Texto de: Maria Teresa Serman
A Quaresma se encaminha para o seu corolário, a Páscoa. A antífona da missa neste dia rejubila-se: “Este é o dia que o Senhor fez para nós. Alegremo-nos e Nele exultemos.” A Páscoa entronizou o domingo, o “dies domini”, o dia do Senhor, no lugar do sábado judaico. É o dia do Senhor por ser o da Sua Ressurreição, e a alegria que nos traz antecipa a felicidade sem fim da vida eterna.
E como transportar para a vida familiar essa alegria sobrenatural? Com simplicidade e serviço, que outro modo de lembrar o Autor da mesma alegria? A comemoração da Páscoa deve ser alicerçada nos dias que a antecedem, a Semana Santa, que é assim chamada não por ser um feriado longo, mas porque é a oportunidade de se aproximar, ou melhor, de acompanhar e se assemelhar a Jesus e a Sua Mãe no caminho do Calvário. É ocasião perfeita para examinar de que modo passamos este tempo – se junto dos dois, ou dentro das lojas, enchendo sofregamente o carrinho com ovos, bombons e provisões para a ceia de domingo.
A Quinta-feira Santa é o dia da instituição da Eucaristia. Por ela, entramos no caminho do Getsêmani, o Caminho Doloroso, já anunciado por Jesus na Última Ceia. É fundamental comemorar este grande dia, tão desejado pelo próprio Senhor, como Ele mesmo declara no evangelho de S. João, com a preparação conveniente do sacramento da Penitência. A confissão sacramental é a solução para dores e conflitos que estão no fundo da nossa alma, e que muitas vezes atribuímos a outras pessoas ou acontecimentos. Como somos agraciados por contar com ela, e como podemos ser tolos quando não a aproveitamos!
E será que entendemos que a Sexta-feira Santa não é só o dia de comer peixe e canjica, mas de fazer sacrifícios pequenos e significativos para a harmonia em família, de pedir e receber perdão, com o coração aberto como o lado de Cristo na Cruz, de onde deve jorrar também a caridade com aqueles que menos possuem material e espiritualmente? A leitura da Paixão do Senhor pode ser meditada antes, a sós ou em família, e podemos fazer a Via-Sacra para melhor alcançarmos a profundidade do mistério do Deus feito homem, que se entrega por nós, manso e humilde, e só busca o nosso coração como refúgio.
O Sábado antecipa o júbilo do dia especial, pela festa das Luzes, quando a Igreja, de luto, se acende de novo, prenunciando o que virá logo. É uma linda festa, a que muitos católicos, talvez por desconhecimento, não comparecem. Não é só o dia de malhar o Judas, por mais candidatos que tenhamos ao posto.
Não se trata de abolir chocolates e bacalhau no domingo. Só de não confundir as prioridades. Procurar ovinhos (não “ovões”, controlem o consumismo e o colesterol, por favor!) é uma brincadeira divertida que as crianças guardam na memória para a vida toda. Nem de abrir mão de descansar e aproveitar a folga. Só de não esquecer a Quem devemos toda essa felicidade e agradecer como convém.
quarta-feira, 31 de março de 2010
terça-feira, 30 de março de 2010
O convite das perdas
Texto de: Rafael Carneiro Rocha
Eu não me esqueço do final do filme de Roberto Rossellini sobre São Francisco de Assis (Francisco, arauto de Deus; 1950). São Francisco forma pequenos grupos entre os seus queridos e pede que eles se espalhem pelo mundo. A câmera de Rossellini fixa o conjunto de atores e não há cenas que dramatizem em excesso a despedida dos amigos. O cineasta constroi uma cena bela, mas de uma crueza medieval que impressiona a nossa sensibilidade moderna.
Para nós, os modernos, nos provoca alguma sensação de luto encerrar uma época escolar de boas lembranças, terminar um namoro que parece ter tido algum sentido, finalizar um trabalho que nos cativou ou qualquer outra despedida agradável de rotina. Uma melancolia que parece ser agravada por uma cultura como a nossa, que conhece o significado da palavra saudade.
Aliás, os agravantes para o nosso luto são vários. É bom lembrar que numa cultura muito secularizada, as perspectivas espirituais se esvaem e tudo o que o mundo deixa ir embora parece se desvanecer nessa mesma proporção.
Mas até mesmo essa amargura moderna tem o seu valor, porque ela surge como o irônico lembrete de que o ser humano não é inclinado ou vocacionado para a morte.
As perdas convidam o indivíduo para algo muito maior do que o amadurecimento pessoal, esta fragilidade que o nosso conformismo simplório tenta se apegar.
O caminho da existência não se perde; pelo contrário, tudo nos leva a encontros incessantes e a destinos ressurrectos. Tudo se encerra numa poética grandiosa do real, como aquelas imagens do filme de Rossellini.
Eu não me esqueço do final do filme de Roberto Rossellini sobre São Francisco de Assis (Francisco, arauto de Deus; 1950). São Francisco forma pequenos grupos entre os seus queridos e pede que eles se espalhem pelo mundo. A câmera de Rossellini fixa o conjunto de atores e não há cenas que dramatizem em excesso a despedida dos amigos. O cineasta constroi uma cena bela, mas de uma crueza medieval que impressiona a nossa sensibilidade moderna.
Para nós, os modernos, nos provoca alguma sensação de luto encerrar uma época escolar de boas lembranças, terminar um namoro que parece ter tido algum sentido, finalizar um trabalho que nos cativou ou qualquer outra despedida agradável de rotina. Uma melancolia que parece ser agravada por uma cultura como a nossa, que conhece o significado da palavra saudade.
Aliás, os agravantes para o nosso luto são vários. É bom lembrar que numa cultura muito secularizada, as perspectivas espirituais se esvaem e tudo o que o mundo deixa ir embora parece se desvanecer nessa mesma proporção.
Mas até mesmo essa amargura moderna tem o seu valor, porque ela surge como o irônico lembrete de que o ser humano não é inclinado ou vocacionado para a morte.
As perdas convidam o indivíduo para algo muito maior do que o amadurecimento pessoal, esta fragilidade que o nosso conformismo simplório tenta se apegar.
O caminho da existência não se perde; pelo contrário, tudo nos leva a encontros incessantes e a destinos ressurrectos. Tudo se encerra numa poética grandiosa do real, como aquelas imagens do filme de Rossellini.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 35)
As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem à vontade nossas amigas.
Adolescente em fuga
A. diz: Porque os adolescentes pensam em sair de casa precocemente ? Obrigada, A.
RESP: caro(a) A. Uma das características da Adolescência é o desejo de autonomia e independência, confundido muitas vezes como " liberdade " e esta é uma das razões de querer sair de casa, para não ter que dar obediência aos pais e furtar-se à autoridade .
É bom sentar-se com os filhos quando manifestam esse desejo, escutá-los com atenção e mostrar concretamente os encargos- deveres- que deverão ser assumidos: pagar aluguel, fazer as compras, despesas com luz, água, lavanderia, etc., etc. Quando refletimos com eles e os colocamos frente - não só aos direitos, mas também aos deveres que assumirão, começam a compreender e valorizar o lar, a família, os pais e irão amadurecendo.
Um abraço, Mannoun
Criança só na TV
A. diz: Como fazer minha filha de 7 anos estudar, ela só quer ficar na TV e é uma briga todo dia pra estudar e fazer os deveres.
RESP: Caro(a ) A.Sua filha já tem responsabilidades em casa ? Arrumar sua cama, deixar as coisas no lugar, ajudar nas tarefas domésticas, atividades extra aulas - esportes, cursos, etc.? Penso que está sendo necessário que aprenda hábitos bons de ordem, disciplina, horário - para acordar, levantar e dormir, fazer as refeições, estudar, brincar, ajudar em casa, ver "programas " de Tv e não simplesmente ver Tv, com sentido de alegria e bom humor e não brigando ou fazendo disto algo doloroso e irritante para todos . Vamos tentar? Vale a pena, garanto!
Sugiro que leia um pequeno livrinho que escrevi e que se chama “Gastando tempo com os filhos” da Editora Quadrante- São Paulo ( através da internet ) ou solicitando através do Blog "Negócios de Família" informações de como o conseguir .
Um abraço, Mannoun
Crianças brincando juntas
3 - M. diz: Liana/Dra.Mannom, Boa Noite!Preciso muito de orientação na educação de meu filho. Tenho 43 anos, sempre trabalhei fora até agosto/2006. Sou casada há 22 anos, tenho um filho único de 09 anos. Eu e meu marido somos muito conscientes da responsabilidade de educar um filho. O meu trabalho exigia que eu ficasse muito ausente de minha casa, então quando ele tinha 5 anos e 10 meses, decidimos que seria melhor eu deixar o meu trabalho,de 20 anos, para cuidar dele. Quero deixar registrado que em nenhum momento me arrependo da decisão, continuo sendo uma mulher realizada, feliz e tenho todo o apoio do marido. O problema é moro em um condomínio de 02 prédios e após o meu filho cumprir com suas obrigações escolares ele descia para o playground para brincar (todos os dias). Como a área de lazer é do prédio não tenho controle com relação as amizades, pois neste local tem crianças de todos os tipos/educação. Meu filho adora brincar com um menino da mesma idade dele, porém este amigo tem um irmão mais velho 11 anos, que tem como obrigação cuidar do irmão mais novo. Acontece que o irmão mais novo tem que fazer tudo o que o irmão mais velho manda, e conseqüentemente ele também quer dar ordens para meu filho. Estava ocorrendo muitas brigas, e senti que meu filho sofria muito com esta situação; então decidi que ele não iria mais brincar com este amigo por causa do irmão. Atualmente tenho trazidos amigos da escola para brincar com ele, porém não é todos os dias que isso é possível. Então eu pergunto: Eu agi certo na decisão? Uma criança tem que ter companhia de outras crianças todos os dias? ou brincar sozinho as vezes também faz bem? Nesta idade devo orientá-lo a escolher suas amizades e avaliar um amigo bom do mau? Estou um pouco confusa, vocês podem me ajudar?Muito obrigado M.
RESP:Cara Sra, M.
Sua pergunta é muito esclarecedora para muitas famílias, esta a razão da resposta pelo Blog.
Fez muito bem em trazer as crianças para brincarem em sua casa porque os valores de outras famílias podem não ser os mesmos que os seus.
Criança precisa, sim de brincar, mas pode, perfeitamente brincar um pouco sozinha, mesmo porque na idade de seu filho, já existe o grupo de colegas e amigos na Escola, onde certamente há um tempo de recreação, esporte, etc.
Quanto a discernir boas amizades e distingui-las de outras não tão boas, o dia a dia vai criando oportunidades para que os pais concretamente expliquem seus valores, as virtudes e a influência que exercemos nos demais e que também recebemos deles.
Se não atendi seu desejo de orientação, pode voltar a falar comigo, ok? Um abraço e parabéns ao casal pela sábia opção de deixar um trabalho externo pelo de mãe de família! VALE A PENA !!!! Mannoun
Adolescente em fuga
A. diz: Porque os adolescentes pensam em sair de casa precocemente ? Obrigada, A.
RESP: caro(a) A. Uma das características da Adolescência é o desejo de autonomia e independência, confundido muitas vezes como " liberdade " e esta é uma das razões de querer sair de casa, para não ter que dar obediência aos pais e furtar-se à autoridade .
É bom sentar-se com os filhos quando manifestam esse desejo, escutá-los com atenção e mostrar concretamente os encargos- deveres- que deverão ser assumidos: pagar aluguel, fazer as compras, despesas com luz, água, lavanderia, etc., etc. Quando refletimos com eles e os colocamos frente - não só aos direitos, mas também aos deveres que assumirão, começam a compreender e valorizar o lar, a família, os pais e irão amadurecendo.
Um abraço, Mannoun
Criança só na TV
A. diz: Como fazer minha filha de 7 anos estudar, ela só quer ficar na TV e é uma briga todo dia pra estudar e fazer os deveres.
RESP: Caro(a ) A.Sua filha já tem responsabilidades em casa ? Arrumar sua cama, deixar as coisas no lugar, ajudar nas tarefas domésticas, atividades extra aulas - esportes, cursos, etc.? Penso que está sendo necessário que aprenda hábitos bons de ordem, disciplina, horário - para acordar, levantar e dormir, fazer as refeições, estudar, brincar, ajudar em casa, ver "programas " de Tv e não simplesmente ver Tv, com sentido de alegria e bom humor e não brigando ou fazendo disto algo doloroso e irritante para todos . Vamos tentar? Vale a pena, garanto!
Sugiro que leia um pequeno livrinho que escrevi e que se chama “Gastando tempo com os filhos” da Editora Quadrante- São Paulo ( através da internet ) ou solicitando através do Blog "Negócios de Família" informações de como o conseguir .
Um abraço, Mannoun
Crianças brincando juntas
3 - M. diz: Liana/Dra.Mannom, Boa Noite!Preciso muito de orientação na educação de meu filho. Tenho 43 anos, sempre trabalhei fora até agosto/2006. Sou casada há 22 anos, tenho um filho único de 09 anos. Eu e meu marido somos muito conscientes da responsabilidade de educar um filho. O meu trabalho exigia que eu ficasse muito ausente de minha casa, então quando ele tinha 5 anos e 10 meses, decidimos que seria melhor eu deixar o meu trabalho,de 20 anos, para cuidar dele. Quero deixar registrado que em nenhum momento me arrependo da decisão, continuo sendo uma mulher realizada, feliz e tenho todo o apoio do marido. O problema é moro em um condomínio de 02 prédios e após o meu filho cumprir com suas obrigações escolares ele descia para o playground para brincar (todos os dias). Como a área de lazer é do prédio não tenho controle com relação as amizades, pois neste local tem crianças de todos os tipos/educação. Meu filho adora brincar com um menino da mesma idade dele, porém este amigo tem um irmão mais velho 11 anos, que tem como obrigação cuidar do irmão mais novo. Acontece que o irmão mais novo tem que fazer tudo o que o irmão mais velho manda, e conseqüentemente ele também quer dar ordens para meu filho. Estava ocorrendo muitas brigas, e senti que meu filho sofria muito com esta situação; então decidi que ele não iria mais brincar com este amigo por causa do irmão. Atualmente tenho trazidos amigos da escola para brincar com ele, porém não é todos os dias que isso é possível. Então eu pergunto: Eu agi certo na decisão? Uma criança tem que ter companhia de outras crianças todos os dias? ou brincar sozinho as vezes também faz bem? Nesta idade devo orientá-lo a escolher suas amizades e avaliar um amigo bom do mau? Estou um pouco confusa, vocês podem me ajudar?Muito obrigado M.
RESP:Cara Sra, M.
Sua pergunta é muito esclarecedora para muitas famílias, esta a razão da resposta pelo Blog.
Fez muito bem em trazer as crianças para brincarem em sua casa porque os valores de outras famílias podem não ser os mesmos que os seus.
Criança precisa, sim de brincar, mas pode, perfeitamente brincar um pouco sozinha, mesmo porque na idade de seu filho, já existe o grupo de colegas e amigos na Escola, onde certamente há um tempo de recreação, esporte, etc.
Quanto a discernir boas amizades e distingui-las de outras não tão boas, o dia a dia vai criando oportunidades para que os pais concretamente expliquem seus valores, as virtudes e a influência que exercemos nos demais e que também recebemos deles.
Se não atendi seu desejo de orientação, pode voltar a falar comigo, ok? Um abraço e parabéns ao casal pela sábia opção de deixar um trabalho externo pelo de mãe de família! VALE A PENA !!!! Mannoun
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domingo, 28 de março de 2010
As historias de família que me contam – 2
Texto de : Cristina Maranhão
Outra do João.
Dia 26 de dezembro. Calor insuportável. Ana tinha passado alguns dias doente, e mais doente estava ficando agora com o João de férias, sem poder sair de casa. Como o marido não se apresentasse, Ana resolveu passear de bicicleta na Lagoa com o filho.
Lagoa no dia seguinte do Natal é igual a praia . Tem gente andando em todas as direções e se aglomerando para apreciar a arvore flutuante ao anoitecer. Mal alugaram as bicicletas, João sai à frente e Ana o segue de perto, para não o perder. O que não estava planejado era o pedal da bicicleta de Ana quebrar. Foi questão de segundos o João sumir por entre as pessoas. Coração na boca, bicicleta na mão, Ana, após andar para lá e para cá, desiste. Cabeça nas mãos, olha para o Cristo Redentor e diz: “ Você me deu um filho inteligente até demais. Tem dia em que penso que são dois, de tanto que ele apronta, agora vê se esse danado usa a inteligência para volta”r.
Espera que espera, a mãe volta para o quiosque de aluguel de bicicletas sem saber o que fazer.As pessoas querem ajudar, começam a se organizar para darem a volta na lagoa, uns para a esquerda, outros pela direita, uns de carro , outros de bicicleta, e aparecem as idéias catastróficas que ajudam pouco: “Pior se o menino resolve atravessar as pistas...” “E esse lugares são cheios de gente ruim...Pode ser seqüestrado, tá assim de gente querendo ganhar dinheiro mole nestas datas”. Moles, mas moles mesmo ficam as pernas da mãe quando toca o celular.
Não é o seqüestrador.
_Mãe , se você já está chorando, fique calma.
_De quem é este celular? Com quem você está? Onde você está?
_ Eu pedi pra um casal ligar pra você. Não precisa ficar nervosa. Você volta para o lugar das bicicletas que eu vou te encontrar lá. Tá ouvindo, mãe ? Você sabe onde é?
_ Estou, João, já estou no lugar das bicicletas!...
_ Nossa, mãe, como você é esperta! Então me espera aí que eu já vou te encontrar. E olha, mãe, não precisa chorar.
Foram os minutos mais longos do ano.
Outra do João.
Dia 26 de dezembro. Calor insuportável. Ana tinha passado alguns dias doente, e mais doente estava ficando agora com o João de férias, sem poder sair de casa. Como o marido não se apresentasse, Ana resolveu passear de bicicleta na Lagoa com o filho.
Lagoa no dia seguinte do Natal é igual a praia . Tem gente andando em todas as direções e se aglomerando para apreciar a arvore flutuante ao anoitecer. Mal alugaram as bicicletas, João sai à frente e Ana o segue de perto, para não o perder. O que não estava planejado era o pedal da bicicleta de Ana quebrar. Foi questão de segundos o João sumir por entre as pessoas. Coração na boca, bicicleta na mão, Ana, após andar para lá e para cá, desiste. Cabeça nas mãos, olha para o Cristo Redentor e diz: “ Você me deu um filho inteligente até demais. Tem dia em que penso que são dois, de tanto que ele apronta, agora vê se esse danado usa a inteligência para volta”r.
Espera que espera, a mãe volta para o quiosque de aluguel de bicicletas sem saber o que fazer.As pessoas querem ajudar, começam a se organizar para darem a volta na lagoa, uns para a esquerda, outros pela direita, uns de carro , outros de bicicleta, e aparecem as idéias catastróficas que ajudam pouco: “Pior se o menino resolve atravessar as pistas...” “E esse lugares são cheios de gente ruim...Pode ser seqüestrado, tá assim de gente querendo ganhar dinheiro mole nestas datas”. Moles, mas moles mesmo ficam as pernas da mãe quando toca o celular.
Não é o seqüestrador.
_Mãe , se você já está chorando, fique calma.
_De quem é este celular? Com quem você está? Onde você está?
_ Eu pedi pra um casal ligar pra você. Não precisa ficar nervosa. Você volta para o lugar das bicicletas que eu vou te encontrar lá. Tá ouvindo, mãe ? Você sabe onde é?
_ Estou, João, já estou no lugar das bicicletas!...
_ Nossa, mãe, como você é esperta! Então me espera aí que eu já vou te encontrar. E olha, mãe, não precisa chorar.
Foram os minutos mais longos do ano.
sábado, 27 de março de 2010
Solidariedade vem de casa
Estes dias estive hospitalizada, numa parte de um dia, e desde a ida ao hospital tive a ajuda e presença constante da filha que estuda medicina, atenções e ajudas concretas.
Depois de passado o problema, é até engraçado lembrar de detalhes ocorridos, como: uma pegando as roupas para eu trocar,outro colocando um ventilador pra dar mais conforto; até minha irmã, que chegou de repente, foi entrando no clima e escrevendo o nome dos remédios que tomo para eu levar à consulta. Meu marido, atônito, querendo fazer algo e sem espaço no quarto pra tanta gente ajudando.
Na volta, já encontrei pronta uma canja deliciosa, feita pela nossa ajudante. Cada um fez algo de bom e útil, com muito carinho, para tornar a recuperação mais fácil e rápida.
Contamos até com a ajuda de uma amiga das meninas,que, ao passar por aqui, resolveu arregaçar as mangas e colaborar também, indo para a cozinha e ajudando em tudo. Tive até flores na mesa de almoço.
Esses detalhes contribuem muito para a recuperação e mostram como as pessoas podem ser amigas e solidárias nas horas difíceis.
sexta-feira, 26 de março de 2010
O significado da Páscoa (1)
Texto: Maria Teresa Serman
Não precisamos falar aqui de coelhinhos e chocolate, pois os olhos já estão saturados de vitrines inundadas de ambos. Só para lembrar, o coelho, pela sua fertilidade, simboliza a nova vida que Jesus Cristo, pelo sacrifício redentor da cruz, nos conseguiu, pois nos libertou do pecado cometido pelo primeiro homem, Adão.
A Páscoa cristã está visceralmente ligada à páscoa judaica, o Pessach. O nome significa liberação e a festa comemora a bondade de Deus para com seu povo e como ela foi manifestada então. Os judeus eram escravos no Egito e, conforme narrado no livro do Êxodo, na Bíblia, Deus escolheu Moisés para cuidar de sua libertação e guiá-los até a Terra Prometida. Como o faraó se recusasse a deixá-los ir, foram enviadas dez pragas ao povo egípcio. Antes da décima, aquela que matou todos os primogênitos no país, inclusive o herdeiro do trono, Moisés, a mando de Deus, determinou que se sacrificassem cordeiros, e cada família, sozinha ou com seu vizinho, fizesse a ceia (Seder), com a carne, ervas amargas e pão ázimo (sem levedura ou fermentação), e marcasse os umbrais de sua porta com o sangue dos animais.
O Seder é celebrado desde então como lembrança e agradecimento, em família, e ao cardápio se acrescentou um ovo, símbolo da vida. Jesus Cristo, que cumpria os preceitos da Lei Mosaica, também celebrou esta ceia, e, nessa ocasião, que ficou conhecida como a Última Ceia, instituiu a Eucaristia, o Pão da Vida. A partir desse momento, o cordeiro imolado era Ele próprio, o Salvador, o Filho de Deus que deu Seu Corpo e Seu Sangue por nós. Como um novo seder, revivemos o sacrifício da Cruz – “Fazei isto em minha memória”, não de forma simbólica, mas com a presença viva do Senhor Jesus nas sagradas espécies, a cada missa.
Pretendemos, ao nos reportarmos ao Antigo Testamento neste texto, recordar que Deus nunca deixa de renovar a Aliança com seu povo, com cada um de nós de modo pessoal, como um pai e seu filho. Que Jesus veio para salvar, pagando um grande preço – “pretio magnum”, como nomeou S.Paulo, a todos os homens, sem exceção. Que não há divisão entre a Antiga e a Nova Aliança, assim como não pode haver entre cristãos e não cristãos, entre cada homem e seu semelhante.
Não precisamos falar aqui de coelhinhos e chocolate, pois os olhos já estão saturados de vitrines inundadas de ambos. Só para lembrar, o coelho, pela sua fertilidade, simboliza a nova vida que Jesus Cristo, pelo sacrifício redentor da cruz, nos conseguiu, pois nos libertou do pecado cometido pelo primeiro homem, Adão.
A Páscoa cristã está visceralmente ligada à páscoa judaica, o Pessach. O nome significa liberação e a festa comemora a bondade de Deus para com seu povo e como ela foi manifestada então. Os judeus eram escravos no Egito e, conforme narrado no livro do Êxodo, na Bíblia, Deus escolheu Moisés para cuidar de sua libertação e guiá-los até a Terra Prometida. Como o faraó se recusasse a deixá-los ir, foram enviadas dez pragas ao povo egípcio. Antes da décima, aquela que matou todos os primogênitos no país, inclusive o herdeiro do trono, Moisés, a mando de Deus, determinou que se sacrificassem cordeiros, e cada família, sozinha ou com seu vizinho, fizesse a ceia (Seder), com a carne, ervas amargas e pão ázimo (sem levedura ou fermentação), e marcasse os umbrais de sua porta com o sangue dos animais.
O Seder é celebrado desde então como lembrança e agradecimento, em família, e ao cardápio se acrescentou um ovo, símbolo da vida. Jesus Cristo, que cumpria os preceitos da Lei Mosaica, também celebrou esta ceia, e, nessa ocasião, que ficou conhecida como a Última Ceia, instituiu a Eucaristia, o Pão da Vida. A partir desse momento, o cordeiro imolado era Ele próprio, o Salvador, o Filho de Deus que deu Seu Corpo e Seu Sangue por nós. Como um novo seder, revivemos o sacrifício da Cruz – “Fazei isto em minha memória”, não de forma simbólica, mas com a presença viva do Senhor Jesus nas sagradas espécies, a cada missa.
Pretendemos, ao nos reportarmos ao Antigo Testamento neste texto, recordar que Deus nunca deixa de renovar a Aliança com seu povo, com cada um de nós de modo pessoal, como um pai e seu filho. Que Jesus veio para salvar, pagando um grande preço – “pretio magnum”, como nomeou S.Paulo, a todos os homens, sem exceção. Que não há divisão entre a Antiga e a Nova Aliança, assim como não pode haver entre cristãos e não cristãos, entre cada homem e seu semelhante.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Perder alguém - ganhar alguém
Texto de J. F. Belo
Com o passar do tempo, vamos vendo que as pessoas que encontrávamos em festas de Natal, nos aniversários, nas reuniões de família, nem todas estão mais lá. Pode ser um tio querido, uma avó, ou até alguém mais novo, mas que Deus acabou chamando mais cedo do que imaginávamos, por motivos que um dia entenderemos melhor.
Aproveitar cada momento em que estamos com as pessoas que amamos nos ajudará sempre na lembrança de que fizemos o que tinha de ser feito, de que vivemos intensamente os momentos, sejam os dias fáceis ou difíceis, simples ou extraordinários. Ficarão na memória os sorrisos e os abraços que foram dados em dias simples ou tumultuados, quando soubemos abrir mão de coisas banais para tornar o dia-a-dia mais agradável e alegre.
Quando perdemos alguém querido, o primeiro sentimento que nos salta é a dor e a tristeza. Se tivermos coragem de enfrentar o desânimo e o vazio que passa a existir, ficarão as boas lembranças de alguém amado, de que nunca esqueceremos, sempre com recordações de um imenso carinho. Com visão sobrenatural dos fatos e da dor, olharemos para trás com um sorriso nos lábios, ainda que as lágrimas nos venham aos olhos.
Mas, assim como muitos vão nos deixando – e um dia chegará a nossa hora! -, outros vão vindo e preenchendo mais e mais os nossos corações: é o milagre da vida! Assim como podemos achar que existem motivos para que fiquemos pra baixo diante da perda de um ser querido, é só olhar a nossa volta e ver os novos que vão nos conquistando.
Com o passar do tempo, vamos vendo que as pessoas que encontrávamos em festas de Natal, nos aniversários, nas reuniões de família, nem todas estão mais lá. Pode ser um tio querido, uma avó, ou até alguém mais novo, mas que Deus acabou chamando mais cedo do que imaginávamos, por motivos que um dia entenderemos melhor.
Aproveitar cada momento em que estamos com as pessoas que amamos nos ajudará sempre na lembrança de que fizemos o que tinha de ser feito, de que vivemos intensamente os momentos, sejam os dias fáceis ou difíceis, simples ou extraordinários. Ficarão na memória os sorrisos e os abraços que foram dados em dias simples ou tumultuados, quando soubemos abrir mão de coisas banais para tornar o dia-a-dia mais agradável e alegre.
Quando perdemos alguém querido, o primeiro sentimento que nos salta é a dor e a tristeza. Se tivermos coragem de enfrentar o desânimo e o vazio que passa a existir, ficarão as boas lembranças de alguém amado, de que nunca esqueceremos, sempre com recordações de um imenso carinho. Com visão sobrenatural dos fatos e da dor, olharemos para trás com um sorriso nos lábios, ainda que as lágrimas nos venham aos olhos.
Mas, assim como muitos vão nos deixando – e um dia chegará a nossa hora! -, outros vão vindo e preenchendo mais e mais os nossos corações: é o milagre da vida! Assim como podemos achar que existem motivos para que fiquemos pra baixo diante da perda de um ser querido, é só olhar a nossa volta e ver os novos que vão nos conquistando.
quarta-feira, 24 de março de 2010
Um filho ÚNICO, um filho SÓ.
Texto de: Maria Teresa Serman
Não sei se entenderam o trocadilho do título, que é a idéia central do texto de hoje. Quem lhes fala é uma filha única, que não continua só porque compensou no número de filhos, cinco, e ainda queria mais. E não me arrependi em nenhum milésimo de segundo dessa compensação.
Freud ficaria feliz com minha confissão. Quis compensar mesmo, não só por considerar filhos bençãos de Deus em forma de gente, mas porque sempre me faltaram barulho e companhia. Meus pais não optaram por um só, a natureza decidiu assim.
A idéia me voltou ontem, recorrente, em um restaurante, ao olhar em volta. Vi o que tenho observado com frequência: mesas com um casal e uma criaturinha que os dois adultos se dedicam a distrair. Por mais boa vontade que tenham, criança gosta (e precisa de) criança. Se houvesse outros para se distrairem juntos, os pais poderiam prestar mais atenção mútua - tá bom, sei que é complicado, com os "pestinhas" em volta, mas há que ter criatividade, pessoal!
É falso o argumento de que criar filho hoje em dia é mais difícil . Fala sério, há uma infinidade de recursos facilitadores e lúdicos. Pode ser mais caro; porém, tal receita inflou-se pelas atividades que "injetaram" nas crianças: mil atividades culturais e esportivas; acesso irrestrito a jogos eletrônicos e atualidades tecnológicas; roupas em demasia; enfim, mimos que enfraquecem a vontade e prejudicam o caráter.
Atualidade e tecnologia sim, brincadeiras simples e inesquecíveis, sim, sim, sim!!! Não se trata de voltar `a Era Jurássica, somente resgatar o que é comprovadamente eficiente há gerações.
O filho único é solitário, por mais amiguinhos que tenha. Torna-se, inevitavelmente, superprotegido, pois podem os pais ter outra preocupação? Acostuma-se a ser o centro do mundo familiar e não reparte com facilidade o que tem, naturalmente.
Já sei que serei linchada on line, rotulada de retrógrada, xingada de delirante. Não me importo, pois deleguei a mim mesma uma missão, uma cruzada, sob o título "Dêem ao filho único o que ele realmente quer - irmãos." Para aprender a compartilhar, para brincar, e até para brigar ( para isso pedia um à minha mãe, pois achava lindo irmãos se ensopapando).
É injusto não conhecer os outros filhos dos seus pais. É pobre não dilatar o coração e acolher mais gente pequena nele( a grande também, lógico!) Cada filho, tenham certeza, traz o seu pãozinho, e muito, muito mais, debaixo do braço. E obrigada aos meus filhos por serem um pouco meus irmãos.
Não sei se entenderam o trocadilho do título, que é a idéia central do texto de hoje. Quem lhes fala é uma filha única, que não continua só porque compensou no número de filhos, cinco, e ainda queria mais. E não me arrependi em nenhum milésimo de segundo dessa compensação.
Freud ficaria feliz com minha confissão. Quis compensar mesmo, não só por considerar filhos bençãos de Deus em forma de gente, mas porque sempre me faltaram barulho e companhia. Meus pais não optaram por um só, a natureza decidiu assim.
A idéia me voltou ontem, recorrente, em um restaurante, ao olhar em volta. Vi o que tenho observado com frequência: mesas com um casal e uma criaturinha que os dois adultos se dedicam a distrair. Por mais boa vontade que tenham, criança gosta (e precisa de) criança. Se houvesse outros para se distrairem juntos, os pais poderiam prestar mais atenção mútua - tá bom, sei que é complicado, com os "pestinhas" em volta, mas há que ter criatividade, pessoal!
É falso o argumento de que criar filho hoje em dia é mais difícil . Fala sério, há uma infinidade de recursos facilitadores e lúdicos. Pode ser mais caro; porém, tal receita inflou-se pelas atividades que "injetaram" nas crianças: mil atividades culturais e esportivas; acesso irrestrito a jogos eletrônicos e atualidades tecnológicas; roupas em demasia; enfim, mimos que enfraquecem a vontade e prejudicam o caráter.
Atualidade e tecnologia sim, brincadeiras simples e inesquecíveis, sim, sim, sim!!! Não se trata de voltar `a Era Jurássica, somente resgatar o que é comprovadamente eficiente há gerações.
O filho único é solitário, por mais amiguinhos que tenha. Torna-se, inevitavelmente, superprotegido, pois podem os pais ter outra preocupação? Acostuma-se a ser o centro do mundo familiar e não reparte com facilidade o que tem, naturalmente.
Já sei que serei linchada on line, rotulada de retrógrada, xingada de delirante. Não me importo, pois deleguei a mim mesma uma missão, uma cruzada, sob o título "Dêem ao filho único o que ele realmente quer - irmãos." Para aprender a compartilhar, para brincar, e até para brigar ( para isso pedia um à minha mãe, pois achava lindo irmãos se ensopapando).
É injusto não conhecer os outros filhos dos seus pais. É pobre não dilatar o coração e acolher mais gente pequena nele( a grande também, lógico!) Cada filho, tenham certeza, traz o seu pãozinho, e muito, muito mais, debaixo do braço. E obrigada aos meus filhos por serem um pouco meus irmãos.
terça-feira, 23 de março de 2010
Namorados desconfiados terminam relacionamentos
Texto de Rafael Carneiro Rocha
Eu costumava discordar de um consolo comum aos ouvidos entristecidos dos apaixonados: "Deixe disso. Namoros existem para terminar". No meu entendimento, tratava-se de um conformismo cínico à falta de solidez dos relacionamentos modernos. Porém, hoje eu sei que aquela declaração pontua uma verdade: "Namoros existem para terminar" e é bom que concordemos com isto.
Aliás, é preciso que sejamos firmes e radicais nesta convicção: namoros tem prazo de validade. Eu não concordo com os conformistas porque lhes falta radicalismo. Eles acreditam apenas na separação. Porém, um bom radical, aquele que acredita que os namoros devem terminar, conhece as artimanhas do mundo e sabe que o matrimônio é uma outra possibilidade para o fim inexorável dos namoros.
Nenhum namoro que se encerra é um fracasso. Todos os namoros se encerram e a separação também pode ser benéfica. O matrimônio demanda muita responsabilidade e se o casal de namorados tiver dúvidas, a separação é o melhor caminho. Aliás, depois de um certo tempo de namoro, onde o casal já se conhece bem, o mero fato de existir a dúvida "caso ou não caso" com ele(a), no meu entendimento, já é sinal de que os dois podem, cada um, seguir o seu caminho.
Assim como eu defendo a beleza do fim de namoro, eu defendo também a suspeita. Penso que todos os namoros devem começar a partir de uma suspeita mútua entre o casal. Um deve desconfiar seriamente do outro. Uma boa suspeita não indica uma resposta fácil, mas no caso do namoro sua motivação é nobre. Se os namorados suspeitam de que aquela outra metade, até então uma amizade especial, pode ser um inteiro no futuro, que eles namorem. Se existe uma desconfiança de que namorar aquela pessoa pode revelar um matrimônio, que o risco seja assumido.
Namorar com desconfiança e namorar sabendo que tudo aquilo vai terminar é bom. O problema dos cínicos e dos pessimistas é que lhes falta uma visão integral da realidade. A suspeita dos namorados e um término de relacionamento podem, inclusive, ser um caminho de santidade. Namorados desconfiados terminam relacionamentos. Alguns, vejam só, conseguem até se casar por causa disso.
Eu costumava discordar de um consolo comum aos ouvidos entristecidos dos apaixonados: "Deixe disso. Namoros existem para terminar". No meu entendimento, tratava-se de um conformismo cínico à falta de solidez dos relacionamentos modernos. Porém, hoje eu sei que aquela declaração pontua uma verdade: "Namoros existem para terminar" e é bom que concordemos com isto.
Aliás, é preciso que sejamos firmes e radicais nesta convicção: namoros tem prazo de validade. Eu não concordo com os conformistas porque lhes falta radicalismo. Eles acreditam apenas na separação. Porém, um bom radical, aquele que acredita que os namoros devem terminar, conhece as artimanhas do mundo e sabe que o matrimônio é uma outra possibilidade para o fim inexorável dos namoros.
Nenhum namoro que se encerra é um fracasso. Todos os namoros se encerram e a separação também pode ser benéfica. O matrimônio demanda muita responsabilidade e se o casal de namorados tiver dúvidas, a separação é o melhor caminho. Aliás, depois de um certo tempo de namoro, onde o casal já se conhece bem, o mero fato de existir a dúvida "caso ou não caso" com ele(a), no meu entendimento, já é sinal de que os dois podem, cada um, seguir o seu caminho.
Assim como eu defendo a beleza do fim de namoro, eu defendo também a suspeita. Penso que todos os namoros devem começar a partir de uma suspeita mútua entre o casal. Um deve desconfiar seriamente do outro. Uma boa suspeita não indica uma resposta fácil, mas no caso do namoro sua motivação é nobre. Se os namorados suspeitam de que aquela outra metade, até então uma amizade especial, pode ser um inteiro no futuro, que eles namorem. Se existe uma desconfiança de que namorar aquela pessoa pode revelar um matrimônio, que o risco seja assumido.
Namorar com desconfiança e namorar sabendo que tudo aquilo vai terminar é bom. O problema dos cínicos e dos pessimistas é que lhes falta uma visão integral da realidade. A suspeita dos namorados e um término de relacionamento podem, inclusive, ser um caminho de santidade. Namorados desconfiados terminam relacionamentos. Alguns, vejam só, conseguem até se casar por causa disso.
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segunda-feira, 22 de março de 2010
Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 34)
As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem à vontade nossas amigas.
1 – R. diz: Tenho dois adolescentes e eles brigam demais! Tem horas que eu penso que vão se matar, se não me meto no meio. Como posso melhorar este relacionamento entre os dois? Meu marido não faz nada e diz pra eu deixar eles se entenderem entre eles, mas a briga é muito feia e sempre por coisas pequenas.
RESP: Cara Sra.R. A senhora sai para trabalhar ou seu trabalho é em casa ? ue tipo de atividades tem os seus filhos ? O pai os leva a algum esporte praticado em conjunto ?
Muito bom para eles é karatê ou jiu-jitsu com um bom professor para que saibam bem utilizar sua energia construtivamente e não em agressões mútuas. Será que eles querem chamar atenção ?Quais as tarefas que executam em casa ? Ocupe-os e não interfira nas brigas( sei que é difícil !! ) mas tente agir como o pai por alguns dias e observe os resultados. Peça ao seu marido que a ajude nesta mudança de atitude e volte a falar comigo sobre os resultados, ok? Boa sorte, Mannoun
2 - A. diz: O que eu posso fazer para ajudar minha prima com um filho envolvido com drogas? Onde se procura reabilitação? E se o jovem não quer sair das drogas, como agir? O rapaz tem 17 anos e é de uma família classe média.
RESP:A. Boa noite, Não sei onde moram, mas há muitos Serviços, Clinicas de recuperação para tratamento de Dependentes Químicos.
Sugiro que primeiro os pais conversem claramente com o filho, demonstrando com carinho e firmeza, sua posição quanto à dependência química e que estão dispostos a ajudar o filho com um tratamento.
No Rio de Janeiro existe o NEPAD (Núcleo de atendimento à dependência química e álcool ) ,na Rua Fonseca Teles ( não tenho o número ) em São Cristóvão, pertencente à UERJ. E dirigido pela Dra.Teresa Fonseca, Psiquiatra e Professora da Universidade. Fazem também atendimento aos familiares e vocês podem recorrer para orientação da família e como agir.
Se o jovem não quiser ser tratado, consultem um médico amigo da família para que o convença, pois há absoluta necessidade de acompanhamento psiquiátrico e psicológico, terapia ocupacional e afastamento do meio ambiente. Quanto mais precoce o tratamento, maiores as chances de recuperação!
Não concordem que ele se trate em casa, não funciona...
Se vocês têm Fé, não deixem de rezar- Deus é quem pode mudar os corações!
Fico às ordens, Mannoun
3 – A. S. diz Doutora Mannoun, O que a senhora pode nos dizer do Chá do Santo Daime. Minha filha tem 16 anos e é curiosa de saber disto.
RESP: Sr. A. S. O que posso dizer sobre o chá do santo daime ouvi em Conferências de Psiquiatras durante Congressos Médicos. Não é muita coisa, mas tenho informações de que no seu preparo são utilizadas ervas alucinógenas, colhidas na floresta amazônica,onde surgiu a seita que os adeptos consideram religião. Há dias determinados para as comemorações onde coletivamente se usa do chá que é considerado causador de dependência química.
Desculpe não poder dar maiores detalhes, mas se o desejar, converse com Médicos Psiquiatras de seu conhecimento. Atenciosamente, Mannoun
4 - A. Diz: O que fazer quando um filho adolescente de 15 anos, não quer saber de responsabilidades? Só pensa em jogos, rua, festa e de bebidas?
Tenho uma esposa e ela tem esse filho e uma filha de 13 anos, de outro casamento ambos estão me dando trabalho, eu tenho com ela uma filha de 3 anos, a adolescente dela de 13 anos segue no mesmo caminho do irmão,só pensa em namorados e é irresponsável também....
eu já pensei em deixar minha esposa,mais fico preocupado com minha filhinha de 3 anos,,,qual exemplo ela vai ter???
Já que esse tal de (E.C.A)...estatuto da criança e do adolescente,q para mim isso é uma afronta contra os pais, proíbe os pai de educar de forma mais severa os filhos assim eles se acham no direito de tudo...na minha época de adolescente se eu desrespeitasse meu pai,levava uma surra das boas....hoje cresci sou um homem e amo demais meu pai...só q ele já faleceu.... o que devo fazer???
Alguém ai pode dizer o que eu faço.. E digam eu sou obrigado a conviver com essa situação... e ai largo minha filha para ser educada sem o pai e tomar exemplos dos irmão???
RESP: Caro Sr, quando se uniu à mãe dos adolescentes, o senhor já os conhecia? O seu relacionamento com eles é bom? Eles conversam bem com o senhor e o atendem?
Penso que uma conversa serena e clara com sua esposa é o primeiro passo. Reflitam sobre as razões que os levaram a optar por sua união. Vale a pena esta conversa calma e sozinho com sua esposa, para se entenderem os dois, traçarem junto um caminho de limites para os filhos, sempre lembrando que sua posição é muito delicada, pois não são seus filhos biológicos...
Estão eles na fase da rebeldia e vale à pena refletir - Eles se dão bem com o pai? Em sua conversa com sua esposa, vejam com quem os filhos estariam melhores e se é prudente consultá-los sobre esta possibilidade de morarem com o pai, ao menos por algum tempo até que passe esta etapa e vocês (o senhor e sua esposa) possam se acalmar e pensar o que fazer. Sua cidade tem Conselho Tutelar? Eles podem dar uma boa ajuda aos pais em situação como a de vocês, com sugestões, idéias, apontar caminhos.
Sair de casa não é a melhor solução. Sua filhinha tem o direito à presença e carinho do pai, além da educação que o senhor pode transmitir para ela.
Seja paciente. Vale a pena tentar também conversar com o menino, sair e fazer um programa com ele para que se conheçam melhor e abrir o coração. Depois faça o mesmo com a menina. Já se foi o tempo das surras. O caminho hoje é outro e não sendo eles seus filhos, revoltar-se-ão mais ainda se o senhor se descontrolar. Pode até ser que tenham ciúmes da irmãzinha, que afinal tem o papai e a mamãe juntos cuidando dela....
Pode voltar a falar conosco, ok? Boa sorte,!
1 – R. diz: Tenho dois adolescentes e eles brigam demais! Tem horas que eu penso que vão se matar, se não me meto no meio. Como posso melhorar este relacionamento entre os dois? Meu marido não faz nada e diz pra eu deixar eles se entenderem entre eles, mas a briga é muito feia e sempre por coisas pequenas.
RESP: Cara Sra.R. A senhora sai para trabalhar ou seu trabalho é em casa ? ue tipo de atividades tem os seus filhos ? O pai os leva a algum esporte praticado em conjunto ?
Muito bom para eles é karatê ou jiu-jitsu com um bom professor para que saibam bem utilizar sua energia construtivamente e não em agressões mútuas. Será que eles querem chamar atenção ?Quais as tarefas que executam em casa ? Ocupe-os e não interfira nas brigas( sei que é difícil !! ) mas tente agir como o pai por alguns dias e observe os resultados. Peça ao seu marido que a ajude nesta mudança de atitude e volte a falar comigo sobre os resultados, ok? Boa sorte, Mannoun
2 - A. diz: O que eu posso fazer para ajudar minha prima com um filho envolvido com drogas? Onde se procura reabilitação? E se o jovem não quer sair das drogas, como agir? O rapaz tem 17 anos e é de uma família classe média.
RESP:A. Boa noite, Não sei onde moram, mas há muitos Serviços, Clinicas de recuperação para tratamento de Dependentes Químicos.
Sugiro que primeiro os pais conversem claramente com o filho, demonstrando com carinho e firmeza, sua posição quanto à dependência química e que estão dispostos a ajudar o filho com um tratamento.
No Rio de Janeiro existe o NEPAD (Núcleo de atendimento à dependência química e álcool ) ,na Rua Fonseca Teles ( não tenho o número ) em São Cristóvão, pertencente à UERJ. E dirigido pela Dra.Teresa Fonseca, Psiquiatra e Professora da Universidade. Fazem também atendimento aos familiares e vocês podem recorrer para orientação da família e como agir.
Se o jovem não quiser ser tratado, consultem um médico amigo da família para que o convença, pois há absoluta necessidade de acompanhamento psiquiátrico e psicológico, terapia ocupacional e afastamento do meio ambiente. Quanto mais precoce o tratamento, maiores as chances de recuperação!
Não concordem que ele se trate em casa, não funciona...
Se vocês têm Fé, não deixem de rezar- Deus é quem pode mudar os corações!
Fico às ordens, Mannoun
3 – A. S. diz Doutora Mannoun, O que a senhora pode nos dizer do Chá do Santo Daime. Minha filha tem 16 anos e é curiosa de saber disto.
RESP: Sr. A. S. O que posso dizer sobre o chá do santo daime ouvi em Conferências de Psiquiatras durante Congressos Médicos. Não é muita coisa, mas tenho informações de que no seu preparo são utilizadas ervas alucinógenas, colhidas na floresta amazônica,onde surgiu a seita que os adeptos consideram religião. Há dias determinados para as comemorações onde coletivamente se usa do chá que é considerado causador de dependência química.
Desculpe não poder dar maiores detalhes, mas se o desejar, converse com Médicos Psiquiatras de seu conhecimento. Atenciosamente, Mannoun
4 - A. Diz: O que fazer quando um filho adolescente de 15 anos, não quer saber de responsabilidades? Só pensa em jogos, rua, festa e de bebidas?
Tenho uma esposa e ela tem esse filho e uma filha de 13 anos, de outro casamento ambos estão me dando trabalho, eu tenho com ela uma filha de 3 anos, a adolescente dela de 13 anos segue no mesmo caminho do irmão,só pensa em namorados e é irresponsável também....
eu já pensei em deixar minha esposa,mais fico preocupado com minha filhinha de 3 anos,,,qual exemplo ela vai ter???
Já que esse tal de (E.C.A)...estatuto da criança e do adolescente,q para mim isso é uma afronta contra os pais, proíbe os pai de educar de forma mais severa os filhos assim eles se acham no direito de tudo...na minha época de adolescente se eu desrespeitasse meu pai,levava uma surra das boas....hoje cresci sou um homem e amo demais meu pai...só q ele já faleceu.... o que devo fazer???
Alguém ai pode dizer o que eu faço.. E digam eu sou obrigado a conviver com essa situação... e ai largo minha filha para ser educada sem o pai e tomar exemplos dos irmão???
RESP: Caro Sr, quando se uniu à mãe dos adolescentes, o senhor já os conhecia? O seu relacionamento com eles é bom? Eles conversam bem com o senhor e o atendem?
Penso que uma conversa serena e clara com sua esposa é o primeiro passo. Reflitam sobre as razões que os levaram a optar por sua união. Vale a pena esta conversa calma e sozinho com sua esposa, para se entenderem os dois, traçarem junto um caminho de limites para os filhos, sempre lembrando que sua posição é muito delicada, pois não são seus filhos biológicos...
Estão eles na fase da rebeldia e vale à pena refletir - Eles se dão bem com o pai? Em sua conversa com sua esposa, vejam com quem os filhos estariam melhores e se é prudente consultá-los sobre esta possibilidade de morarem com o pai, ao menos por algum tempo até que passe esta etapa e vocês (o senhor e sua esposa) possam se acalmar e pensar o que fazer. Sua cidade tem Conselho Tutelar? Eles podem dar uma boa ajuda aos pais em situação como a de vocês, com sugestões, idéias, apontar caminhos.
Sair de casa não é a melhor solução. Sua filhinha tem o direito à presença e carinho do pai, além da educação que o senhor pode transmitir para ela.
Seja paciente. Vale a pena tentar também conversar com o menino, sair e fazer um programa com ele para que se conheçam melhor e abrir o coração. Depois faça o mesmo com a menina. Já se foi o tempo das surras. O caminho hoje é outro e não sendo eles seus filhos, revoltar-se-ão mais ainda se o senhor se descontrolar. Pode até ser que tenham ciúmes da irmãzinha, que afinal tem o papai e a mamãe juntos cuidando dela....
Pode voltar a falar conosco, ok? Boa sorte,!
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domingo, 21 de março de 2010
Piadinhas para distrair a criançada
Umas piadinhas para contar após o jantar - com certeza vai descontrair a turma toda em casa.
Regime de Emagrecimento
- Doutor, como eu faço para emagrecer?
- Basta a senhora mover a cabeça da esquerda para direita e da direita para esquerda.
- Quantas vezes, doutor?
- Todas as vezes que lhe oferecerem comida.
Dois caipiras se encontram:
- Você soube que o Belarmino morreu? - pergunta o primeiro.
- Não! Morreu de quê?
- Catarata!
- Catarata? Mas que eu saiba catarata não mata!
- É... mas empurraram ele!
Parentesco
O serviçal do conde entra nos aposentos dele e diz:
- Senhor conde, tem um mendigo na porta que diz que é seu parente e que pode provar.
O conde responde:
- Deve ser algum idiota!
O serviçal finaliza:
- Foi o que eu achei, senhor, mas isso não é o suficiente para comprovar o parentesco!
Inteligência “loural”
A loura estava tentando tirar a tampa da Coca-cola e não conseguia.
- Que inferno!
O dono do bar explicou:
- Você tem que torcer.
E a loura, batendo palmas:
- Vamos Tam-pi-nha! Vamos Tam-pi-nha!
Regime de Emagrecimento
- Doutor, como eu faço para emagrecer?
- Basta a senhora mover a cabeça da esquerda para direita e da direita para esquerda.
- Quantas vezes, doutor?
- Todas as vezes que lhe oferecerem comida.
Dois caipiras se encontram:
- Você soube que o Belarmino morreu? - pergunta o primeiro.
- Não! Morreu de quê?
- Catarata!
- Catarata? Mas que eu saiba catarata não mata!
- É... mas empurraram ele!
Parentesco
O serviçal do conde entra nos aposentos dele e diz:
- Senhor conde, tem um mendigo na porta que diz que é seu parente e que pode provar.
O conde responde:
- Deve ser algum idiota!
O serviçal finaliza:
- Foi o que eu achei, senhor, mas isso não é o suficiente para comprovar o parentesco!
Inteligência “loural”
A loura estava tentando tirar a tampa da Coca-cola e não conseguia.
- Que inferno!
O dono do bar explicou:
- Você tem que torcer.
E a loura, batendo palmas:
- Vamos Tam-pi-nha! Vamos Tam-pi-nha!
sábado, 20 de março de 2010
As historias de família que me contam – 1
Texto de : Cristina Maranhão
Este Joãozinho existe. João é filho único. A coisa que ele mais deseja ter são irmãos. Sempre que encontra com alguma outra criança pergunta se ela tem irmãos ou primos.No ano passado ,ao fazer sua lista de pedidos de Natal, quis dar uma conferida com a mamãe. Ana , a mãe , lavava a louça do jantar, quando o João apresentou sua lista:
_Mamãe , minha lista de Natal está pronta.
_(silêncio)
_Acho que não é complicada...
_(Silêncio)
_ É um presente só para você e o papai, como você falou.
_Que bom ,João!
_Um irmão.
_(Silêncio).
_Tá, pode ser irmã, mas tem que vir com um menino junto.
Diante do silêncio da mãe ,João tentou ajudar:
_Será que voce acha 2 meninos melhor? Vai ver vindo 2 tem desconto...
_Mas que idéia mais maluca,João!
_Ta bom, eu aceito dessa vez um posto de gasolina, mas você tá me devendo irmãos.
Este Joãozinho existe. João é filho único. A coisa que ele mais deseja ter são irmãos. Sempre que encontra com alguma outra criança pergunta se ela tem irmãos ou primos.No ano passado ,ao fazer sua lista de pedidos de Natal, quis dar uma conferida com a mamãe. Ana , a mãe , lavava a louça do jantar, quando o João apresentou sua lista:
_Mamãe , minha lista de Natal está pronta.
_(silêncio)
_Acho que não é complicada...
_(Silêncio)
_ É um presente só para você e o papai, como você falou.
_Que bom ,João!
_Um irmão.
_(Silêncio).
_Tá, pode ser irmã, mas tem que vir com um menino junto.
Diante do silêncio da mãe ,João tentou ajudar:
_Será que voce acha 2 meninos melhor? Vai ver vindo 2 tem desconto...
_Mas que idéia mais maluca,João!
_Ta bom, eu aceito dessa vez um posto de gasolina, mas você tá me devendo irmãos.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Uma ajuda para a sorte – achando um bom marido.
Lendo um artigo hoje, gostei de alguns pontos e como não foi do contexto geral, vou apenas colocar as coisas que realmente acho que fazem a diferença. O que o texto diz nada mais é do que uma conclusão obvia do que as pessoas mais antigas já diziam; só que usando expressões modernas.
Nós aqui como nos preocupamos com a família vamos ressaltar o que de fato pode ajudar a uma moça a conseguir achar o seu par ideal, seu futuro marido, talvez, mantendo as devidas proporções sirva também para os homens arrumarem uma boa esposa. Para se ter uma bela família devemos nos esmerar em ter um belo casal.
1 - Fazer uma lista com as principais coisas que você quer que seu futuro marido tenha - opte por qualidades realmente importantes, como: Temperamento, religião, educação, tipo físico. Que não seja muito grande a lista, no máximo 10 itens.
2 – Em seguida preparar um plano para agir – ninguém encontra a sua”cara metade” em casa. É preciso sair pelo menos 1 vez por semana e escolher eventos que se encaixem no perfil do possível candidato. Quanto a este item, já ouvi muito meu marido dizer que não é em lugares bagunçados que as meninas vão encontrar maridos bons. Então, mãos a obras: Caso o objetivo seja médicos, por exemplo, vá a bares próximos a congressos, ou ir a lançamento de livros se busca um intelectual, o negócio é dar chance a sorte.
3 – Cuidar bem da aparência – Homens gostam de mulheres bonitas, bem arrumadas, cabelos tratados, boa pele. Não é para ser nenjum modelo, mas é bom cuidar bem da aparência.
4 – Sorrir sempre será uma boa arma – portanto uma jovem sorridente, atenta e cara alegre já é um bom caminho para agradar a sua conquista. Mas por favor, sem risadas escandalosas. Normal, natural.
5 – Sair sozinha – também é uma boa opção, muitas moças juntas as vezes ofuscam e não permitem o acesso de um rapaz interessado.
6 – Depois de tudo bem planejado e executado, se o namorado não falar alguma coisa que seja sobre casamento, no período de um ano, saia fora. Isto mostra claramente se ele esta interessado em compromisso sério ou não. E não estando, mostra que não é o homem certo para você.
Nós aqui como nos preocupamos com a família vamos ressaltar o que de fato pode ajudar a uma moça a conseguir achar o seu par ideal, seu futuro marido, talvez, mantendo as devidas proporções sirva também para os homens arrumarem uma boa esposa. Para se ter uma bela família devemos nos esmerar em ter um belo casal.
1 - Fazer uma lista com as principais coisas que você quer que seu futuro marido tenha - opte por qualidades realmente importantes, como: Temperamento, religião, educação, tipo físico. Que não seja muito grande a lista, no máximo 10 itens.
2 – Em seguida preparar um plano para agir – ninguém encontra a sua”cara metade” em casa. É preciso sair pelo menos 1 vez por semana e escolher eventos que se encaixem no perfil do possível candidato. Quanto a este item, já ouvi muito meu marido dizer que não é em lugares bagunçados que as meninas vão encontrar maridos bons. Então, mãos a obras: Caso o objetivo seja médicos, por exemplo, vá a bares próximos a congressos, ou ir a lançamento de livros se busca um intelectual, o negócio é dar chance a sorte.
3 – Cuidar bem da aparência – Homens gostam de mulheres bonitas, bem arrumadas, cabelos tratados, boa pele. Não é para ser nenjum modelo, mas é bom cuidar bem da aparência.
4 – Sorrir sempre será uma boa arma – portanto uma jovem sorridente, atenta e cara alegre já é um bom caminho para agradar a sua conquista. Mas por favor, sem risadas escandalosas. Normal, natural.
5 – Sair sozinha – também é uma boa opção, muitas moças juntas as vezes ofuscam e não permitem o acesso de um rapaz interessado.
6 – Depois de tudo bem planejado e executado, se o namorado não falar alguma coisa que seja sobre casamento, no período de um ano, saia fora. Isto mostra claramente se ele esta interessado em compromisso sério ou não. E não estando, mostra que não é o homem certo para você.
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quinta-feira, 18 de março de 2010
Memórias de um hospital pediátrico, também um negócio de família
Texto da Dra Elaine
Escrevo a pedido da minha dindinha Liana, um pouco do que se vive dentro de um hospital.
Pisei pela primeira vez Instituto de Pediatria da UFRJ em 1995, durante a minha formação médica. Em todos os seus recantos, encontrei a tão rara associação entre a competência técnica e o carinho com os pacientes. Foi fulminante, em 96 quando me formei, fiz a minha opção pela pediatra. Neste mesmo instituto, cursei minha residência de pediatria, aprendi a viver cuidando desses negócios de família... No final da década de 90 tínhamos quase metade dos leitos do instituto ocupados por crianças com HIV, diagnóstico feito no filho, colhia-se exames dos pais e a seguir dar a notícia pra toda família doente e saga que lhes esperava. Graças a Deus, atualmente a incidência desses casos diminuiu, seu tratamento melhorou e as internações são menos freqüentes...
Durante a fase da residência me apaixonei pelo serviço de hematologia, onde um grupo de médicos super cativantes me recebeu e me formou. No IPPMG me tornei hematologista, e para lá voltei assim que houve um concurso público, aí estou até hoje. Na oncohematologia o contexto familiar era outro, era a família desestruturada pelo medo da morte do filho ou pela morte em pessoa, pela dificuldade logística pro tratamento apesar das excelentes chances de cura na infância... A doença é agressiva e o tratamento também. Os riscos são muitos, os cuidados a tomar são muitos para que tudo dê certo e a chance de cura se preserve. A complexidade aumenta exponencialmente quando há problemas sócio-culturais.
Um dia chega ao hospital com febre há 12 horas, um menino portador de leucemia em tratamento conosco. E pergunto à mãe: “- porque você não trouxe o menino na hora que começou? Não te orientamos a vir na mesma hora?” e a resposta é: “-doutora, tava tendo tiroteio no morro, eu não podia sair, assim que acabou eu vim...”. Mesmo entre o risco de morrer por infecção ou morrer baleado, o garoto viveu. A gente vive se equilibrando numa corda bamba bem fina... Outra criança, prescrevemos 8 comprimidos de um quimioterápico 1 vez por semana, a mãe pensa que 8 é muito e diminui para 2 a dosagem por conta própria...
Uma de nossas residentes consegue 25 entradas de cinema para as crianças com câncer do nosso serviço, filme: a era do gelo 3, grupo: Severiano Ribeiro, cinema: Cinemark Botafogo. Festa absoluta, nem as crianças nem suas mães haviam pisado no cinema antes. Logística para organizar, totalmente caseira, eu e cada uma das médicas demos dinheiro para o lanche e ingresso das mães, alguns médicos e enfermeiros da equipe foram ao evento, acompanhando algumas crianças mais graves, levando uma vasta mala de medicações... Sucesso total no evento.
A assistente social repete a dose e consegue uma festa de dia das crianças numa casa de festa na ilha do governador. Totalmente doada pela dona da casa. Dessa eu participei e pude sentir a emoção de ter nossas crianças brincando em todos os brinquedos e engenhocas que há nessas casas de festa que a classe média vai. Também pude sentir o medo de algum passar mal ali e ter que levá-lo de volta correndo, pude com meus braços tirar um da cadeira de rodas e por no simulador de fórmula um. Emoção total.
Assim como foi emocionante ver a doação feita pelo instituto Desiderata que resultou na sala de quimioterapia mais acolhedora e inovadora do Rio, é isso mesmo, não está em nenhum hospital provado, está no nosso, pras nossas sofridas crianças pobres e com câncer. Aquário carioca foi o nome que recebeu essa sala, batizada pelo genial Gringo Cárdia, cenógrafo que doou o seu trabalho e se emocionou ao ver as crianças usufruindo o que ele idealizou.
Quem quiser conhecer mais sobre essa ONG ou até contribuir com ela pode encontrar no site www.desiderata.org.br , vale a pena.
Apesar de todas essas iniciativas, existem problemas muito profundos, os recursos são milimetricamente calculados para que não faltem remédios, e nosso hospital agradece doações de brinquedos e livros infantis para a sala de recreação das enfermarias do hospital (www.recomecar.org.br). Quem quiser doar fraldas, leite em pó, ou mesmo ajudar diretamente às famílias pode contribuir com a organização RECOMEÇAR que apóia o hospital: www.recomecar.org.br .
Sexta feira da outra semana perdemos uma criança que se tratava há 4 anos no hospital de um tumor ósseo. Chorava todo o hospital, da faxineira a moça da cantina, passando pela nutrição, médicos, enfermagem e assistentes sociais. Ninguém resistia aos encantos desse moleque. Há um tempo atrás, ele teve que perder o braço (local onde tinha o tumor). Eu não sabia o que dizer a ele. Sentei com o menino em frente ao computador pra olhar no Google imagens de braços mecânicos, que ele queria saber como eram. E escuto: -“vai ser bom, vou poder andar de bicicleta segurando nos dois lados, esse braço aqui não me deixa fazer isso mesmo...”. E pensei o que eu sentiria se fosse perder um braço... há muito que aprender com as crianças...
Escrevo a pedido da minha dindinha Liana, um pouco do que se vive dentro de um hospital.
Pisei pela primeira vez Instituto de Pediatria da UFRJ em 1995, durante a minha formação médica. Em todos os seus recantos, encontrei a tão rara associação entre a competência técnica e o carinho com os pacientes. Foi fulminante, em 96 quando me formei, fiz a minha opção pela pediatra. Neste mesmo instituto, cursei minha residência de pediatria, aprendi a viver cuidando desses negócios de família... No final da década de 90 tínhamos quase metade dos leitos do instituto ocupados por crianças com HIV, diagnóstico feito no filho, colhia-se exames dos pais e a seguir dar a notícia pra toda família doente e saga que lhes esperava. Graças a Deus, atualmente a incidência desses casos diminuiu, seu tratamento melhorou e as internações são menos freqüentes...
Durante a fase da residência me apaixonei pelo serviço de hematologia, onde um grupo de médicos super cativantes me recebeu e me formou. No IPPMG me tornei hematologista, e para lá voltei assim que houve um concurso público, aí estou até hoje. Na oncohematologia o contexto familiar era outro, era a família desestruturada pelo medo da morte do filho ou pela morte em pessoa, pela dificuldade logística pro tratamento apesar das excelentes chances de cura na infância... A doença é agressiva e o tratamento também. Os riscos são muitos, os cuidados a tomar são muitos para que tudo dê certo e a chance de cura se preserve. A complexidade aumenta exponencialmente quando há problemas sócio-culturais.
Um dia chega ao hospital com febre há 12 horas, um menino portador de leucemia em tratamento conosco. E pergunto à mãe: “- porque você não trouxe o menino na hora que começou? Não te orientamos a vir na mesma hora?” e a resposta é: “-doutora, tava tendo tiroteio no morro, eu não podia sair, assim que acabou eu vim...”. Mesmo entre o risco de morrer por infecção ou morrer baleado, o garoto viveu. A gente vive se equilibrando numa corda bamba bem fina... Outra criança, prescrevemos 8 comprimidos de um quimioterápico 1 vez por semana, a mãe pensa que 8 é muito e diminui para 2 a dosagem por conta própria...
Uma de nossas residentes consegue 25 entradas de cinema para as crianças com câncer do nosso serviço, filme: a era do gelo 3, grupo: Severiano Ribeiro, cinema: Cinemark Botafogo. Festa absoluta, nem as crianças nem suas mães haviam pisado no cinema antes. Logística para organizar, totalmente caseira, eu e cada uma das médicas demos dinheiro para o lanche e ingresso das mães, alguns médicos e enfermeiros da equipe foram ao evento, acompanhando algumas crianças mais graves, levando uma vasta mala de medicações... Sucesso total no evento.
A assistente social repete a dose e consegue uma festa de dia das crianças numa casa de festa na ilha do governador. Totalmente doada pela dona da casa. Dessa eu participei e pude sentir a emoção de ter nossas crianças brincando em todos os brinquedos e engenhocas que há nessas casas de festa que a classe média vai. Também pude sentir o medo de algum passar mal ali e ter que levá-lo de volta correndo, pude com meus braços tirar um da cadeira de rodas e por no simulador de fórmula um. Emoção total.
Assim como foi emocionante ver a doação feita pelo instituto Desiderata que resultou na sala de quimioterapia mais acolhedora e inovadora do Rio, é isso mesmo, não está em nenhum hospital provado, está no nosso, pras nossas sofridas crianças pobres e com câncer. Aquário carioca foi o nome que recebeu essa sala, batizada pelo genial Gringo Cárdia, cenógrafo que doou o seu trabalho e se emocionou ao ver as crianças usufruindo o que ele idealizou.
Quem quiser conhecer mais sobre essa ONG ou até contribuir com ela pode encontrar no site www.desiderata.org.br , vale a pena.
Apesar de todas essas iniciativas, existem problemas muito profundos, os recursos são milimetricamente calculados para que não faltem remédios, e nosso hospital agradece doações de brinquedos e livros infantis para a sala de recreação das enfermarias do hospital (www.recomecar.org.br). Quem quiser doar fraldas, leite em pó, ou mesmo ajudar diretamente às famílias pode contribuir com a organização RECOMEÇAR que apóia o hospital: www.recomecar.org.br .
Sexta feira da outra semana perdemos uma criança que se tratava há 4 anos no hospital de um tumor ósseo. Chorava todo o hospital, da faxineira a moça da cantina, passando pela nutrição, médicos, enfermagem e assistentes sociais. Ninguém resistia aos encantos desse moleque. Há um tempo atrás, ele teve que perder o braço (local onde tinha o tumor). Eu não sabia o que dizer a ele. Sentei com o menino em frente ao computador pra olhar no Google imagens de braços mecânicos, que ele queria saber como eram. E escuto: -“vai ser bom, vou poder andar de bicicleta segurando nos dois lados, esse braço aqui não me deixa fazer isso mesmo...”. E pensei o que eu sentiria se fosse perder um braço... há muito que aprender com as crianças...
quarta-feira, 17 de março de 2010
A mulher bem posta tira o homem da outra porta
Texto de : Maria Teresa Serman
Sempre julguei que essa frase fosse da minha bisavó, matriarca simples do subúrbio, a sabedoria em forma de doce figura. Recentemente descobri que é um ditado castelhano. Nem precisa de explicação, não? Reproduzo, a seguir, um trecho de uma tertúlia (conversa em família) de São Josemaria Escrivá, o "santo do cotidiano", em sua passagem pela América do Sul, falando a homens e mulheres, onde discorre com bom-humor sobre o tema:
-"As mulheres precisam de não fiar-se dos seus maridos, como o sabeis bem. Há um ditado castelhano que exprime esta idéia de modo muito claro: "A mulher bem posta tira o homem de outra porta." De maneira que, ponde-vos bonitas, arranjai-vos um pouquinho. Tendes gosto em apresentar-vos bem elegantes, como quando éreis mais jovens, porque jovens sois sempre."
Não se trata aqui de incentivar a vaidade egocêntrica e o consumismo. A mulher, atualmente, das mais às menos jovens, anda cuidando demais da aparência, valorizando em excesso o corpo, expondo-o demais, até o extremo da vulgaridade. E, com isso, citando uma tia (desculpem o nepotismo), "mostra suas misérias", as físicas e as interiores. Sacrifica, assim, a elegância e a própria beleza, no triste afã de ser "sexy", imperiosa demanda do mundo globalizado.
O mesmo autor continua com maestria:
"(...) o amor é uma coisa tangível; é a alma e o espírito, a conversa, o caráter, a inteligência... E o corpo também,(...). De modo que tendes de cuidar do vosso corpo; sabendo, além disso que, se não o fizerdes, causais um ofensa a vosso marido; e ele a vós. Assim sereis luminosas e alegres."
Não pensem as solteiras que o tema não as acolhe. O conselho vale para todas, e todos, pois os homens também devem valorizar o espírito e cuidar da aparência. No mundo profissional, destacadamente, não só a primeira impressão conta muito - não há porque negar -, como é a garantia de oferecer uma segunda, esta mais profunda e verdadeira. E é essencial para impressionar o sexo posto, no jogo da conquista, que nunca cessa.
Bato mais uma vez na mesma tecla, pois daí sai boa música:
"É uma questão de justiça: totalmente de justiça. Senão, vêm mil perigos para um e para outro, que tendes obrigação de evitar. De modo que não vos apresenteis mal vestidas, mal arranjadas. Além disso, quando passam os anos, é lógico que as "fachadas", que já não são tão novas, precisam de se remoçar um pouco..."
Garotas, nossos creminhos e maquiagem são realmente fundamentais! Há roupas, acessórios e produtos de estética acessíveis a todas, assim como "Esquadrões da Moda", em livro ou programas. Convém ressaltar, acima de tudo que "bem posta" é bem diferente de descomposta.
Que fique claro, assim se constrõem lares felizes e se contribue para a paz familiar, em uma sociedade mais saudável. Avante, mulheres, rumo à "reconstrução"! Homens, escondam seus cartões!
Sempre julguei que essa frase fosse da minha bisavó, matriarca simples do subúrbio, a sabedoria em forma de doce figura. Recentemente descobri que é um ditado castelhano. Nem precisa de explicação, não? Reproduzo, a seguir, um trecho de uma tertúlia (conversa em família) de São Josemaria Escrivá, o "santo do cotidiano", em sua passagem pela América do Sul, falando a homens e mulheres, onde discorre com bom-humor sobre o tema:
-"As mulheres precisam de não fiar-se dos seus maridos, como o sabeis bem. Há um ditado castelhano que exprime esta idéia de modo muito claro: "A mulher bem posta tira o homem de outra porta." De maneira que, ponde-vos bonitas, arranjai-vos um pouquinho. Tendes gosto em apresentar-vos bem elegantes, como quando éreis mais jovens, porque jovens sois sempre."
Não se trata aqui de incentivar a vaidade egocêntrica e o consumismo. A mulher, atualmente, das mais às menos jovens, anda cuidando demais da aparência, valorizando em excesso o corpo, expondo-o demais, até o extremo da vulgaridade. E, com isso, citando uma tia (desculpem o nepotismo), "mostra suas misérias", as físicas e as interiores. Sacrifica, assim, a elegância e a própria beleza, no triste afã de ser "sexy", imperiosa demanda do mundo globalizado.
O mesmo autor continua com maestria:
"(...) o amor é uma coisa tangível; é a alma e o espírito, a conversa, o caráter, a inteligência... E o corpo também,(...). De modo que tendes de cuidar do vosso corpo; sabendo, além disso que, se não o fizerdes, causais um ofensa a vosso marido; e ele a vós. Assim sereis luminosas e alegres."
Não pensem as solteiras que o tema não as acolhe. O conselho vale para todas, e todos, pois os homens também devem valorizar o espírito e cuidar da aparência. No mundo profissional, destacadamente, não só a primeira impressão conta muito - não há porque negar -, como é a garantia de oferecer uma segunda, esta mais profunda e verdadeira. E é essencial para impressionar o sexo posto, no jogo da conquista, que nunca cessa.
Bato mais uma vez na mesma tecla, pois daí sai boa música:
"É uma questão de justiça: totalmente de justiça. Senão, vêm mil perigos para um e para outro, que tendes obrigação de evitar. De modo que não vos apresenteis mal vestidas, mal arranjadas. Além disso, quando passam os anos, é lógico que as "fachadas", que já não são tão novas, precisam de se remoçar um pouco..."
Garotas, nossos creminhos e maquiagem são realmente fundamentais! Há roupas, acessórios e produtos de estética acessíveis a todas, assim como "Esquadrões da Moda", em livro ou programas. Convém ressaltar, acima de tudo que "bem posta" é bem diferente de descomposta.
Que fique claro, assim se constrõem lares felizes e se contribue para a paz familiar, em uma sociedade mais saudável. Avante, mulheres, rumo à "reconstrução"! Homens, escondam seus cartões!
terça-feira, 16 de março de 2010
Por mais crianças no mundo
Texto de: Rafael Carneiro Rocha
A linguagem sobrenatural dá conta do recado: nas últimas décadas, entre alguns outros furtos, o diabo rouba a nossa fertilidade. Ele adora o medo dos indivíduos e goza diante dos receios da nossa civilização. Temos receio de que mais crianças no mundo implicariam em gastos financeiros insuportáveis numa sociedade determinada pelo consumo de tantas técnicas e produtos.
Temerosos e, desde já, confirmando a estatística de termos apenas um vírgula cinco filho, ou zero vírgula alguma coisa se morássemos em alguns cantos da Europa, escravizamos a nossa vontade perante os mais débeis imperativos da civilização. O fato de sequer cogitarmos ter filhos já demonstra a nossa falta de liberdade ou condicionamento alienante ao estado das coisas.
Filhos dão trabalho. Muito trabalho. Crianças são tão ou mais sujeitas do que nós, adultos, aos perigos da existência. Mas o fato é que uma criança a mais no mundo é um gesto criativo a mais, é uma liberdade de existir a mais, é uma doçura a mais – enfim, é sempre algo a mais, um sentido a mais do qual precisamos. Cito, para meditarmos, o comovente parágrafo final de um artigo de Chesterton, Sobre bebês e distributivismo:
"Agora, uma criança é o próprio sinal e sacramento da liberdade pessoal. A criança é uma doce vontade acrescentada para as vontades do mundo. Livremente concebidas pelos pais que, livremente, escolhem protegê-las. Os pais percebem que o encantamento das crianças é uma criação exclusiva, um nascimento próprio que independe de mestre ou senhor. A criança é uma criação e uma contribuição criativa para toda a criação. Elas são muito mais bonitas, maravilhosas, divertidas e surpreendentes do que qualquer história envelhecida ou sonoridades jazzísticas que saem das máquinas. Quando os homens ignoram esse tipo de encantamento e perdem a apreciação de aspectos primários da existência, todo um senso de proporção sobre o mundo vai embora. As pessoas que preferem prazeres mecânicos estão exauridas e escravizadas. Preferem a própria escória da vida àqueles primeiros mananciais da existência. Preferem as últimas, tortas, indiretas, emprestadas e repetidas coisas da nossa agonizante civilização capitalista, do que o único rejuvenescimento possível da civilização. A velha escravidão é abraçada enquanto se esquece que as crianças são a preparação para o novo mundo."
A linguagem sobrenatural dá conta do recado: nas últimas décadas, entre alguns outros furtos, o diabo rouba a nossa fertilidade. Ele adora o medo dos indivíduos e goza diante dos receios da nossa civilização. Temos receio de que mais crianças no mundo implicariam em gastos financeiros insuportáveis numa sociedade determinada pelo consumo de tantas técnicas e produtos.
Temerosos e, desde já, confirmando a estatística de termos apenas um vírgula cinco filho, ou zero vírgula alguma coisa se morássemos em alguns cantos da Europa, escravizamos a nossa vontade perante os mais débeis imperativos da civilização. O fato de sequer cogitarmos ter filhos já demonstra a nossa falta de liberdade ou condicionamento alienante ao estado das coisas.
Filhos dão trabalho. Muito trabalho. Crianças são tão ou mais sujeitas do que nós, adultos, aos perigos da existência. Mas o fato é que uma criança a mais no mundo é um gesto criativo a mais, é uma liberdade de existir a mais, é uma doçura a mais – enfim, é sempre algo a mais, um sentido a mais do qual precisamos. Cito, para meditarmos, o comovente parágrafo final de um artigo de Chesterton, Sobre bebês e distributivismo:
"Agora, uma criança é o próprio sinal e sacramento da liberdade pessoal. A criança é uma doce vontade acrescentada para as vontades do mundo. Livremente concebidas pelos pais que, livremente, escolhem protegê-las. Os pais percebem que o encantamento das crianças é uma criação exclusiva, um nascimento próprio que independe de mestre ou senhor. A criança é uma criação e uma contribuição criativa para toda a criação. Elas são muito mais bonitas, maravilhosas, divertidas e surpreendentes do que qualquer história envelhecida ou sonoridades jazzísticas que saem das máquinas. Quando os homens ignoram esse tipo de encantamento e perdem a apreciação de aspectos primários da existência, todo um senso de proporção sobre o mundo vai embora. As pessoas que preferem prazeres mecânicos estão exauridas e escravizadas. Preferem a própria escória da vida àqueles primeiros mananciais da existência. Preferem as últimas, tortas, indiretas, emprestadas e repetidas coisas da nossa agonizante civilização capitalista, do que o único rejuvenescimento possível da civilização. A velha escravidão é abraçada enquanto se esquece que as crianças são a preparação para o novo mundo."
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