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terça-feira, 31 de julho de 2012

Podemos ser "desnecessárias" como mães?

Por Maria Teresa Serman

Li o seguinte sobre o assunto:

““ A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo", várias vezes ouvi de um amigo psicanalista esta frase e ela sempre me soou estranha. Até agora. 

Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha interna hercúlea, confesso.
(...)


Ser desnecessária é não deixar que o amor “incondicional” de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, a ponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também.(...)
O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância e na divergência, no sucesso ou no fracasso, com peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis. 

Pai e mãe - solidários - criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio e a principal missão.(...)
Convenhamos, é muito chato uma mãe eterna no nosso pé... Precisamos reconhecer, aliás, com muito orgulho que eles, os nossos filhos crescem, se tornam autônomos, e muito melhores que nós, Graças a Deus!

 Como diz o texto, é sinal de que fizemos um bom trabalho, quando percebemos que estamos sendo dispensadas e desnecessárias.


É hora de descansar e curtir a turma de preferência à distância... 

Lembre-se, muito melhor ser SOLICITADA que “OFERECIDA!”.

Este é um mosaico de partes selecionadas de um texto da internet, que resolvemos colocar aqui e comentar. Embora diga respeito bem de perto às mães como nós, com filhos já adultos, alguns casados, outros ainda solteiros e conosco em casa, se aplica com pertinência ao eu materno em geral. E ao paterno também, só que em menor intensidade e frequência - pais são visceralmente menos invasivos e viscosos que nós, pois as mulheres somos cuidadoras por natureza, por razões fisiológicas até, como fêmeas cangurus.

Estamos sempre limítrofes entre um amor desapegado e a necessidade fremente de garantir segurança e felicidade aos filhos. E quando se  casam, o cuidado deve ser dobrado, porque sogra metida é o coroamento da mãe possessiva. Ficar na sombra, se deixar quieta e ausente, significa perceber a exata medida do amor sem controle. Corremos o risco de ficar tão felizes com a nova vida dos seres que tão bem criamos, que queremos, às vezes, participar demais. É fundamental se examinar bem antes de ligar, aparecer, ajudar, perguntar, sugerir, e até oferecer.

Posso dizer que fiz isso hoje, quando minha nora me convidou para ir junto com eles à feira de gestantes e bebês, escolher os itens finais para a menininha que chega no fim deste mês. Eu já ocupei bastante "espaço" da tolerância dela, comprando aquelas coisinhas lindas e irresistíveis para mães e avós, e reconheço que me excedi, mesmo que minha santa norinha tenha gostado e ficado feliz com o que dei. Meu primeiro impulso foi aceitar o convite, mas me lembrei do texto que acabara de ler e disse que eles deviam ir os dois, aproveitar este momento sozinhos, ainda que seja o segundo filho. Ela não aceitou o argumento, disse que iria ligar para meu filho, pra ele me convencer a ir. Quando ele ligou, além dessa justificativa, disse que precisava realmente trabalhar no computador e ler, e ele aceitou, CONFESSANDO QUE SERIA BOM MESMO ELES TEREM TEMPO PRA FICAREM SOZINHOS!

Perdoem o tom confessional, só achei que essa experiência pode ajudar a outras mães, às mulheres que tentam o delicado equilíbrio entre seu lado protetor e libertador. Vamos continuar perseguindo um amor que aconchegue sem sufocar; acolha, mas não obrigue; dê um lar, sem mimo ou facilidades perniciosas.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 151)


As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossos amigos. Podem fazer suas perguntas nos comentários.

1 – A. diz: O que fazer com uma filha adolescente rebelde porque estou grávida de um segundo filho, de outra união? Ela tem 14 anos e sempre foi a única neta, a única filha e agora terá que dividir.

RESP: Cara Sra. A. Aos 14 anos é natural a rebeldia de sua filha, não contra a senhora mas pelo fato de ser esta é uma das fases da Adolescência, que precisamos saber entender.

O fato de ser única filha e única neta durante 14 anos certamente tem um peso e também a situação de o bebê ser filho de outro pai...

Como vocês vivenciam no quotidiano a separação do pai dela e sua nova união ? Ela aceita bem a separação , frequenta a companhia do pai, a senhora fala bem dele ? Tem amigas, vai bem na Escola, tem responsabilidades em casa ?

Veja que é muito importante não incentivar o egoísmo natural no ser humano e - em geral - quando bem estimulados, os Adolescentes são muito generosos!

Penso que a senhora e o pai do bebê devem tratar sua filha com muito carinho, sem falar em ciúme, sem exaltar a necessidade de partilhar, mas elogiando suas boas qualidades, incentivando a que ela seja muito sua companheira, que a ajude, que seja um bom exemplo para o bebê e que vocês contam com ela para uma vida de união, de carinho, onde mais um significa multiplicar e não dividir!

 Evitem criticar o pai dela, explique- quando necessário -que a separação foi do casal e que  isto nada a tem que ver com ela, que deve continuar amando a ambos porque os dois a amam igualmente e sempre!

Não olhe com restrições para ela - viva cada dia com a alegria de ser mãe e participar do poder Criador de Deus! Dê à sua filha o bom exemplo de que a maternidade é um dom, uma graça, uma alegria, a mesma que a senhora teve ao esperá-la e o quanto a existência dela a faz sentir-se muito feliz!!

Boa sorte e fico a seu dispor, Mannoun 

domingo, 29 de julho de 2012

A avareza curada com manjares de ouro.

Uma boa história para contarmos as crianças para aprenderem a lutar contra a  avareza.

Conta-nos Plutarco que um rei, cuja paixão dominante era a avareza, limitava toda a sua felicidade em acumular grandes quantidades de ouro, empregando para esse fim seus vassalos nos trabalhos das minas e abandonando completamente a agricultura.

Os pobres súditos recorreram à rainha, implorando-lhe que pusesse fim a tal estado de coisas; e esta, compreendendo-os, recorreu ao seguinte estratagema para curar daquela paixão o marido: mandou fazer manjares e frutas de ouro e fê-los servir na mesa do monarca, como único alimento. Este, ao vê-los, revelou a maior alegria, mas. repetida a cena, experimentou desejos de comer verdadeiras frutas e pediu que lhas trouxessem.

--“ Os campos estão sem cultura” , respondeu a rainha, “porque só pensamos em extrair ouro da terra. Assim nada produzem, e oferecem – vos o único produto com que é possível satisfazer vosso gosto”.

Essa lição teve como resultado corrigir a paixão do rei e levá-lo a empregar parte de seu ouro em fomentar a cultura das terras, de que a sua avareza privara os súditos.

Do livro: Tesouros da juventude – volume 10

sábado, 28 de julho de 2012

Para refletir – Cora Coralina

Preciso dizer mais?
                                                   
                                 "Bondade também se aprende"
 
                                                                                CORA CORALINA

Eu não tenho medo dos anos e não penso em velhice.
E digo pra você: não pense.

Nunca diga: estou envelhecendo ou estou ficando velha.
Eu não digo.
Eu não digo que estou ouvindo pouco. É claro que quando preciso de ajuda, eu digo que preciso.
Procuro sempre ler e estar atualizada com os fatos e isso me ajuda a vencer as dificuldades da vida.
O melhor roteiro é ler e praticar o que lê.
O bom é produzir sempre e não dormir de dia.

Também não diga pra você que está ficando esquecida, porque assim você fica mais.
Nunca digo que estou doente, digo sempre: estou ótima.
Eu não digo nunca que estou cansada.

Nada de palavra negativa.

Quanto mais você diz estar ficando cansada e esquecida, mais esquecida fica. Você vai se convencendo daquilo e convence os outros.
Então silêncio!

Sei que tenho muitos anos.
Sei que venho do século passado, e que trago comigo todas as idades, mas não sei se sou velha não.
Você acha que eu sou?

Tenho consciência de ser autêntica e procuro superar todos os dias minha própria personalidade, despedaçando dentro de mim tudo que é velho e morto, pois lutar é a palavra vibrante que levanta os fracos e determina os fortes.

O importante é semear, produzir milhões de sorrisos de solidariedade e amizade.
Procuro semear otimismo e plantar sementes de paz e justiça.

Digo o que penso, com esperança.
Penso no que faço com fé.
Faço o que devo fazer, com amor.

Eu me esforço para ser cada dia melhor, pois bondade também se aprende!"

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Amigo não nasce pronto

Por Maria Teresa Serman

No começo da vida de uma criança, é preciso que os pais e seus cuidadores, babás, avós, parentes, lhe ensinem a se socializar. Isso inclui as "palavrinhas mágicas", desde que aprende a falar, e a ceder um brinquedo ou como pedir emprestado o do amigo. Respeitar o outro, até chegar a amá-lo , é um caminho em que os pequenos devem ser levados por mãos carinhosas mas firmes, pois o ser humano, por mais doce que seja o seu temperamento, conserva o egocentrismo sempre latente, pronto para dominá-lo. É a luta de uma vida, que, se iniciada bem cedo, facilita o relacionamento desses pequenos seres com o mundo, tornando-os aptos para reconhecer o próximo como alguém criado a mesma imagem e semelhança de Deus que eles.

"Quem encontra um amigo encontra um tesouro", diz a Bíblia. Esse "encontro" pressupõe atitudes fraternas de ambas as partes, embora, em certas épocas, uns deem mais de si do que os outros, é normal. Depois a balança se equilibra. Importante também é esclarecer que alguns colegas podem se tornar amigos às vezes para toda a vida, mas nem todos, por afinidade ou circunstâncias. E, de novo o nosso "mantra": não adianta querer que seus(suas)  filhos(as) sejam sociáveis se você é fechado em si mesmo e se nega a uma convivência generosa e aberta, porque o exemplo de amizade fiel dos pais mostra naturalmente como é importante conservar as próprias.

Porém, cuidado. Não se pode transformar uma criança introvertida e até tímida em estrela da festa. Não force, incentive. Se ela ou ele demonstra algumas preferências, chame estes para sua casa, onde se sentirão mais à vontade, ou leve-os para passear, deixando que eles escolham quem preferem convidar, desde que com a sua aprovação. Não os ensinem a julgar as pessoas, mas a perceber aqueles que têm valores em comum com sua família.

Há fases distintas nessa aprendizagem: até os 3 anos, os pequerruchos são bastante centrados em si mesmo, e não gostam de ceder fácil e compartilhar espaço e bens pessoais. É a hora de evitar birras e choros e convencê-los a dividir, enfatizando a alegria que brincar em conjunto traz.  Na idade escolar, a percepção dos grupos sociais é bem clara já, e a tendência são os "clubes do Bolinha e da Luluzinha". Então vamos incentivar a negociação e a argumentação, que, novamente, começa em casa. Um erro que traz consequências graves para a vida adulta é os pais darem sempre razão aos seus filhos, não admitirem que eles sejam contrariados e que os professores, principalmente, os corrijam. Isso nada mais é que projetar sua soberba nos filhos, como se eles fossem prorrogações suas, e não indivíduos. O resultado é o que vemos por aí com lamentável frequência: pessoas egoístas, que não reconhecem seus defeitos e que, portanto, não tentam melhorar, sempre com a ideia errônea de que "eu sou assim, tem que me aturar".

Se os tímidos se recusarem a conviver, ou ficarem ansiosos com as tentativas familiares de interação, é o momento de procurar apoio ou ajuda de um profissional competente, evitando assim problemas futuros, mais difíceis de resolver. Não tenham medo de levar as crianças e jovens a psicólogos, neurologista e psiquiatras. O conceito de que só "malucos" necessitam dessa assistência está completamente obsoleto, além de sempre ter sido uma visão preconceituosa e ignorante. A saúde familiar depende muito dos relacionamentos de amizade externos também, pois esses se projetarão no amor e companheirismo de que um lar necessita.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Avós e Avôs em outras culturas

Por Agnes Gabriella Milley

Nas culturas africanas, as avós e os avôs são as pessoas mais importantes da família. Na tradição Bantu, quando precisam tomar alguma decisão importante,as avós e os avôs se reúnem ao redor de uma árvore especial para se aconselharem com seus antepassados. Chamada de Árvore dos Antepassados, geralmente é plantada pelo homem mais velho da família.

Os povos lorubás que vieram para o Brasil do Benin, Nigéria e Tongo, tinham em sua cultura akpalô, palavra que significa "fazedora de alô".As akpalôs eram senhoras idosas que andavam de engenho em engenho contando histórias para outras negras e para os meninos brancos - eram "vovós" negras que ajudaram a transmitir sua cultura e a transformar a língua portuguesa. Muitas das palavras usadas pela linguagem infantil nasceram dessa troca entre as akpalôs e os meninos brancos: dodói, miau, au-au, dindinha, pipi, bumbum.

As crianças indígenas têm uma relação muito próxima com suas avós e avôs. Com eles aprendem muitas coisas, como, por exemplo, cuidar bem da natureza, dos animais, dos rios e das plantas. Desde cedo, as meninas cozinham com suas avós, e meninos e meninas aprendem muitas brincadeiras com os avôs.

Para os povos orientais, as avós e os avôs são considerados os guardiões do saber familiar e, por isso, têm um papel fundamental na educação de seus netos. Quando os filhos se casam procuram morar próximo aos pais, para que os netos convivam com os avós cotidianamente. No Japão, diz-se que a morada dos filhos deve ficar a uma distância dos pais que permita levar o missoshio - sopa feita com pasta de soja - sem esfriar.

Texto impresso em folheto que acompanhou produtos da Natura em 2011, por ocasião do dia das Avós e dos Avôs - www.natura.net

Agora fica a pergunta: como nos relacionamos, atualmente, com os idosos, em nossa cultura? Não seria um bom tema para estudo e discussão?

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sugestões de presentes para dar no dia dos pais

Por Maria Teresa Serman
Cansei de listar neste blog, e na vida pessoal, presentes de "dias de todos".  São invenções comerciais algumas, muito louváveis, porém, porque congregam a família e proporcionam momentos de afeto derramado, e inesquecíveis.  Não perdem o valor e são indispensáveis.  Sem querer ser ácida, provocam também irritações e cansaço nas intermináveis filas que temos que enfrentar.

As datas são inesquecíveis, quero dizer, não o resto da pantomima que precede e enche (literalmente) o almoço. Então quero propor uma abordagem diferente, com todo o carinho que podemos antecipar, sem deixar de lado o dia principal. Podemos, por exemplo, às vésperas da próxima data - dia dos avós, 26 agora, que não decorre de  uma motivação comercial, mas sim religiosa, pois é dia de Sant'Ana e São Joaquim, os pais de Nossa Senhora, avós do Menino Jesus na terra - doses diárias de ternura, atenção e detalhes de carinho. Depois virá o dia dos pais, que podemos preparar com pelo menos uma semana de antecedência.

Telefonemas, flores, presentinhos (ia dizer docinhos mas os médicos me condenariam; contudo, um pouco não mata); chamar para almoçar; levar para passear; mandar e-mail's; SMS; preparar o prato preferido; programar brincadeiras que alegrem a família no dia D; escolher presentes pelo gosto particular, afetividade, e não preço (mas gastar, se necessário).

Além de escrever on line, o que nem sempre será possível, de acordo com as idades digitais, escrever de próprio punho, muito mais especial, pois a caneta não foi abolida e é menos fria do que o teclado e a tela. Fazer o prato preferido, evocar momentos inesquecíveis, mas que a memória e as mágoas podem ter apagado ou borrado. Visitar os lugares preferidos da infância ou da adolescência, reviver somente as recordações felizes - as tristes deixemos para a vida, que já se encarrega delas. Ou melhor, não permitamos que "a vida" tome as rédeas da nossa vida, dos nossos atos, da nossa mente e coração.

Devemos encarregar um senhor soberano, o amor, colocado e cultivado em nossos corações pelo Amor, o Senhor Pai, que também deve ser lembrado a todo instante, que não tem um dia só, mas todos os dias e seus momentos incluídos. E aí não vai ter importância a procura pelas lojas, a reserva no restaurante, o desgaste da espera e das andanças. Se saber amado, ter essa certeza, não depende de datas, isso deve se sobrepor a elas. Vale até para desculpar os atrasos na entrega dos presentes e o esquecimentos que podem ocorrer. Esse é o dado mais importante de todos, demonstrar o amor, ainda que de modo desajeitado, imperfeito, falho, como nós todos somos.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Aquecer corpo e alma

Por Maria Teresa Serman

Finalmente um pouco de frio! Já estávamos cansados de calor e ansiosos por tirar o mofo dos agasalhos e exibir nossos cardigãs,  trench coats, pashminas, meias sofisticadas e botas incríveis - claro que os últimos adereços se referem ao universo feminino, mas os homens também ficam charmosos com complementos de inverno.

Que venham as sopinhas, os caldinhos e os fondues, acompanhados de vinhos mais encorpados - ontem degustei um  Pinot Noir delicioso, e um outro da mesma marca, que é um blend (mistura) de uvas Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Petit Verdot, e mais uma que esqueci, fantástico! Ambos chilenos, de uma vinícola familiar, a Chocalan. Não são baratos, mas valem o preço para ocasiões especiais. Não estamos ganhando nada com a divulgação, hein? Só repassando um prazer a ser desfrutado.

Por falar em ocasiões especiais, elas acontecem todo dia, pois cada um é uma ocasião especial pelo dom da vida e do amor que o Pai nos dá. Vivemos com se Ele estivesse distante, oculto, sobrevoando as nuvens acima dos aviões. Não, Ele está bem perto, atento às nossas necessidades e dores, mas esperando que renovemos nossos agradecimentos diários pelas incontáveis graças que nos dá, as que percebemos e outras de que nem desconfiamos.

Não pretendo fazer uma preleção religiosa, mas transmitir o resultado de uma pesquisa recente, pra variar norte-americana - benditos sejam, sempre procurando melhorar a vida da humanidade! -, que recomenda, além dos propalados exercícios regulares, alimentação balanceada, mais alguns cuidados específicos com o coração, para minimizar os riscos de enfarto, que são...:
- RIR com vontade e frequência, o que pressupõe enxergar os pequenos detalhes de bondade nos outros e encontrar motivos para manter o otimismo; sair de si, ocupar-se dos demais; bom humor, "please";
- CHORAR, o que parece um contrassenso diante do item anterior. Não significa ficar se lamuriando ou dramatizando tudo, mas permitir-se desabafar, não guardar a tristeza ou frustração dentro de si o tempo todo. Esvaziando um pouco a alma nós a preparamos para muitos sorrisos;
- DEMONSTRAR AFETO, o que deve ir além de beijar, abraçar ou elogiar. Há uma receita para renovar o amor, ou reverter a mágoa, que consiste em listar as qualidades de quem ama, mas com quem se está ressentido no momento. Não precisam ser muitas qualidades, as mais essenciais. Depois disso, diga ou escreva aos donos dessas virtudes, deixando claro que continua a amá-los, e ADMIRÁ-LOS, ainda que tenham se ofendido (ou nós o tenhamos feito) ou distanciado. Façam isso logo, não deixem passar o tempo, que entranha a amargura na alma.

Para finalizar, voltamos ao físico e lembramo-nos da urgência de cremes hidratantes e nutrientes, para rosto, corpo, pés, mãos e cabelos. O frio resseca mais, não se descuidem. É uma recomendação para homens e mulheres, ainda que nós, meninas, precisemos ficar atentas sempre, porque rugas neles podem ser charme; em nós, são sabedoria, vivência, experiência de vida, blá, blá, blá - velhice mesmo!

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 150)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossos amigos. Podem fazer suas perguntas nos comentários.

1 – A. diz: Dra minha filha tem vergonha de mim, não quer mais que eu vá até a porta da escola e nem trás amigas aqui em casa. Diz nenhuma mãe fica se metendo na vida das amigas. Ela tem 16 anos e eu me preocupo com o que faz e com quem anda. O que devo fazer? Ela é filha única e meu marido acha que agora não é mais hora de cuidar dela.

RESP: Cara Sra A.

Não sei onde moram, mas realmente não há necessidade de acompanhar sua filha até a porta de Escola. Toda hora é hora de cuidar dos filhos, mas proporcionalmente à idade e responsabilidade.
Não é vergonha da senhora que ela sente, mas envergonha-se diante de terceiros, aos 16 anos, em parecer  necessitar companhia da mãe para ir à Escola. Creio que no momento em que a senhora se ocupar de outras atividades, como as próprias tarefas  de casa, uma ginástica, um trabalho voluntário e não ficar tão pendente dela voltará a trazer suas amigas. Não se mostre triste ou aborrecida com a atitude dela, porque  os filhos Adolescentes confundem o zelo e carinho dos pais com excesso de proteção e desconfiança por parte deles. Procure entendê-la, trate-a com o mesmo carinho e com um pouco menos de atenção, dando tempo para que ela possa refletir, amadurecer e aprender a valorizar os cuidados que recebe. Converse o necessário, não questione muito, seja amiga das mães das outras colegas e amigas dela, saiam para um lanche de Mães, troquem ideias, não limite seu universo à essa filha única.
Esteja sempre alegre, sorria, não se lamente, cante! Filhos sentem falta de pais que demonstrem viver bem e estar “de bem com a vida"...
Convide seu marido a um passeio, um jantar fora, uma viagem talvez, não sei o estilo de vida de vocês  como família, mas " desligue-se"  um pouco dela. No início parece muito difícil, mas os resultados compensam!
Fico a seu dispor, Mannoun

2 – M. A.diz: Descobrimos a pouco tempo que nosso filho de 18 anos tem leucemia. Moramos no sul do Brasil e aqui os recursos são poucos, para tratamentos. O médico nos disse que nos preparássemos para o pior. O que podemos fazer minimizar o sofrimento dele, tão jovem e já sofrendo tanto e sem esperanças?

RESP: Cara Sra M.A.

Não sei qual a cidade onde moram nem onde fica, mas não fiquem passivos ante a falta de recursos de sua cidade. Curitiba é um grande Centro de tratamento de doenças do sangue - vocês não poderiam marcar uma consulta e ir  até lá?  Santa Maria tem também uma Universidade e bons Hospitais. Comuniquem-se. Seu médico mesmo pode encaminhá-los através do SUS. Ouçam outras opiniões, lutem, o filho sentirá que estão a fazer alguma coisa e, sobretudo, não tenham  " pena "  dele!  Vida em casa e fora de casa o mais possível normal, não sussurrem nem falem pelos cantos, sigam as orientações médicas mas busquem outros recursos fora de sua cidade, por favor ! A medicina a cada dia oferece mais possibilidades, não se encolham!
Conhecer a verdade é diferente de não apontar para a esperança!  Ninguém tem o direito de sufocar esta chama no coração de quem quer que seja!
Se vocês são uma família que tem FÉ, recorram sem cessar a Deus e ao mesmo tempo, AJAM !  Que seu filho esteja em companhia de amigos, tenha vida de um jovem de 18 anos - vida limpa, saudável, com boas companhias, alegria, esperança e saiam em campo , procurem outros médicos, ouçam mais opiniões.
Fico às ordens para o que puder ajudar, ok ?
Boa sorte e lutem!
Atenciosamente, Mannoun

domingo, 22 de julho de 2012

Passeio divertido para a família

Entre Angra dos Reis e Paraty (RJ), existem bons lugares para passar um dia, com praias tranquilas e boa comida, num espaço de 60 Km.

No caminho entre esses lugares temos uma cidade histórica chamada Mambucaba, que conserva ainda muitas coisas da colonização portuguesa, como a igreja, lamentavelmente completamente fechada e precisando de uma reforma urgente - suas atividades estão sendo feitas em uma tenda, logo em frente a ela. A praia local e bem mansa  e limpa, contando com vários restaurantes que servem um bom peixe à beira mar. Tudo simples e com bom aspecto.

Avistamos também a imponente usina nuclear que se sobressai na paisagem, e uma bela vila de casa de seus empregados, bem estruturada e muito bem cuidada. Não é aberta a visitação, é necessário autorização para conhecê-la no seu interior.

Em Tarituba, logo após, temos também vários restaurantes, com peixe fresquinho e bem farto. Já fomos a dois deles e posso dizer que o Frans tem uma comida muito boa, peixe, camarão, tudo bem feito, bem servido e com qualidade; simples, porém bem decente. Já o Peixe Maluco  é mais rústico e na beirada da praia, com uma comida que não faz jus ao preço e o atendimento, que deixa muito a desejar, além de  não aceita cartão, o que nos dias de hoje é uma falha e tanto. Todos os outros aceitam, mesmo os mais simples ainda.

A vista que temos durante o trajeto é encantadora, e poderia ser melhor ainda caso a estrada tivesse melhor manutenção, pelo poder público. O fato de não possuir pedágio, pode ser a razão da falta de  um cuidado maior. O mato que cresce no seu entorno tira em muitos lugares a possibilidade da bela vista do mar e de suas ilhas bucólicas.

A mata atlântica, ainda bem preservada, é um colírio para os olhos, nos deixando relaxados por ver  tantos verdes nas suas mais variadas tonalidades. Para os apreciadores da natureza, sempre será um lugar bom de se ver, e ótimo para relaxar das lidas diária das cidades grandes.

Sobre Angra dos Reis já falamos aqui no Blog, no seguinte link: http://www.negociosdefamilia.com.br/2009/05/viagens-com-familia-lembrancas-da-praia.html..... E sobre Paraty neste outro link: http://www.negociosdefamilia.com.br/2009/09/paraty-uma-visao-linda-do-passado.html

sábado, 21 de julho de 2012

Charles Dickens

Queridas leitoras e leitores,
Vocês, com toda a certeza, já leram algumas  das obras  do célebre romancista Charles Dickens.  Um Conto de Natal, Aventuras de Pickwick, Oliver Twist e David Copperfield  são talvez seus trabalhos mais conhecidos e lidos entre nós.  Ele viveu entre l812 e 1870 e foi o maior escritor inglês de seu tempo.
Dickens inventou o romance social fazendo guerra, principalmente, à exploração do trabalho infantil. Meninos e meninas, com suas dores e incríveis histórias, ocupam sua alma e muitas páginas de seus melhores livros. Ele ama as crianças e com denúncias procura protegê-las. Sua preocupação com o sofrimento de operários pequenos e grandes não foi um acaso. Aos doze anos Charles viveu sua experiência mais traumática. Trabalhava numa fábrica de graxa para sapatos, enquanto o pai estava preso por dívidas.   
Meu propósito, aqui, é ilustrar, com um interessante episódio a extrema sensibilidade desse homem tão querido por crianças e adultos.

Um dia, conversava Dickens com um amigo que defendia a tese de que da educação infantil deveria se apagar tudo que se referia ao mundo da fantasia, já que o maravilhoso só servia como obstáculo na vida de um jovem. Dickens  ouvia-o  atentamente até que uma borboleta  extraviada , de cores diversas e brilhantes, entrou pela janela.

Dickens levantou-se, apanhou a borboleta e pôs-se, calmamente,  a sacudir de suas asas todo o brilho que elas ostentavam. Soltou-a depois. O amigo, espantado, quis saber a razão de ter ele privada a borboleta de toda sua magnificência. Charles explicou:

“Eu apenas fiz com a borboleta o que você pretende fazer com seu sistema de educação. Tirei-lhe os enfeites inúteis. Quem sabe assim ela voará melhor?” 
 
 Será que nós, às vezes, não sacudimos o brilho das asas da borboleta? Será que deixamos nossos filhos, netos ou alunos viverem suas fantasias enquanto lhes forem necessárias? Ou fazemos como uma babá que dizia: "Menina, para de mentir!" Foi difícil fazê-la compreender a diferença entre Verdade e Fantasia e Verdade e Mentira.                                                                                               
                                                                           Agnes G. Milley        

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Boa de boca

Por Maria Teresa Serman
Algumas mulheres pensam - as não antenadas com a tecnologia cosmética - que, para deixar os lábios belos, basta passar um bom batom ou um brilho purpurinado (acho horrível, brega!, desculpem). Um batom de qualidade, que hidrate e tenha compostos anti-idade pra quem já precisa, como ácido hialurônico, é imprescindível, sim. Até os de tipo "matte", mais secos e duráveis, estão com componentes que umidificam a mucosa sensível dos lábios.

Como o resto da pele, esta precisa mais ainda de cuidados especiais, pois é, como dissemos, mucosa, mais frágil. Em compensação, absorve melhor os produtos que usarmos. E as etapas são quase as mesmas, limpar, esfoliar, hidratar, nutrir. Pode-se até tonificar, com soro fisiológico gelado, depois de esfoliar. Quase ninguém se lembra de higienizar a parte externa da boca. Deixam-se restos de batom, resíduos de comida que grudam nele, poeira, gordura. Devemos demaquilá-los com o creme que usamos no rosto, ou lencinhos umedecidos. Depois, uma vez por semana, é necessário esfoliar, para eliminar pelinhas e descamações, além de limpar mais profundamente. Isso deixa-os mais macios. Um bom esfoliante caseiro é misturar mel e açúcar, ou aveia, e esfregar MUITO DELICADAMENTE com uma escova de dentes BEM MACIA. Em seguida, água comum, soro fisiológico ou água destilada gelada.

Para hidratar, use produtos adequados, especiais para a região, não genéricos. E escolha os que também atuem na região em volta dos lábios, importantíssima para evitar o chamado "código de barras", ruguinhas perpendiculares que se aprofundam com a idade. Proteja a boca com batons que contenham protetores solares, os de boa qualidade sempre têm. Também há aqueles que  por si só já fazem um excelente efeito, como já dissemos, nutrem a mucosa, revelando o melhor do seu aspecto. Os baratos nesse tipo de produto saem muuuuiito caros, podem acreditar. Ajudam a descamar, não protegem, fazem a mucosa ficar baça, fosca, desvitalizada. E o mais importante é não esquecer que a verdadeira hidratação começa internamente, bebam muito líquido sempre.

Fundamental também é lembrar que "a boca fala da abundância do coração". Não adianta tratar do exterior, se de dentro saem cobras e lagartos. Não há cosmético que embeleze uma boca suja, amargurada, que não se exercita com sorrisos e palavras amáveis.

Ah, usem lápis de contorno da cor do batom que vão passar, pois aumenta sua duração e funciona como um truque eficiente para corrigir imperfeições naturais.  

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Manobra de Heimlich

Por Maria Teresa Serman
Eu sou a rainha do engasgo! Engasgo com ar, com água, com tudo! E, sendo asmática, a apreensão de ar, na hora e logo após a obstrução, é lenta e difícil sempre. E, nesta última terça-feira, foi traumática.

Estava almoçando e conversando com uma amiga em um restaurante a que estou habituada, calmo e com pouca gente no momento do episódio. Estávamos comendo uma salada caprese, e eu, comendo e falando sofregamente, me engasguei com o queijo de búfala, que ficou esfarelado no meio do caminho - não ouso dizer se foi no esôfago, pois não sou especialista . Tossi bastante, e acho que os brônquios, meus velhos inimigos, se contraíram e eu não conseguia puxar o ar. Levantei-me, fiquei no meio da sala, guinchando e em agonia, pois percebi que o ar não entrava por mais que eu me esforçasse. Então, uma mulher na mesa próxima, estrangeira, pronunciou algumas palavras em inglês para um dos homens que estavam na mesma mesa, e ele se aproximou de mim, dizendo que era médico. A moça o instruiu e ele me fez a manobra duas vezes. Foi o suficiente para que o ar entrasse como por milagre, e eu lhe disse que podia parar. Não expeli nada, o que é comum nesses casos, pois, como disse, o queijo esfarelou. Mas o efeito foi fantástico! 

Agradeci a ela e a ele, e me sentei de novo, bebi bastante água e não comi mais. Imagine se ainda havia fome ou interesse?!

Por isso, resolvi escrever sobre este procedimento que salva vidas, como a minha, para que todos nós conheçamos e ponhamos em prática na hora que, Deus nos livre, alguém precisar.

A Manobra de Heimlich é o melhor método pré-hospitalar de desobstrução das vias aéreas superiores por corpo estranho. Essa manobra foi descrita pela primeira vez pelo médico estadunidense Henry Heimlich em 1974 e induz uma tosse artificial, que deve expelir o objeto da traqueia da vítima. Resumidamente, uma pessoa fazendo a manobra usa as mãos para fazer pressão sobre final do diafragma. Isso comprimirá os pulmões e fará pressão sobre qualquer objeto estranho na traqueia. – Procedimento:

A pessoa a aplicar a manobra deverá posicionar-se atrás da vítima, fechar o punho e posicioná-lo com o polegar para dentro entre o umbigo e o osso esterno. Com a outra mão, deverá segurar o seu punho e puxar ambas as mãos em sua direção, com um rápido empurrão para cima e para dentro a partir dos cotovelos. Deve-se comprimir a parte superior do abdômen contra a base dos pulmões, para expulsar o ar que ainda resta e forçar a eliminação do bloqueio. É essencial repetir-se a manobra acerca de cinco a oito vezes. Cada empurrão deve ser vigoroso o suficiente para deslocar o bloqueio. Caso a vítima fique inconsciente, a manobra deve ser interrompida e deve ser iniciada a reanimação cardiorrespiratória. - da Wikipédia, a enciclopédia livre.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Memórias para o futuro.

Outro dia fizemos um passeio a Quinta da Boa vista e me diverti com uma placa que encontrei bem na frente dos jardins do antigo palácio do imperador. Ela dizia que cuidassem bem  daquela lápide, pois ali dentro encontravam-se guardadas memórias escritas desde a vinda da família real ao Brasil. E estavam ali para que, daqui a muitos anos, nossa história pudesse continuar sendo contada. Eu achei meio sem sentido, visto que, se houvesse uma invasão aqui, e lessem aquela placa, logo destruiriam tudo.

Mas, pensando bem , a ideia serviu para que eu escrevesse aqui uma sugestão para guardarmos nossas memórias para o futuro, não tão distante.

Pensei numa dica para mães novas, isto é, mães recentes: tirem fotos aos montes de seus filhos, mas marquem na foto o local e quem está nela. Preparem-se para o futuro, quando crescerem e perguntarem: onde é? Quem é esse na foto? Para  não ficarem de queixo caído tentando lembrar esses detalhes.

Imaginem que meu filho, de 37 anos, queria que eu lembrasse, outro dia, onde tirei uma foto em que ele estava com um aninho, e que cor eram os brinquedos, pois, como a foto é antiga, está desbotada e tudo ficou de cor diferente, meio rosado. Vai saber! É sério! Hoje passei o dia procurando lembrar-me do local e de como cheguei ali (até isso ele queria saber).

Vamos então por mãos a obras e escrever, atrás de cada foto tirada, o nome do filho, o local, e a data! E agora, com as fotos digitais, salvem em pastas por mês e ano, ponham nome em cada uma, não deixem só com a numeração da máquina.

Outra dica: copiem sempre os álbuns digitais para um DVD ou Pen Drive. Não deixem só na memória do computador.

Tudo isso para que, no futuro, os filhos tenham suas histórias bem contadas.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Vamos ensinar a doar?

Eu me lembro, quando era bem pequena, da minha mãe contando, como gracinha, que eu não gostava de dar nada meu e para ela doar algo que não cabia ou não servia mais pra mim, precisava tirar escondido. Que criança desagradável eu deveria ser! Não vejo onde isso poderia ser algo engraçado de se contar e muito menos louvável em uma criança.

Aprendemos a doar doando. E vamos fazer isso bem melhor se começarmos desde pequeninos, como algo natural Não serve? Está em bom estado? Servirá a outra pessoa? Então, que aprendamos a arte de nos libertarmos de apegos.

Vamos ensinar nossos filhos a serem desprendidos, a saberem diferenciar as coisas das pessoas, a dar o devido valor a cada coisa.

Ensinemos a cuidar bem de seus pertences, para que durem mais, para que lhes sejam úteis por mais tempo, mas sem se agarrarem a eles, como um mendigo adorando a sua única colher.

Uma criança cresce muito rápido e suas roupas parece que encolhem constantemente; logo, de ano em ano, é preciso fazer uma seleção das que não cabem mais, e que podem servir para a quermesse da igreja, ou até para o irmão menor ou o filho de uma amiga.

Nossos filhos cedo aprenderão o quanto de bom há em ser útil, em servir aos outros. Seus brinquedos, ainda mais se tem muitos, servirão para crianças pobres que nada têm, dando o que está em bom estado, pois lixo vai para o lixo.

Hoje, graças a Deus, perdi essas correntes que me prendiam. Confesso que foi uma luta ferrenha, mas valeu para aprender que dar é muito melhor do que receber, tem sabor de eternidade.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 149)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossos amigos. Podem fazer suas perguntas nos comentários.

1 – C. diz: Dra casei muito jovem, tenho 19 anos e gostaria de saber quais riscos existem para uma gravidez agora, nesta idade. Qual é a idade ideal para se engravidar?
RESP: Cara C.
 Você se casou em ótima idade e pode perfeitamente engravidar no momento que desejarem !
Minha sugestão é que o casal ( se ambos não fizeram exames pré - nupciais ) procure um bom Clínico para fazer exames rotineiros de saúde preparando-se ambos para estar em boas condições clínicas na expectativa alegre e saudável da vinda de seus filhinhos,e assim completarem uma família muito bem preparada e feliz, ok ?
Parabéns e fico às ordens, Mannoun
  
2 –A. diz: Meu filho de 11 anos vai para um acampamento só de meninos, não tivemos como não deixar. Mas estou muito preocupada. O que devo dizer a ele de cuidados para ter contra outros que venham a ser abusados com ele?

RESP:Caro(a) A.
 A família conhece as pessoas adultas responsáveis pelo acampamento? E  os meninos que vão com seu filho, são amigos que frequentam sua casa ou são estranhos? Seu filho é único? Que dizem os irmãos? E por que "não tiveram como não deixar?”.
São questões que devem ser ponderadas para bem avaliar os temores separando o excesso de cuidados do fundamento real para dizer não.
 Creio que certamente todos os pais devem ter respostas a estas perguntas - quem, com quem, quem são, etc., antes de concordar com uma saída dos filhos sem sua companhia.
A formação que até hoje seu filho deve ter recebido em família é suficiente para deixá-los tranquilos quanto ao ambiente, e costumeiramente, as recomendações feitas nestas ocasiões se referem ao comportamento geral - obediência aos superiores, respeito aos horários, limpeza, hábitos de higiene, cuidados com as roupas, arrumação e ordem nos pertences, não mexer no que não é seu, etc. etc.
Quanto aos abusos, o que em casa é recomendado no quotidiano deve ser suficiente, porque os pais conhecem bem a educação oferecida aos filhos e seu modo particular de ser. Uma vez que conheçam os adultos responsáveis pelo grupo e os meninos que vão, creio que sua preocupação será aquela natural  de ter seu  filho mais longe...
Pais, consultem seu coração e saibam dizer Não, se ficarem sombras de inquietude  - o passeio não será benéfico neste momento para ninguém! Outras oportunidades virão e então será alegria para todos!
Fico a seu dispor, Mannoun

domingo, 15 de julho de 2012

Manjar de coco da vovó

Que saudades dos quitutes da minha avó materna tão querida de todos nós!... Ela fazia umas coisas de que sinto o gostinho até hoje...hummm.....Muito boas! Seu manjar de coco era uma delícia, todos chamavam de manjar dos deuses, uma receita muito simples, porém saborosa e bonita de ser ver. Acho que o único ingrediente de que não conseguirei dizer a quantidade é a do AMOR que ela punha em tudo o que fazia.

Receita:

1 litro de leite
5 colheres de sopa  bem cheias de Maisena
1 vidro de leite de coco – 200ml
1 x de açúcar ( hoje faço também com adoçante Forno Fogão – e fica ótimo)
½ x de coco ralado

Modo de fazer:

Misture bem o leite com a maisena até ficar uma mistura bem homogênea. Acrescente o açúcar e leve ao fogo brando, mexendo até ferver bem e engrossar como um mingau. Nesse momento, acrescente o coco ralado e, sempre mexendo, o leite de coco. No caso de fazer com adoçante no lugar do açúcar, deixe para colocá-lo no final, quando puser os últimos  ingredientes.

Despeje o mingau numa forma de pudim bem gelada - isso ajudará a soltar depois de frio. Leve a geladeira.

Na hora de servir,  desenforme sobre um prato de bolo e sirva com ameixa em calda ou doce de banana em rodelinhas.
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sábado, 14 de julho de 2012

Clima de Festa Junina

por Agnes D. Milley

Os dias já estão avançando pelo mês de julho, mas acho que ainda não perdemos o clima de Festa Junina. Por isso, não penso que seja tarde para contar alguns detalhes da festa  da escola de minha netinha em São Paulo.

Primeiro, é preciso que vocês imaginem um espaço físico  muito grande,  dentro de um bairro residencial tranquilo e muito arborizado. A escola é um “Campus” que foi sendo construindo aos poucos,  ao longo de muitos anos.  As pequenas edificações que compõem a escola  situam-se entre alamedas, canteiros de flores e árvores centenárias, formando um todo calmo e receptivo.

No dia da festa, ao passarmos pelo portão principal, a primeira surpresa é a  “Capelinha de Melão”, (...... é de São João......), como diz a canção. Imaginem  um melão amarelo cortado ao meio, sem sementes, com as beiradas cortadas em pontas e uma Imagem de São João, em miniatura, alojada dentro dele. A capelinha  está dentro de uma redoma de vidro enfeitada de flores. É São João Menino que recebe os convidados.  Não é possível não se deter diante desse pequeno detalhe de carinho.

A Festa decorre entre barraquinhas, quitutes, brincadeiras, e pais e alunos ocupadíssimos em tornar tudo belo e confortável .  Aproximadamente três mil pessoas circulam pela escola durante todo o dia. Avós, avôs  e mamães com bebês não precisam  preocupar-se. Há lugar para todos ao ar livre ou nas varandas e caramanchões. Toalhas coloridas  e vasinhos de flores enfeitam as mesinhas brancas espalhadas por todo o terreno livre.

As danças folclóricas acontecem no ginásio de esportes, animadas por uma banda de “tirar o chapéu”. Da  arquibancada  construída em redor da quadra veem o entusiasmo e a aprovação de parentes e amigos das crianças e jovens dançarinos. Vovós, vovôs  e pessoas com dificuldades especiais ganham cadeiras especiais junto à  banda.

As horas vão correndo  quase sem percebermos. O sol já perdeu seu brilho, e pouco antes de escurecer, surge uma montanha de caixas de madeira vazias, tábuas de sobras de construção e pedaços de papelão na praça central da escola . As brincadeiras cessam, as barraquinhas  se esvaziam, e lentamente um círculo  se forma em redor da fogueira ainda fria.  A banda, discretamente, se reúne no palco, bem perto. Escurece, e o silêncio sinaliza  expectativa.

Surge uma longa fila de luzinhas, pequenos pirilampos, que circundam a fogueira. São as crianças menores com suas lanterninhas de papel, obra delas e de seus pais. Sentam-se e esperam. Os alunos do décimo segundo ano se aproximam. Estão de branco. As jovens com coroas de flores nos cabelos e todos com tochas acesas nas mãos. A banda inicia uma lenta melodia e os jovens de branco dançam. Numa belíssima coreografia as tochas  acendem a fogueira. Suavemente, todos cantam e o público acompanha: “Sobe a chama, sobe a chama, bem alto bem alto, ilumina, ilumina nossas mentes, nossas almas....”. Os jovens saem em silêncio e os pequenos, com suas lanternas os acompanham.

Terminada a cerimônia, o fogo arde e a banda irrompe nas mais alegres e animadas  canções juninas.  A quem ainda resta energia, dança, mas para muitos a festa está terminando. Na saída, você ainda pode dar uma parada e tomar uma sopa  bem quentinha .

Ao passarmos pela Capelinha, São João se despede, e nós voltamos para casa com a alma iluminada não só pelas chamas da fogueira, como diz a canção mas, principalmente, pelo calor humano e pelas horas de alegre convívio com  familiares a amigos queridos. Estamos prontos para um tranquilo e abençoado sono.

AH! Lembrei-me de uma coisa muito importante. Vocês sabem  que nessa festa ninguém bebe nada em copos descartáveis? A escola mandou fazer canecas  retornáveis.  Todos chegam à festa com suas próprias canecas. É claro, há sempre algumas para vender para os novos convidados ou os esquecidos. Não é uma ótima  ideia?

Escola Waldorf – Rudolf Steiner, SP

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Calça cigarrete, só dá ela!

Por Maria Teresa Serman

O nome foi sugerido pela forma, mais justa e de pernas retas, o que lembra a forma esguia de um cigarro. Originalmente é francês - cigarrette - , como tudo de fundamental na moda. É diferente da skinny - olha o inglês entrando no espaço "fashion" -, que fica bem colada, algumas a gente não consegue imaginar como as donas conseguiram vesti-las! Mais tradicional, mas sempre moderna. Dependendo dos acessórios, fica esportiva, formal ou baladeira.

Para torná-la mais jovem e informal, pode-se enrolar um pouco a barra, ficando logo acima do tornozelo. Assim vai bem com camiseta, lenço ou echarpe no pescoço e jaqueta ou casaco. Uma bota de cano curto completa o visual, sempre lembrando que tonalidades próximas na calça e na parte de cima alongam as mais baixas; cores diferentes ou contrastantes fazem o oposto.
Se deseja sofisticar o conjunto, use-a normalmente, com uma blusa de tecido mais nobre e fino - a calça será sempre de brim em todas as variações. Bijuterias mais chamativas, como braceletes e colares metalizados, assim como uma bolsa de bom couro e botinha ou escarpin do mesmo nível, completam a nova versão, adicionando ainda um toque de modernidade.

O clássico é imorredouro e atemporal, até com uma simples calça de brim comum. Fica bem em qualquer idade e causa impressão de bom gosto e competência, onde quer que se vá. Uma blusa de malha ou tecido de boa qualidade, com estampa felina ou padronagem geométrica, sempre atuais, usada para dentro da calça ou não muito abaixo de cintura, fica chique. Essa característica se amplia, com um cinto de couro ou metalizado, e bolsa e sapatos também de couro. Por falar nestes, voltaram os bicolores, com detalhes ou biqueira de cor contrastante, que são muito charmosos e conferem um toque vintage ao conjunto. Se o frio apertar, finalize com uma parka ou casaco de lã de médio comprimento, quer dizer, pouco acima do joelho, detalhe que favorece a silhueta.
Sucesso em todas as horas, meninas!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Coerentes com a fé e dentro da moda

Ouvimos muitas opiniões bem divergentes quanto à moda e às religiões  que pregam que seus seguidores devem se vestir dessa e daquela maneira, para que sejam coerentes com o que acreditam e melhores diante de Deus.

Não vou falar aqui do que pode ou não, mas gostaria de lembrar que para não termos dúvidas, sempre devemos consultar o nosso bom senso ou  uma pessoa com critérios firmes.

Veste-se bem aquela que usa seu corpo para falar por si, com bom gosto, limpeza, decoro e censo crítico. O decoro é a capacidade de sabermos respeitar os limites do respeito ao próprio corpo, nossos e dos outros, é saber nos portar de forma decente. E a moda pode ser muito bem usada, desde que tiremos o melhor proveito dela, sem exageros. Nada nos impede de usarmos calcas compridas bem cortadas, saltos altos, blusas de verão fresquinhas, e lindas saias. O que vai importar é o COMO usamos e os modelos que ESCOLHEMOS. Como fazemos uso das transparências, das malhas colantes, dos decotes e dos cumprimentos das saias e vestidos.

 Outro dia vi na rua uma moça cuja saia era tão curta que não dava pra saber se era de fato saia ou cinto. Outra moça estava com uma calça estampada colante ao corpo, (que era bem gordinho), e uma blusa de oncinha com um ombro de fora e do outro lado uma manga comprida! Aí me lembrei de Cecília Meireles num de seus poemas: “Ou se tem chuva e não se tem sol,ou se tem sol e não se tem chuva!” – não tinha nenhuma harmonia ou bom gosto. 

Uma mulher elegante, bem vestida, com capricho e bom gosto, em nada deporá contra sua fé e suas convicções religiosas, nem tão pouco estará faltando ao amor de Deus. Ele nos quer belas como nos criou, preservando, naturalmente, os dons que recebemos, e usando de recursos extras para mostrar, não só a beleza externa, como também a interior.

Vamos nos vestir de acordo com as nossas atividades, com o decoro de uma filha de Deus que tem os pés na terra e a cabeça no céu. Valorizar o que temos de melhor e tirar proveito disso.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Férias – dicas para artesanato - 2

É muito difícil, termos passeios para fazer com as crianças, todos os dias dessas férias pequenas do mês de julho. Podemos aproveitar os dias sem idas a rua para serem dias de artesanato. Tanto os meninos como as meninas gostarão da ideia, caso antes tenhamos planejado o que fazer para distraí-los. Aproveitando a época a favor da ecologia e reciclagem, vamos juntando caixinhas de fósforo, pregadores, fundo de garrafas pet e outras coisinhas mais, para dar um brilho especial aos artesanatos.

Seguem algumas sugestões: (Muito mais dicas podem encontrar no livro – Trabalhos Manuais – de Manuela Martín)

Caixinhas porta brincos - com cx de fósforo









Porta retratos - com papelão e macarrão