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sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Pais e filhos nas redes sociais

Ao educar nossos filhos, nos surge esse novo desafio: exposição na internet. Atualmente precisamos de um capítulo a mais na formação das crianças e jovens - é muito importante aprendermos a nos comportar nas redes sociais, há uma nova etiqueta a observarmos.

Em primeiro lugar, como em todo processo educativo, é necessário dar o exemplo: comportamo-nos nas redes como gostaríamos que nossos filhos se comportassem? Respeitamos regras sociais básicas, e ainda, mais um detalhe, temos cuidado com a exposição demasiada ou inconveniente?
A juventude ainda tem certa resistência em ver seus pais, (principalmente a mãe), participando ativamente das conversas no facebook, twitter e outros, pelo fato de colocarem seus filhos em situações que eles consideram “mico”.

Quem não presenciou uma mãe corrigindo seu filho, por ter falado algo inconveniente na internet, ou postado uma determinada foto comprometedora? A mãe, de forma inconveniente, não poupa palavras, e o “pito” público toma proporções gigantescas e se perpetua nas fotos que os amigos tiram da página do mesmo, para ficar guardada para posteridade, e esses amigos mesmos vão “zoar” o garoto, sempre que puderem, ou encontrarem uma brecha que dê entrada outra vez ao mesmo assunto. De nada vai adiantar essa mãe se arrepender de ter lavado roupa suja em público, porque não existe mais privacidade, uma vez que o assunto entrou no cyberespaço.

Existe uma ética que devemos respeitar nas redes sociais para não nos comprometermos e nem comprometer os que nos são próximos, um acordo de cavalheiros, nunca ter conversas particulares nesses espaços públicos da internet. Evitar excesso de melações, declarações imensas de amor, para não constranger o jovem ou a jovem menina. Não usar o veículo – em que as conversas são públicas - para criticar ou passar um corretivo; evitar postar fotos das crianças pequenas e principalmente aquelas de roupas sumárias.

Devemos ensinar aos nossos filhos desde pequenos essa ética moral no uso da internet. Ensinando valores firmes de honestidade, pudor, caridade e justiça. Aquela regrinha de ouro, do “não faça aos outros o que não gostaria que fizessem a você.

Com certeza, aos poucos, as crianças e jovens do futuro bem próximo, já aceitarão como normalidade essa inserção dos pais nos mesmos meios de comunicação deles. Será como quando seus amigos vêm à nossa casa para brincar com eles, não permitimos que fiquem de portas fechadas e nem deixamos muito tempo, a sós, sem dar uma olhadinha no que fazem.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Etiqueta Social e Comportamento.


Para falar de etiqueta social é essencial primeiramente entender que não se trata de uma futilidade, de viver aprisionado a regras ou de se portar da mesma forma em todos os ambientes. Há quem rejeite qualquer formação neste sentido por não compreender a essência do tema, e há, ainda, fontes que associam a etiqueta com a luta de classes: seria algo que surgiu com o intuito de diferenciar a plebe da aristocracia.

Seja isso ou não, a verdade é que muitas regras são ferramentas importantíssimas no auxílio da convivência harmoniosa em sociedade. Etiqueta não é só para o indivíduo que se utiliza das regras, mas serve para o bem estar dos demais e nos ajuda a viver civilizadamente e harmoniosamente em sociedade.

Para ilustrar bem vou comentar algumas curiosidades e demonstrar como observar algumas regrinhas é importante e nos faz mais educados. Algumas coisas parecem óbvias, mas se tem uma coisa que é certa, é que o óbvio precisa ser dito. Tantas coisas óbvias não são praticadas no dia a dia e tantas regras cumprimos, mas não entendemos o motivo delas... Vamos ver algumas!
Falando ao celular em lugares públicos.

É muito comum se deparar com pessoas falando alto nas ruas e em lugares fechados cheios de gente. O ideal é falar ao telefone em lugares silenciosos para que não seja necessário ficar gritando ao telefone, repetindo informações e expondo o assunto particular a todos ao redor. Se é necessário falar ao telefone de imediato o ideal é mandar uma mensagem.

Ficar falando alto ao telefone é péssimo, sobretudo em ambientes fechados. Não interessa se você não se importa de expor sua conversa particular com as demais pessoas, mas é necessário se importar com a pessoa do lado que talvez esteja fazendo uma leitura, por exemplo. Quer dizer, não importa só o que você acha, mas também se o outro será afetado com a sua atitude.

Quando se é convidado para um casamento.

Ao receber um convite de casamento, primeiramente é importante abri-lo e se inteirar das informações o quanto antes, pois qualquer indisponibilidade com a data do evento os noivos precisam ser avisados. Num convite normalmente constam, além das informações praxes de dia/horário/data, algum site com lista de presentes ou contato para a confirmação de presença.  É importantíssimo ligar agradecendo e informando se irá comparecer ou não. Muita gente não se dá conta que para cada convidado existe uma movimentação grande em torno. No caso de um casamento com festa, os gastos são geralmente por pessoa. Desde o valor do buffet, até o aluguel de cadeiras, a festa foi pensada contando com você.

Se você não pode comparecer ao evento, é importante avisar com antecedência e mandar um presente e/ou um cartão felicitando os noivos. Isso mostra que, embora você não tenha podido estar presente, se importa com a ocasião e está grato por ter sido convidado.

À mesa / no restaurante.


Importante lembrar que algumas regras podem variar de acordo com a realidade cultural. A alimentação muda e os costumes também.

Você sabia que a posição que se deixa os talheres vai influenciar diretamente no trabalho do garçom?

1.    Ao acabar a refeição, os talheres nunca devem ficar cruzados e sim juntos, um ao lado do outro. Parece uma regra boba, mas isso passará a imagem ao garçom de que sua refeição foi finalizada e que ele já pode recolher o prato. Dessa forma o garçom não precisa atrapalhar uma eventual conversa perguntando se pode ou não retirar o prato.

2.    O guardanapo deve ser desdobrado e colocado no colo, levando-o sempre aos lábios, antes de utilizar a bebida, isso evitará que a borda do copo ou taça fique com os resíduos de comida.

3.    Os anfitriões ocupam a cabeceira da mesa.

4.    As taças são colocadas acima do prato ao lado direito, isso porque as bebidas são servidas também por este lado.

Que tal aprender mais sobre etiqueta e comportamento e ser uma pessoa cada vez mais global, preparada para qualquer situação?

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Papo de gravidez… para maridos

Por Alex Camillo

Fala, campeão! Vai ser papai pela primeira vez? Parabéns! E prepare-se… sabe aquele papo de hormônios e oscilações de humor? Pois é… é tudo verdade! É é meio que uma TPM que dura 9 meses um período delicado e emotivo de mudanças para a mulher… mas que pode sim ser curtida a dois, desde que você seja esperto e evite mal-entendidos! Vou dividir com você um pouco da minha experiência, já que passei por isso quatro vezes.
homemgravidez
Há dias que ela vai acordar super bem, chorar, rir, ficar irritada, depois chorar de novo, e depois ficar Zen… e você que acompanhe! Segue um “tradutor” que vai ajudar você a se comunicar com a dona encrenca esposa durante a gravidez e entender algumas reações que parecem malucas desproporcionais e algumas dicas.
Você Diz
Ela Entende
Está comendo por dois… Você está engordando.
Tem certeza que isso tudo é necessário? (coisas do enxoval) Não me importo e não quero gastar com o nosso filho.
O tempo não passa, né… Estou de saco cheio já.
Você fica linda grávida.
(diga assim mesmo!)
Você está gorda, mas eu te amo assim mesmo. Mas você está gorda.
Por que você está chorando? O que foi agora? Você está uma chata!
Esse horário está complicado para mim… (consulta ou ultrassom) Eu não quero ir, acho uma chatice essas consultas / exames de pré-natal.
Mas… não há risco para o bebê? Você é uma irresponsável que não sabe o que está fazendo!
Mas, será que não tem problema? (sexo na gravidez) Estou fugindo porque olhar para você enorme desse jeito é broxante desanimador.
Sentiu o drama?
Mas não se desespere, há algumas coisas que você pode fazer:
- Se informe sobre gravidez e parto, afinal seu papel é dar segurança, apoio e confiança à sua esposa.
- Ajude com as tarefas de casa (de verdade, só lavar a louça não vale), ou contrate uma diarista. Não seja um problema, traga soluções!
- Compre mais travesseiros. É comum a mulher dormir com uma pilha grande de travesseiros para se sentir mais confortável. Se não quiser ficar sem os seus, compre mais.
- Se o seu horário de trabalho permitir, vá às consultas, mas não dê muito pitaco. Se você não vai é porque não se importa, se vai e fala demais, é controlador. É aquela situação: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.
- Seja solidário. Se ela precisa cortar os doces, por diabetes gestacional, não vá você voltar do supermercado cheio de doces e guloseimas.
- Finja Demonstre se interessar por lembrancinhas, por quadro de porta de maternidade, e esses frufrus.
- Quanto à via de parto, a melhor postura é apoiar o que ela decidir, e se ela mudar de idéia na hora H, não vá ficar jogando na cara lembrando disso depois.
- Aceite pequenas mudanças na sua rotina sem reclamar. Dormir do outro lado da cama para ela poder levantar para fazer xixi durante a madrugada, deixar de tomar refrigerante, enfim, são incômodos pequenos perto do que ela está enfrentando para trazer ao mundo o seu bebê. Não fique resmungando!
- Faça agrados surpresa, como um lanchinho mais caprichado, um café na cama, massagem nas pernas e nos pés… mas fique ligado, não vai trazer café na cama no dia em que ela precisa ficar em jejum para um exame!
- Quanto ao sexo, não fique forçando a barra… é complicado engatar preliminares quando se está com enjôo, falta de ar, cólica, azia, refluxo, gases… ah, se esses escaparem, faça que não ouviu! Ou pelo menos, nada de ficar rindo e zuando lembrando.
- Chegou do trabalho? Nada de se isolar, indo jogar games ou assistir TV. Primeiro veja se ela precisa de alguma coisa, dê atenção, procure saber como foi o dia dela.
- Se tiver que tomar um chopp com a galera do trabalho, ligue para avisar, fique pouco tempo e volte para casa. Se você chegar tarde, trocando as pernas, enrolando a língua e com bafo de cerveja, vai arrumar sarna pra se coçar. E creia, sempre vai ter um amigo da onça que vai tirar uma foto sua abraçado com aquela colega da faculdade gostosa bonita e vai postar no facebook, te marcando na foto – estresse na certa.
- Não leve um bando de machos barulhentos e bagunceiros para assistir futebol na sua casa, principalmente sem avisar! Se quiser fazer isso, deixe-a na casa da mãe dela, depois que seus amigos forem embora limpe e arrume tudo, depois pegue-a na casa da mãe. Você vai marcar muitos pontos! Aliás, não leve visitas sem avisar nunca: conforme a gravidez avança, será difícil manter uma casa arrumada e limpa o tempo todo, e não é culpa da patroa esposa. Você corre o risco de pagar mico e estressar a sua mulher.
- Falando em mães e cobras sogras: Não se estresse batendo boca com a mãe dela. No final das contas o bebê é de vocês e as decisões também. Nesse momento, normalmente elas querem o apoio da mãe. E quanto à sua… esteja preparado para dar um “corte” carinhoso na sua mãe quando ela quiser interferir demais. Fêmeas marcam território, e na gravidez então…se você não quer se aborrecer, é bom que logo deixe claro para a sua mãe que vocês valorizam muito a experiência e as sugestões dela, mas que quem manda é sua esposa irão tomar as decisões juntos, como um casal.
- Em qualquer situação, se não souber o que fazer, esteja presente, disponível e pergunte: “O que posso fazer para ajudar?” E faça mesmo!
- Por fim, não esqueça de demonstrar o seu amor e a sua gratidão por tudo o que ela está enfrentando para que o bebê de vocês nasça bem e saudável. Mais uma vez, parabéns, e tudo de bom pra vocês e o bebê!
Para os sobreviventes veteranos, deixe também sua dica nos comentários!

terça-feira, 28 de outubro de 2014

"Seguimos nadando"?

A família hoje esta apreensiva, com todas as mudanças que estamos vivendo em nossa nação. A falta de perspectiva de um mundo melhor, nos deixa cabisbaixos, com olhares tristes e distantes. Até o tempo chora, com lágrimas dos céus, um grande choro, lavando a nossa dor e nossas preocupações por dias melhores.

Não podemos desistir desanimar; só por um dia podemos nos dar a esse luxo, nada mais do que um dia. As famílias, os filhos, precisam de nós, do nosso norte da bússola, para seguirem seus caminhos e lutarem por dias melhores, sem esmorecer e com a coragem de quem consegue ver além do horizonte pequeno, dos nossos dias atuais.

Não podemos nos abater, como diria a Dori, no filme Procurando Nemo: “continue a nadar”! – continuemos então lutando, para que nossos filhos tenham também um lugar ao sol, digno e feliz.

Nem sempre as mudanças são as melhores soluções, mas quase sempre nos ajudam a corrigir o rumo das nossas vidas, ajudam a nos fazer buscar novos caminhos, novas saídas. Mas, de qualquer maneira temos o dever de sermos exemplos de coragem para nossos filhos, para que creiam num mundo melhor.

Termino com um trecho de um  poema de Medeiros e Albuquerque Leopoldo Miguez, para animar-nos na jornada:

“Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos! (loução – belo, elegante)
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!”

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Quatro milagres e um Anjo.

Por Patrícia Peixoto*
Engravidei na lua de mel. Durante a viagem, em Ubatuba, percebi que estava no período fértil, mas confesso que ignorei, afinal, por conta do SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos, com a qual fui diagnosticada aos 18 anos), a chance de ter um ciclo sem ovulação era quase 100%. Deus se utilizou disso e eis que a vida nasceu dentro de mim.

Demoramos a descobrir a gravidez. Quando finalmente meu corpo e ações passaram a gritar, ouvimos e fizemos o teste: sim seríamos pais. A confirmação da gestação veio no dia seguinte que soubemos que a empresa americana em que meu marido trabalhava há dois anos iria fechar suas portas no Brasil. Era dezembro, perto do Natal, e em janeiro ele estaria desempregado. Eu, por minha vez, havia trocado Brasília (minha cidade natal) por São Paulo, e também não estava empregada. Ou seja, estávamos grávidos, sem emprego e consequentemente sem plano de saúde.

Nunca havia tido plano de saúde antes, e nem via necessidade - nada como a ilusão da juventude. Fomos atrás de um plano, a reserva dava para pagar apenas um “meia boca”. Estava grávida pela primeira vez, sem ginecologista, sem minha família por perto, minha cabeça girava. Ora ficava feliz com a gestação, em outros momentos não a desejava mais. Nessa montanha russa de emoções, nosso bebê começava a fazer parte da nossa vida.

Eu sentia muitas dores, principalmente nos dias que andava mais, tinha pequenos sangramentos, e, em cada ida ao pronto socorro, sempre ouvia que tudo era normal, que gravidez era assim mesmo. Não tive tontura, enjoos, desejos, indigestões, azia, nada, apenas uma constante dor fina no baixo ventre, e à medida que as semanas se passavam elas aumentavam.

Fizemos todos os exames, de sangue, de urina, ultrassom, inclusive o morfológico, tudo enfim normal, apenas uma constante infecção urinária. No morfológico descobrimos que teríamos um menino - o pai ficou todo orgulhoso, o amigo e companheiro de estádio estava a caminho, a ele ensinaria a importância do alambrado, do fechar junto com o time na hora do jogo independente do que se desenrolava no campo. O primeiro nome ainda não estava escolhido, mas o segundo sim: seria César como ele e como o seu pai.

Janeiro e Fevereiro foram bem conturbados, as dores sempre aumentando e todos sempre me dizendo que era normal: sabe como é, grávidas exageram. Minha irmã viria passar alguns dias comigo, meu cunhado tinha um curso a fazer em São Paulo e ela aproveitou para passar 3 dias por aqui, chegou na 6ª e no sábado fizemos turismo no Centro de São Paulo. Quando chegamos em casa, fui descansar, a dor estava aumentando. Ao acordar, fui ao banheiro e descobri que estava sangrando e entrei em pânico. Eu, Rogério, minha irmã e meu cunhado no Pronto-Socorro, não era mesmo a noite planejada para o sábado.

Quando lá cheguei, o primeiro exame foi o do coração do bebe, que estava batendo forte, como deveria ser. Respiramos aliviados, a médica fez o exame de toque e percebeu que estava com 7 cm de dilatação. Com apenas 24 semanas de gestação, parte da placenta estava para fora do útero. Foi ali que o pesadelo - o maior dos pesadelos que os pais podem passar - começou a se delinear.  A médica, novinha, ficou desesperada: acreditava que eu teria o bebe aquela noite. Levaram-me para a enfermaria. Milhões de coisas passaram pela minha cabeça, principalmente os momentos em que questionei a maternidade junto a Deus, seria castigo? Foi uma noite longa e cheia de dores. Quando acordei pela manhã, pensei: ele continua aqui dentro, será que Deus irá mantê-lo, será que foi só um grande susto?

No domingo, passei por vários médicos, enfermeiros e auxiliares. Tinha a impressão que não sabiam o que estava acontecendo comigo. Não estava em trabalho de parto... de onde saiu aquela dilatação toda? Segunda à noite me encaminharam para o quarto e quando lá cheguei, tive a certeza que o susto havia passado, seria só esperar. Pura ilusão.

Amanheci na segunda com dores constantes e espaçadas, o trabalho de parto havia começado. As contrações foram ficando mais frequentes, e à noite aconteciam de 5 em 5 minutos. Às 5 da manhã a bolsa rompeu, e me levaram para uma enfermaria, com as dores cada vez mais fortes... e fiquei lá sozinha, nenhum médico veio me ver. Quando senti o pequeno coroando, chamei a auxiliar e informei. E ela disse que era impressão minha, mas mesmo assim eu pedi para olhar e ela o fez, displicentemente. E vejam: eu tinha razão. Foi um tal de aparecer todo tipo de gente na sala... e quando perceberam, Anderson nasceu, sozinho, e sem nenhum amparo, pedi para não vê-lo, reneguei-o ao nascer, tinha medo da dor que seria tê-lo nos braços e depois não mais.

Rogério, foi mais corajoso, além de vê-lo, fez o que de mais importante um pai pode fazer por seu filho, ministrou-lhe o batismo - e assim Anderson nasceu para ambas as vidas: a natural e a sobrenatural. A primeira durou 30 minutos, ele não teve qualquer atendimento, e a segunda durará a eternidade. Demos o mais importante, cumprimos com ele plenamente a nossa obrigação de levar os nossos pequenos a Deus.

Entrei no hospital grávida e sai mãe, mas não havia levado comigo meu filho. Não foi fácil para nós – meu marido e eu - aceitarmos essa vontade de Deus, levamos algum tempo para tal, contudo Deus nos esperou pacientemente.

Mais tarde, descobri ter incompetência do colo uterino e nas gestações seguintes, sempre de alto risco, foram tomadas as providências necessárias. Hoje são quatro milagres conosco: Catarina(7), Eduardo(6), João(1,9 meses) e Álvaro(5 meses).

A vida com eles é uma loucura total: nos divertimos, nos cansamos, vivemos e convivemos. A casa é sempre barulhenta, nada é tranquilo, uma ida ao supermercado é uma verdadeira aventura. Eles riem, choram, se batem, se cuidam, se preocupam, se amam intensamente e sentem ciúmes um do outro. O colo ficou pequeno, o tempo pessoal ficou perdido em algum lugar no passado. Agora é hora de estar e viver com eles, no futuro procurarão seguir seus caminhos, e esperamos dar todas as ferramentas para que sejam santos e irrepreensíveis diante de Deus e dos homens.

Contudo, a dor que senti me acompanha até hoje, ainda que mais cálida, sem rompantes e choros convulsivos. Há uma saudade de tudo que poderia ter sido, das alegrias e das tristezas que não foram vividas. Hoje temos um companheiro ao lado de Deus, e o que nos consola é saber que esse é o único dos cinco que temos a certeza que viverá eternamente na graça: Anderson César.

*Patrícia Peixoto, Filha de Deus, Católica, Esposa, Mãe, Mulher... nessa ordem de prioridade.

domingo, 26 de outubro de 2014

Peixe assado - uma receita prática e saborosa


Esse peixe é muito fácil de fazer e fica muito gostoso. Eu costumo usar o Pangasius, que é um filé sem espinhas e com sabor bem suave. Também já fiz com Merluza, mas o sabor é mais forte. Acredito que possa ser feito com outros tipos de peixe também, mas não testei.

Ingredientes

1 kg de filé de peixe
1 pimentão fatiado
2 cebolas em rodelas
3 batatas cortadas em fatias grossas
2 tomates fatiados
Sal, limão, pimenta do reino e azeite


Modo de preparo

Se o peixe estiver congelado, deixar descongelar totalmente e apertar os filés para soltar o líquido. Colocar em um escorredor ou em uma bacia e temperar com sal, limão e pimenta do reino. Eu uso uma colher de sobremesa rasa de sal, coloco em um potinho e vou pegando aos poucos e polvilhando os filés. Faço o mesmo com a pimenta e depois espremo o limão (suco de um ou dois limões). Deixe pelo menos meia hora. Em um refratário, coloque as fatias de batata para forrar o fundo. Comece a montar camadas intercalando: cebola, peixe, pimentão. Entre as camadas de cebola e pimentão pode colocar um pouco mais de sal e pimenta do reino. Finalize com o tomate (no dia que tirei a foto fiz sem os tomates e o peixe que estava por cima ficou muito ressecado) e regue com azeite. Cubra com papel alumínio e leve ao forno por 20 minutos, tire o papel alumínio e deixe até o líquido reduzir um pouco.

Dica que minha mãe me deu depois: escaldar o peixe antes de montar as camadas para soltar menos líquido. É só colocar água para ferver, colocar o peixe e retirar em seguida com uma escumadeira.

sábado, 25 de outubro de 2014

Um lanche pra garotada – Bolo salgado de linguiça

Segue uma receita leve e saborosa, boa para servir num lanche. Rápida de fazer, gostosa e prática de servir, fria ou quente, agrada a todos.




Ingredientes:

  • 2 xícaras de farinha de trigo
  • 2 xícaras de leite
  • 1 xícara de óleo
  • 3 colheres de sopa de queijo ralado
  • 3 colheres de sopa de fermento em pó
  • 3 ovos


Recheio:

Refogue umas 4 linguiças cortadas bem fininhas com os temperos de seu gosto, acrescente molho de tomate e ferva até o molho ficar espesso. Reserve.

Preparo:

Bata todos os ingredientes  no liquidificador. Unta-se uma forma média com furo no meio, e então coloca-se uma metade dessa massa do liquidificador. Por cima coloca-se o recheio espalhando em toda a superfície e em seguida cubra com o restante da massa.

Levar ao forno quente até dourar, por volta de 45 minutos em forno médio, pré aquecido.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Dicas de leitura: Agora não, Bernardo.

Por Evelyn Mayer

Quando eu estava no último ano de faculdade, tive a honra de participar de um projeto de literatura infantil-juvenil, que além de mudar minha visão sobre este tema, me fez repensar sobre minha postura como mãe e como pessoa.

Um dos livros que me fez pensar sobre isso foi “Agora não, Bernardo”, de David McKee. Eu o li num curso de Contadores de Histórias.

A narrativa fala sobre um menino chamado Bernardo que procura a atenção dos pais, mas não a tem. Chateado, ele vai para o quintal e encontra um monstro. Tenta dele se aproximar para iniciar uma amizade, mas por ele é devorado. Só que o monstro quer mais e entra na casa. Entretanto, ninguém o nota, mas trata-o como a Bernardo, o que deixa o monstro em uma situação conflitante, colocando-o a questionar sua própria identidade.

Conseguiu entender o barato do livro? Por mais que as crianças riam muito com a história, o recado é direto para os pais: quanta atenção você tem dispensado a seu filho? Quais tem sido as companhias do seu filho? O que você tem considerado mais importante que seu filho? Qual monstro poderá engoli-lo se vocês não se fazem presentes? Quais companhias ele terá se não for a sua?

De fato, McKee quer dar aos pais a oportunidade de refletir sobre a atenção, as predileções, a relação entre pais e filhos. É uma excelente obra que proporcionará não apenas momentos de riso, mas de exame de consciência.

E não só McKee, mas vários autores da literatura infantil-juvenil querem, mais que promover um momento de lazer às crianças, fazer com que os pais reflitam sobre temas importantes que, por conta da vida corrida que levamos, esquecemos de ponderar.

Se eu fosse você, começava a leitura já!

Beijos.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

10 Dicas de Planejamento Financeiro Familiar

“Dinheiro não é problema, dinheiro é solução!”

Quem nunca ouviu essa frase? Porém, dependendo do contexto, dinheiro pode ser um grande problema sim! Tudo depende da forma como se administra as finanças.

Para tudo na vida é necessário planejar. Em artigos anteriores já falei um pouco sobre planejamento, mas hoje vou abordar especificamente o planejamento financeiro familiar, e não farei isto sozinha.
Nesta série de artigos sobre finanças, conto com a colaboração do meu marido, que sendo economista muito tem a acrescentar sobre o assunto.

A construção de uma vida a dois requer muito diálogo e desprendimento. Neste processo, os planos e aspirações de vida são compartilhados. Com o casamento passamos a dividir o mesmo teto, a mesma comida,... tudo. Nada mais lógico que as finanças também sejam tratadas de forma única.

Administrar um lar não é tarefa fácil e nunca será. Contas a pagar, compromisso a serem cumpridos. Tudo precisa ser controlado para que as obrigações cotidianas não se transformem em pesadelo e num monstro incontrolável chamado endividamento compulsivo.

Já pudemos presenciar, ao longo da nossa vida profissional, inúmeros casos onde a vida financeira das famílias encontra-se num nível extremamente preocupante, única e exclusivamente por ausência de planejamento.

Não é difícil encontrar famílias que não têm a menor noção do quanto gastam, do quanto necessitam para viver e do quanto devem!

Vamos elencar 10 princípios essenciais para um planejamento financeiro familiar:

1- Conheça suas necessidades
Elenque quais as necessidades básicas para manutenção da casa. Dentre as principais despesas, toda casa tem contas fixas (luz, água, condomínio, telefone/tv a cabo/internet, gás...) e contas variáveis (supermercado, gasolina,...)

2- Pesquise as opções no mercado para atender suas necessidades
É importante pesquisar todas as opções disponíveis no mercado, seus custos, seus produtos substitutos, custo x benefício.
Exemplificando, os alimentos em geral podem ter uma enorme variação dependendo do local onde você realiza suas compras. O dia da semana também pode influenciar no valor de frutas e verduras. Por isso, a pesquisa é tão importante e indispensável para realizar uma boa economia.

3- Tenha ciência das suas receitas e das suas despesas
Principalmente se sua renda for variável ou de diversas fontes, é preciso ter ciência do valor disponível para o mês.
Considere também que, apesar das contas serem variáveis, elas podem ser estimadas.
Saber quanto se ganha e quanto se gasta é fator essencial para o início do planejamento e acompanhamento financeiro.

4-Anote todos os gastos e pagamentos realizados
Não importa se a compra ou o gasto é grande ou insignificante, ao final do mês a soma das despesas significará uma parcela importante do valor desembolsado. Seja um picolé, um chiclete ou uma garrafinha de água. Anote tudo o que for gasto ou pago.

5- Repense sobre os supérfluos
Após analisar as necessidades básicas de um lar, torna-se fácil identificar quais itens que sempre estiveram presentes no dia a dia da família, mas que na realidade não possuem a importância que julgamos ter no momento da compra.

6- Resista às compras por impulso
Antes de cair em tentação de sair comprando aquela calça que está numa super liquidação, tenham sempre em mente três perguntas clássicas: Eu preciso? Eu posso? Precisa ser agora?

7- Tenha ao menos uma meta
Para que o planejamento não seja abandonado no primeiro mês, é preciso que exista ao menos uma meta a ser alcançada pela família. Pagar uma dívida? Adquirir um bem? Realizar uma viagem? Poupar? Não importa qual, mas é necessário estabelecer tempo e valores.

8- Siga o planejado
Sempre almejando a meta, não desista. Siga o planejado. Em pouco tempo vocês poderão verificar os benefícios de possuir controle sobre o que se tem.
    
9- Valorize as pequenas conquistas
Se as dívidas estão diminuindo, ou houve a possibilidade de economia mesmo que mínima, toda conquista é motivo para comemorar.

10- Não desista
Mesmo que vocês escorreguem no planejamento, não desistam! Todo mês é uma nova oportunidade de recomeçar e seguir em frente. Lembrem-se: foco na meta!

No próximo artigo detalharemos de forma prática como iniciar um planejamento.

Manuela Freitas e José Freitas - economista, bancário, músico, gaúcho

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Mãe de Menina: uma tarde congelante no calor do Rio de Janeiro

“Mãe, você quer brincar na neve?” – Nós mães de menina sabemos que isso é mais uma intimação que um convite, não é mesmo?! Mas na tarde escaldante que fazia no Rio uma neve e um gelinho cairiam muito bem! Então ontem (18/10) pegamos as meninas e fomos conferir o “Frozen: Um musical congelante” no Teatro Marista, na Tijuca, na sessão das 13h. A peça tem direção assinada por Fred Trotta e é uma realização de Faz Assim Produções.

nenecasfrozen
Chegamos ao teatro por volta de 12h30 e crianças de todas as idades, em sua maioria meninas, aguardavam ansiosas pela abertura do teatro. Muitas delas vestidas a caráter! Eu cheguei a levar os vestidos de Anna e Elsa das minhas nenecas - que comprei no AliExpress (se quiser comprar também veja aqui >>> http://bit.ly/nfAliExpress  ) o calor era muito, fiquei com medo de elas desidratarem e “enrolei” elas para não vestirem.
 
Às 13h, entramos no teatro… mas ainda tivemos que esperar uns 20 minutos, mais ou menos, para o início da peça. Uma platéia barulhenta começou a ficar impaciente, até que alguém da produção teve a brilhante idéia de tocar “Livre Estou” (Let it Go) para as meninas ouvirem enquanto esperavam… e aí as meninas (eu imagino que eram umas 300 ou mais) começaram a cantar a uma só voz… algumas levantaram da cadeira e fizeram toda a coreografia!

  elsa
Finalmente o espetáculo iniciou, e as minhas nenecas ficaram extasiadas! A Esther, de quase cinco anos, já entende que é uma representação, mas mesmo assim estava super feliz. A Bel, de dois anos e dez meses, se viu dentro da sua história favorita! Os olhinhos dela brilhavam! Eu me emocionei do início ao fim, vendo as reações dela, suspiros, gritinhos, sorrisos!

A adaptação é bem fiel à história do filme, o que agradou às crianças. Os atores todos são muito bons, têm muito carisma com as crianças! Eu queria destacar em especial o rapaz que representou três papéis – o Duque, o Dono da Venda e o Vovô Troll - que é engraçadíssimo, e a atriz que representou a Princesa Anna – o jeitinho dela e a voz são tão idênticos aos da Anna do filme que até eu, do alto dos meus 40 anos, fiquei impressionada – imagine as crianças! Outro ponto alto foi a entrada do Olaf, boneco de neve, que foi aclamado pela platéia com palmas e gritinhos de “u-hu!”

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Eu não entendo de teatro para fazer aqui uma crítica abalizada de figurino, cenografia, etc etc… eu vou falar como mãe, ok? EU AMEI e MINHAS FILHAS AMARAM! Para mim isso é o suficiente! hehehe…

As músicas são playback, o que em se tratando de teatro infantil, é ótimo, porque criança quer ver e ouvir aquilo que já conhece! Elas cantam junto! E no final a sessão de fotos é super organizada, em grupos, e as atrizes têm o maior carinho com as crianças!

Olha aí minhas filhotas! Esther é a de vestido salmão listrado, logo à frente da Elsa, e Bel está ao lado com um vestido florido. Na primeira foto, dá para ver como ela está completamente “boba” olhando a Princesa Anna…

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Eu soube da peça pela minha comadre Jaqueline, que me marcou no post do Ingresso Mirim no Facebook. Mas vai ter mais sessões no Rio, em Niterói e em outras cidades brasileiras! Dá uma olhada no site da Faz Assim que tem as datas! Vale muito a pena e suas meninas vão amar! 

E se quiser ficar por dentro de outras ofertas de peças infantis, se liga na página do Ingresso Mirim.

*Este post é de livre escolha da autora, não havendo parceria do blog com as empresas mencionadas.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Ser mãe de menino é: bater um bolão!

Raquel Suppi

Houve um tempo na minha vida que eu era vidrada em futebol. Acompanhava o campeonato brasileiro, espanhol, italiano, alemão e tudo o que a TV transmitisse. Gravava todos os jogos da Seleção Brasileira para poder ficar assistindo depois. Sem contar os inúmeros autógrafos que pedia e fotos que batia com os jogadores mais conhecidos da época, quando vinham jogar em Fortaleza. Todo esse fascínio foi herança da Copa de 1994, o primeiro Mundial que eu realmente acompanhei. Eu estava no início da adolescência e fiquei totalmente eufórica com o Tetra! Mas, com o tempo, a empolgação foi diminuindo, até chegar ao ponto de assistir somente aos jogos da Seleção Brasileira – e olhe lá!

Os anos passaram, casei e descobri que seria mãe de um menino – realização de um sonho! Felizes demais, meu marido e eu passávamos tempos imaginando o rostinho do André – nosso primeiro filho – e com quem se pareceria. Também, idealizávamos cenas futuras, como: os primeiros passos, as primeiras palavras, a primeira ida ao estádio, a primeira partida de futebol... Sonhar com quem a gente ama é uma delícia! Mas viver a realidade é ainda mais gostoso! Então, quando olhei o meu pequeno pela primeira vez, todo o futuro podia esperar, porque tudo o que importava era aquele instante, o hoje, o agora. Desde então, acompanho cada etapa de sua vida – e dos nossos dois outros filhos –, porque é um momento único, que não volta – e que passa rápido demais!

De repente, o mundo da bola voltou a fazer parte da minha vida. Fui convocada a ser goleira, zagueira e centroavante, assim, de supetão! Afinal, não basta ser mãe de um menino, tem que bater um bolão e jogar futebol com ele a tarde inteira! Como em um piscar de olhos, o nosso primogênito estava vivendo tudo o que havíamos imaginado, anos antes. Eu só não tinha ideia que seria tão mais emocionante e, em certos momentos, preocupante também! Como na primeira vez – e em todas as outras – que ele foi ao estádio. O medo de algo ruim acontecer – que os jornais tanto noticiam – tomou conta de mim! Ao mesmo tempo, estava feliz e ansiosa, pois ele estava muito animado. Graças a Deus, deu tudo certo! Foi um sonho para ele – e para mim também! Passou semanas falando sobre isso. Mas só me dei conta do quanto ele gostava de futebol quando, aos três anos, eu lhe permiti assistir um pouco de TV, antes de dormir, e ele quis assistir ao VT de uma partida qualquer, no SporTV, até a hora de ir para a cama.

Diante de tanto interesse, não houve outro jeito senão matriculá-lo na escolinha de futsal do colégio. Ele estava tão animado, que me pediu para fazer um vídeo contando a novidade – para postagem no grupo da família, no facebook – e pedindo de presente uniformes completos de times de futebol, para usar nas aulas. Assim foi feito, e o resultado foi ótimo! E, desde que o meu rapazinho entrou em quadra, o meu lado tiete – adormecido há anos – voltou mais forte do que nunca! Os treinos mais parecem final de campeonato, tamanha é a minha emoção, ansiedade e torcida! Quando ele faz um gol, ainda que seja apenas treinando chutes de pênalti, nem sempre consigo conter a vibração e acaba saindo um “gooooool!” – a la Galvão Bueno! Eu que achava que a final da Copa de 1994 seria, para sempre, o jogo mais marcante da minha vida, errei feio – “Sabe de nada, inocente!”, como diz Compadre Washington.

Hoje, babo e sinto ainda mais orgulho vendo os meus dois meninos jogando juntos! André, com cinco anos, mostra o que aprendeu ao irmãozinho Pedro, de dois. Os pequenos parceiros estão crescendo, dominando cada vez mais a bola e superando o meu limitado talento futebolístico. Como já era de se esperar, agora sou bem menos solicitada para as nossas partidas caseiras – até por conta da Clarinha, nossa bebezinha. Já o paizão está se firmando como o mestre absoluto do futebol, por aqui! Embora não seja mais titular em todos os jogos, eles ainda fazem questão da minha presença – e eu não abro mão disso! Pedem algo quase irrecusável: “Mamãe, vem ver a gente jogar”?! E assim vou assumindo, no esporte e na vida dos meus príncipes, o melhor lugar na arquibancada, porque não quero perder nada! De lá estarei sempre zelando, orientando, torcendo, acompanhando, rezando, amando e me orgulhando muito! Essa duplinha, ao lado da irmãzinha e do pai, são os maiores campeões do meu coração!

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Recém Casados II – Entrando pra uma família ou formando outra família?


Quando duas pessoas se casam é muito comum ouvir a expressão “entrando para a família”. Entende-se por isso que a partir do casamento a mulher passa a fazer parte da família do homem e este, por sua vez, entra para a família da mulher. Isso não é uma inverdade, contudo essa é uma expressão que exterioriza bem alguns problemas enfrentados por muitas famílias.

Quem nunca ouviu reclamações a respeito da invasão da privacidade por parte da família do cônjuge? Não é raro ouvir pessoas comentando o quanto é difícil manter a privacidade com uma sogra, uma cunhada ou até a própria mãe aparecendo de surpresa na sua casa, mexendo nas coisas, criticando a organização ou até mesmo o tempero da comida, interferindo na relação e sabendo mais do que deveria a respeito da rotina do novo casal.

Creio que essa cultura de entender primariamente tudo como uma única família só favorece o pensamento de liberdade excessiva na vida do outro. Com certeza há mais fatores envolvidos na problemática, mas também há de se aceitar que esse discurso sustenta ainda mais certas inconveniências.

Para entender qual o problema com esse discurso, é necessário ajustar a percepção do que é um casamento. O entendimento de que com uma nova celebração do matrimônio uma outra família se forma parece mais razoável.

“Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, E serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne.”  Marcos 10:7-8

Isso não implica em dizer que os primeiros parentes deverão ser esquecidos, tampouco que os recém-casados não precisam ainda honrar seus pais, por exemplo. De modo algum! “Honrar pai e mãe” continua sendo obrigação. Ter cuidado e procurar manter relações saudáveis com a família de origem é inteligente e preciso. Mas faz-se muito necessário entender que um novo núcleo familiar é constituído a cada novo matrimônio e, com isso, mudam as prioridades.

A partir de então os pais não têm mais uma função deliberativa na vida de seus filhos e a programação deles não são mais prioridade. Os pais, irmãos, avós, etc, ainda têm função consultiva e lugar de honra na nova família que se forma, e assim deve ser, mas não assumem mais função determinante. As decisões a partir do casamento são unicamente responsabilidade dos cônjuges, da nova família núcleo que se formou.

Importantíssimo também entender que a casa do novo casal não é extensão da casa dos pais e sogros. Ali é um novo lar com novas regras e novas rotinas. O que os filhos fazem já não são mais responsabilidade dos pais e dizem respeito primeiramente ao casal recém formado.

No primeiro momento é difícil se desvincular de velhos costumes e desapegar um pouco da família de origem, mas é necessário entender que um novo lar exige autonomia para ser gerenciado, e quanto mais interferências externas houver, mais difícil vai ser formar um ambiente harmonioso e maduro.

Se entendermos as premissas de um casamento, todo mundo fica feliz e convive saudavelmente.  Há, sim, uma grande família, mas com núcleos independentes e que precisam amadurecer de acordo com as realidades peculiares.

domingo, 19 de outubro de 2014

Sugestão de filme: Um presente para Helen

Classificação: livre - 130 minutos
130 minutos

Helen tem duas irmãs mais velhas e vários sobrinhos. Ela ama curtir a vida, trabalha com moda e não perde uma badalação noturna. Ela é a tia perfeita, super descolada e brincalhona e pra quem a sobrinha mais velha, Audrey, faz confidências. Tudo muda quando a irmã e o cunhado morrem em um acidente de carro e ela descobre que foi escolhida para ser tutora dos três filhos deles. A outra irmã, Jenny, fica indignada com a escolha porque ela é que seria a tutora ideal para as crianças: é casada, tem filhos, uma casa confortável. Helen fica bastante assustada quando descobre, mas decide assumir a responsabilidade de cuidar dos três sobrinhos, após ler a carta que a irmã deixou para ela. O filme mostra o caminho que Helen percorre para aprender como incluir em sua rotina de vida de solteira, os três sobrinhos. Além dos seus próprios dilemas, ela também precisa enfrentar as dificuldades deles: mudar de casa, escola, aceitar a perda dos pais.


Eu assisti a esse filme por acaso e gostei tanto, que já assisti várias vezes! É um filme com um tema bem difícil, mas o diretor conseguiu dar um clima leve para as situações que vão surgindo. Tem algumas cenas engraçadas, outras tristes e também algumas lições que podemos tomar para a nossa vida. O filme é lindo, mostra como Helen vai modificando sua maneira de pensar conforme assume o papel de mãe dos sobrinhos.

Alguns pontos altos do filme para mim:
- Helen é jovem, está curtindo a vida, tem o emprego que sonhou, ela não pensava em formar uma família naquele momento. Primeiro ela se assusta ao ver tudo o que “perdeu”, porém, depois de conviver com os sobrinhos, entende o valor da família, de cuidar deles e ser responsável. Quando a irmã se oferece para levar os sobrinhos embora, ela aceita, pois pensa que não tem capacidade para cuidar deles. Algum tempo depois sente falta da vida que perdeu e percebe que estava enganada.

- a irmã mais velha já tem filhos e muita experiência, em muitos momentos ela aparece como sendo chata, rígida demais. Porém, aos poucos Helen vai percebendo como é importante esse papel rígido que o responsável precisa ter. Em uma cena, a sobrinha foge do baile com o namorado que acabou de conhecer, Jenny vai para a casa de Helen e já assume o resgate da sobrinha, descobrem que eles foram para um motel e vão atrás. Jenny diz para Helen entrar no quarto e tirar a sobrinha de lá, ela não tem coragem de fazer isso por pensar que Audrey a irá odiar por isso. Jenny entra no quarto e leva a sobrinha embora.
- o filme tem muitas cenas engraçadas, uma delas é quando Helen escolhe o apartamento onde vão morar, a irmã vai ajudar com a mudança e quando uma vizinha, que também é mãe, vem dar as boas-vindas e elas levam um “papo de mãe”, uma fala só o começo da frase e a outra já concorda, assim se segue todo o diálogo, como se toda mãe soubesse tudo o que há para dizer em uma conversa assim. Jenny empurra Helen para o lado e ela fica olhando de uma para outra, sem entender nada! Outra cena que acho muito engraçada é quando Jenny, grávida e já com uma barriga bem aparente, está conversando com Helen, o bebê mexe na barriga, ela olha pra barriga e dá uma bronca, dizendo que tem que esperar a mamãe terminar de falar. Helen se espanta e diz que é apenas um feto, ela responde que nunca é cedo demais para aprender boas maneiras!

- pra mim, a melhor parte do filme é a conversa entre Jenny e Helen, quando falam sobre as cartas que receberam da irmã. Não vou falar o que é, mas é lindo demais!

sábado, 18 de outubro de 2014

Mamãe fútil


Conheci a Aline e seu marido – então namorado – pelo falecido Orkut, em uma comunidade da qual nós participávamos dos debates. Desde então mantemos uma amizade virtual que é bem real, e como sou fã dos blogs dela (Femina e Domestica Ecclesia, esse último em conjunto com o marido), decidi pedir a ela que escrevesse um post como convidada. Espero que gostem!!!! (Maite Tosta)

Mamãe Fútil

Por Aline Brodbeck, 33 anos, advogada, gaúcha, casada e mãe de quatro filhos, blogueira de moda - www.blogfemina.com.

É sabido que vivemos em um mundo hedonista e extremamente despreparado para enfrentar as vicissitudes do dia a dia. E refiro-me especialmente a nós mulheres.

Há uma geração, crias do feminismo, mesmo sem querer, talvez até sem que isso tenha sido um desejo do referido movimento, que incentiva, na prática, as mulheres a ser mulherzinhas. São aquelas que se preocupam tanto consigo mesmas que nem conseguem olhar para o lado - ao menos se não tiver espelho ou espectadores para as aplaudir.

Não cabe somente julgá-las ou rotulá-las, achando que nós, que percebemos esse fenômeno, somos melhores do que elas. Infelizmente, todos carregamos uma tendência a esse mal dentro de nós. Eva mesmo foi uma mulherzinha egocêntrica ao ceder à tentação. Compete-nos a luta diária.

O grande problema - e isso vem dessa quase divisão estritíssima entre mulherzinhas fúteis, de um lado, e mulheres desleixadas, de outro - não é termos essa tendência ao egoísmo e à futilidade, mas quando somos a própria encarnação da frescura. E isso se agrava quando a mulher resolve ser mãe.
É tema já batido, até nas campanhas publicitárias do mês de maio, que ser mãe é um ato de doação. Como um ser que foi egoísta a vida toda vai aprender, de da noite para o dia, a se doar? E se doar integralmente!

Ser mãe não significa nem é desculpa para andar de abrigão de moletom o dia todo, cabelo despenteado, pantufas e cara de mau humor. Por outro lado, não acho que sempre seremos mães esteticamente perfeitas. Perfeição só em Nossa Senhora.

Devemos, contudo, nos espelhar na perfeição e a buscarmos. Isso é evidente. É uma vocação. E essa perfeição se reflete também no exterior, nas roupas, na maquiagem, na elegância, no modo como nos apresentamos, na mensagem que passamos aos outros mediante o nosso semblante. Temos que olhar para cima e não para baixo (só se for para tirar foto do look e postar no Instagram). Paremos com as desculpas e com a autocomiseração.

Claro que temos nossos momentos de queda, unha feia, cabelo preso para disfarçar quão terrível ele está porque não o cuidamos, uma roupa mais velhinha.

A mulher de verdade, entretanto, ama a luta, não a queda, e procura se superar e vencer. A mulherzinha, ao contrário, senta, chora, reclama aos quatro cantos do mundo que não dorme uma noite inteira, que se embarangou.

E quem sofre, no fundo, não é ela, pois a egoísta está no seu papel perfeito, no qual ela até tem certo prazer, o de vítima. Quem sofre mesmo é aquela criaturinha que precisa de uma adulta, uma que pessoa que a direcione, que a ensine, que a eduque e a ame com gestos concretos, mais do que com palavras.

Não acredito no chavão de que quando nasce uma criança, nasce também uma mãe. Assim como uma dama, uma mãe não nasce, mas se forma, se contrói. A mãe de verdade vai aprendendo a cada dia, lê, conversa, se informa, e se forma - intelectual, humana, moral e espiritualmente. Ser mãe é maravilhoso, mas é preciso aprender a enxerger além, e só fazemos isso quando cessamos de olhar para o próprio umbigo.

O exterior deve ser reflexo do interior. Do contrário, como toda casca, um dia cai.
Filhos nos ensinam a perder a preguiça, a exercitar a paciência, a controlar a gula, a gerir melhor nosso tempo e com mais inteligência.

E o melhor de tudo é que filho nos ensina que somos gente, humanos, que erramos, e que ainda assim, como o Pai do Céu, eles, os filhos, vão seguir nos amando e nos mostramos que nossos acertos, ainda que pequenos, valem mais do que nossos erros.

Para enxergar tanta beleza temos que parar de olhar tanto para nós e direciarmos nossa atenção para os outros, para os nossos filhos, para as coisas belas da vida. É o mandamento do amor, dado por Cristo.


E o meu exterior de mãe feliz, bem arrumada, maquiada, elegante, altiva, e em paz comigo mesma e com Deus, será uma grande vontade de mostrar a todos como esse amor invadiu completamente a minha alma e, em vez de uma mamãe fútil, serei uma mamãe útil!

*Fotos: Acervo Pessoal Aline Brodbeck e Blog Femina.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Internet: como controlar Tablets, Celulares, Notebooks

A Internet é uma excelente ferramenta de trabalho, estudo, diversão e cultura. Como toda ferramenta é preciso usá-la bem e ensinar a usar bem.

Há vários anos trabalho numa empresa que fabrica um produto desenvolvido para que os pais possam controlar o que seus filhos acessam na Internet. Censura, dirão alguns. Outros, mais sensatos, dirão que é a mãe carinhosa, o pai carinhoso, que procura educar seus filhos protegendo-os de perigos desnecessários.

Como a Internet está agora em diversos tipos de aparelhos que temos em casa: TV, Video Game, Celular, Tablet, Notebook, etc., muitos pais pediam, já há alguns anos, que houvesse uma forma simples de controlar tudo isto, impedindo acesso a sites de pornografia; delimitando horários de uso de determinados sites; moderando o uso de redes sociais, de acordo com o projeto educacional de cada família.

Depois de muitos meses de trabalho, criamos o Netprotection. O Netprotection não é um programa de computador como o Netfilter, mas sim um aparelho que, instalado na sua internet, permite a você controlar, como falava no parágrafo anterior, todos estes dispositivos que acessam a internet em sua casa.


Convido a todos a visitar o site que fizemos para este produto e, caso tenham alguma dúvida, podem escrever na área de comentários do blog.



quinta-feira, 16 de outubro de 2014

10 Coisas que você precisa saber para comprar no AliExpress

 Todo mundo hoje em dia está comprando na China via AliExpress! Tem muita coisa legal e barata! Eu mesma já fiz minhas comprinhas! Como algumas amigas pediram umas dicas, resolvi fazer um post reunindo todos os conselhos que costumo dar para quem vai se aventurar.

1) O AliExpress NÃO é uma loja virtual, e sim uma plataforma que reúne vários vendedores, no estilo do MercadoLivre. Por isso, antes de comprar, é necessário checar a reputação do vendedor e os feedbacks dados pelos consumidores do produto anunciado. Há uma ferramenta online que te mostra outros vendedores do mesmo produto, a partir do link do AliExpress, chamado CHNPRICE (http://www.chnprice.com) e que pode te ajudar nas pesquisas.

2) Todos os contatos com os vendedores devem ser feitos em INGLÊS. Se você não se garante nessa língua, use o google tradutor, vai dar certo (e você vai descobrir que os chineses fazem o mesmo).

3) As fotos de roupas são publicitárias, e muitas vezes são iguais para diversos vendedores. Antes de comprar, entre em contato com o vendedor e PEÇA FOTOS REAIS do produto.

4) Sim, demora bastante para chegar. E na maior parte das vezes, a culpa é do NOSSO correio. É possível pagar por uma forma mais rápida de envio (os “express” da vida) mas isso encarece o preço final e aumenta o risco de taxação.

5) Taxas! Sim, compras no valor de até U$50 (cinquenta dólares americanos), incluindo o frete na soma desse valor, são isentos do tributo, desde que sejam transportados por serviço postal e o remetente e o destinatário sejam pessoas físicas. Caso contrário, a taxa costuma ser de 60% do valor do produto. Dependendo do caso, pode valer a pena mesmo com a taxação. Os Chineses costumam declarar valores menores do que os reais e as roupas podem ser embaladas a vácuo para que os pacotes fiquem menores (pacotes grandes chamam a atenção dos fiscais). Tudo vai depender do jogo de cintura do vendedor e do seu, durante a negociação.

6) No AliExpress você pode pagar com Cartão de Crédito Internacional ou via Boleto. No pagamento do Cartão a cotação é a do Dólar COMERCIAL do dia do fechamento da sua fatura, e o IOF é de 6,38%. No caso do boleto, o IOF é menor (0,38%), porém o Dólar utilizado para o câmbio é o Dólar TURISMO, que tem cotação superior. No final das contas, pode dar no mesmo, é bom verificar as cotações do dólar, pegar a calculadora e fazer as contas.

7) O AliExpress tem um aplicativo para celular muito bom, vale a pena baixar. Eu deixei em Inglês, mas assim como no site, ao mudar a língua para Português Brasileiro, os preços já aparecem em Reais.

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8) Caso não receba o produto ou este venha com defeito, é possível abrir disputa e receber o reembolso do valor pago. Isso deve ser feito dentro do período de “proteção de compra”. Caso o período esteja se esgotando e o produto esteja “empacado” nos correios, peça ao vendedor a extensão do prazo.

9) Assim que o vendedor postar seu pedido, ele deve fornecer o número de rastreio e diIMG_7532zer que serviço postal usou, isso é um direito seu. A partir daí, se o vendedor utilizar o China Post você vê o rastreio pelo próprio AliExpress, ou você pode monitorar o seu pacote com aplicativos do tipo MUAMBATOR.

10) Não espere produtos originais nem de qualidade maravilhosa… afinal… você está comprando da China! Há, no entanto, réplicas bem interessantes e produtos com uma qualidade razoável e preço muito baixo.

Quer mais dicas? Há muitos grupos no Facebook em que os participantes trocam dicas de vendedores confiáveis, links de bons produtos… confira:

ALIEXPRESS EBAY E OUTROS – INFANTIL -   https://www.facebook.com/groups/215273648649422/
ALIEXPRESS PARA MAMÃES ANTENADAS - https://www.facebook.com/groups/621309167976777/

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Dia do Mestre – 15 de outubro

 Por Elisa Pires
“O Senhor não olha tanto a grandeza das nossas obras. Olha mais o amor com que são feitas” [Santa Teresa D'Ávila]

Hoje, dia de uma das grandes mestras da Igreja, também é o dia de todos os pequeninos mestres que estão no mundo. É engraçado lembrar que no início eu tinha medo de ser professora. Nem tanto pela profissão em sim, mas pelo material humano que me seria entregue: crianças, adolescentes, adultos, às vezes tão carentes de tudo. Mas foi exatamente isso que me impulsionou a seguir. Entendi que ensinar é vocação sim. É paciência, firmeza, limites. Mas é amor. Entendi que é no dia-a-dia que eu posso partilhar meus valores, moldar caráter, despertar senso crítico, formar cidadãos para o mundo e homens de coração bom. Convenhamos que ensinar Língua Portuguesa não é das tarefas mais fáceis. Só que foi esse o caminho que me foi dado para ajudar a esses que partilham o cotidiano de sala de aula a crescerem. É ensinando a ler, redigir, interpretar que eu ajudo a abrir estradas que meus alunos irão trilhar com as próprias pernas.

É uma profissão difícil? Sim, é. Somos desvalorizados – social e financeiramente? Somos, muito, e lutamos para que o quadro mude. A educação – pública e privada – estão sofrendo com o descaso? Indiscutível. Apesar disso, eu ainda acredito na educação. Acredito porque sei que é por ela que a mudança se inicia. Se eu não fizer desse pão de cada dia a poesia que me sustenta, de que adianta entrar em sala? É por isso que eu sigo. 

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Que nós, professores, entendamos que educar é muito mais do que simplesmente ensinarmos nossa matéria. Que, à semelhança de Santa Teresa, possamos ter a humildade de reconhecermos que não somos autossuficientes e que tudo aquilo que sabemos de nada vale se não compartilharmos com aqueles que necessitam de nós. Que sejamos exemplos de vida para nossos alunos. Exemplo de virtude, de devoção, de fé, de confiança, de perseverança, honestidade, de justiça e tolerância.. E que exerçamos com amor e afinco nossa profissão, sem desistir daqueles que nos foram confiados.

"Ora, esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu", disse Jesus. Que seguindo seu exemplo, nos esforcemos para que, também nós, não percamos nenhum desses pequeninos que Deus nos entregou.

Somos instrumentos de Deus no mundo. Sejamos conscientes disso e, assim como Santa Teresa D'Ávila, deixemo-nos usar pelo Grande Mestre, autor da vida, nosso Senhor Jesus Cristo. Que hoje, no Dia dos Professores, todos - professores, pais, governantes, sociedade - entendam que educar é muito mais do que o mundo diz e possui maior valor do que esse que o mundo impõe.

Que hoje, no Dia dos Professores, Deus nos conceda um renovo na alma para seguirmos em frente, mesmo em meio às tribulações que irão nos alcançar.

Santa Teresa D'Ávila, rogai por nós. E um felicíssimo Dia do Mestre!

Elisa Pires - Mestra em Língua Portuguesa, é professora dos Ensinos Fundamental e Médio, além de fotógrafa de família, gestantes e newborn. Ama escrever e fotografa e ensina porque acredita que assim pode compartilhar valores e eternizar momentos.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Existe receita para a felicidade?

A resposta é tão simples que nem deveria render um texto. Existe receita para a felicidade? Não!
Mas, se pensarmos um pouco melhor, assim como para qualquer receita culinária, podemos perceber que é possível escolher alguns caminhos (ingredientes) e um modo de caminhar (modo de preparo) que nos levará ao prato final, ainda que façamos alterações ao nosso modo nessa receita.

Quando eu passo uma receita para uma amiga, ela vai usar seus utensílios, que provavelmente serão diferentes dos meus, e seus conhecimentos e técnicas, que também podem ser diferentes. Os próprios ingredientes utilizados, podem variar em marca, qualidade etc. Ou seja, mesmo uma receita de cozinha, não é algo que seguimos totalmente à risca, que pode sofrer alterações em sua elaboração e também no resultado final, mas isso não significa que fica melhor ou pior: apenas fica diferente.

Voltando para a felicidade – estava pensando nisso enquanto cozinhava! – se tentarmos usar uma fórmula rígida e inflexível para sermos felizes, com certeza não vamos obter êxito. É muito difícil, por exemplo, pensar em pegar um livro que nos ensine em poucas páginas, como podemos ser felizes em nossa vida. Porém, existem certos pontos que são comuns a todos e podem, sim, garantir a nossa felicidade.

O que eu acho que seja a fórmula ideal para a felicidade é: conhecer muito, utilizar o que é bom. Quem melhor para saber o que funciona para nós do que nós mesmos? Quanto mais conhecemos pessoas e conversamos, descobrirmos como elas fazem e o que para elas é bom, mais nós conseguimos mudar nossos costumes e hábitos para buscar uma nova perspectiva para a nossa vida. Quanto mais conhecermos técnicas, costumes e até mesmo manias, mais poderemos modificar o nosso modo de viver para buscar uma vida mais plena e feliz.

Na verdade, acho que isso se aplica para tudo na vida. Um dia tirei umas fotos de umas peças de crochê e as fotos ficaram muito feiosas. Uma amiga me deu umas sugestões, falou para que eu procurasse algumas fotos na internet, que buscasse inspiração e depois fizesse minhas próprias fotos. Depois de ver algumas fotos, refiz as minhas e o resultado foi muito melhor!

Assim, uma receita pronta para a felicidade realmente não existe, mas existem muitos caminhos que podemos percorrer para descobrir novas opções, ampliar nossos horizontes e fazer novas tentativas! E você, o que pensa sobre isso?