Minha cabeça gira frenética, num sentido anti horário, parece que o
tempo quer voltar: gira, gira, para ver o que já passou e o que posso
melhorar.
Lembranças? Talvez. Consertar? Quem sabe.
Tudo indica que é para as lembranças aflorarem ao pensamento, e
chegar em forma de contos. Assim sendo busco na mente algum nexo nessas
lembranças.
Esse gira gira começou tarde, a noite; então me recordo de ter
prometido aos filhos escrever um livro sobre “ tudo às onze horas”.
Sempre falava que neste horário tudo piorava com eles, ou criava algum problema por volta desta hora da noite.
Saio mais uma vez busca de respostas, e decido ir ao hospital ver
o porquê desses sintomas em mim. Vamos, uma das filhas e eu, a uma
emergência, e como em 80% das vezes saímos sem ser nada de grave, isto
se repete mais uma vez. Graças a Deus.
A verdade vem à tona: é uma labirintite! Que tempo voltando que
nada, os líquidos desequilibraram e tentaram me pregar uma peça. Mas,
tudo isso serviu para me lembrar da promessa: hoje começo!
Todas essas histórias sempre começam dramáticas, mas no final, até
hoje tem finais felizes. São pequenos contos do ordinário da vida, de
uma família bem grande, fatos que serviram pra nos unir ainda mais. Caso
não sirvam pra nada pelo menos servirão para rir.
Começo aqui, então, a contar situações familiares, como for me lembrando, sem ordem cronológica. Quem sabe servirão para outras famílias também numerosas sentirem-se solidarizadas e acolhidas ao passarem por situações semelhantes.
Aguardem.