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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 75)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem à vontade nossas amigas.
1 - J.A.C. diz:
Dra, tenho mais duas irmãs mais novas. Uma delas não está nem aí com nada e minha mãe não liga para isto. O que eu posso fazer?

RESP: Caro J.A.C.
Você já tentou uma conversa clara e serena com sua mãe sobre sua irmã “que não está nem aí" como diz?
Procure antes pensar nas qualidades de suas irmãs - sim, claro que todos temos qualidades! Ainda que no momento você esteja aborrecido e não consiga avaliar nem apreciar...
Você tem alguma religião? Peça ajuda ao Espírito Santo para esta tarefa e depois marque a conversa com a Mamãe.
Diga tudo o que traz no seu coração e apresente sugestões, tipo horário e distribuição de tarefas entre vocês onde cada um ou a Mamãe mesmo determinará quem faz o que em casa. Que acha? Fico a seu dispor para retornar, mas sugiro ainda que não dê ordens às irmãs- isto é competência dos Pais e você é irmão, não se esqueça, para não assumir papeis que não são seus, ok?
Um abraço da Mannoun

2 - A. diz: O que fazer com a criança que acorda a noite sempre chorando, pois meu filho tem 2 anos se alimenta bem antes de dormir,pois pessava que era fome mas mesmo assim ele chora muito a noite.

RESP: Caro (a) A.
Aos dois anos, será que alimentar-se " muito bem" antes de dormir não está sendo pesado para o bebê que custa a fazer a digestão e dorme mal ?
Em geral, devemos fazer seis refeições ao dia, TODOS nós ! Acordar por volta das 7:30, 8 horas da manhã, tomar o café da manhã, merendar às 10 horas, almoçar ao meio dia, lanchar às 3 ou 4 horas, jantar às 18 horas e cear às 21:30, 22 horas .
Como fazem com o bebê? Que lhes recomendou o Pediatra? è importante contar o dia da criança para o Médico,horários, rotina, quem cuida do bebê, quais os hábitos familiares, sem temor de ocupar-lhe o tempo, pois isto é que organiza a vida saudável de uma criança .
Consultem seu Pediatra e comentem os horários, inclusive se o bebê fica frente à tv até dormir....Ele dorme sozinho em seu quarto e cama? Dorme com os pais?
Pode ser que ele chore pelas imagens que viu, conversas que ouviu ou excesso de alimentos...
Podem voltar a falar comigo, sim?
Atenciosamente, Mannoun

domingo, 30 de janeiro de 2011

Prepare o seu futuro (2) - respeite o ritmo dos idosos

Por Maria Teresa Serman

Com o passar do tempo, o ritmo mental e físico se altera inexoravelmente. Alguns ainda continuam aptos para os afazeres normais; porém, a memória do corpo, como costumo me referir ao cansaço e às sequelas que o trabalho, as exigências e os sofrimentos da vida vão imprimindo em nós com o passar dos anos, essa nunca esquece, está lá, para lembrar que já não somos jovens e que a nossa história permanece viva em nossa mente, em nossos membros, em nossa alma. É prudente respeitar essa memória, em nós mesmos e principalmente nos outros.

Os idosos tendem a ficar mais lentos e prolixos, é natural. Alguns, por sofrerem de solidão, puxam conversa em qualquer ocasião - nas filas, com o caixa, com o atendente do banco - enfim, às vezes nos atrasam e nem se dão conta disso. Haja paciência, mas é preciso tolerar esses atrasos sem perder a linha, pois também nós ficaremos assim. Embora não gostemos da idéia, é claro. Um ouvido disponível e um sorriso podem fazer um pouco de companhia a alguém que não tem com quem conversar.

As ruas são ameaças para idosos e portadores de necessidades específicas, com seus buracos, sinais rápidos demais e pessoas se esbarrando, na pressa de chegar mais cedo não se sabe aonde, para fazer mais depressa não sei o quê. Não custa ajudar, DISCRETAMENTE, para que não se sintam humilhados, seja fazendo sinal para os carros esperarem enquanto acabam de atravessar, ou cedendo um lugar melhor, ou ainda facilitando sua passagem. Gentileza gera gentileza, não é o que se diz? Pura verdade.

Se com estranhos é difícil ter tolerância, imagine em casa, com aqueles com quem convivemos diariamente. Quando perceber que vai perder a paciência, pense em tudo que ele, ou ela, já fez por você em particular e pela família em geral. Idosos são teimosos, não é uma rima, mas a realidade. O que não puder ou não conseguir mudar neles não deve tirar-lhe a paz. Mude a estratégia, leve na brincadeira, não dê tanta importância às rabugices, geralmente elas não fazem muita diferença no que é realmente fundamental. Frequentemente, o cuidador principal, filho ou neto, sofre muito desgaste pois está sempre atento para mil detalhes, desde remédios até compras domésticas. É vital pedir ajuda, contratar pessoas idôneas, se aconselhar com quem entende. Sem isso, fica impossível dar conta e estar feliz, fazendo a outra pessoa feliz também.

Velhice não é castigo, e sim o tempo de usufruir da sabedoria que a experiência semeou. Tempo de aproveitar com tranquilidade a família que construiu; de descansar, após tantos anos de trabalho e esforço; de passear por lugares que estejam preparados para lhe dar conforto e segurança. Tempo, antes de tudo, de agradecer a Deus pelas graças abundantes que lhe foram e são concedidas cotidianamente, minuto a minuto.

sábado, 29 de janeiro de 2011

MANIAS DE MÃE - parte 1– INSÔNIAS

Já que desaprendi a dormir, pelo fato de anos a fio, ficar fazendo a “ronda noturna” para verificar o sono das crianças, e como passei muitos anos com várias crianças pequenas (sempre havia um nascendo, ou pequenos), acostumei-me a ter um sono leve e sempre a postos para qualquer movimento diferente na casa. Bastava que alguém abrisse uma porta de um banheiro que eu já acordava e ia ver quem era. Manias de mãe!

Depois havia também resquícios da minha infância que eu guardei, como os medos de escuro e o de ser a última a dormir. Isso não era nada bom e por essa razão, no meu intimo, determinei que deveria velar o sono dos filhos, até que o último dormisse.E sem falar na luz acesa na casa para que quem acordasse sempre tivesse um rumo certo. Mania minha com certeza, para disfarçar os próprio medo do escuro.

Como transferimos para os filhos nossos medos, nossas diferenças e passamos a achar que eles também os terão; pelo sim, pelo não, hoje mantenho a tal luz acesa no corredor e os maiores, que não gostam dela, fecham suas portas para manter a escuridão da noite, na hora de dormir.

Escrevi isso durante uma das minhas insônias, às três da madrugada. No momento todos dormem. Por que o sono não vem? Com certeza pela força do hábito de me achar como um deus, com poderes de super-herói, de manter o sono tranquilo dos filhos e marido.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Quando as crianças crescem

Temos que estar sempre repensando e reprogramando nossas vidas, de acordo com a maré que nos leva adiante.

Nós nos tornamos, durante alguns bons anos de nossas vidas, figuras indispensáveis aos nossos filhos. Mas, sem que percebamos, eles crescem.! E muito rápido.

E, das reclamações dos muitos trabalhos e das preocupações com eles que consumiam grande parte do nosso tempo, passamos a ter tempo sobrando e ficamos desorientados à procura de outras atividades para preencher este tempo que surgiu sem que nos déssemos conta.

As responsabilidades da vida vão tomando outro formato, seguindo novos rumos e nós, pais e mães, temos que acompanhar estas mudanças e seguir mudando também, para não nos tornarmos peso morto aos nossos filhos ou até obsoletos demais.

Uma boa resolução é tentar estar atualizados com as mudanças no mundo. Nesta época em que vivemos, tudo corre mais depressa e esta velocidade máxima faz com que precisemos estar mais ligados, atentos, para não perdermos a última novidade e termos assunto para os filhos maiores.

Vamos pesquisar sobre os iPods, iPhones, iPeds, mesmo que não os tenhamos, para poder estar inseridos no mundo em que nossos filhos vivem. A princípio não é fácil, mas com a continuação vamos até gostando dessas inovações, ou modernidades, como diria uma tia quando via as crianças de tênis e calças jeans. Agora os modernismos já são muito diferentes, saíram da esfera real para a cibernética e, muitas vezes, para a virtual.

Um iPhone, por exemplo, é um telefone que parece tudo, menos telefone. Mas é na verdade um telefone celular e um comunicador da Internet - faz ligações, toca músicas, navega na Internet. E às suas funções de iPhone são acrescentadas funções de iPod, como: câmera digital, internet, mensagens de texto (SMS), visual voicemail, conexão wi-fi local e, atualmente, suporte a videochamadas (FaceTime). A última geração do momento é o Iphone 4. e isso não pára de ser atualizado.

Então a ordem do dia é: Mães e pais, vamos nos atualizar!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Valor da amizade

Como é bom sentir-nos acarinhadas pelos familiares e amigos, isso não tem preço!
E há quem diga que a solidão é o melhor, eu pessoalmente não penso assim, acho que o ser humano tem a necessidade de estar junto de outros seres e de compartilhar suas alegrias e tristezas.

Após passar por uma situação de grande aflição que creio, levará algum tempo para apagar da memória, pude experimentar o valor da amizade bem de perto.

Como ontem foi meu aniversário, recebi inúmeros telefonemas, agrados e detalhes de carinho de todos os lados. Pessoas próximas e as distantes também; nunca tive tantas atenções em um aniversário, e olhem que eu sempre gostei de comemorar e aqui em casa a família é bem festeira e gosta de transformar tudo num grande evento. Mas as amigas e os parentes não se deixaram ganhar em generosidades e não pararam de telefonar, mandar emails e recadinhos no facebook, Orkut e twitter. Todos com a intenção de tornar o meu dia mais alegre e passar o seu carinho e amizade.

Os de casa nem se fala, foram demais! Já a meia noite cantaram parabéns num bolinho improvisado, pela manhã as filhas preparam um delicioso café da manhã, ao meio dia as amigas e minha irmã me levaram pra almoçar fora e a noite fomos jantar, marido e filhos num lugar maravilhoso. O dia foi curto para tantos mimos.

Só tenho que agradecer a Deus por estar rodeada de pessoas de coração magnânimo e delas fazerem parte desta enorme família sobrenatural.

Cheguei a anotar num papel, o nome de todos que ligaram e mandaram alguma nota através dos meios de comunicação, para mais tarde quando a memória estiver fraca, possa recordar deste momento tão feliz, aconchegada pelos amigos e parentes.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Como incentivar os filhos a amarem os livros? parte 1

Por Maria Teresa Serman
Ninguém ama o que não conhece, com o que não tem contato ou convive. Por isso, os livros devem ser já íntimos do bebê como a mamadeira ou a chupeta. De várias texturas, cores, tamanhos, tipos. Para o banho, para manusear sendo molinhos e agradáveis ao tato, para olhar as figuras e se divertir com surpresas que alguns oferecem. Devemos ler para as crianças desde pequeninas - histórias alegres, positivas, com lições de amor e otimismo.

Os livros precisam estar à mão, os pequenos vão sentir que esses tesouros lhes pertencem, mas devem aprender desde cedo a respeitá-los, guardá-los, tratarem deles com o carinho que se devota aos amigos. Nada de deixá-los rasgar ou rasbiscar - para isso há papel avulso e branco, para que façam sua arte, muitas vezes inspiradas pelos próprios livros. Lógico que esse respeito deve partir dos pais, não só de boca, mas pelo modo como lidam com seus exemplares pessoais.

Ler para os filhos é uma das melhores iniciativas de amor dos pais. Aumenta a proximidade física e emocional, cria vínculos que nunca serão desatados e lembranças acalentadoras para o resto das vidas, de ambos os lados. Como é bom lembrar do aconchego que o calor do corpo e da voz deles nos traziam nas noites da nossa infância, ou quando estávamos doentes. Nessa ocasião, principalmente, a narrativa nos transportava para outros lugares e nos distraía de nossas dores.

A leitura é também um poderoso veículo de lazer familiar, pois à mesa, ou durante a tertúlia depois do jantar, podemos comentar e trocar idéias sobre notícias de jornais, artigos de revistas, temas de livros que alguns estão lendo ou pretendem ler. A arte em geral, ou suas especificidades, como a pintura, a música, a escultura, o desenho, todas podem participar de um bate-papo da família, quando então descobrimos insuspeitadas inclinações e talentos na garotada. Os livros nos ajudam a "ler" a alma dos nossos filhos e a estreitar os vínculos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ídolos decadentes

Por Rafael Carneiro Rocha

Há algum tempo, uma capa da Revista Época me chamou negativamente a atenção. Com o título "O Ministério da Saúde recomenda: Faça sexo", a ilustração da capa é um pacotinho de remédio com a orientação de usar as suas cápsulas cinco vezes por semana. Esse tipo de "realismo publicitário" revela muito sobre as idolatrias da civilização.

E eu não digo nem de uma suposta idolatria ao sexo, mas de uma civilização que idolatra, de fato, o governo (vide a validação publicitária da capa ao Ministério da Saúde), a arrogância científica (vide a promessa farmacológica do bem estar) e o consumismo (o sexo é simbolizado por um produto, no caso, o pacotinho colorido do remédio).

Se as coisas boas do mundo, e não apenas o sexo, deixam de ser encaradas a partir da sacralidade da vida humana, da beleza da ética e da poética do amor, a civilização perde a noção de altar e eleva à esperança existencial coisas sempre sujeitas ao fracasso, como o governo, a ciência empírica e o consumismo.

A capa da revista procura convencer a respeito de uma saúde social advinda da prática sexual, mas paradoxalmente revela uma civilização que se encontra bastante doente.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (férias 4)

Neste mês de férias transcrevo aqui algumas perguntas feitas a Dra Mannoun e suas respostas, em um programa de TV. Peço aos amigos que quiserem fazer perguntas que aguardem suas respostas no mês de fevereiro.

Pergunta: No seu livro Gastando tempo com os filhos – que é fabuloso –, você diz: “E não se esqueçam, pais, de pensar bem dos filhos”. Poderia ajudar-nos com sugestões práticas para agirmos de acordo com esse pensamento positivo?

Pensar bem dos filhos, primeiro, é acreditar neles. Embora falem uma ou outra mentirinha de vez em quando, a gente, como mãe, principalmente, tem um detector de mentiras bem esperto.

Pensar bem dos filhos é, além disso, não ironizar nunca. É também não comparar, porque o adolescente se compara, mas nós não devemos compará-los, pois eles se sentem diminuídos.

Pensar bem dos filhos é dar-lhes a oportunidade de descobrirem as coisas por si mesmos, mais do que lhes servir de bandeja o que os pais descobriram. Essa é uma boa via para os pais perceberem com maior grau de certeza quais os talentos que os seus filhos têm. Muitos pais não conhecem realmente os filhos; talvez saibam qual o seu prato predileto, mas não sabem quem são os amigos, não sabem quais os gostos dos amigos, se aquele filho tem pendores literários, artísticos, esportivos, enfim, quais as características do filho.

Pensar bem é também respeitar, saber ouvir. Há um provérbio oriental que diz que a natureza nos deu uma boca e dois ouvidos, para que a gente falasse menos e escutasse mais..., e o Adolescente quer ser ouvido. Aliás, é muito curioso: quando ando pelas ruas observando as pessoas, percebo quanta gente fala sozinha!, e fico pensando: será que essas pessoas têm quem as escute?

Quando os filhos chegam, os pais devem estar disponíveis. Mas sem aquele “massacre” de querer perguntar tudo: “Meu filho não me conta nada!” – aí eles não vão contar mesmo. Ou então, quando me dizem: “Meu filho me conta tudo!”, fico pensando: “Será?”, porque a tendência à intimidade cresce naturalmente no Adolescente, e a gente precisa saber respeitá-la. (Quando eles põem “aquele” som que é ruído no mais alto volume, na realidade estão entrando dentro de si mesmos, e o ruído é só disfarce, talvez para não serem interrompidos).

É muito importante que a gente tenha esse respeito e, sobretudo, bom-humor; não levar as coisas muito a ferro e fogo, saber sair-se de uma crítica que eles façam – porque são extremamente críticos – com um detalhe que faça sorrir, uma brincadeira; ou então acatar aquela crítica e dizer: “Você me ajuda?” Isso é muito importante para pensar bem deles. Se os pais não pensam bem dos filhos, quem vai pensar?

domingo, 23 de janeiro de 2011

O que ver na TV – para crianças

Com as férias fica muito difícil ter uma programação diária com as crianças e eles acabam ficando algum tempo diante da TV. Por esta razão colocamos algumas sugestões do que ver na TV.

Disney Channel – Este canal quase sempre tem uma programação boa para as crianças e apesar dos enlatados americanos, podemos deixá-los assistindo sua programação. Temos: Hanna Montana, Zacky e Cody Gêmeos a bordo, Zacky e Cody Gêmeos em ação, Feiticeiros de Waverly Place, Boa Sorte Charlie, Sunny entre estrelas, entre outros.


Liv – Um canal que entrou no lugar do People+Arts – costuma ter alguns programas bem interessantes com o de reconstrução de casas e de decorações.


Discovery Home e Health – Este canal já tem uma programação para adolescentes e crianças maiores – Como:, Chef a Domicílio , CADA COISA EM SEU LUGAR, 10 ANOS MAIS JOVEM: AMÉRICA LATINA, ESQUADRÃO DA MODA T5, entre outros

Nickelodeon – Este canal tem programa bem infantil e agrada os pequeninos. Como: Nick: I Carly , Zoey 101, Jimmy Neutron: O Menino Gênio, e vários programas antigos reprisados, como O Jeannie é um Gênio.

sábado, 22 de janeiro de 2011

O filho vem trazer uma nova riqueza ao casamento

Por Jacques Leclercq

O filho vem trazer uma nova riqueza ao casamento. E mesmo, muitas vezes, a sua única riqueza, quando a união é espiritualmente pobre. E os casamentos espiritualmente pobres são os daqueles esposos vulgares, que nada mais procuram na sua união do que uma felicidade terra a terra.

São casamentos sem nobreza, porque toda a nobreza provém de que o homem se supere, ao consagrar-se a uma causa que o engrandece. [...]. O casamento, como qualquer obra humana, enobrece-se ao visar algo de mais elevado do que a mera satisfação pessoal. O amor colhe a sua grandeza do fato de os que se amam julgarem encontrar nele uma perfeição ideal, de terem a impressão de que se vão transcender a si próprios na sua união. Toda a literatura clássica sobre o amor repousa neste pensamento, e a doutrina cristã do casamento, sobre o caráter sacramental do matrimônio cristão, sanciona esta aspiração, dando aos homens a garantia de que o próprio Deus intervém nele para lhes permitir realizar o seu ideal de perfeição no amor. Acrescenta mesmo que, pelo sacramento, um mistério de perfeição divina se realizará neles, em e pela sua união.

Porém, um grande número de esposos mantém-se inconsciente desta grandeza. São casamentos pobres; união de almas pobres, incapazes de se elevar à pureza do amor. O fato de que um homem procure ser feliz, sem outro ideal, nada tem de nobre. Quando o homem põe o seu fim em si mesmo, permanece limitado a si mesmo e, ele mesmo, pouco representa. A sua grandeza provém precisamente de ser capaz de se transcender, deixando-se absorver por um fim que o ultrapassa. Os casamentos pobres encontram no filho um elemento de riqueza.

É pelo filho que o homem mais facilmente se supera. O amor dos pais é a forma de amar mais espontaneamente desinteressada. No amor maternal frequentemente se observa este desinteresse. E embora o amor paternal se manifeste mais raramente em toda a sua pureza, muitas vezes se ouve dizer, contudo, a homens que são infelizes no lar: "Se não fosse pelos pequenos!..."

O amor dos pais é a única forma de amor natural inteiramente desinteressada, no sentido de que os pais identificam o bem dos filhos com o seu próprio bem, a ponto de encontrarem o seu próprio bem no dos filhos. É vulgar que os pais se sacrifiquem pelo bem-estar e felicidade dos filhos; isto se dá entre pessoas que não manifestaram, fora disso, nenhuma aspiração moral superior. É que a felicidade dos filhos é a sua, porque os filhos são uma parte de si próprios. Ainda por esse motivo, a inveja não se manifesta entre pais e filhos ou, se alguma vez se manifesta, logo é tida por uma monstruosidade. Os pais sentem-se naturalmente orgulhosos e felizes pelos êxitos dos seus filhos, e os filhos pelos êxitos dos pais, como se fossem seus. Pais que foram sempre uns cábulas mostram-se orgulhosos com os êxitos dos seus filhos. Os laços de sangue criam uma solidariedade que quase constitui uma espécie de unidade física.

Mulheres mentirosas, egoístas, vaidosas, intrigantes enternecem pelo seu amor desinteressado quando falam dos seus filhos. É encantador falar dos filhos com as mães, porque logo se vê aflorar nelas uma pureza que nem sempre se encontra na sua vida. E, inclusive os pais, ao falar dos filhos, manifestam uma delicadeza de sentimentos que parece quase um milagre em corações de homens autoritários, violentos e secos.

Não é difícil compreender tudo isto pelo vínculo propriamente físico que liga os pais aos filhos. Os filhos são para os pais alguma coisa de si mesmos, a carne da sua carne, destacada deles para formar um ser diferente, mas que os continua, ao mesmo tempo, a eles próprios. Em toda a extensão da palavra, os pais continuam-se nos filhos. Neles está impressa a semelhança com os pais e os pais encontram-se a si próprios neles, física e moralmente. Os filhos fazem parte da sua vida; a felicidade dos filhos faz parte da sua; nos filhos, sobreviverão; e nos filhos podem aspirar a realizar uma vida melhor do que aquela que eles próprios realizaram. Quantos homens e quantas mulheres medíocres, que a vida desiludiu - porque se mostraram incapazes de conduzi-la - aspiram a conseguir para os filhos uma existência mais bela do que a sua!

O desejo de uma obra que constitua a expressão da sua personalidade e que subsista quando ele um dia venha a desaparecer, é um desejo natural do homem. Talvez isto signifique uma ânsia de eternidade inerente ao ser dotado de inteligência; de qualquer maneira, é um desejo universal e bem característico do ser humano. Ora, a maior parte dos homens vive uma vida destituída de interesse, no decorrer da qual nada produz e em nada se salienta. Consegue unicamente subsistir. Porém, todos podem realizar e realizam uma grande obra, sempre que dão filhos ao mundo.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Envelhecemos a cada filho que temos?

É uma verdade que cada filho que temos nos envelhece 5 anos? Pelo menos é o que dizem alguns psicólogos por aí. Só agora percebi isso, aos 55 anos de idade cronológica e 9 filhos. Pasmem: estou com 100 anos! Incrível como isso tem seu lado bom, até me sinto bem conservada pra tanta idade!

Para os 55 estou meio acabadinha... cansada e com poucas forças, mas para 100 anos , estou “ um broto” – como diria o Roberto Carlos. “Um broto legal”.

O que envelhece não são os filhos e sim os afazeres que aumentam com a chegada de cada um.

Como Deus é muito bom, não nos deixa sentir este aglomerado de coisas e os dias vão passando e vamos apagando os incêndios aqui e ali que acontecem diariamente, e tocamos tudo para frente com galhardia e bom humor. Aliás, ter muitos filhos nos deixa mais bem humoradas, faz parte da ajuda do nosso Pai celeste.

Quando somos jovens, não sentimos o peso das atribuições, damos conta do recado, aprendemos a priorizar o importante e deixar passar o que não é essencial, para outro dia. E isso fica como treinamento para a vida daí por diante.

A sugestão que dou às recém casadas é que tenham seus filhos ainda jovens para fazer tudo sem perder o encanto e a juventude, e que não se deixem levar pelo emaranhado de tarefas e minúcias e cuidem da aparência pessoal, não esqueçam que o marido é a primeira pessoa importante desta família. E vice versa para o marido.

Volto a dizer: o que envelhece não são os filhos, o que nos cansa e desgasta, nos tira o viço, é a falta de cuidados conosco, um pouquinho de atenção a nós mesmos, sem exageros, já será o suficiente. As férias também ajudam, um tempo de descanso ou pelo menos de mudança de ares já dá novo ânimo.

Independente da nossa vontade surgem doenças grandes e pequenos sustos, apreensões que vão sulcando nossa expressão facial. Mas com tudo, e apesar de tudo, esse tempo passado é maravilhoso, uma vida ativa, doando-se sempre e com frutos espetaculares, mostram que tudo VALE A PENA.

A nossa alma cresce e rejuvenesce com o passar dos anos, apesar dos cabelos brancos, (que vamos escondendo com uma boa tintura). Não podemos nos permitir é o desanimo, e que estas maravilhas não se percam na nossa memória e que continuem presentes pelo resto da vida.

A grandeza de uma mãe e de um pai é algo imensurável que só Deus poderia ter criado.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O Padroeiro da cidade Rio de Janeiro

Por Maria Teresa Serman

Ainda que um pouco tardiamente, queremos homenagear o padroeiro de nossa cidade, S. Sebastião. Nestes dias, a um tempo trágicos e esperançosos, nosso santo protetor pode estender sua intercessão a todo o estado, não só à cidade do Rio de Janeiro, se lhe pedirmos, principalmente àquelas pessoas que estão sem suas casas e, infinitamente doloroso, que perderam, muitas delas, grande parte de suas famíias. Reproduzo, a seguir, um trecho da Wikpédia sobre o santo do dia.

De acordo com Actos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiliano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal - a Guarda Pretoriana. Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). Foi dado como morto e atirado no rio; porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), apresentou-se novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte. Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma. Luciana (Santa Luciana, cujo dia é comemorado em 30 de Junho) resgatou seu corpo, limpou-o, e sepultou-o nas catacumbas.


S. Sebastião, como acabamos de ler, não se amedrontou diante da tentativa de assassiná-lo do próprio imperador romano. Imaginem a coragem de enfrentar o poder máximo da época, e novamente, e desta vez definitivamente, ser martirizado! Apareceram, na sua trajetória, também santas mulheres que o trataram e amenizaram sua dor, como os incontáveis voluntários que têm atuado, particular, individual ou coletivamente, para minorar o sofrimento de nossos irmãos serranos.

Como o santo, também os mortos das enchentes são mártires, do descaso e da omissão do poder público, em suas várias esferas. Foram entregues à reação catastrófica de uma natureza constantemente vilipendiada, em troca de votos para políticos venais. Como nosso protetor, os cidadãos do Rio de Janeiro, unidos, protestam contra essa agressão e essas mortes que um pouco de competência e ética poderia facilmente ter evitado. Que S. Sebastião nos proteja junto ao Pai!

Dolce far niente (menos um pouco) – parte 2

Por Maria Teresa Serman

Dolce far niente é como os italianos, sábio povo que sabe aproveitar a vida - ótimos vinhos, comida deliciosa, música maravilhosa, recantos belíssimos - chamam o tempo de não fazer nada, de férias, de lazer. Lógico que isso não se aplica às "mammas", italianas ou não, pois o pessoal continua comendo, E COMO!, nas férias. Porém, vamos usar mais a cabeça e menos as mãozinhas e bracinhos, otimizando o tempo com receitas gostosas, rápidas e fáceis. E não se esquecer de colocar a galera pra ajudar, descascando, picando, pilotando os aparelhos e, principalmente, em escala de lavar e guardar louça, e pôr a mesa. Fizemos nossa parte aqui, tentando facilitar. Faça a sua, mãe de família, e aproveite!

Milkshake DIFERENTE

1/2 litro de café bem forte
2 copos de leite
açúcar ou adoçante a gosto
Prepare o café bem forte. Deixe esfriar e despeje numa cuba de gelo. Leve ao congelador. Quando congelar, coloque os cubos no liquidificador, acrescente os outros dois ingredientes e bata até que os cubos se desfaçam, obtendo uma mistura cremosa. Sirva imediatamente em copos altos.

Milk-shake de CAFÉ COM PÊSSEGOS

1 lata de 500 g de pêssegos em calda
1/2 xícara de chá de café gelado normal
250 g de creme de leite
250 g de sorvete de creme
Bata juntos no liquidificador os pêssegos escorridos, o café e o creme de leite. Acrescente o sorvete, bata mais um pouco e sirva do mesmo modo já descrito.

MACARRÃO PIZZA

500 g de macarrão tipo penne ou fusili
250 g de presunto ou peito de peru processado grosso modo
350 g de mussarela do mesmo jeito
2 tomates sem pele picados, ou cereja cortado em quatro
8 colheres de sopa de maionese para ligar a massa
Sal a gosto
2 colheres de sopa de orégano
100 g de queijo ralado
20 azeitonas sem caroço
Cozinhe o macarrão al dente. Escorra e coloque em um refratário, adicionando os ingredientes. Polvilhe com mussarela ralada e leve ao forno para gratinar.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Prepare o seu futuro (1) - valorize sua família

Por Maria Teresa Serman

Vivemos nossa vida como se não houvesse o mais tarde. Podemos ser precavidos em relação a pecúlios e previdências privadas, mas negligenciamos nosso futuro afetivo. Não procuramos investir no amor que temos, de modo que ele nos proteja em tempos mais difíceis. E, sem dúvida, o que colhemos na maturidade e na velhice depende diretamente do carinho que prodigalizamos ao longo da vida.

Quando se vêem idosos abandonados em casas geriátricas, sem visitas de parentes, é comum acusar de ingratos filhos e netos, sem atentar para a história anterior do relacionamento familiar. Não que não haja abandono e descaso por simples negligência, e nem deveria haver nada do gênero, mas, na absoluta maioria dos casos- quem trabalha no meio sabe bem - a causa está na reciprocidade. Lembram da frase de S. João da Cruz, citada em texto passado, "Põe amor e encontrarás amor" ? Pois é, a fórmula não é matemática; porém, quase infalível. Se, com o passar dos anos, a tendência é ficarmos mais teimosos, ranzinzas e pessimistas, podemos começar por ir contra a corrente, contrariando desde cedo essa "obrigatoriedade": vamos procurar ser mais dóceis, otimistas e generosos.

Não dá para confiar somente no bom gênio de cada um, é preciso lutar e combater a deteriorização que os anos trazem ao humor. Sei que há jovens já azedos e rabugentos, assim como anciãos alegres e benfazejos. São estes uma benção para suas famílias, pois aliam ao tesouro de sabedoria que carregam uma roupagem atraente que faz com que todos queiram beber desse elixir de juventude. São estes os pais que criaram com amor e presença seus filhos, sem economizar tempo ou trabalho para lhes demonstrar o quanto eles e Deus os ama. São estes também os filhos que cuidaram com detalhes de delicadeza dos seus próprios pais, e, por isso, conforme a promessa sagrada, "terão vida longa sobre a terra". São ainda os que não se limitaram ao núcleo mais íntimo, mas foram além, e seu afeto alcançou tios, sobrinhos, amigos, colegas, empregados.

E se descobrimos casais que continuam caminhando juntos pela vida e pelas calçadas esburacadas, apoiando-se um no outro, com a marca inconfundível da fidelidade entrelaçando os braços, podemos ter certeza de que isso deve ter lhes custado muito em vários momentos do seu conto de amor. Contudo, perseveraram e podem desfrutar agora desse companheirismo que aquece seus corações. Felizmente todos nós conhecemos e, grande benção! , temos a honra de ter alguns desses esplêndidos exemplares da espécie humana em nossa família. Dá para continuar acreditando na humanidade, é uma prova palpável da existência de um Pai que ensina seus filhos a amar até a eternidade. Desculpem se sou piegas, mas o tema é, realmente, um negócio de família. E, para completar a pieguice, dedico este texto a meus pais e a meus sogros, as minhas bênçãos mais próximas. Dediquem vocês também, em seus corações, aos que incluem nesse quadro, vivos ou não, e vamos procurar imitá-los.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Flagrantes impressionantes da incompetência no Rio

Reproduzo abaixo um texto do jornalista Reinaldo Azevedo:


Flagrantes impressionantes da incompetência no Rio

Recebo o e-mail de um conhecido economista que tem casa no Vale do Cuiabá, em Petrópolis. Ele revela como anda a assistência aos desabrigados na região serrana do Rio. A casa dele não foi atingida pela catástrofe. Ele procura ajudar como pode. O relato impressiona.
*
Dá para escrever uma peça teatral de tragicomédia com o que vivi nos últimos dias e horas.
Não há comando. Hoje cedo, o padre da igreja me liga fazendo um apelo para tentar conversar com a secretaria de saúde, que passou ontem lá para vacinar o povo. A primeira visita desde que aconteceu a tragédia. Ficaram apenas 40 minutos e em uma única igreja - as quatro têm desabrigados. Era meio da tarde, e vacinaram poucos. Fosse à noite ou na hora do almoço, pegava o pessoal que dorme na igreja. No meio da tarde, as pessoas estão tentando resgatar algo de seu, procurando parentes etc.
Prometeram voltar hoje. Aí os líderes locais pediram para definir uma hora aproximada, que espalhariam a notícia na região, avisando a população local. Sabe qual foi a resposta? “Manda todo mundo ficar dentro da igreja o dia todo, não sair em hipótese alguma, porque, em algum momento do dia, nós passamos”. Não é para prender o imbecil que fala uma coisa dessas?
Como havia saques na região, que só tem uma entrada e uma saída, a PM fechou com pelotão de choque. Eu contei quatro carros n o sábado, às 12h, onde precisava de apenas um. Às 22h, sabe quantos tinha? Zero. Foram embora todos e voltaram no domingo, às 8h da manhã. Como se vê, saque é proibido só em horário comercial, como a vacinação - e na hora que o médico decidir aparecer.
A resposta econômica não fica atrás. Vão dar cheque do aluguel social onde não tem casa para alugar - só sobraram a minha e outras mansões - aliás, a maioria repleta de desabrigados amigos dos caseiros; eu tinha até grávida na minha casa. O governo do estado deu isenção de IPVA em Petrópolis - só que, no bairro, ninguém mais tem carro. Adiaram pagamento de contas de luz e de água - só que os atingidos não têm mais casa. Sabe quem foi beneficiado? Eu. Minhas casa está intacta, e certamente não sou pobre e nem desabrigado.
É um absurdo o que está acontecendo.
Tenho inúmeras outras histórias para contar em poucos dias. Para resumir, acho que as Forças Armadas deveriam assumir o comando, mandar e desmandar, hierarquia, ordem etc. Aliás, quem está pedindo isso são os próprios desabrigados.
Por Reinaldo Azevedo

Pequena reflexão sobre o amor e a razão

Por Rafael Carneiro Rocha

A intriga entre pessoas, do mais patético dos desentendimentos à mais violenta das guerras entre as nações é causada por uma semelhança entre as partes. Os dois lados se assemelham, porque eles não suportam que o outro lado não compreenda a sua razão. O cenário de confronto se arma quando eu tenho alguma razão e o outro insiste em me ignorar. Mais dramático é o confronto quanto mais razão parecem ter os dois lados. Portanto, nada mais previsível do que uma condição humana sempre tentada para a violência.

Ter razão é um atributo comum aos homens, bem como zelar pelo seu intercâmbio. Porém, este zelo precisa de um caminho, caso contrário sempre presenciaremos a dor dos homens. Numa relação entre pessoas, não basta ter razão, é preciso saber usá-la. O caminho envolve a caridade. São Paulo afirma que o amor é maior do que o dom da profecia e das ciências. Nada mais correto para toda a arte da existência.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (férias 3)

Neste mês de férias transcrevo aqui algumas perguntas feitas a Dra Mannoun e suas respostas, em um programa de TV. Peço aos amigos que quiserem fazer perguntas que aguardem suas respostas no mês de fevereiro.

Pergunta:Quando um filho entra na adolescência, é comum que os casais comecem a desentender-se a respeito dele. O que você sugere, você, com tanta experiência em conversar com os pais, em conversar com os Adolescentes: o que você sugere aos pais para manter a harmonia?

O adolescente é inteligente, e pode às vezes fazer um “jogo” se perceber que os pais não se estão entendendo em relação a ele ou ela. Pode começar a fazer o joguinho do “papai deixou, mamãe não deixa, papai é que é bom, mamãe não é”, e vice-versa. O que nós devemos fazer, não só nesses casos, é ajudar cada vez mais os casais a serem um, a falarem a mesma linguagem. Sempre que “o papai quer deixar” e “a mamãe não quer deixar”, eles devem resolver isso antes, entre os dois, sem deixar que os adolescentes percebam que estão em desacordo. Um e outro dirão, por exemplo, ao filho: “Vamos esperar o papai e resolvemos juntos”, ou: “O que a mamãe achou disso? Vou conversar com ela”.

Realmente, às vezes, um é mais rígido, o outro é mais flexível, mas uma vez que os dois se entendam, podem negociar. Negociar é uma palavra muito interessante com os adolescentes: negociar tal assunto, tal permissão, tal retorno, tal companhia. Não é negociar no sentido de “chantagear”, mas negociar para que se veja o ponto de vista do outro; porque os adolescentes muitas e muitas vezes têm razão, e vão-nos ensinando muitas coisas.

Pergunta: Segundo a educação de quarenta anos atrás, os filhos obedeciam cegamente aos pais; hoje, os pais têm que obedecer aos filhos. Gostaria de saber quem está certo, se os pais de antigamente ou os pais de hoje”

Neste tema, a gente pode ficar a meio caminho. Nem tanto, nem tão pouco; porque hoje realmente se fala muito da “tirania dos filhos”. Os pais não podem submeter-se aos desejos dos filhos; afinal, viemos ao mundo antes deles... Os adultos devem ter senso crítico, devem ter autoridade, devem ter a experiência de vida suficiente para dar as indicações adequadas aos filhos, que pisarão onde eles pisaram.

A meu ver, a educação mais rígida e acompanhada de explicações oportunas e com bons modos, é preferível à uma educação permissiva, porque, quando a gente obedecia “cegamente”, como diz o telespectador, costumava dar mais certo do que hoje. Quando os pais se submetem, a gente se pergunta se não o fazem apenas por comodismo. Talvez pensem que é mais fácil não expor as próprias razões, ou talvez, no fundo, não estejam muito convencidos do que vem a ser a autoridade. No entanto, esse é um detalhe muito sério, porque a educação tem de ser baseada em limites. Se nós não estabelecermos limites, pensemos : que será de um mundo onde todos acham que podem fazer tudo? Fica difícil, realmente.

Portanto, nem aquela rigidez absoluta de há quarenta anos, nem, principalmente, de modo algum!, a obediência que os pais prestam aos filhos. Isso não é correto, não é bom. Até porque, os pais têm mais vivência, mais experiência de vida.

E os filhos ficam inseguros quando percebem que os pais estão fazendo o que eles querem. Sentem-se inseguros e não amados. Percebem isso como indiferença dos pais, e sofrem.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Dilma e seus ministros zombam dos mortos

Todo o país consternado com a pior catástrofe natural acontecida aqui, com mais de 600 mortos e o governo Dilma já mostra que está se lixando para eles.

Fotos tiradas mais ou menos no mesmo horário:
Reunião de ministros


Teresópolis enterra os mortos em covas rasas
Respeito e vergonha na cara estão em falta no país desta mulher.

P.S. - Até no exterior o contraste acima chocou

Mientras tanto impresionan e indignan las imágenes emitidas anoche por el telediario nacional de la red Globo, con más de 40 millones de audiencia, intercaladas con las sangrantes de la tragedia, de la primera reunión ministerial con los 37 nuevos ministros presidida por Dilma Rousseff, en la que aparecían riendo a carcajadas, algunos masticando chicle y con aire de fiesta. 
http://www.elpais.com/articulo/internacional/informe/oficial/2008/alertaba/riesgo/supondrian/lluvias/intensas/Brasil/elpepuintlat/20110115elpepuint_13/Tes

Li por aí: (13) Educar com responsabilidade

Por: Paulus Publicado em: 04/01/2010

Conciliar as atividades profissionais com os cuidados do filho não é tarefa fácil. Com a ausência no dia a dia, educar os pequenos é mais trabalhoso. Por isso diversas famílias utilizam outros recursos para auxiliar na formação e distraí-los.

Mas é comum, acontecer alguns conflitos que afligem grande parte dos pais que, muitas vezes, se sentem impotentes quando precisam impor limites e regras. Para auxiliá-los nesse desafio, o livro, Aprendendo a responsabilizar nossos filhos, oferece ricos ensinamentos que sinalizam novos caminhos e posturas para melhorar o relacionamento familiar.

O livro aborda maneiras para desenvolver o senso de responsabilidade nas crianças, remetendo à evolução das suas capacidades intelectuais do ponto de vista da consciência moral em desenvolvimento. A questão da responsabilidade parental e os obstáculos que impedem os pais de prosseguir é outro ponto trabalhado na obra.

Já a influência do pai e da mãe como figura de autoridade perante os filhos é tratada sob o aspecto da concessão e do rigor; a disciplina saudável é vista como estratégia para que a criança se torne responsável por ela mesma e pelos outros. Os autores apontam que uma criança responsável é um ser que se liberta de um estado de dependência para fazer suas próprias escolhas e tomar as rédeas.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Um Telefone para sua Família

Quantas famílias gostariam de possuir um telefone! E atualmente é difícil encontrar alguém que não tenha. Ele é realmente um aparelho muito útil, porque através de uma linha telefônica podemos nos comunicar com o mundo!

Mas quantas famílias de fato usam esta comunicação para aumentar a intimidade e a amizade entre os familiares?

Falo isso porque vejo pouco diálogo entre pais e filhos, famílias que reclamam da falta de entrosamento entre todos e, ao mesmo tempo, cada membro da mesma tem um ou até dois celulares, sem contar as linhas fixas da casa. O controle de cada filho, de onde estão, aonde vão e quando voltam pode ter aumentado, e com isso a ansiedade pelas notícias também se intensificou ,mas tudo isso só serviu pra tirar a privacidade alheia, não para unir mais os familiares.

Nunca se teve tanta notícia imediata como temos nos tempos atuais e, em contra partida, não temos mais aquelas conversas gostosas depois das refeições, quando a família se reunia para um bom bate papo e aumentava a intimidade entre todos e as trocas de confidências, quando pai e mãe ficavam sabendo mais sobre seus filhos.

Um telefone útil a uma família seria aquele que resgatasse seus membros para uma união maior de corpo e alma. Um aparelho que aumentasse o carinho e a amizade entre todos. Espero, um dia, ainda ver este dispositivo inovador funcionando entre pais e filhos. Não basta termos notícias dos filhos através dos 144 caracteres de um twittter ou de um facebook, é importante interagir com a presença física, com o contato pessoal constante. Filhos e pais precisam trocar carinhos, atenções, isso é fundamental para aumentar a intimidade entre todos e o conhecimento mútuo.

USEM A TECNOLOGIA PARA SE APROXIMAREM DOS QUE AMAM, E NÃO PARA MANTÊ-LOS À DISTÂNCIA DO SOM.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O acidente ao qual sobrevivemos em Teresópolis


Aos nossos amigos, que nos lêem por aqui, quero avisar que estamos bem. Conseguimos sair de Teresópolis sãos e salvos, mas com grande dificuldade. O local ficou arrasado.
A região onde estavamos era um bairro da parte rural de Terê. Tudo foi devastado. Tem muita gente desabrigada que perdeu tudo.

Confesso que nunca havia passado por uma situação tão assustadora. Vimos a morte chegar e sem podermos fazer nada. Só Deus mesmo foi a nossa salvação.

A casa e tudo ao redor caiu como figuras de papelão num desenho animado de mal gosto. Portas foram arrancadas com o portal inteiro juntos. Hitchcock com seus terrores ainda era pouco para representar a cena dantesca que aconteceu ao nosso redor.

Os caseiros só se salvaram porque poucos minutos antes vieram se abrigar junto de nós na nossa casa. Isso foi por volta das 4 horas da madrugada. Estavamos sem luz e sem comunicação por telefones.

O cachorro começou a ganir meia hora antes, dando um aviso que eu só identificava como algo de ruim estava para acontecer. Dizem que o cachorro percebe antes porque tem uma audição muito mais aguçada e com certeza o barulho das rachaduras das montanhas ao redor já chegavam aos ouvidos dele.

Eu não estava em área de risco, que é o que todos ficam dizendo por aí. Mas quem segura a força da ira da natureza que tem sido tão agredida? Sendo assim sofrem todos: Os que agridem e deixam as encostas ocupadas, as nascentes cheias de lixos, e fazem de tudo pra acabar com o que é natural. E paga o que fez e quem não fez isso.

Nosso cachoro só se salvou porque a sua casinha ficou fora do local da avalanche. Mas todos os outros animais morerram soterrados. Foi uma madrugada de pânico, mas ao mesmo tempo de muitas orações. Todos dentro de um quarto, dez pessoas, ficamos rezando sem parar e perdemos a conta de quantas Ave Maria e quantos Pai Nosso rezamos, e tudo foi bom para mantermos a calma e continuar com esperanças.

Ao amanhecer, alguns vizinhos vieram porcurar pelos vivos e nos encontraram e vieram dar sua ajuda que foi fundamental.

A solidariedade foi total, emocionante. Pessoas que também perderam tudo vieram ajudar-nos na limpeza, a salvar que fosse possível e a nos manter firmes com ânimo pra lutar pra sair de lá.

Depois contarei mais, mas por agora resta dizer que lamento muito pelas pessoas que não creem em Deus, porque só Ele nos dá o apoio e o consolo numa hora como esta. E só Deus mesmo, através dos seu inúmeros milagres, nos tira vivos de uma situação como essa.

De volta ao Rio, a salvo das fúrias da natureza, só tenho que agradecer a Deus e as orações de todos: amigos e parentes, que ficaram aqui no Rio e em outros lugares, rezando e pedindo por nós.