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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

EmContando - I


Estamos iniciando, hoje, uma nova coluna no blog.  O tema será sempre: “histórias”. Contaremos muitas - fictícias e  verídicas. Conversaremos  sobre a origem e a importância delas não somente na formação de nossas crianças, mas no bem que podem  trazer a pessoas de qualquer idade quando bem escolhidas.

Talvez o  título “EmContando” tenha despertado alguma curiosidade. Esse nome também tem história, e  será a primeira que  vou  contar. É com ele  que nos apresentamos a vocês,  queridas e queridos leitores.   Ouçam!  Foi assim:

Era uma vez uma professora de Inglês que estava por se aposentar. Como gostava muito de  letras, palavras, textos, livros.. etc ... procurava uma atividade para substituir ou dar continuidade a suas aulas.

De repente, achou  um folha de jornal  de onde lhe saltou aos olhos um convite. Uma Oficina de Contadores de Histórias teria início daí a um mês, aos sábados.  Agnes , assim ela se chamava, deu um pulo de alegria. Encontrou um tesouro com que nem havia sonhado. A essa oficina seguiram-se muitas outras.  Encontrou  pessoas incríveis, muito hábeis com as palavras e fez novas amizades. Agnes era toda entusiasmo.  Reuniu alguns velhos e novos amigos e daí surgiu um grupo de contadoras animadas a fazer muito sucesso. Faltava ainda um   nome  bem sugestivo para o grupo . Isso foi o mais difícil. Pensamos, pensamos ... Ideias surgiram muitas, mas foi como   procurar um nome perfeito para um bebê que vai nascer.

 Em uma das  reuniões  que se seguiram, uma  de nós - jovem ex-aluna do curso de letras - levantou o dedo, como nos tempos de escola e disse: “Quem conta não encanta?”  Em contar encantamos, ou pelo menos  é o que pretendemos.

Pronto, aí estava o nome do grupo: EmContando. Fizemos até “logo” e camiseta e chegamos a contar histórias, não muitas. O entusiasmo não acabou, mas nossas famílias falaram mais alto.   Contatos, pesquisas, ensaios tornaram-se incompatíveis com  os demais  deveres.

Trocamos então nosso sonho por mediação de leitura em um hospital público infantil. A troca valeu a pena. Durante  dez anos recebemos muito mais do que demos. Não demos nada comparado a que recebemos, em carinho, amizade e lições de vida.   

O EmContando   ficou   a espera de uma nova oportunidade.  Ele queria mesmo é contar e por isso esperou quieto, pacientemente até sair da gaveta para o Blog. Que tal?
Temos certeza que essa nova fase trará muitas alegrias para todos nós.

Até a semana que vem. Um abraço caloroso. Agnes Milley                                                                                                             

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A cruz é o amor de cada dia

Por Maria Teresa Serman

"CONTA‑SE DE UMA ALMA santa que, ao ver como todos os acontecimentos lhe eram contrários e que a uma prova se sucedia outra, e a uma calamidade um desastre ainda maior, voltou‑se com ternura para o Senhor e perguntou‑lhe: Mas, Senhor, que foi que Te fiz?, e ouviu no seu coração estas palavras: Amaste‑me. E encheu‑se de uma grande paz e alegria. "

Quantas vezes, em nossa vida, hoje, ontem, há pouco tempo atrás, nos pegamos interrogando a Deus, sem entender o que fizemos para merecer este grave problema, aquela perda, uma contradição que nos faz sofrer? A resposta desse texto acima é exemplar: amamos a Cristo tão de perto, que Ele nos concede a graça de experimentar, também de pertinho, a Cruz. Não uma cruz qualquer, mas a especial, que nos leva a imaginar, e sentir na nossa pobre medida humana, se aprofundamos, a dor que Ele quis oferecer pela nossa salvação, e que podemos ofertar em holocausto exangue pelos que queremos redimir. Santa Teresa, que tinha visões e conversas místicas com o Senhor, e a quem Ele não poupava em exigências de viajar incansavelmente, mesmo com a sua saúde precária, para reformar e fundar conventos carmelitas, chegou a fazer um comentário mordaz, bem de acordo com seu temperamento forte. Ao reclamar do quanto Ele lhe exigia, sem ao menos curar suas enfermidades, ouviu a resposta: "Teresa, é assim que eu trato os meus amigos."  A santa retrucou: "Por isso é que Tu tens tão poucos amigos!"

Ser "amigo" de Jesus Crucificado não é fácil, mas seu "jugo é suave e sua carga é leve". Não será assim se nos conformarmos, porém, em aceitar resignadamente as cruzes. CRUZES, não contratempos, contrariedades comuns; isso também é utilíssimo para se oferecer, mas não são cruzes propriamente.  Jesus não se contenta com medíocres, com afiliados, simpatizantes, admiradores à distância. Ele demanda cirineus, que não só carreguem mas que se preguem junto com Ele na Cruz Redentora. Não é pouca coisa, não!, como se diz popularmente. É necessário ser herói, heroína, rasgar o coração e abri-lo para  Deus e o próximo.

Falando assim soa dramático, tonitroante, exagerado. Então é preciso destacar que esse heroísmo, que pode parecer assustador e distante da realidade, está, pelo contrário, bem entranhado nas pequenas coisas de cada dia, além das grandes que possam advir. Os pregos que forem enviados são cotidianos, comuns, entram na alma como conta-gotas ou estiletes, tanto faz. Em comum têm todos, de qualquer espécie, origem, tempo, o amor preferencial de Cristo por aqueles que se dispõem a acompanhá-lo  nas pregações pelos caminhos, nos banquetes, no Tabor, na Última Ceia,  no Getsêmani, no Calvário. Sem choramingar, sem vitimismo, com a alegria "dos que se sabem Filhos de Deus", que NUNCA lhes falta. S.Josemaria destacava que "quando parece que tudo vem abaixo, nada vem abaixo", porque "Deus não perde batalhas."

Que fique bem claro: esta é uma mensagem de otimismo, de esperança sobrenatural, de alegria. Sua finalidade é compartilhar e contagiar os corações com o Amor, porque sem Ele nada é possível, nada é bom, nada traz a verdadeira felicidade que se projeta para a vida eterna. Que os nossos dias sejam iluminados pela luz que não se pode esconder debaixo da mesa; nossa vida temperada com o "sal da terra", nós mesmos, que nos alimentamos do Pão do Céu ; que mundo e os que nos rodeiam sejam envoltos na massa fermentada por um elemento fundamental que inflama e desaparece, o Amor de Deus. E que, principalmente, não tenhamos medo à Cruz, porque sem Ela nada pode dar certo. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Poema de S.Bernardo sobre N. Senhora


Coloquei hoje este texto de Maria Teresa Serman ,em homenagem  ao aniversário de meu filho João Bernardo que completa 22 anos hoje. O nome dele homenageia dois grandes santos.

Para quem já conhece rever, e para quem nunca leu conhecer, este é um poema escrito e lido em um sermão, por S. Bernardo de Claraval, cuja festa se comemora no dia 20 de agosto. Ele é também autor da  oração "Lembrai-vos...", que vem a seguir. Ambos são belíssimos e agradam muito à Nossa Mãe, sei por experiência.

"Se se levantarem os ventos das provações, se tropeçares com os obstáculos da tentação, olha para a estrela, chama por Maria.
Se te agitarem as ondas da soberba, da ambição ou da inveja, olha para a estrela, chama por Maria. Se a ira, a avareza, ou a impureza arrastarem violentamente a nave da tua alma, olha para Maria. Se, perturbado pela recordação dos teus pecados, desorientado com a fealdade da tua consciência, temeroso ante a ideia do Juízo, começares a afundar-te no poço sem fundo da tristeza ou no abismo do desespero, pensa em Maria. Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Não se afaste Maria da tua boca, não se afaste do teu coração; e para conseguires a sua ajuda intercessora, não te afastes tu dos exemplos da sua virtude. Não te extraviarás se a segues, não desesperarás se lhe rogas, não te perderás se nEla pensas. Se Ela te segurar a mão, não cairás; se te proteger, nada temerás; não te cansarás, se Ela for o teu guia; chegarás, felizmente, ao porto, se Ela te amparar. (Homilia sobre a Virgem Mãe)

"Lembrai-vos" - Oração de S. Bernardo a Nossa Senhora

Lembrai-Vos, ó piíssima Virgem Maria, 
de que nunca se ouviu dizer 
de que algum daqueles 
que têm recorrido à vossa proteção, 
implorado a vossa assistência, 
e reclamado o vosso socorro, 
fosse por Vós desamparado.
Animado eu, pois, de igual confiança, 
a Vós, Virgem entre todas singular, 
como à Mãe recorro, 
de Vós me valho e, 
gemendo sob o peso dos meus pecados, 
me prostro aos Vossos pés. 
Não desprezeis as minhas súplicas, 
ó Mãe do Filho de Deus humanado, 
mas dignai-Vos 
de as ouvir propícia 
e de me alcançar o que Vos rogo. Amém. 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Sua casa - dicas de Arquitetura e Decoração (parte 3)


Sergio Ricardo disse...
Estou pensando em casar em 2014. Comprei um terreno no bairro de Campo Grande no Rio de Janeiro que tem 35m de frente e 62m de comprimento. Estou pensando em construir uma casa mas não tenho dinheiro para fazer tudo de uma única vez já que o terreno é muito grande.

Alguma sugestão para construir aos poucos e ter algo em que possa morar? Existe alguma solução para fazer uma casa inicial e depois ir ampliando?
Caro Sérgio Ricardo,
Sim é possível construir sua casa em etapas. A vantagem principal segundo suas informações é que o terreno é bastante amplo, generoso em área, o que poderá dar muita liberdade ao arquiteto responsável pela criação.
Parece-me que esta é a questão fundamental: contar com um profissional que planejará a construção em etapas e, mesmo antes disto, conceberá um projeto de arquitetura e paisagismo (dadas as dimensões do terreno) que poderá ser executado em etapas.
Certamente estão publicadas matérias em revistas especializadas sobre experiências de construir a casa em uma, duas ou três fases (algumas vezes em função da disponibilidade financeira, outras de acordo com o aumento da família, etc...). No entanto, mais importante seria realizar – você e sua família -, um breve estudo de como quer a casa (estilo, número de quartos, localização no terreno, etc.), e estabelecer contato com algum profissional para iniciar um processo de discussão sobre projeto e construção.
Apresento um exemplo de projeto em São Paulo em etapas que, em função dos recursos, terreno e programa final (o que a casa teria quando concluída) foi concebida da seguinte forma: a edícula (aproximadamente 100m2), nos fundos do lote, seria na primeira etapa, a moradia. Foi planejada para receber o casal e sua jovem filha, logo após o término da construção – que levaria cerca de 4 a 5 meses para ficar concluída.
Passado algum tempo, se daria início a etapa final, com a construção da casa principal (aproximadamente 300m2) na área central do terreno, sem interferir com a vida e o dia-a-dia da família.
Cada projeto, cada local permite a concepção de muitas – para não dizer infinitas – possibilidades. Cabe acertar na contratação do profissional que será responsável pela criação e planejamento e, sem dúvida, transmitir para ele os desejos e sonhos da família.
Desejo boa sorte e parabéns pela aquisição de uma área como esta que proporcionará especialmente aos seus filhos um convívio muito saudável.
Atenciosamente,
Arq. Christian Michael Seegerer
(Casa em etapas - clique nas fotos para ampliar)








segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A Lenda do Girassol


Era uma vez uma linda estrelinha que se apaixonou pelo Sol. Ela não queria fazer mais nada além de admirá-lo o tempo todo. Mamãe Lua não se cansava de vigiá-la e a dizer-lhe com ternura:

“Filhinha, deixe de sonhar com o impossível. Você é apenas um pontinho luminoso entre milhares que cintilam à noite. Já o Sol é o rei da luz, o senhor do dia. Como vocês poderiam  encontrar-se?  Pare de sonhar, sua tolinha!”

De madrugada a estrelinha teimava em demorar-se no céu  e muitas vezes  ao pôr-do-sol  ela saía antes da hora marcada só para dar mais uma espiadinha   em seu querido Sol.  Mamãe Lua não parava de censurá-la, preocupada com a saúde de sua bela filha.

Mas, um dia, cansada de tanto sofrer, nossa pequena estrela contou sua dor ao rei dos ventos e pediu -lhe que a ajudasse. 

O rei dos ventos pensou um pouco e disse: 

“Para que você possa olhar o Sol, como deseja, é preciso que desça à Terra. Está disposta a fazer tão longa viagem?”

A estrelinha apaixonada  aceitou até mesmo perder sua própria luz só para poder admirar o Sol o dia todo.

O rei dos ventos, então, escondeu-a em seu manto e levou-a para a Terra. Deixou-a às margens de um trigal, justamente quando o Sol despontava entre as nuvens. Uma haste alta a forte levantou a estrela por sobre todas as espigas e, enquanto a sua luz se consumia, seu coração transbordava de alegria.

“Bom dia!” disseram-lhe as flores. Quem é você? , perguntaram.

Mas ela nem sequer ouviu essas palavras tão gentis, pois sua atenção estava toda concentrada no Sol. E foi assim, sem pestanejar que ela seguiu lentamente, com o movimente de sua cabeça, o percurso do gigantesco disco de fogo.  A estrelinha deslumbrada, cujas pontas agora haviam se transformado em pétalas amarelas, ignorava tudo à sua volta. Não via as flores, os pássaros, as espigas, formigas ou árvores..... 

À noite, seus novos companheiros  a cumprimentaram outra vez, mas não sabendo quem ela era nem como se chamava, disseram-lhe:

“Boa noite ...... Girassol!

Fonte: Diversões Escolares – Ano II n.12 - 1961
              Adaptação de Agnes G. Milley

domingo, 26 de agosto de 2012

Pavê de Morangos com suspiros


Uma ótima sobremesa para os amantes do morango. Estamos ainda na época deles.

Ingredientes:
  • Suspiros  - uma bandeja daquelas de supermercado de suspiros médios.
  • ½ pacote de biscoito Champanhe

Creme :
  • ·         1 lata de leite condensado
  • ·         1 medida de leite de vaca
  • ·         1 gema
  • ·         2 colheres de sopa (rasa) de maisena, (dissolvida no leite)
Modo de fazer o creme – leve os ingredientes ao fogo mexendo sempre até engrossar – reservar.

  • Suco de 2 laranjas
  • 2 caixas de morangos lavados e levemente picados.
  • 500ml de creme de leite fresco
  • 5 colheres de sopa de açúcar de confeiteiro ou glassucar ( já fiz com açúcar comum peneirado).
MODO DE FAZER:
Bata o creme de leite fresco com o açúcar até o ponto de chantilly e reserve.

Montar:
1ª camada de biscoito champanhe
2ª creme –  Ir respingando aos  pouco sobre os biscoitos.
3ª camada – por cima colocar suspiros, um ao lado do outro.
4ª camada - morangos levemente picados.
5ª camada – colheradas de suco de laranja puro.
Repetir as camadas até acabarem os ingredientes,
Por cima de tudo colocar uma camada de Chantilly e enfeitar com morangos abertos no meio.

sábado, 25 de agosto de 2012

A birra de nossos Pequenos

Por volta de seus quatro anos de idade, minha linda bonequinha tornou-se uma criança chorona e birrenta. Devo confessar que não foram poucas  as  ocasiões  em que ela conseguiu entornar minha paciência. O verbo que melhor conjugava, tanto na forma afirmativa como na negativa era “querer”.  “Quero...”, Não quero ...”  eram seus refrões  preferidos.

Um dia cheguei em casa  fervendo por dentro. Acabara de voltar de uma reunião que só me causou decepção e raiva.  Minha esperta menininha deve ter percebido   a   disposição  de sua mãe e  logo aprontou! Dali pra frente foi só birra!

Penitencio-me até hoje por ter  passado dos limites ao tentar   “discipliná-la”. Fui dura demais! Entrei no meu quarto  e chorei. Chorei muito! Definitivamente, não sabia nem como educá-la  nem  como   controlar me.

Até então não havia me lembrado de pedir ajuda a Deus em tais situações. Pedi e esperei. A resposta veio em forma de pergunta:  “Afinal, qual de nós duas era a mais velha? Qual de nós duas deveria  mudar o modo de agir ou de reagir? De quem deveria partir o primeiro passo? Dela?  De forma alguma.

No dia seguinte procurei um ombro amigo. Dona Lubélia, como uma boa mãe, sorriu com doçura, pôs a  mão no meu braço e simplesmente disse: “Filha, uma só coisa é necessária. Olhe sua filha bem nos olhos e deixe-a  entender o quanto você a ama.”

Não sei dizer   que práticas educativas eu adotei depois disso, porque não me lembro. Isso foi há tanto tempo  e a vida era tão difícil! Tenho certeza,  porém, de uma coisa: a sabedoria divina me guiou e fez-me intuir os próximos passo. O fato de estar mais relaxada e  confiante tornou  tudo mais fácil.

 A menininha cresceu, tem um menino de 4 anos, e a história  se repete. Meu neto   também é   birrento, mas  agora  não sou eu quem procura as respostas. A mãe  tenta  espelhar-se na Super-Nanny da TV e sabe também quanto os educadores modernos insistem na importância de se usar de firmeza, persistência e sobre tudo de muita coerência.  Desenvolver empatia com a criança é essencial. Procurar colocar-se no lugar de seu menino, de sua menina e tentar compreender os seus motivos é imprescindível.  Aí sim, ser firme, persistente e     muito coerente pode fazer  a diferença. Que o Sim seja sim e o  Não seja não, com muita coragem e amor.

 Dizem que na casa de vovó “pode tudo”, mas não é bem assim. Distraímos os pequenos  e  com muito jogo de cintura  tentamos tirá-los do foco da birra   antes que ela vire um episódio.   Contudo, temos   a consciência de que a posição de vovó é bem mais confortável.

Comentário:  Mamães de muitos filhos  teriam    muito mais  que dizer a esse respeito, com toda a certeza.  Só podemos admirá-las e com a nossa solidariedade desejar que acertem os passos com seus pequenos ditadores.
                                                                                               Agnes G. Milley

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Vale a pena assistir: AUNG SAN SUU KYI - Prêmio Nobel da Paz em 1991.


" THE LADY"("Além da Liberdade").
Recomendação de Patricia Carol Dwyer, cinéfila assumida!


Um filme que conta a vida de vários heróis da mesma família,  THE LADY (Além da Liberdade), é uma surpreendente cinebiografia, dirigida por Luc Besson, tendo como atriz principal, Michelle Yeoh, rodado na Tailândia e com filmagens secretas em Mianmar. Paisagens deslumbrantes do início ao fim!

O filme termina sem mostrar uma das maiores conquistas de Aung San Suu Kyi, hoje com 67 anos, ocorrida no mês passado: ela pôde finalmente voltar à Inglaterra, após 24 anos. 

Narra a fantástica estória dessa birmanesa, vencedora do Nobel da Paz em 1991, que lutou pela liberdade como seu pai, um general, fizera antes e morrera por isso, tentando levar a democracia para o país, em 1991, ainda Birmânia, hoje, Mianmar. Em 1988, era dona de casa em Londres, casada com um Inglês, professor universitário, e tinham 2 filhos.  

Precisaram ficar vários anos sem se verem, após ela ter voltado ao seu país para cuidar da mãe que estava à morte. A partir daí, um turbilhão de desgostos e emoções instalou-se em sua vida, culminando numa prisão domiciliar de 21 anos, até ser liberada pela influência de presidentes, diplomatas, políticos poderosos, principalmente pela atuação incansável de seu marido, Dr. Micky  Adris.

Um dos destaques mais emocionantes é a "escolha de Sofia" que a heroína precisou fazer. É uma história de amor pela família e pela pátria, um exemplo de FORÇA E PUREZA INTERIOR da família toda, lutando juntos e se sacrificando pessoalmente por UM BEM MAIOR. Um grande exemplo de virtudes.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

FOLCLORE para pequenos e grandes de todas as idades


O Brasil é gigantesco e  bonito como que!   As artes, os  usos e  os costumes de cada pedacinho de nosso país,  bem  misturadinhos , num grande caldeirão, formam nosso  rico  e  belo folclore. Por exemplo:
 
Macaxeira, jerimum, zabumba, farol ...  são palavras que  não usamos aqui no Rio de Janeiro, mas fazem parte da língua portuguesa  e são bem conhecidas  .  “Nana neném.....”,    “Atirei o pau no gato to ....” e “Cai,cai balão ...”são  cantigas de ninar,   de roda e de Festa Junina.    Samba, frevo e forró são ritmos e danças populares.    Feijão tropeiro,  acarajé,  cocada e carne de sol,... quem  já não os experimentou ?  O gaúcho, lá no Rio Grande do Sul, usa bombacha   e toma chimarrão. Saci, mula sem cabeça  e lobisomem  assustam   muita gente ainda hoje . E as histórias? A festa de Céu é uma delas. Lendas, então , há milhares. 

Nossos índios, há muito tempo atrás,   viam o céu, o sol, a lua, as estrelas, as águas e as florestas como um grande mistério. Não havia quem lhes explicasse  a origem de todas essas maravilhas.  Não sabiam  de onde vinham dos bichos e as plantas que os alimentavam, nem as ervas que curavam suas doenças. Como terá  aparecido o fogo que os aquecia?   Criavam , então, histórias  fantásticas para explicar todos esses fenômenos. Os velhos  das tribos contavam essas histórias que depois foram passadas de pais para filhos até chegarem a nós. 

 E, como cada um que conta um conto acrescenta um ponto, as histórias foram ficando um pouco diferentes com o passar do tempo . Vamos dar um exemplo:   Foi o sapo que foi à Festa no Céu  escondido na viola do urubu ou foi o jabuti?   Ninguém sabe, mas não importa. As duas versões    são boas e  divertidas.

Algumas tribos indígenas  acreditavam que a noite  saiu de um coco tucumã onde estava presa com grilos, morcegos e sapinhos. Antes disso só havia o dia. Não havia noite. Era a Cobra Grande que guardava o  coco no fundo do rio.

Outros acreditavam que ,um dia, o Sol e a Lua eram  noivos, mas esse casamento    teria sido impossível, pois o sol queimaria a terra e a Lua de tanto chorar,   apagaria o fogo com suas lágrimas, mas inundaria tudo.  Teria sido  um desastre. A Lua então continuou a chorar de saudades do Sol e tantas lágrimas derramou que acabou formando o Rio Amazonas.

Diziam alguns que os urubus  eram os donos do fogo por muito tempo , mas  que um índio muito esperto enganou-os fingindo-se de morto e roubou uma brasa com que fizeram uma grande fogueira e a partir daí puderam aquecer-se no inverno e cozinhar seus alimentos.

 Na imaginação de muitas tribos, a Vitória Régia, era   uma jovem  índia , muito bonita,que acreditava ser a Lua um belo guerreiro e   sonhava casar-se com ele. Um dia viu o reflexo da lua no rio e pensando que iria enfim encontrar-se com seu  amado guerreiro, mergulhou para não mais voltar.  Foi , então, transformada na mais bela flor das águas do grande Rio Amazonas e suas pétalas se abrem todas as noites de lua cheia para receber o sorriso da Lua.  

Bem, tudo isso é Folclore, mas trovas e trava-línguas também são. Que tal dizer bem rapidinho:
“Quando digo digo,digo digo, não digo Diogo e quando digo Diogo, digo Diogo e não  digo, digo.”   
E quem não conhece a  mais famosa de todas as par lendas: Uni duni tê   
                                                                                                              Salamê minguê               
                                                                                                               Um sorvete colore
                                                                                                               O escolhido foi VOCÊ   
Agnes G. Milley