Por Verônica Lunguinho
Depois que passei a entender os males que o feminismo trazem à sociedade, passei a observar no meu cotidiano todos os dias, vários exemplos práticos de como essa ideologia é uma tragédia para homens, mulheres e crianças.
A de hoje, foi a seguinte: fui a uma atacadista fazer compras sozinha. Estou grávida de seis meses. Mas, grávida não é doente, logo, se não houver riscos, pode muito bem fazer compras sozinha. É só não carregar peso excessivo.
Devido ao preço em conta, resolvi comprar um fardo de açúcar, que vem com seis unidades de 5k cada. Logo, um fardo = 30k. Pensei em pegar de um por um, mas havia um rapaz do meu lado e eu resolvi perguntar se ele poderia, por favor, colocar aquele fardo no meu carrinho. “Na hora de colocar no carro, peço a outro e na hora de tirar do carro, em casa, os de casa ajudam”, pensei. O máximo que ia acontecer era eu abrir o fardo depois e colocar os pacotes de um em um, caso ninguém aparecesse para ajudar. O moço colocou e eu agradeci. Passei no caixa. Também não foi preciso retirar o fardo de açúcar do carrinho, pois a operadora de caixa apenas digitou o código e registrou.
Chegou o momento de colocar as compras no carro. Olhei para o lado e: ninguém. Fui colocando as coisas mais leves e que não podiam amassar no banco traseiro. Quando aparecesse alguém, eu pedia o favor. Até que um funcionário da atacadista foi passando e eu o chamei.
- Moço! O senhor pode, por favor, colocar SÓ esse fardo de açúcar aqui no porta-malas pra mim?
Nunca pensei que um pedido tão simples iria me fazer chegar à minha casa e escrever um texto. Mas a resposta dele me obrigou a fazê-lo.
- Olha, acontece que eu não estou no meu horário de trabalho.
Fiquei tão constrangida que fiz um sinal de “pare” para ele com a mão e disse:
- Não! Pode deixar. Pode deixar que eu coloco um por um, eu não quero incomodar o senhor. Longe de mim, imagina.
De fato, eu me senti incomodando. Quem me conhece sabe o quão resistente eu sou a pedir favor, simplesmente porque detesto incomodar. Só que ele voltou atrás, e começou colocando as coisas dentro do carro de uma forma completamente desorganizada. Eu insisti:
- Olha, não precisa, pode deixar que eu vou colocando aos poucos, eu sempre faço isso.
E fui arrumando a bagunça que ele estava fazendo no porta-malas colocando as compras de qualquer jeito.
Enquanto eu arrumava, ele pegou o fardo de açúcar e perguntou se não era melhor colocar no outro compartimento do carro, que era o banco da frente. Até que eu resolvi falar o que geralmente deixo no ar:
- Senhor, eu não te pedi ajuda porque você está de uniforme e é funcionário, mas porque imaginei que você, como homem, tivesse mais força do que eu. Se eu soubesse o quanto eu iria te incomodar, não teria chamado. Olha, pode colocar aqui mesmo, obrigada, viu?
Diante do que falei ele saiu sem graça e eu fiquei perplexa. Se eu estivesse sozinha, sem estar grávida, e aparecesse alguém me oferecendo ajuda, como às vezes acontece, eu teria aceitado e agradecido. Não precisaria pedir. Mas entre mim e aquele porta-malas havia uma barriga com um bebê de seis meses de gestação. É prudente que eu proteja tanto a saúde do bebê quanto a minha, por isso pedi ajuda. Terminei de guardar as compras, entrei no carro e soltei um “OBRIGADA, FEMINISMO!”
Ninguém tem a obrigação de fazer favor a ninguém, mas não entendo porque alguns homens perdem a oportunidade de serem gentis e de reafirmar sua masculinidade.
Só não fiquei mais boquiaberta porque cheguei à minha casa, estacionei e, atrás de mim vinha meu marido, que estava chegando a pé. Sem me perguntar nada ele já foi tirando as coisas do carro e perguntando onde colocar, como sempre faz. Olhei para meu filho de dois anos, passei a mão na barriga, onde está o segundo e pensei: cabe a mim fazer diferente. O desafio é grande...