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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Compartilhar experiências de vida: Dá pra fazer tudo junto e com alegria?


Esta história foi contada por uma amiga , compartilhando conosco suas lutas de vida após sua viuvez.

Quando a vida nos coloca numa situação pessoal e familiar muito exigente, como por exemplo, uma viuvez precoce e tendo que assumir a criação de filhos pequenos, tanto na parte espiritual quanto na emocional e econômica, pode parecer que faltou o chão... Então, é a vez de entregar o impossível para Deus. E exatamente porque fazemos isso, tudo aquilo que até então nos parecia um peso insuportável, começa a nos parecer mais como se estivéssemos recebendo um imenso abraço Dele, e é quando sentimos a filiação divina com mais intensidade.


Começam a surgir “do nada” as oportunidades de receber Bolsas de Estudos para os filhos, cursos de especialização para nós mesmos, que não imaginávamos fossem existir, e justo naquele assunto que nos interessava tanto aprender, ou desenvolver melhor... Tantas ajudas de amigos!

É conta de quitanda acumulada de um mês inteiro, que, quando vamos negociar com o moço, ele se espanta, dizendo que “mandaram quitar sua conta outro dia... não nos deve mais nada”. E os telefonemas de apoio, sugestões de sair para passeios, cinemas, e lanchinhos, para nos distrairmos... que então a gente agradece muito, mas explica que não existem mais essas possibilidades de LAZER no orçamento familiar, pois o pequeno precisou de algumas peças de roupas novas já que não cabe mais nas antigas, de tanto que espichou! Ou a maiorzinha, que queria tanto fazer um curso rápido de desenho para “treinamento do uso do lado esquerdo do cérebro” (ou seria do lado direito?); ou que precisaria de uma flauta transversa de 2ª mão que viu anunciada no jornal, para poder aprender a tocar um instrumento, quantas prioridades antes do LAZER!


Entre mudanças de residência para diminuir despesas, até de cidade, se preciso; de hospedagem “temporária” (12 anos!) com a família, para dar tempo ao tempo e todas as exigências legais de documentação se resolverem, recolocando as peças do enorme quebra-cabeças de volta no tabuleiro, chega o momento de cada um seguir seu caminho independente e de a gente encarar o fato de que não terá mais gente pequena dependendo de nós...seria mesmo um alívio isso? Ou saudade do antigo aconchego?


Mas, a gente vai seguindo adiante em meio a tantas dificuldades, até se sentindo mais fortalecido, e quando percebe, os filhos já saíram do ninho e a gente se pergunta meio que duvidando :como foi que o tempo passou tão rápido e agora não tenho mais que correr nem me preocupar tanto com o dia seguinte?


O que aconteceu na realidade, foi que, apesar da nossa fragilidade humana, a entrega confiada a Deus nos levou através dos anos como que por asas flutuantes sobre os problemas e, nessas horas mais sofridas e solitárias, é que justamente estávamos sendo carregados no colo do Pai Eterno

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