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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O Padroeiro da cidade Rio de Janeiro

Por Maria Teresa Serman

Ainda que um pouco tardiamente, queremos homenagear o padroeiro de nossa cidade, S. Sebastião. Nestes dias, a um tempo trágicos e esperançosos, nosso santo protetor pode estender sua intercessão a todo o estado, não só à cidade do Rio de Janeiro, se lhe pedirmos, principalmente àquelas pessoas que estão sem suas casas e, infinitamente doloroso, que perderam, muitas delas, grande parte de suas famíias. Reproduzo, a seguir, um trecho da Wikpédia sobre o santo do dia.

De acordo com Actos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiliano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal - a Guarda Pretoriana. Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). Foi dado como morto e atirado no rio; porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), apresentou-se novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte. Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma. Luciana (Santa Luciana, cujo dia é comemorado em 30 de Junho) resgatou seu corpo, limpou-o, e sepultou-o nas catacumbas.


S. Sebastião, como acabamos de ler, não se amedrontou diante da tentativa de assassiná-lo do próprio imperador romano. Imaginem a coragem de enfrentar o poder máximo da época, e novamente, e desta vez definitivamente, ser martirizado! Apareceram, na sua trajetória, também santas mulheres que o trataram e amenizaram sua dor, como os incontáveis voluntários que têm atuado, particular, individual ou coletivamente, para minorar o sofrimento de nossos irmãos serranos.

Como o santo, também os mortos das enchentes são mártires, do descaso e da omissão do poder público, em suas várias esferas. Foram entregues à reação catastrófica de uma natureza constantemente vilipendiada, em troca de votos para políticos venais. Como nosso protetor, os cidadãos do Rio de Janeiro, unidos, protestam contra essa agressão e essas mortes que um pouco de competência e ética poderia facilmente ter evitado. Que S. Sebastião nos proteja junto ao Pai!

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