um do outro,respeitando -se, e a senhora deve fazer um esforço por não fazer perguntas sobre a pessoa com quem o pai está, especialmente nas suas idas e vindas à nova casa.
Proporcione boas amizades ao filho, se ainda não as tem, que pratique esportes, que tenha por perto os tios, padrinhos de quem ele goste e com quem possa abrir seu coraçãozinho.
Vocês têm uma Religião? Importa muito, especialmente em situações semelhantes, acreditar em Deus e praticar sua fé, ter esperança, alegria, bom humor!
Fico a seu dispor sempre que desejar. Afetuosamente, Mannoun

3 – R. L diz: Doutora: A senhora hoje respondeu sobre homossexualismo e eu tenho uma dúvida. Sou casado e tenho 4 filhos. O mais velho tem 14 anos e disse para nós que era gay. Nós o levamos a um psiquiatra depois de muita luta e o psiquiatra disse que se ele era gay deveria só cuidar de usar preservativo e que ele nasceu assim, etc. Disse que não há tratamento para curar homossexualismo porque isto não é doença.
Ficamos perplexos. Que a senhora nos recomenda? Estamos desesperados e moramos em Vitória no Espírito Santo
Caro Sr. R.L.

RESP: Não fiquem tão aflitos- !
Aos 14 anos seu filho está descobrindo sua sexualidade e não nos esqueçamos que há todo um trabalho organizado da mídia para envolver as pessoas e atraí-las para um caminho muito largo que incentiva o " modismo" da homossexualidade .
Muitas correntes da Psiquiatria seguem a filosofia liberal de que se deva respeitar a “opção sexual” de quem quer que seja, entendendo como respeitar, o " deixar acontecer sem maiores esclarecimentos"
. Acontece que um Adolescente ainda não tem definidas suas opções e em se tratando do SEU filho não nos esqueçamos dos seus 14 anos e de que está em pleno desabrochar para a vida .
É dever dos pais buscar todos os recursos ao seu alcance para bem orientá-lo nas suas incertezas, buscas, sonhos.
Por outro lado penso que é muito cedo para que ele se apresente a vocês como “gay", segundo o seu relato. É comum que os Adolescentes gostem de estar em evidência, de causar um choque, rebelar-se ante os valores familiares. Não seria este o caso? Estaria ele imitando alguém que admira?
A família pratica alguma religião?
É bom que os pais busquem pessoas confiáveis, bem formadas e que sejam do seu relacionamento próximo para que, com muitíssima delicadeza e firmeza, orientem a vocês, os pais e tenham acesso ao seu filho.
Que ele se cerque de boas amizades, pratique esportes, dedique-se a atividades recreativas em grupo. Convidem colegas e amigos dele para sua casa,organizem lanches, churrascos, pizzadas, atividades onde vocês possam ver e conhecer gostos, atitudes, relacionem-se com os amigos dos filhos. Não discutam - conquistem a confiança dele !
Esclareço que não importa que o Código Internacional das Doenças, tenha retirado o termo: ”DOENÇA” em relação ao homossexualismo. Nós, os profissionais da Saúde não somos consultados, quando se toma uma decisão deste tipo...
Há toda uma corrente liberalista em voga,que deseja que o ser Humano tenha APENAS um lado ANIMAL, igualando-o dentro da escala biológica animal...
A verdade é que devemos lembrar que existe diferença entre o NORMAL ( o mais freqüente ) e o NATURAL - aquilo que pertence à natureza do SER.
Assim, o SER HUMANO pela lei natural, nasce HOMEM OU MULHER e não é um ente- como desejam - que escolherá um dia o que deseja ser - homem/ mulher ou ambos....Não se deve esquecer que muitos preferem ignorar a diferença entre a TENDÊNCIA e a prática do homossexualismo, bastante confundidas !
EXISTE SIM! tratamento para quem deseje deixar a homossexualidade ou para não ingressar nela. Há psicólogos ( heróicos, porque são muito perseguidos ! )que trabalham com pessoas que desejam deixar a homossexualidade, com bons resultados.
Podem acessar abraceh@urbi.com.br e pedir maiores esclarecimentos.
Fico a seu dispor e peço desculpas pela longa resposta...
Atenciosamente, Mannoun

domingo, 29 de agosto de 2010

Uma leitura envolvente: A Canção de Bernadete

Por Maria Teresa Serman
O livro A Canção de Bernadete, de Franz Werfel, conta a história da vidente de Lourdes, jovem camponesa simples e pouco letrada. Em 11 de fevereiro de 1858, na vila francesa de Lourdes, às margens do rio Gave, Nossa Mãe, Santa Maria, manifestou de maneira direta e próxima seu profundo amor para conosco, aparecendo a uma menina de 14 anos, chamada Bernadete Soubirous.

A história da aparição começa quando Bernadete, que nasceu em 7 de janeiro de 1844, saiu, junto com duas amigas, em busca de lenha na Pedra de Masabielle. Para isso, tinha que atravessar um pequeno rio, mas como Bernadete sofria de asma, não podia entrar na água fria, e as águas daquele riacho estavam muitas geladas. Por isso ela ficou de um lado do rio, enquanto as duas companheiras iam buscar a lenha.

Foi nesse momento, que Bernadete experimenta o encontro com Nossa Mãe, experiência que marcaria sua vida: “senti um forte vento que me obrigou a levantar a cabeça. Voltei a olhar e vi que os ramos de espinhos que rodeavam a gruta da pedra de Masabielle estavam se mexendo. Nesse momento apareceu na gruta uma belíssima Senhora, tão formosa, que, ao vê-la uma vez, dá vontade de morrer, tal o desejo de voltar a vê-la”.

“Ela vinha toda vestida de branco, com um cinto azul, um rosário entre seus dedos e uma rosa dourada em cada pé. Saudou-me inclinando a cabeça. Eu, achando que estava sonhando, esfreguei os olhos; mas levantando a vista vi novamente a bela Senhora que me sorria e me pedia que me aproximasse. Ms eu não me atrevia. Não que tivesse medo, porque quando alguém tem medo foge, e eu teria ficado ali olhando-a toda a vida. Então tive a idéia de rezar e tirei o rosário. Ajoelhei-me. Vi que a Senhora se persignava ao mesmo tempo em que eu. Enquanto ia passando as contas ela escutava as Ave-marias sem dizer nada, mas passando também por suas mãos as contas do rosário. E quando eu dizia o Glória ao Pai, Ela o dizia também, inclinando um pouco a cabeça. Terminando o rosário, sorriu para mim outra vez e retrocedendo para as sombras da grupa, desapareceu”.

Em poucos dias, a Virgem volta a aparecer a Bernadete na mesma gruta. Entretanto, quando sua mãe soube disso não gostou, porque pensava que sua filha estava inventando histórias –embora a verdade é que Bernadete não dizia mentiras–, ao mesmo tempo alguns pensavam que se tratava de uma alma do purgatório, e Bernadete ficou proibida de voltar à gruta Masabielle.

Apesar da proibição, muitos amigos de Bernadete pediam que voltasse à gruta; com isso, sua mãe disse que se consultasse com seu pai. O senhor Soubirous, depois de pensar e duvidar, permitiu que ela voltasse em 18 de fevereiro.

Desta vez, Bernadete foi acompanhada por várias pessoas, que com terços e água benta esperavam esclarecer e confirmar o narrado. Ao chegar todos os presentes começaram a rezar o rosário; é neste momento que Nossa Mãe aparece pela terceira vez. Bernadete narra assim a aparição: “Quando estávamos rezando o terceiro mistério, a mesma Senhora vestida de branco fez-se presente como na vez anterior. Eu exclamei: ‘Aí está’. Mas os demais não a viam. Então uma vizinha me deu água benta e eu lancei algumas gotas na visão. A Senhora sorriu e fez o sinal da cruz. Disse-lhe: ‘Se vieres da parte de Deus, aproxima-te’. Ela deu um passo adiante”.

Em seguida, a Virgem disse a Bernadete: “Venha aqui durante quinze dias seguidos”. A menina prometeu que sim e a Senhora expressou-lhe “Eu te prometo que serás muito feliz, não neste mundo, mas no outro”.

Depois deste intenso momento que cobriu a todos os presentes, a notícia das aparições correu por todo o povoado, e muitos iam à gruta crendo no ocorrido embora outros zombassem disso.

Entre os dias 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858 houve 18 aparições. Estas se caracterizaram pela sobriedade das palavras da Virgem, e pela aparição de uma fonte de água que brotou inesperadamente junto ao lugar das aparições e que deste então é um lugar de referência de inúmeros milagres constatados por homens de ciência.

O livro conta com fidelidade, numa narrativa agradável, a trajetória comovente da jovem, começando um pouco antes da primeira aparição. A vida dos escolhidos como portadores das mensagens da Virgem Maria ou de Nosso Senhor sempre foi marcada pelo sofrimento e pela cruel descrença até dos que lhes eram mais próximos. Com Bernadete não aconteceu diferente. Seu sofrimento só não foi maior que sua sobrenatural humildade. Padeceu de doenças e humilhações que lhe prepararam o caminho para a glória, junto à "Senhora de Massabielle". Hoje, a terra da camponesinha tímida é centro de peregrinações e local de oração e cura.

sábado, 28 de agosto de 2010

Crônica de Ficção: "O matador de coelhos completa 20 anos"

Há vinte anos, nascia aquele que se tornaria o terror dos coelhos, o mais precoce matador de indivíduos da família dos Leporidae.

Era uma tarde clara da primavera carioca, o pequeno matador, com dois anos de idade, fazia sua primeira vítima. Com uma vassoura e um golpe certeiro o branco animalzinho jazia sem vida na porta da cozinha. O menino havia recebido dois coelhinhos como presente de seus pais e um já havia virado estatística.

Ao ser interrogado por sua mãe porque havia justiçado o coelho, o pequeno matador afirmou: "Você me disse que não era para deixar o coelho entrar na cozinha. Ele não obedeceu". A frieza do pequeno garoto estarreceu sua mãe; e ela, temendo pelo pior, doou o outro coelho para uma moça que criava estes animais e disse a seu filho que o coelho havia partido para o céu dos coelhinhos.

Alguns meses depois veio a falecer a tia avó do pequeno matador, e ao comunicar-lhe a triste notícia sua mãe disse: "Tia XPTO foi para o céu". Ao que o pequeno retrucou: "Ela está junto com o coelhinho". Como se vê o menino era uma promessa.

Esta história é uma obra de ficção, qualquer semelhança com eventos passados ou presentes é uma mera coincidência.


Parabéns João Bernardo pelos seus 20 anos!

Li por aí (11) - Educação sentimental

Retirei o texto abaixo do blog do João Carlos, onde mostra bem, por onde andam os sentimentos. E podemos aproveitar as idéias na educação dos nossos filhos. Para que tenham mais controle sobre si e dominem suas reações intempestivas.

O coração é a sede dos sentimentos, mas os sentimentos devem adequar-se à realidade. Já pensou se, no cinema, um espectador caísse na gargalhada durante a exibição de um encontro romântico ou no momento da execução injusta de um personagem importante da trama? Ainda pior seria na vida real: isso ofende muito, demonstra egocentrismo e mina a confiança entre as pessoas.

Nem todo sentimento será de acordo com a razão (“o que deve agradar me agrada, o que deve desagradar me desagrada”). Diante dos sentimentos “irracionais”, que não correspondem às circunstâncias, às pessoas, ao momento…, o que fazer? Não parece eficaz mudá-los à força, nem aguardar que mudem por si mesmos. O mais indicado é ignorá-los e fazer o que se deve fazer, segundo o bom senso. Agindo assim, o gosto virá depois, com o hábito das boas reações já arraigado.

E os sentimentos razoáveis? Como saber que efetivamente correspondem a reações corretas? A racionalidade dos sentimentos vem dada pelas relações que supõem. O motivo de uma alegria, a finalidade de uma atitude aguerrida, a razão de uma esperança, etc., tudo isso ganha sentido no contexto das relações interpessoais. O sentimento tem um caráter relacional, mas o objetivismo exacerbado leva à dureza de coração.

Formação é a educação da vontade, inteligência e do coração. Mas, na sociedade tecnicista, os educadores infelizmente tem preferido encobrir a atrofia sentimental pelo consenso. É a etiqueta substituindo a estética.

Como você vai de educação estética?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Compartilhar experiências de vida: Dá pra fazer tudo junto e com alegria?


Esta história foi contada por uma amiga , compartilhando conosco suas lutas de vida após sua viuvez.

Quando a vida nos coloca numa situação pessoal e familiar muito exigente, como por exemplo, uma viuvez precoce e tendo que assumir a criação de filhos pequenos, tanto na parte espiritual quanto na emocional e econômica, pode parecer que faltou o chão... Então, é a vez de entregar o impossível para Deus. E exatamente porque fazemos isso, tudo aquilo que até então nos parecia um peso insuportável, começa a nos parecer mais como se estivéssemos recebendo um imenso abraço Dele, e é quando sentimos a filiação divina com mais intensidade.


Começam a surgir “do nada” as oportunidades de receber Bolsas de Estudos para os filhos, cursos de especialização para nós mesmos, que não imaginávamos fossem existir, e justo naquele assunto que nos interessava tanto aprender, ou desenvolver melhor... Tantas ajudas de amigos!

É conta de quitanda acumulada de um mês inteiro, que, quando vamos negociar com o moço, ele se espanta, dizendo que “mandaram quitar sua conta outro dia... não nos deve mais nada”. E os telefonemas de apoio, sugestões de sair para passeios, cinemas, e lanchinhos, para nos distrairmos... que então a gente agradece muito, mas explica que não existem mais essas possibilidades de LAZER no orçamento familiar, pois o pequeno precisou de algumas peças de roupas novas já que não cabe mais nas antigas, de tanto que espichou! Ou a maiorzinha, que queria tanto fazer um curso rápido de desenho para “treinamento do uso do lado esquerdo do cérebro” (ou seria do lado direito?); ou que precisaria de uma flauta transversa de 2ª mão que viu anunciada no jornal, para poder aprender a tocar um instrumento, quantas prioridades antes do LAZER!


Entre mudanças de residência para diminuir despesas, até de cidade, se preciso; de hospedagem “temporária” (12 anos!) com a família, para dar tempo ao tempo e todas as exigências legais de documentação se resolverem, recolocando as peças do enorme quebra-cabeças de volta no tabuleiro, chega o momento de cada um seguir seu caminho independente e de a gente encarar o fato de que não terá mais gente pequena dependendo de nós...seria mesmo um alívio isso? Ou saudade do antigo aconchego?


Mas, a gente vai seguindo adiante em meio a tantas dificuldades, até se sentindo mais fortalecido, e quando percebe, os filhos já saíram do ninho e a gente se pergunta meio que duvidando :como foi que o tempo passou tão rápido e agora não tenho mais que correr nem me preocupar tanto com o dia seguinte?


O que aconteceu na realidade, foi que, apesar da nossa fragilidade humana, a entrega confiada a Deus nos levou através dos anos como que por asas flutuantes sobre os problemas e, nessas horas mais sofridas e solitárias, é que justamente estávamos sendo carregados no colo do Pai Eterno

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quando a família muda de país

Tenho uma amiga querida que vai passar 2 anos na Índia, o marido vai a trabalho, e junto vai toda a família, com sua filha ainda pequenina.

Em conversa com ela vimos a importância de se levar pouca bagagem e muitas recordações. Dessa conversa surgiu a idéia de colocar aqui coisas que são importantes para que a criança mantenha acesos os vínculos com sua terra natal.

Levar pouca bagagem é importante, pois na volta trarão muitas coisas adquiridas lá fora. Este é um bom momento para se praticar o desapego das coisas materiais e guardar apenas as coisas que são verdadeiramente necessárias ou de importante valor sentimental. Além de que é um bom aprendizado para todos da família aprender a viver de diversas maneiras, sem criarem necessidades e a se adaptarem às novas situações que vão aparecendo com essas mudanças e a tudo de novo que sempre vai surgindo em nossas vidas.

Para quem sai do Brasil eu sugiro que leve alguns itens que serão importantes para o início de vida em um país com costumes diferentes dos nossos:

DVDs em língua portuguesa, de filmes infantis

Livros de histórias infantis

Um dicionário, de preferência nas duas línguas – a própria e a do país onde irá morar.

Álbuns de fotos com parentes e amigos – para deixar vivos na memória das crianças pequenos detalhes de sua casa, principalmente se vão retornar ao país de origem, para preservar suas raízes. Sugiro levar um porta retratos digital que diminui muito o volume da bagagem e em um só podemos arquivar no mínimo umas duzentas fotos.

Criar uma pasta com todos os documentos de cada um dos membros da família, com cartões de vacinações, certidões de nascimento e outros itens necessários e cópias.

Revistas e revistinhas em português

CDs de músicas que estão habituados a ouvir no seu país.

Remédios para os primeiros tempos – até se adaptarem aos costumes locais – coisas de primeiros socorros

Alguns brinquedos do dia a dia das crianças, como o ursinho de estimação e a boneca predileta. Não é o momento oportuno para fazer mais alguma separação, mesmo que o brinquedo esteja meio velho ou desgastado.

Coisas de uso pessoal para os primeiros meses, como sabonetes, creme dental, shampo, escovas de dente com os bichinhos favoritos. Serão cheiros e imagens da casa que tornarão o início da vida fora mais fácil de se aceitar. E como as crianças esquecem fácil, rapidamente também vão se adaptar ao novo local e aos novos costumes.

Mesmo para nós adultos e pais de família é bom ter a mão essas “recordações”, para manter vivos estes laços entre o que já vivemos e o que ainda está por vir.

Tudo isso fará parte do crescimento de cada um e será tanto melhor quanto mais natural for a forma de encarar a situação. Todos aprenderão muito e estarão mais aptos a toda e qualquer mudança que acontecer em suas vidas nas mais diversas circunstâncias.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Igualdade e diversidade

Por Maria Teresa Serman

"Desenvolvimento, maturidade, emancipação da mulher não devem significar uma pretensão de igualdade — de uniformidade — com o homem, uma imitação do modo de atuar masculino: isso seria um logro, seria uma perda para a mulher; não porque ela seja mais, mas porque é diferente. Num plano essencial — que deve ser objeto de reconhecimento jurídico, tanto no direito civil como no eclesiástico —, aí, sim, pode-se falar de igualdade de direitos, porque a mulher tem, exatamente como o homem, a dignidade de pessoa e de filha de Deus. Mas, a partir dessa igualdade fundamental, cada um deve atingir o que lhe é próprio; e, neste plano, dizer emancipação é o mesmo que dizer possibilidade real de desenvolver plenamente as virtudes próprias; as que tem em sua singularidade e as que tem como mulher. A igualdade perante o direito, a igualdade de oportunidades em face da lei, não suprime, antes pressupõe e promove essa diversidade, que é riqueza para todos."

Este trecho de uma das maiores inteligências espirituais e humanas que a humanidade já mereceu conhecer, São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei, resume com a pertinência que lhe era peculiar o que nos propomos a comentar aqui. Faz parte da coletânea de entrevistas que originou o livro "Questões Atuais do Cristianismo", da Ed. Quadrante.

A saudável diversidade da alma feminina e masculina vem sendo conspurcada, como um quadro onde borrões confusos ofuscam a apreciação da obra de arte. E essa confusão atinge maleficamente as relações entre homens e mulheres, agride a sociedade e dilacera a família.
A mulher, na sua justificada, a princípio, busca por reconhecimento jurídico e social, incorporou uma imitação macaqueada de características masculinas - vejam bem, não disse valores ou virtudes - que estragam as suas próprias, desvirtuando assim a sua essência original, que pressupõe audácia sim, não agressividade; autonomia, não libertinagem; valorização, não banalização de seu corpo e de sua personalidade.

Afirma-se independente, mas curva-se às determinações da mídia e de interesses escusos de entidades e pessoas que vociferam contra os que discordam de suas tentativas de escravização do ser humano. E nesta submissão recusa ter os filhos que acredita vão atrapalhar sua emancipação recente e um idealizado funcionamento da família, por estar sobrecarregada. Conflitos não lhe faltam, consequentemente.

É verdade que a dupla (não seria tripla ou quádrupla?) jornada da maioria das mulheres pesa no bom desempenho de seus múltiplos encargos. Por isso, elas vêm carregando muito mais sofridamente filhos e marido do que suas avós carregavam trouxas de roupa para o tanque. Por isso citamos novamente o mesmo autor:

" também é preciso pôr em prática pequenos remédios, que parecem banais, mas que não o são: quando há muitas coisas a fazer, é necessário estabelecer uma ordem, impõe-se organizar a vida. Muitas dificuldades provêm da falta de ordem, da carência deste hábito. Há mulheres que fazem mil coisas, e todas bem, porque organizaram a vida, porque impuseram com fortaleza uma ordem à abundância das tarefas. Souberam permanecer em cada momento no que deviam fazer, sem se desviarem pensando no que viria depois ou no que talvez houvessem podido fazer antes. Outras, em contrapartida, vêem-se afobadas pelos muitos afazeres; e, assim afobadas, não fazem nada."

É possível darmos vazão aos instintos femininos mais superiores - a necessidade de formar um lar, a maternidade, o exercício da profissão - sem nos submetermos a ditames que deformam nossa personalidade, concebida para altos vôos, em medíocre e frustrante rastejar.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Felicidade em família

Por Rafael Carneiro da Rocha

Muitas pessoas desistem de amar e de constituir famílias porque pensam que terão grandes problemas pela frente. Existe o medo de que uma pessoa para dividir a vida se transforme em fardo pesado e existe o medo de que os filhos se tornem criaturas ingratas.

Antes de ceder ao pessimismo infrutífero do “antigamente era melhor”, eu penso que vale a pena aceitar os desafios da realidade, tal como ela se apresenta ao nosso cotidiano. Hoje, pode ser que seja cada vez mais difícil “ser família”, mas o fato é que mais dificuldades superadas significam mais felicidade alcançada.

Não é bom ter uma vida comandada por medos. Eles devem ser enfrentados, porque quando se sente medo, a própria capacidade de compreender a realidade é prejudicada. É um absurdo pensar que uma pessoa amada é um fardo, assim como não há sentido algum em ter medo de constituir uma família.

Amor verdadeiro, aquele que solidifica felicidades, é sempre doação, entrega. Quem quer amar muito, está sempre disposto ao carinho, à compreensão e à paciência. É preciso amar sem ter a preocupação racionalizada de receber afetos na mesma medida. Citando exemplos bastante comuns, é desse modo que o pai paciente que ama seus filhos rebeldes ou a esposa perseverante que ama o seu marido insensível cultivarão terreno para os tesouros da vida. Não há vale de lágrimas que não se seque com a fortaleza do sorriso. Como deve ser feliz a pessoa que sorri quando, teoricamente, não teria razão nenhuma para isso.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 56)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem à vontade nossas amigas.

Sinais diferentes no comportamento

1 – A. diz: Dra quais são os sinais que podemos observar num filho que demonstre sua homossexualidade? Um menino de 10 anos já pode dar sinais disso?

RESP:Caro A. Sua pergunta é extremamente delicada para responder de longe...
Se algo chama atenção no modo de ser dos filhos,vale a pena conversar com o médico da família, ou com um bom profissional a que os Pais tem acesso, o Pediatra ou algum professor dos filhos para que alguém, fora do contexto familiar avalie com vocês a sua preocupação. Revejam os Valores da família e com serenidade reflitam que aos 10 anos o desenvolvimento puberal está em início, as mudanças físicas, emocionais, intelectuais estão se processando e a interferência do meio em que se vive é muito grande.
Aos 10 anos se podem notar gestos, atitudes, preferências nas crianças que chamam a atenção dos pais e familiares para algo diferente. No entanto, uma coisa é a tendência e outra o “rótulo”.
Como os filhos são educados? Quais as preferências, as conversas, os gostos? Como se vive vida em família? Os pais são rígidos, ou permissivos?Que tipo de filmes, programas de TV, internet se assiste? Que comentários são feitos?
Tudo isto pode confundir uma cabecinha que ainda não sabe discernir caminhos e deve SEMPRE haver extrema delicadeza ao se abordar qualquer pessoa, especialmente uma criança e um Adolescente que estão se abrindo para a vida! Uma palavra intempestiva pode ferir magoar, e provocar um fechar-se em si mesmo, causando muito sofrimento desnecessário. Por outro lado, a omissão é também causa de dor...
Minha sugestão é que busquem a orientação de alguém mais próximo a vocês. Em quem confiem e com quem possam - de viva voz- trocar idéias.
Fico a sua disposição para novas informações.
Atenciosamente, Mannoun

Como nam
orar aos 14 anos
2 – H. M.diz: Como falar com uma filha de 14 anos o que deve e o que não deve fazer com o namorado? Aliás, devo deixar que namore um rapaz de 19 anos? É perigoso?

RESP: Cara Sra .H.M. Ninguém tem mais acesso ao coração dos filhos que os pais, especialmente a mãe que está- em geral- mais próxima.
Os Valores com os quais os pais educam os filhos é que orientarão as condutas que eles terão ao longo da vida.
A meu ver, 14 anos é uma idade precoce para um namoro, que deve ser um tempo de conhecimento mútuo para uma escolha de vocação. É idade de ter muitos amigos, sair em grupo, passearem, distrair-se, praticar esportes, ter aulas de teatro, música, dança... Um namoro exige exclusividade e os dois perdem a oportunidade de escolher e fazer boas amizades.
Um jovem de 19 anos já teve as suas oportunidades de fazer amigos, relacionar-se socialmente e está na etapa de poder procurar alguém mais próximo em seu grupo de relações para iniciar um namoro, enquanto que sua filha está vivendo um momento único de estabelecer laços,descobrir e fazer amizades e conviver com elas.
A senhora é mãe, conhece bem sua filha e irá avaliar com o pai, o que seja o melhor para ela.
Fico a seu dispor para outros esclarecimentos que desejar. Atenciosamente, Mannoun

domingo, 22 de agosto de 2010

QUICHE LORRAINE de queijo e presunto.

Taí, um prato que todos gostam e fácil de fazer. Fica bom para um lanche informal ou como complemento num jantar sofisticado. Pode servir como entrada junto com uma saladinha de alface e tomatinhos cereja. Fica lindo e saboroso.

A família vai gostar e os amigos também.


MASSA:
100 gr de margarina(temperatura ambiente)
2 colheres (sopa) de água
3 xícaras de farinha de trigo

RECHEIO:
250 gr de presunto picado
250 gr de queijo prato picado
CREME:
1 lata de creme de leite sem soro
2 copos de iogurte natural
4 ovos batidos
50 gr de queijo parmesão
sal pimenta do reino nos noz-moscada a gosto.

MODO DE FAZER:
Misture os ingredientes da massa colocando o trigo ate formar uma massa homogênea.
Deixe descansar por 30 minutos e abra num pirex ou forma de fundo removível, dando o formato de uma torta.
Fure levemente com um garfo o fundo e as laterais da massa,
Corte o queijo e o presunto, misture os 2 e espalhe sobre a massa.
Numa tigela, bata os ovos, acrescente o queijo, os iogurtes, o creme de leite, sal pimenta, nos noz-moscada, mexendo sempre pra ficarem bem misturados.

Coloque este creme sobre o recheio. Asse em forno pré aquecido.
Asse em forno médio/baixo ate dourar levemente.

O RECHEIO DO QUICHE vc pode variar e colocar qualquer um de seu gosto,so nao pode ter molho no recheio. Vc pode fazer de : camarão,frango,palmito,bacalhau,brócolis,alho poro,cebola,calabresa e outros.......

sábado, 21 de agosto de 2010

Filtro para iPhone um marco histórico

Hoje foi lançado, após meses de desenvolvimento, a primeira versão do Netfilter para iPhone e iPod Touch, com o valor promocional de US$ 2,99:

http://itunes.apple.com/br/app/netfilter-content-filter/id386618854?mt=8

Um pouco de história
Há dez anos, surgia, primeiro como uma divisão da SpeedComm e logo a seguir como uma empresa separada subsidiária, a Netfilter. Apesar de não estar na empresa desde o começo posso atestar que durante 10 anos a Netfilter viu muito da história da Internet ser feita e participou ativamente dela. Não foi uma participação espetacular como as gigantes do setor mas acredito que demos nossa contribuição para tornar a internet um ambiente produtivo e saudável. Quando ela completar os 10 anos de fundação, farei um histórico completo.

Netfilter no iPhone/iPod Touch
Os aparelhos móveis são, como todos já notamos, uma plataforma onde cada vez o acesso à Internet será comum. Já há alguns anos percebemos isto, mas devido a heterogeneidade dos modelos era, e ainda é, difícil fazer um filtro de conteúdo para cada modelo de aparelho. Nossa estratégia tem sido procurar implantar filtragem nas operadoras e fornecer filtros para os aparelhos que apresentam um maior potencial de acesso à internet.
Neste contexto o lançamento de hoje, do Netfilter for iPhone, é um marco na nossa história como empresa e todos os funcionários da Netfilter estão orgulhosos desta conquista. Por outro lado, é um fato importante para os pais terem mais tranquilidade ao permitirem que seus filhos acessem a Internet nos seus iPhones ou, mais comumente, nos iPod Touch.


Esperamos em breve poder fornecer o mesmo serviço para usuários de outras plataformas móveis.

Dicas de como criar oportunidades para ampliar seus conhecimentos

Por Patrícia Carol Dwyer
Dando continuação ao tópico - A Importância de Ampliar Seus Conhecimentos Gerais, vamos as dicas para se ampliar estes conhecimentos:

I. Fazer uma poupança dentro das possibilidades de cada um, para, durante o período de férias escolares, sempre que possível, VIAJAR para lugares que ainda não conhece, nem que seja por um curto período de uma semana ou dez dias. Nesse tempo dá para se observar muitos aspectos culturais de cidades, países, povos diferentes, para não falar, na ótima oportunidade de treinar algum outro idioma que possa estar estudando no momento.

II. Outra forma importante de criar um diferencial no currículo é fazer INTERCÂMBIO ESTUDANTIL. Quem já passou pela experiência, garante que voltou diferente e para melhor, trazendo uma nova consciência de mundo, de tolerância e convivência com o próximo.

III. Não menos importante é se manter atualizado no que está acontecendo na sua própria cidade e país, especialmente em termos de ARTE. Para tanto, é importante assistir a bons filmes,(alguns premiados) seja pela qualidade artística, pelo roteiro, pelo desempenho dos atores, mas sempre escolhendo como prioridade a qualidade da mensagem que transmitem: se enaltecem valores positivos, se estimulam atos de coragem e generosidade, incluindo assuntos belos e sensíveis. Avaliar ainda se, tratando de algum aspecto de sexualidade, sabem elevá-lo ao nível de grandeza que merece, mostrando a dignidade da vida humana e familiar. Isso vale também para tudo o que possamos extrair em visitas regulares a boas bibliotecas, exposições de pintura e escultura. Livrarias e espetáculos teatrais e musicais também são excelentes locais para se freqüentar na busca para expandir horizontes de sensibilidade e criatividade.

IV. A prática de esportes variados e participação em competições é outra ótima forma de socialização. As pessoas que participam da mesma atividade não apenas se conhecem como colegas de quadra, corrida, natação, entre outros, mas podem se transformar em novos e fiéis amigos, em um relacionamento fraterno e generoso, devido ao ambiente saudável e estimulante que compartilham.

V. Qualquer curso extra-curricular com o qual sintamos afinidade cultural, sendo sério e bem freqüentado, além do estudo de idiomas estrangeiros, deve ser cogitado como base para desenvolvimento de novas frentes de interesse, desde que não se acumulem ao ponto de prejudicar a convivência com a família, com os amigos e o desempenho das atividades básicas que já estamos cursando.

VI. Finalizando as dicas, o cultivo de “hobbies” é importantíssimo, pois, além de servir como desenvolvimento de aptidões pessoais, pode ser útil também para elevar o nível de profissionalização. Quantas vezes o que começou como uma brincadeira em família, entre amigos, como fotografar festas, filmar viagens, eventos, acaba se solidificando em trabalho criativo e lucrativo. O mesmo vale para os corais improvisados, os trios ou quartetos musicais, que podem revelar o talento de um grupo de amigos, chegando a fazer sucesso como banda popular, ou conjunto instrumental clássico.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Para ver em família- O Milagre de Berna

Colaboração de Eduardo Pereira

titulo original: (Das Wunder von Bern) - lançamento: 2003 (Alemanha)
direção: Sönke Wortmann - atores: Louis Klamroth , Peter Lohmeyer , Johanna Gastdorf , Mirko Lang , Birthe Wolter - gênero: Drama

Um filme equilibrado, que mostra um drama familiar pós guerra e a história da seleção alemã campeã de 1954, sem ser piegas ou obvio demais. Quem é apaixonado por futebol e cinema vai adorar o filme que conta a história de um garoto em busca da figura paterna,de um homem a procura do amor de sua família e de uma nação carente de heróis.

Dois eventos que marcaram a história da Alemanha no pós-2ª Guerra Mundial: a queda do Muro de Berlim e a histórica vitória da Seleção da Alemanha na Copa do Mundo de 1954, que ficou conhecido como o milagre de Berna, numa referência à cidade suíça onde ocorreu o jogo. As lembranças do jogo, que deu à Alemanha seu 1º título mundial, são mostradas através da família Lubenski, que vive na pequena cidade de Essen-Katernberg.

É uma lição de vida, muito bem interpretado e quanto ao futebol dá uma saudade dos tempos em que, além de amadores, os jogadores davam tudo de si para conseguir uma vitória, tudo por garra, coração, entusiasmo, patriotismo. Um filme desses nos emociona e faz recordar melhores tempos.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Família e Escola: aliados ou inimigos?

Por: João Malheiro, doutor em Educação pela UFRJ

Alguém me dizia certa vez, evidentemente de forma irônica, que se um marciano aterrissasse no nosso planeta e observasse o nosso relacionamento social, perguntaria perplexo a qualquer terráqueo: “Olhe: aconteceu alguma revolução recentemente nas famílias de vocês? É que se percebe um fato curioso: os pais vão buscar os filhos às quatro horas da manhã numa festa longínqua, carregam suas mochilas quando os levam para a escola mesmo já grandinhos, correm desesperados aos supermercados para comprar guloseimas que seus pimpolhos lhes exigem deitados no quarto vendo TV, matam-se de trabalhar para que eles viajem nas férias para a Disney, chegam indignados nas escolas para reclamar das más notas com os professores... Os jovens fizeram alguma revolução e estão “dominando” a terra?”

Apesar de que tais filmes de ficção estejam na moda, na verdade a cena imaginada reflete a realidade do momento. Percebe-se um crescente excesso de protecionismo sobre os filhos e consequentemente uma geração de pais exaustos e de filhos superprotegidos e imaturos. Vários motivos para tais comportamentos paternos são apontados pelos psicólogos e sociólogos: desejo de compensar ausências físicas, desconhecimento de outras formas mais profundas de amar, influências modernistas que não se pode exigir, associação distorcida do prazer com felicidade, visão do sofrimento como um mal que é preciso evitar a qualquer custo, frustrações de infância que se projetam depois nos filhos, formas egoísticas de amar-se a si próprios através dos filhos como extensões do próprio eu...

Há alguns anos, nas escolas dos Estados Unidos ganhou fama o conceito de “pais helicópteros”: bastava o filho chegar a casa com uma suspensão da diretora da escola, ou emburrado devido a uma advertência mais incisiva de um professor, ou ainda exibindo algum arranhão no braço fruto de uma briga no recreio para que os pais aterrissassem imediatamente no colégio para pedir explicações. Infelizmente, como quase tudo que acontece por lá, esta moda também chegou à nossa realidade brasileira. Muitos pais vêem no centro educativo que escolheram para educar seu filho apenas um lugar onde este deve aprender uma série de conteúdos da forma mais lúdica possível e sem esforço, e esquecem (talvez nunca tenham aprendido) que a escola deve ser muito mais do que isso. A escola deve ser um lugar privilegiado para formar, nos pupilos a inteligência teórica (a que lhe permite adquirir os conteúdos), a inteligência prática (a que o faz aprender a escolher aquilo que o torna realmente feliz), a vontade (que harmoniza inteligência e afetividade rumo ao bem) e, por fim, a afetividade (instintos, sentimentos, emoções, paixões) direcionado-a para os outros. Acredito, portanto, que os pais devam se preocupar muito mais com o que está acima do que com o importante resultado do ENEM...

Quando os pais se sentem os principais protagonistas desta educação integral e enxergam na escola apenas uma continuadora do que ensinam em casa, e quando tentam educar em todas essas frentes no seio do próprio lar, sentindo na pele que se trata de uma tarefa árdua, que exige muito mais dizer “não” do que “sim” – este último especialmente nos primeiros anos de vida até ao início da adolescência – ficam muito agradecidos por encontrar na escola uma aliada que também se sacrifica para que seu filho seja uma pessoa de verdade. Vislumbram, por trás da exigência do dever de casa, do livro difícil que é preciso ler, da obrigatoriedade do uniforme da educação física, da pontualidade na entrega dos trabalhos, da decência nos relacionamentos, um parceiro que quer realmente o melhor para o próprio filho.

Fica claro, portanto, que os “pais helicópteros” precisam refletir melhor acerca do genuíno conceito do que significa e para que serve educar, percebendo que não podem deixar-se dominar por sentimentalismos enganosos. Só pais com autoridade moral – isto é, que se esforçam por dar sempre bom exemplo e exigem dos filhos os mesmos valores e virtudes que vivem –, são capazes de compreender o verdadeiro papel da escola: formar um ser humano que pensa e que ama. Este será sempre o critério para avaliar corretamente uma escola.
Contra este excesso de protecionismo se rebelaram os pais Gever Tulley e Julie Spigler, fundando a Tinkering School. Trata-se de uma colônia de férias de verão nos Estados Unidos que pretende fomentar a criatividade dos jovens. Ali eles aprendem a fazer projetos, invenções e atividades de risco, supervisionados por monitores. Recentemente publicaram um livro intitulado “50 coisas perigosas que você deveria deixar os seus filhos fazerem” [Fifty Dangerous Things (you should let your children do)]. Escrito com uma boa dose de provocação, é um guia de jogos “perigosos” que oferecem alternativas de diversão altamente enriquecedoras: acender fogueiras com lupas, escalar árvores, jogar futebol de noite ou na chuva, atravessar um rio por uma corda, subir no telhado...

Mesmo admitindo-se que poderá haver alguma ideia disparatada no livro, este pelo menos tem o mérito de meter o dedo em uma das chagas contemporâneas: a obsessão pela segurança e em evitar a todo custo que os filhos sofram ou passem algum mau momento.

Logicamente, os pais deverão descobrir o ponto médio entre proteger demais e “deixar a coisa solta” (o que também é uma forma de egoísmo disfarçado). A prudência os levará a discernir o que verdadeiramente representa uma ameaça para os filhos e o que não. Mas devem ter presente que educar é sempre um risco da liberdade, e só confiando nas potencialidades racionais e volitivas dos filhos, ou seja, na capacidade que eles têm de ir distinguindo o bem do mal, fruto da boa educação na infância, será possível sonhar com filhos maduros, felizes e viver em paz.

e-mail: malheiro.com@gmail.com BLOG: escoladesagres.org

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Todos os casamentos são impossíveis

Por Maria Teresa Serman

O título é terrível, nós sabemos. Mas não resistimos a lhes dar um susto, motivadas pela leitura de um texto muito bom, no blog istoeumpagode.blogspot.com. Dele extraímos o fragmento a seguir.

"O casamento é a realização mais espantosa da humanidade. A mais utilizada forma de transmitir a existência e a única eficaz de transmitir a civilização. Que duas pessoas tão diferentes encontrem uma complementaridade fecunda para a vida e, através da sua união, dêem substância e continuidade à comunidade humana é sublime. Mais ainda, uma descrição objectiva do que está implicado na vida quotidiana de um casal mostra a qualquer observador perspicaz que ele é formalmente impossível. As núpcias que permanecem não são as fáceis e sem problemas, porque essas não há. Todos os casamentos são impossíveis. Alguns simplesmente existem e persistem. Os casamentos que duram constituem a realização mais espantosa da humanidade."

É o que todos pensamos no fundo e não temos coragem de admitir. A convivência de um homem e uma mulher sob o mesmo teto é teoricamente inexequível, ainda mais quando vêm os filhos. Seria hipocrisia afirmar o contrário. Como então conseguimos, os bravos lutadores esperançosos, levar adiante, com alegria e prazer, "a realização mais espantosa da humanidade"?

Além da persistência humana, é vital acrescentar mais ingredientes. Com uma visão rasteira e pseudo-realista, jamais qualquer homem ou mulher obteve sucesso nessa conquista. Aliás, a palavra é esta - CONQUISTA. Que se realiza em pequenas e cotidianas vitórias. Com as armas de sempre - amor, paciência, tolerância, muuuuito bom-humor e Deus. Ele é o terceiro vértice do casal que continua vencendo a "impossibilidade".

Citamos novamente um conhecido autor, a um tempo prático e profundo nos seus ensinamentos sobre as relações conjugais:

"O matrimônio é um caminho divino na terra."

"Mas não esqueçam que o segredo da felicidade conjugal está no quotidiano, não em sonhos. Está em encontrar a alegria escondida de chegarem ao lar; no trato afetuoso com os filhos; no trabalho de todos os dias, em que toda a família colabora; no bom-humor perante as dificuldades, que é preciso enfrentar com esportivismo; é também no aproveitamento de todos os avanços que nos proporciona a civilização, para tornar a casa agradável, a vida mais simples, a formação mais eficaz."

Sem nada mais a acrescentar, só queremos lembrar que o impossível acontece neste mundo o tempo todo, a cada momento, em cada instante de vida de cada ser humano, não é mesmo? Então, por que não insistir em alcançá-lo em algo especial como o casamento?

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Quer salvar seu casamento? Tenho a solução

Fazendo uma pesquisa ao Google, encontrei um blog que oferecia esta solução milagrosa. Não cito o dito, pois não quero dar ibope a algo que me parece estranho.

Ninguém pode dizer: “Salvo o seu casamento”, porque em primeiro lugar é preciso que o casal esteja determinado a fazer de seu casamento algo duradouro e feliz, e depois quem não conhece bem o casal já é digno de desconfiança desde o início.

Aquele que chegar aqui atrás de solução para seu casamento, eu sugiro que tome muito cuidado com as sugestões que encontrar pela internet a fora. Cuidado é pouco, tenha bastante cautela, pé atrás e fuja das idéias mirabolantes e fáceis.Casamento se salva e se cultiva no dia a dia, com luta diária e muito amor.

Um casal precisa, basicamente, para consolidar seu matrimônio, de:

1 – Confiança mútua.
2 – Renovar-se a cada dia buscando estar sempre atualizada e compatível com o nível do outro, ascenção em conjunto.
3 – Cuidarem da aparência e da higiene pessoal.
4 – Buscar sempre o que de bom o outro tem.
5 – Diálogo constante.
6 – Detalhes de carinho com o outro.
7 – Sair ao menos de 15 em 15 dias – só os dois- pra manter vivo o romance e a intimidade.

Quanto aos casamentos que estão em risco, sugiro que tentem ao máximo resolver tudo entre os dois apenas, marido e mulher. E se de fato não for possível, que busque ajuda de alguém confiável, que acredite no matrimônio e na família como célula principal da sociedade e que valorize isso.

Nunca deixem que alguém diga que seu casamento não tem jeito, busque até o fim uma solução para estarem juntos.

O famoso: casa separa, casa separa, já foi comprovado, não é uma boa alternativa na busca pela felicidade. É uma procura incansável por um ideal que nunca satisfaz e a pessoa corre o risco de terminar só, porque não soube transformar alguns obstáculos em vitórias, não em derrotas.