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segunda-feira, 29 de maio de 2017

9 ideias para crianças na missa

Gostaria de falar hoje sobre crianças na igreja, vejam apenas uma reflexão de mãe.

Sempre levei meus filhos a missa, meu marido e eu nunca deixamos de ir a missa aos domingos, e sempre as crianças iam junto conosco. Desde bem pequeninos. Achava muito importante para que eles crescessem com naturalidade para todas as coisas relacionadas à fé.

Por ter passado, com sucesso por todas essas experiências com filhos de todas as idades, na igreja,  resolvi fazer algumas observações sobre o que  me ajudou e fez toda a diferença, neste assunto.

Para crianças bem pequenas, de zero a dois anos:

  1. A missa não é lugar de recreação. Nem de confraternização de crianças - Lembrar que quando juntamos crianças de várias famílias diferentes, uns atrapalham a calma dos outros.
  2. O ideal seria ficar um adulto em cada ponta do banco, para que os menores tenham um espaço delimitado para se movimentar.
  3. Não importa onde se senta,  nos bancos da frente , se o espaço já estiver delimitado, ou ficar atrás caso ainda não consiga que fiquem limitados a um espaço -  Pensar sempre em participar sem atrapalhar a concentração dos outros presentes.
  4. Pensar nos brinquedos que levam. Levar o mínimo possível, e que sejam objetos que não façam barulho.
  5. Falar baixo e mostrar as imagens,  contar histórias sobre elas - Antes da missa. Isso vai ajudando na concentração deles, conforme vão crescendo. 
  6. Levar  biscoitos, água, mamadeira, (quando tomam leite nela), porque o tempo para eles é muito, para que se mantenham atentos e quietos.
  7. Conscientizar os adultos ao redor para que não fiquem mexendo com os pequenos.
  8. Sendo  família numerosa, que ensinemos aos filhos mais velhos, para que sejam  no futuro os professores dos menores.
  9. A realidade maior é que os adultos é que precisarão educar-se para saber conter seus  filhos pequeninos, e mostrar a eles as verdadeiras virtudes que os filhos necessitarão para a vida inteira. Para crescerem em fé, esperança, caridade e humildade.

Dos casos especiais Deus cuida.  Sempre existirão crianças com dificuldades maiores, mas mesmo estes, com o tempo, vão se acostumando a ficarem quietos e compenetrados.

Tenho certeza que funciona e produz um  efeito positivo para o futuro. Vale a pena investir nestes cuidados na educação dos filhos.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Laudato Si – uma reflexão

Por Wellen Barros

Uma espécie de tratado sobre o homem e sua relação com a tecnologia, numa visão globalizada, assim eu entendo a Carta Encíclica do Papa Francisco.

 Qual seria o ponto central? 

Jorge Bergoglio faz uma abordagem densa e profunda da complexidade que o ser humano está inserido nos dias atuais, porém de forma clara e objetiva, o Papa, vai apresentando vários “caminhos” da globalização, cujo cerne central seja mostrar a raiz humana da crise. Uma espécie de crise de identidade da própria condição humana enquanto Ser.

 O Papa ressalta o modelo equivocado de “valor” que se destaca e ganha força na cultura do descarte sobre a vida das pessoas: “... a isto vêm juntar-se as dinâmicas do *mass media e do mundo digital, que , quando se tornam onipresentes, não favorecem o desenvolvimento de uma capacidade de viver com sabedoria, pensar em profundidade, amar com generosidade. A verdadeira sabedoria, fruto da reflexão, do diálogo e do encontro generoso entre as pessoas, não se adquire com uma mera acumulação de dados, que, em uma espécie de poluição mental, acabam por saturar e confundir...”,  “...Por isso, não deveria surpreender–nos o fato de, a par da oferta sufocante destes produtos, ir crescendo uma profunda e melancólica insatisfação nas relações interpessoais ou um nocivo isolamento”.


 A degradação humana e ambiental ocorrem em conjunto, que desembocam no social. Retomando a ideia inicial podemos dizer que a raiz humana da crise que vivemos hoje está na polarização técno-científico. Onde capitalismo se transforma em recurso de interpretação da vida humana. O ser humano não faz nada sem a técnica, e esta se tornou instrumento fundamental como uma espécie de mentalidade tecnológica.

 A velocidade em que chegam as novidades tecnológicas obriga o ser humano a agir, no seu dia a dia, com essa mesma velocidade; evidentemente esse Ser adoece, pois não foi criado para ser uma máquina. O isolamento gera a apatia que por sua vez é camuflada pela falta de tempo dos afazeres, e as conversas e relacionamentos vão sendo transferidos para o fascínio tecnológico.  Um aplicativo que permite troca de mensagens mais longas, já substitui o telefone ou até mesmo aquela visita tão adiada aquele amigo de tantos anos... 

A conclusão que faço ao ler essa carta, é que o Papa Francisco, clama para a humanidade repensar, com certa urgência, é sobre a ruptura que o próprio homem provocou com suas atitudes entre natureza e humanidade. É preciso ter um pensamento globalizante no sentido humano. Sem desprezar a tecnologia evidentemente, porém o homem para atingir a plenitude enquanto Ser criatura, tem que estar a serviço do outro Ser e se utilizar da tecnologia para um serviço globalizante.

 Termino com uma frase do papa Francisco. “Tudo está interligado, e isto convida-nos a maturar uma espiritualidade da solidariedade global”.