Nas férias, e aí vem umas se aproximando, precisamos fazer malabarismos para distrair as crianças e jovens, sem quebrar o orçamento. Isso vale para uma família classe média, que vive equilibrando suas finanças com o salário do mês.
Lembro com carinho da minha infância , quando meu pai, um telegrafista (quem já ouviu falar desta profissão?), podia proporcionar à família uma viagem a uma estação de águas minerais, por 21 dias, sem ficar encalacrado e ainda podíamos fazer um pequeno enxoval para esse passeio, o que minha mãe providenciava com seu jeitinho para as costuras e sua habilidade em buscar boas ofertas.
Nos nossos dias, as coisas mudaram muito,e o salário encolheu a tal ponto que já fica difícil, a cada ano, encontrar lugares para viajar com a família que sejam em conta, bonitos e agradáveis ao mesmo tempo. E viajar nas férias não é um luxo, é uma necessidade que a mente tem de arejar em novos ambientes, vendo coisas novas e vivendo novas situações.
Para nos adaptarmos aos novos tempos de carestia, vamos precisar de muitas habilidades no garimpo de diversões que sejam econômicas e divertidas. Quem mora no Rio de Janeiro tem muito com que se distrair sem grandes gastos, como um passeio à Quinta da Boa Vista – antiga residência da família imperial, hoje um grande parque com lugares agradáveis para fazer um piquenique, tendo o palácio se transformado em museu, que,apesar de mal cuidado, ainda dá pra divertir, vendo meteoritos, cultura indígena brasileira, fósseis variados e algumas múmias bem simpáticas. A entrada do museu é barata e criança pequena não paga.
Das enormes janelas, podemos ver um jardim interno que agrada aos olhos e nos faz recriar cenas do tempo do império, com crianças correndo e suas amas assistindo.
E, se vamos com o intuito de divertir a todos, precisamos dar vida às pequenas histórias de cada peça vista e ali guardada há tanto tempo. Podemos brincar de jornalistas e dar a cada um a tarefa de descobrir algo diferente em cada sala por onde passar. Por exemplo, está escrito no alto de uma das salas com peças indígenas, uma frase linda do Padre Antônio Vieira, pouco visível para quem não levanta os olhos e gosta de captar detalhes. Mas, para um jornalista, nada disso passa despercebido e com a brincadeira, todos vão se divertindo e adquirindo cultura.
Depois é só chegar em casa e cada um preparar sua “notícia” para contar na conversa após o jantar.
Para quem mora em outras localidades, procure algo do gênero e aproveite a ideia da brincadeira cultural!