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quarta-feira, 30 de junho de 2010

Pedir e conceder perdão

Por Maria Teresa

Não se assustem com o que vou reproduzir em seguida, não é uma aula de religião. Só aproveito o texto do evangelho de uma missa de domingo, que é muito conhecido, inclusive entre os não praticantes. É o episódio da mulher pecadora, que entra em uma casa onde Jesus estava comendo, lava os pés de Cristo com perfume e lágrimas, e seca-os com seus cabelos. No fim, o Senhor, depois de aproveitar para destacar a atitude nada gentil do seu anfitrião para com Ele, despede-a com Seu perdão.

Vale a pena ressaltar a coragem da mulher, audácia mesmo, tendo-se em conta o papel subalterno das mulheres naquele tempo, e ainda mais se tratando de alguém sabidamente no mau caminho. Ela não se amedrontou com o dono da casa, um respeitado fariseu ( em sentido bíblico, não atual ); não ligou para sua própria má fama; fez ouvidos surdos aos comentários e zombarias que teve que enfrentar, certamente. Só lhe importava o Mestre e sua conhecida misericórdia. Só lhe interessava pedir e receber perdão.

Eis o cerne da questão, de fundamental importância em nossas vidas, em especial nas relações familiares. Saber pedir e conceder perdão. Exige várias atitudes internas em primeiro lugar. A base é a HUMILDADE de reconhecer que erramos todos, sempre e muito. Não só os outros, os filhos, os pais, o marido, a mulher, os avós. Gostamos de nos iludir com a pseudo-relevância dos erros dos demais. Os nossos, esses são sem importância, não? Afinal, os filhos são tão malcriados, o marido tão insensível, a mulher tão implicante! Somos sempre vítimas, nunca algozes.

Para perdoar também é vital a humildade de perceber que “todos nós sem exceção”, somos capazes de misérias, atos vergonhosos, descalabros, palavras insensatas. E combinar a essa certeza a decisão de trancar e jogar fora a chave do "arquivo de agravos" que insistimos em preservar, como um tesouro que nos fornece, quando precisamos, a informação que vamos usar, no momento que nos interesse, para manipular a culpa de um familiar. Nisso, vamos confessar, nós, mulheres, somos inigualáveis. " Acabei de lembrar do que você fez( ou falou ) no dia tal, a tal hora, em tal lugar! " Todas se reconhecem nessas palavras, é ou não é?

GENEROSIDADE é esquecer, porque existe total incoerência na frase " Eu perdôo mas não esqueço! " Dá pra ter harmonia, viver em paz, assim?! É fundamental também apagar da memória o próprio erro perdoado, para não carregar o fardo pesado da culpa.

A última virtude a ser cultivada para perdoar e pedir perdão é o OTIMISMO. Vem depois, quando reconhecemos que vamos errar de novo, ainda que nos proponhamos sinceramente a não fazê-lo, nós e os outros. Somos humanos, falhos. Ele traz a esperança de recomeçar, contando com a ajuda dos que nos amam e que amamos, pois a cidade não dividida, unida, alcança a vitória.

Desse modo, como a pecadora bíblica, lavamos nossa alma no amor e seguimos em frente, todo dia, renovados pelo perdão.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Meditação sobre a vingança

Por Rafael Carneiro da Rocha

No dia a dia, eu escuto relatos de pessoas que criam mecanismos de certa forma razoáveis para justificar aflições.

Podemos citar o exemplo de alguém que planeja uma vingança, ou descontar um mal sofrido. Fulano deita na cama e se amargura porque foi maltratado. Seu pensamento se aprimora quando, no encadeamento das associações, ele descobre de forma racional que não poderia jamais passar por tal situação. Para este sujeito, é razoável pensar em alguma forma de reparar o mal que sofreu. Porém, no razoável esquema mental dele, aquela dor só poderá ser reparada com algum tipo de violência. É preciso que o outro sofra na pele o mal que causou para, no jogo plausível da causa e consequência, os esquemas da razoabilidade humana serem completados.

As relações entre homens são quase todas elas mediadas por essas tentativas de vinganças. É por isso que o mundo, muitas vezes, pode ser descrito como um vale de lágrimas. Pouca gente tem o esclarecimento de que a violência só deixa de afligir o ser quando ela é interrompida no gesto do autossacrifício. É um esclarecimento difícil para muitos, porque se não houver uma forte disposição de ter caridade, o indivíduo pode somatizar a violência para si em ressentimentos ou mesmo em doenças.

Nessas dores tão comuns da vida de todos, eu diria que uma das grandes lições de Cristo ainda é uma novidade para o mundo. Algo quase inédito, que precisa ser descoberto com bastante carinho. Saber amar os inimigos não é, necessariamente, manter relações afetuosas com eles; mas buscar com eles uma empatia pelo fator humano que nos torna semelhantes. Do mesmo modo que eu já errei com outros, as pessoas também podem errar comigo. E da mesma forma que fico contente com o perdão dos outros, eu posso fazer o bem com o gesto de perdoar.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 48)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem à vontade nossas amigas.

Irmãos gemeos
1 - J. diz: Como devemos educar os irmãos da mesma idade, gêmeos? Quando entram na adolescência eles querem um pouco mais de individualidade? Agora eles têm 10 anos e ainda fazem tudo juntos.
RESP: Caro Sr.J.
Não só na Adolescência, mas os gêmeos, como as outras crianças, sempre necessitam ser tratadas individualmente, pois são personalidades únicas, distintas, singulares- todos temos impressões digitais irrepetíveis...
Bom que fazem todas as atividades juntos, e pode ser que desejem continuar assim- não será estranho. Se cada qual optar por ter seus próprios amigos mesmo que sejam amigos comuns aos dois, também será muito bom. Observem bem as características deles, gostos, aptidões, tendências. Que não se vistam iguais- os pais devem permitir que escolham suas próprias roupas, brincadeiras. Estudam na mesma sala? Gostam?
Fazem tarefas escolares juntos? Cada qual deve ter sua mesa e objetos pessoais separados porque isto ajuda a se desembaraçarem e revelarem traços pessoais de ordem, capricho, organização, etc.
Tarefas em casa são sempre muito importantes assim como não compará-los ! São DOIS, duas PESSOAS e é bom lembrar a todos na família e entre familiares...
Fico às ordens para eventuais complementações!
Atenciosamente, Mannoun

Menstruação e TDAH
2 - L.diz: Minha filha tem 13 anos tem TDAH e ainda não menstruou. Isso é normal?

RESP: Cara Sra L.
A menstruação tem mais a ver com traços familiares, especialmente com o lado materno -com a idade em que a mãe, tias, avó, também menstruaram.
Em geral, até os 16 anos a menstruação pode ocorrer e só depois desta idade é que encaminhamos à Ginecologistas ou Endocrinologistas.
Certamente ela faz uso de medicamentos para o TDAH e se estiverem muito ansiosas, mãe e filha, conversem com seu medico(a) assistente e ficarão mais tranqüilas .
Verifiquem primeiro as datas em que ocorreu a menarca nas mulheres da família , ok ?
Um abraço, Mannoun

Adolescente sem amigos
3 - A. diz: Como ajudar minha filha adolescente que não tem amigos? Ela muito fechada, é estudiosa,tira boas notas.Mas me preocupa estar sempre sozinha, as colegas só a procuram quando precisam de ajuda nos estudos.

RESP: A., sua filha tem mais irmãos? Quem mais na família tem temperamento semelhante?
O fato dos colegas a procurarem para serem ajudados é um bom sinal de que ela não é tão fechada assim - quem sabe um esporte coletivo ajudaria? Volei, basquete, futebol, dança...
Quando os colegas vierem à sua casa, aproveite e faça um lanche, convide-os , coloque música, crie um clima de acolhida e entretenimento para que eles vejam sua filha com outros olhos . Aproveite para despertar neles o gosto por ajudarem outras pessoas, como uma visita a um Orfanato, Creches, casas de Idosos, que organizem uma Gincana para recolher brindes e levarem a estes locais...
Adolescência é uma fase em que a generosidade e o espírito de solidariedade estão muito vivos e só necessitamos dar idéias e eles abraçam com gosto! Boa sorte e pode voltar a falar quando desejar.
Atenciosamente, Mannoun

domingo, 27 de junho de 2010

Omelete de última hora

Quando chega uma visita inesperada ou quando os filhos trazem seus amigos para o almoço e você nem imaginava, neste momento é necessário usar de muita criatividade para servir a todos sem passar vergonha. É bom ensinar a garotada a avisar antes de levar os colegas para casa. Mas de qualquer maneira vamos a uma dica pra resolver este problema de última hora:

Omeletes variadas

Ingredientes básicos:
-três ovos
-1/2 copo americano de leite
-sal a gosto

Modo de Preparo
Bata os ovos, claras e gemas juntas, até ficarem homogêneos juntos com o sal, o leite, depois de bem batidos acrescente uma colher rasa de sobremesa de farinha de trigo, continue batendo.
Depois de tudo bem misturado pode-se acrescentar:

1 cebola média bem picadinha
1/2 pimentão verde
1 tomate médio
1 colher (chá) rasa de orégano
1 colher de sopa de queijo ralado

Pique bem a cebola, o pimentão e o tomate, sem sementes. Misture como se fosse um vinagrete.Junte o orégano e o queijo ralado, acrescente tudo aos ovos já batidos.
Em uma frigideira, coloque óleo, cobrindo o fundo da frigideira. Depois de bem aquecido o óleo, coloque a mistura de ovos com os temperos. Frite em fogo brando, para que vá cozinhando por dentro. Use uma frigideira média. Ao verificar que a massa esta dourada do lado de baixo, vire para um prato e depois retorne a frigideira para que frite do outro lado também. Deixe dourar dos dois lados e retire do fogo.

Dica: É bom cobrir a frigideira com uma tampa durante o tempo de fritura, para que a massa cozinhe por dentro, mas sempre olhando para que não queime.
Recheios alternativos:

• Frango desfiado com temperos
• Presunto picadinho com queijo picado e orégano
• Sobrinhas de legumes cozidos bem picadinhos e temperos

Não há quem resista a uma omelete bem caprichada e tão fácil de preparar. Pode enfeitar o prato com folhas de alface e raminhos de salsa.

sábado, 26 de junho de 2010

Montando um teatrinho com as crianças

Com a chegada do inverno, precisamos de mais imaginação para conter a garotada dentro de casa nas horas mais frias. Uma sugestão que toma um bom tempo e ao mesmo tempo diverte a todos é teatrinho de marionete.

Podemos construir tudo em casa sem muitas despesas.
É bom antes de mais nada ter em casa uma caixa para guardar sucatas, como sobras de cartolinas, caixinhas de fósforos vazias, rolinho do papel higiênico, revistas velhas, etc. Tudo isso sempre terá utilidade nestes dias chuvosos e frios.

Material para o teatro:
1 caixa de sapatos
Palitos de churrasco
Papel

Canetas coloridas
Estilete
Fita adesiva


Como fazer:

1 - Escolham um tema para a peça

2 - Em seguida, eles devem desenhar o cenário onde acontece essa história, no tamanho do fundo da parte interna da caixa de sapatos.

3 - Faça o teatro:
Apóie a caixa na mesa, em uma das faces laterais, cole um cenário que já deve ter sido desenhado e colorido pela garotada, de acordo com o tema da peça. Cuidado para não deixá-lo de cabeça para baixo.
Posicione-se de frente para o desenho, depois de colado e, com o estilete, faça uma abertura na face da caixa que está apoiada na mesa (a abertura deve ser paralela ao fundo da caixa, onde está o desenho.

4 - Peça para as crianças imaginarem uma história.

5 - Peça, então, para ele desenhar os personagens dessa história.

6 Recorte cada personagem e cole na extremidade dos palitos com fita adesiva.

7 - Agora Através dessa abertura, a criança coloca os palitos (por dentro) e movimenta os bonequinhos de um lado para o outro do cenário. Agora é só fazer uma linda apresentação!
Caso queiram que o teatro fique mais incrementado, pode enfeitar a parte de fora também, conforme a dica da figura.

8 -Depois de tudo pronto, manipule os personagens por dentro da caixa.

Reúna os amigos, faça uma pipoca com chocolate quente, invente uma historinha e brinque até cansar!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

A importância de aprender uma segunda língua

Por Agnes G. Milley

Até o final do século XIX, aprendia-se um segundo ou terceiro idioma com o objetivo principal de ler as obras da Literatura Universal em sua versão original.

No século XX, as duas Guerras Mundiais ampliaram essa busca do conhecimento de outras línguas, pois os exércitos e as populações precisavam comunicar-se. Além de ler, falar a língua estrangeira tornou-se muito importante. Linguistas debruçaram-se sobre o problema e desenvolveram técnicas de ensino que vêm sendo aprimoradas até hoje. Esse estudo envolve, atualmente, universidades, editoras, livrarias e um sem número de professores em todo o mundo, gerando empregos e fazendo circular enormes somas de dinheiro.

A industrialização, o progresso tecnológico e o turismo suscitaram a criação de novos termos e linguagens próprias de cada uma dessas áreas. Como poderíamos inserir-nos nesse novo mundo sem dominar uma ou mais línguas além da que herdamos de nossos pais?

Como professora de Língua Inglesa, a experiência e a observação levaram-me a defender uma posição em relação a esse aprendizado: quando nossas crianças começam a frequentar cursos de línguas aos sete, oito anos de idade, elas tendem a se cansar por volta dos quatorze, quinze anos, sem ainda dominarem suficientemente o idioma. Quando chegam ao vestibular, o curso de línguas passa a ter, para elas, importância secundária. Depois, a faculdade toma todo o tempo, e, formados, os nossos jovens não têm mais tempo. Começam a vida profissional sem a proficiência exigida pelo mercado de trabalho.

Tenho conhecimento de já há anos atrás sobravam centenas de bolsas de estudo oferecidas pelo Conselho Britânico. Os candidatos eram aprovados nas matérias específicas de suas áreas, mas faltava-lhes fluência em inglês.

Sugiro que nossas crianças nadem, joguem bola, brinquem, e, mais tarde, façam um curso mais intensivo, quando, então, seu progresso será mais palpável.

Caro aluno, uma vez terminado o curso e com o certificado nas mãos, não pare! Leia sempre, ouça música, escreva e mantenha correspondência com pessoas que morem fora, e BOA SORTE!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Para viver um grande amor – 14 - "Casal D.e M."

Aproveitamos o título do poema tão conhecido para fazer uma homenagem a grandes e profundos amores, que vêm sendo testados em anos de convivência. São amores que originaram famílias, alicerçadas pelo compromisso renovado de continuar juntos, apesar dos "perigos desta vida". A paixão não acabou, se tornou forte e agregou filhos, parentes e amigos. Ver o que deu certo para muitos pode suscitar novas idéias para revigorar os laços do casal e da família.

Vejam a nossa décima quarta entrevista:

O casal não será identificado pelos nomes, para evitar uma exposição maior.

Casal D. e M. responde:


1) Como você conheceu sua esposa (seu marido)? Demorou muito para começarem a namorar?
A primeira vez que tive contato com Maurício foi em 1975. Estava no meu primeiro ano da faculdade e, como a maioria dos estudantes, tentava conseguir uma carona para voltar para casa. Estava com uma das minhas melhores amigas. Tivemos sorte, eu principalmente, não só de conseguir uma carona para a Tijuca, como conhecer o M.
Ele estava fazendo mestrado e o carro era um Gordine. Naquele dia foi só papo de carona, um muito obrigada e tchau.
Meses depois nos encontramos, por acaso, no clube Monte Sinai e aconteceram papos, reencontros, amizade e, em março de 1976 começamos a namorar.

2) Quando se casaram e como foram os primeiros tempos de casamento?
Casamos em 04/07/1978. O M. tinha acabado o mestrado e começou a dar aulas na Universidade e eu estava no quarto ano da faculdade. Planejamos ter filhos depois que eu me formasse. Assim, nos primeiros três anos fomos só nós dois, muito estudo, muito trabalho e cuidar da casa. Tínhamos faxineira uma vez por semana e fazíamos juntos o resto do serviço. O F. nasceu em 1981, trazendo muita alegria para nós.
Como todo início de casamento, existiram ajustes e muitos beijinhos.
3) Como você se definiria como esposa – suas qualidades e em que aspectos você pretende melhorar?
Uma esposa que ama muito o seu marido e tenta fazer e ser o melhor possível para que ele seja feliz.
4) O que vocês fazem para alimentar e melhorar o relacionamento nestes anos de matrimônio?
Um bom relacionamento se nutre com muito amor, paciência, tolerância e respeito.
5) Dizer os anos de casados.
São, graças a Deus, 32 anos juntos.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Papo mulherzinha

Por Maria Teresa

Tem dias em que a gente precisa refrescar a cabeça. E há vários "métodos" femininos de conseguir isso. Um deles é bater perna no shopping, com uma amiga ou sozinha mesmo. O objetivo não é comprar, só encher os olhos de futilidade, roupas, sapatos, bolsas, maquiagem, creminhos, sei lá, mil coisas. Qual a mulher que não arranja, de vez em quando, um tempinho pra mergulhar no mundo do consumismo, ainda que fechando a carteira? Como já deu pra perceber, o papo de hoje é confessadamente mulherzinha.

O frio insuspeito nesta época do ano fez as mulheres correrem para as botas, acompanhadas de variadíssimas meias. Tem bota pra todo gosto e perfil. Cada uma mais linda que a outra, nos seduzindo nas vitrines. A vantagem é que a mesma bota pode ser usada ano após ano, pois, a não ser por variações sutis, os modelos não mudam muito. Portanto, se você tem uma guardada e ainda não colocou pra arejar e polir, e saiu com ela, está perdendo tempo precioso. Os homens adoram bota, observe. Então, uma mulher que não tem uma é literal e figurativamente uma mulher desbotada.

Outro item são as roupas, nos elegantes tons da estação, os casacos que só usamos pra viajar a lugares mais frios, agora imprescindíveis nesta temperatura baixa. Sem esquecer das echarpes, cachecóis e pashminas, que dão um toque aconchegante, e elegante, ao conjunto. Sei que todas sabem o que é pashmina, uma manta tipo chale, mas é preciso informar bem aos leitores(masculinos) do blog. Vou reproduzir um pequeno texto que esclarece isso e aprimora nossa cultura geral. Até na futilidade adquirimos conhecimento, viram?

"De origem controversa, a palavra pashmina possui várias explicações. Uns dizem que vem da palavra Persa para lã, outros que deriva da palavra ipashami que significa se refere a fina lã da Chvangrai, a cabra selvagem do Himalaia ( Capra Hibiscus Ibex) . Em princípio, o uso da pashmina era reservado à nobreza. Tudo começou com uma peça shahtoosh , a mais fina de todas as tramas de pashmina. Por volta do século XVIII quando o governador da Caxemira presenteou um visitante de Bagdá com um desses belos xales que este tecido tornou-se conhecido dos ocidentais. Esta peça terminou nas mãos de Napoleão Bonaparte que o deu a sua esposa Josephinne. Esta, por sua vez, demandou peças de todas as cores possíveis dando início, assim, à paixão ocidental pela pashmina.

A suavidade da pashimina é devido ao tipo e a grossura do pelo usado na sua confecção. Esta fibra possui uma grossura inferior a 15 microns de diâmetro, o que é bastante significativo quando consideramos que o fio de cabelo humano possui uma grossura de 75 microns. Cada cabra selvagem produz de 80 a 100 gramas de pashmina por ano. Por outro lado, o shahtoosh é consideravelmente mais fino e leve que a pashmina, podendo uma manta deste material, passar facilmente por dentro de um anel. Shahtoosh é uma combinação da palavra persa Sha que significa “Rei” e toosh “xale”. Estes maravilhosos e cobiçados xales tem sido produzidos em Caxemira e disputados pelos nobres e poderosos por muitos séculos.

As "nobres" brasileiras já podem encontrar pashminas importadas, as dignas do nome, em lojas variadas, até nas mais populares. São coloridas ou neutras, algumas estampam os motivos delicados de seu país de origem, a Índia. Já o shahtoosh é mais raro, e muito mais caro, não é à toa que os dois adjetivos rimam.

Por hoje é só. Se gostarem do "papo mulherzinha", digam, que na próxima podemos trazer modos diversos de usar a pahmina.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Impressões de férias

Por Rafael Carneiro Rocha

Para quem pode, as férias de julho estão chegando. E, lendo a recente crônica da Liana sobre a viagem da sua família para o sul do Brasil, eu me lembrei de alguns passeios. No período de férias viajávamos, de duas a três famílias, para algum canto do litoral brasileiro.

Uma das coisas que mais me divertiam era o fim do dia na estrada, quando procurávamos um local para dormir. Havia uma expectativa em cada cidadezinha: "será que encontraremos um hotel razoável"? Às vezes, os hotéis eram autênticas espeluncas; às vezes, eram bons até demais. Uma vez, passamos a noite num dos melhores hotéis de Palmas, no Tocantins, e eu lamentei não ter conhecido a piscina, pois partiríamos bem cedo, no dia seguinte.

Obviamente, quem viaja de carro está sujeito a se perder pelas cidades desconhecidas. Mas, no caso da minha família, havia quem achasse isso o melhor da viagem. Quando perdíamos numa cidade, desencontrávamos um carro do outro, ou pegávamos uma rodovia errada, o meu avô se divertia, pois era uma oportunidade surpreendente de conhecer mais, de passear mais e de ter mais histórias para contar.

Com o passar dos anos, na medida em que os jovens iam crescendo, passou a ser inconcebível a idéia de vários adultos passarem dois ou até três dias num carro de passeio para uma longa viagem de 10 a 15 dias. Hoje, as viagens em comboios de família pelas rodovias brasileiras são apenas lembranças. Dificilmente, viajarei novamente com aqueles mesmos parentes e amigos. Mas guardo boas risadas das confusões, dos desencontros e do stress de cada viagem.

Quando voltávamos para casa, eu sempre lia o "Guia 4 Rodas" que o meu pai levava no carro. E vendo todas as possibilidades de destinos, eu me distraía da melancolia do fim de passeio. Pensava sempre que a melhor viagem ainda estaria por vir.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 47)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem à vontade nossas amigas.

Cuidados na adolescência

1 – J. R. diz:Minha filha tem 10 anos e gostaria de saber o que devo fazer pra prepara-la para a adolescencia. A que médico devo levá-la e quais providencias devo tomar para esta fase.
RESP:Cara Sra J.R.
Se reside em grande centro, existem médicos que tratam especificamente de Adolescentes, mas o Pediatra de sua filha pode perfeitamente continuar a acompanhá-la.
O preparo mais importante é sua vivência em casa - tarefas que ela deve realizar, estudos, horários- para acordar e dormir, estudar, passear, praticar esportes, alimentar-se direitinho, conviver em família, ter amigas e amigos que freqüentem sua casa e que os pais se conheçam, conheçam os hábitos, valores...
Sejam amigas, troquem ideias, riam juntas, divirtam-se em família. O EXEMPLO é sempre o melhor educador!
Leia, por favor, respostas à perguntas semelhantes à sua, acessando neste blog, - Adolescência- perguntas e respostas e pode também, se desejar, ler um pequeno livro que escrevi e que se chama " Amar os adolescentes" , da Editora Quadrante, de São Paulo. Pode solicitar pela internet, ok ? Fico às suas ordens, Mannoun

Qual é a altura ideal do adolescente?
2 – A. diz: Como posso fazer meu filho crescer mais um pouco, ele esta com 15 anos e é muito baixo e os amigos ficam rindo dele. Eu e o pai somos medianos, e os outros dois filhos têm por volta de 1 metro e 70 centímetros. E ele com 15 anos tem 1,55.

RESP: Caro A.
Vale a pena levar seu filho a um Endocrinologista para avaliar sua curva de crescimento ( sua idade ajudará muito ), detalhes de saúde e para verificar através de exames complementares se há necessidade ou não de tratamento , além de orientar sobre o que fazer e como.
Sugiro que não dêem muito valor em casa à diferença de estatura com os irmãos e colegas- creio que o fato citado " de que os amigos ficam rindo dele " é mais sério do que crescer ou não, porque ninguém gosta de sentir-se motivo de risadas e brincadeiras, especialmente aos 15 anos ...
Incentivem os esportes, mostrem a ele aspectos de profissões onde a estatura não importa tanto, evitem comparações e, sobretudo, vocês próprios como pais tentem tirar a importância excessiva de ser mais alto ou menos alto...
O que de fato importa no ser humano é seu valor, sua dignidade, suas virtudes e não o aspecto físico...
Esta é, a meu ver, a tarefa mais importante da família!
Fico às ordens para maiores detalhes, Mannoun

domingo, 20 de junho de 2010

Para viver um grande amor – 13 - "Casal C.e J."

Aproveitamos o título do poema tão conhecido para fazer uma homenagem a grandes e profundos amores, que vêm sendo testados em anos de convivência. São amores que originaram famílias, alicerçadas pelo compromisso renovado de continuar juntos, apesar dos "perigos desta vida". A paixão não acabou, se tornou forte e agregou filhos, parentes e amigos. Ver o que deu certo para muitos pode suscitar novas idéias para revigorar os laços do casal e da família.

Vejam a nossa décima terceira entrevista:

O casal não será identificado pelos nomes, para evitar uma exposição maior.

Casal C. e J. responde:


1) Como você conheceu sua esposa (seu marido)? Demorou muito para começarem a namorar?
Nós nos conhecemos em Londres, depois de uma apresentação indireta de uma amiga em comum. Começamos a namorar uma semana depois.

2) Quando se casaram e como foram os primeiros tempos de casamento?
Casamos um ano depois, tendo namorado muito pouco, (pela distância, o Z. morava na Bahia, e eu, no Rio. Fomos morar no sertão da Bahia e, nos primeiros anos, conseguimos com naturalidade e amor contornar todas as dificuldades comuns de um início de vida a dois.

3) Como você se definiria como marido – suas qualidades e em que aspectos você pretende melhorar?
Defino-me como exigente nos deveres de um casal, no que dá início à formação de uma família.
Como meta para melhorar, procuro me dedicar ao crescimento das virtudes: mansidão, PACIÊNCIA, cordialidade, tolerância.


4) O que vocês fazem para alimentar e melhorar o relacionamento nestes anos de matrimônio?
Não fazemos nada, acreditamos na FORÇA do sacramento matrimonial.
5) Dizer os anos de casados.
Temos 33 anos de casado e testemunhamos que o casamento quanto mais velho, MELHOR é.

Vocês podem ver as outras entrevistas clicando na palavra entevista, logo abaixo.

sábado, 19 de junho de 2010

Livro: A Alma da Escola do século XXI

Lançamento do Livro: A Alma da Escola do século XXI

Autor: João Malheiro de Oliveira

O blog negócios de família tem o privilégio de contar com esse emérito educador, professor João Malheiro, como colaborador. E hoje parabenizamos o autor por esta sua obra singular de suma relevância para os educadores/pais e professores, pois vem ampliar as opções de que a tarefa pedagógica está sempre carente.

Segue apreciação feita pela professora Maria Judith da Costa Lins, membro da Academia Brasileira de Educação:

A ALMA DA ESCOLA DO SÉCULO XXI - Como Conseguir a Formação Integral dos Alunos
“O autor João Malheiro reuniu nesta coletânea 25 artigos que têm como ponto em comum a Educação, notadamente aquela realizada pela escola, embora muitas vezes se dirija também aos pais, responsáveis primários que são pela educação. Todos os artigos já foram publicados em jornais ou periódicos científicos, no entanto, sabemos que pela contribuição que podem oferecer merecem a edição em livro de modo a alcançar um público ainda maior.

A profunda preocupação do autor com a qualidade da Educação em todos os sentidos se expressa nos diferentes títulos dos artigos aqui agrupados. A motivação para esta cuidadosa elaboração, desde a escolha dos temas de cada capítulo na época em que foram escritos, é contagiante, e prontamente o leitor se volta para os textos. Os artigos podem ser selecionados, cada um para sua leitura independente, conforme os temas e os objetivos, sem que seja necessário se prender a uma sequência, e assim o leitor sempre encontrará afirmativas importantes concernentes à alma da escola para o século em que vivemos.

Ter em mãos um livro que se propõe a discutir sobre tópicos escolares de uma forma séria somente pode trazer aos professores, que são os educadores especialmente preparados para esta tarefa, um sentimento de agradecimento ao autor. Livros que analisam situações escolares são sempre ricos para todos que estão empenhados em fazer de seu trabalho educativo algo realmente de valor. Poderá ser muito útil para organizar debates em sala de aula”.
O livro é da editora CRV

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Histórias do cotidiano de uma família numerosa - Viagem inesquecível

Existem fatos nas nossas vidas que se tornam inesquecíveis e depois do tempo passado viram histórias divertidas e bons motivos para umas risadas gostosas.

Não posso me esquecer de uma viagem, eu, grávida da nona filha, com meu marido, meu pai e mais 5 filhos. Os outros maiores não puderam viver esta gostosa aventura, não estavam de férias como os menores.

Fomos ao sul do país e na volta resolvemos passar em Florianópolis. Tínhamos um carro grande de 8 lugares, muitas bagagens e bastante ânimo pra seguir viagem, já ao entardecer. Meu pai topava tudo e ainda incentivava a prosseguir viagem até o escurecer: com certeza acharíamos alguma cidadezinha com um bom hotel pela frente, antes de chegar ao nosso destino.

Passamos por Lages em SC, seguimos e daí pra frente noite aberta e nada! Nenhum lugar com sinal de haver uma pensão sequer. Até que resolvemos entrar numa cidadezinha que avistamos ao longe e fomos à busca de um hotel.

Conseguimos algo parecido com hotel, muito simples, pelo visto era típico para caminhoneiro.

Alojamos-nos em três quartos, sendo que um com banheiro e para os outros dois o banheiro era coletivo, no corredor. Meu pai ficou com o único menino que estava conosco e as duas mais velhas ficaram num quarto sozinhas, com muitas recomendações da minha parte para que trancassem bem a porta e não abrissem pra ninguém. E eu e meu marido ficamos com as duas menores junto de nós.

Antes de dormir fomos ver se conseguíamos jantar ou um lanchar, mas não havia nada, encontramos por fim um barzinho onde a moça gentilmente resolver fazer uns ovos mexidos para que todos comessem com pães. Pela fome e pela hora, ninguém reclamou de nada e comeu com vontade o suculento lanche.

De madrugada, acordei com meu marido cheio de dores por conta do colchão que de tão fino chegávamos a sentir o estrado da cama! Insones, com dores, esperamos o dia clarear pra seguirmos viagem.

Pela manhã houve um motim das crianças, recusaram-se a tomar o café da manhã da pensão, era um bule de café com leite e pão seco. Sob protestos da garotada fomos colocar as bagagens no carro e, ao abrir o porta-malas, foi para o chão um garrafão de vinho que papai comprou nas terras de Bento Gonçalves. Vinho para todo lado, dentro e fora do carro. Colocamos assim mesmo as bagagens e tocamos a estrada pra frente, exaustos e reclamando do local e da noite mal dormida.

Ao chegarmos a Floripa uma surpresa: tudo estava sob as águas, a lagoa da Conceição e a pista à sua volta era tudo água. Foi uma noite de tempestade na cidade e tudo amanheceu alagado.Com muito custo chegamos a um restaurante e fizemos uma bela refeição.

Alimentados e alegres, tivemos que constatar a graça que foi ter onde passar a noite, apesar de todos os pesares, sem os incômodos da enchente. Só tivemos que agradecer a Deus pelo hotel zero estrelas!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Para viver um grande amor – 12 - "Casal H e P"

Aproveitamos o título do poema tão conhecido para fazer uma homenagem a grandes e profundos amores, que vêm sendo testados em anos de convivência. São amores que originaram famílias, alicerçadas pelo compromisso renovado de continuar juntos, apesar dos "perigos desta vida". A paixão não acabou, se tornou forte e agregou filhos, parentes e amigos. Ver o que deu certo para muitos pode suscitar novas idéias para revigorar os laços do casal e da família.

Vejam a nossa décima segunda entrevista:

O casal não será identificado pelos nomes, para evitar uma exposição maior.

Casal H e R responde:


1) Como você conheceu sua seu marido ? Demorou muito para começarem a namorar?
Conheci meu marido na minha casa, era colega de turma do meu irmão no Colégio Militar. Ficamos amigos e demorou um ano para namorarmos.

2) Quando se casaram e como foram os primeiros tempos de casamento?
Foram muito felizes, nos primeiros quatro anos tivemos duas filhas e, aos seis anos de casado, o terceiro filho.Passamos por mudanças de cidade desde o primeiro ano, o R. por dificuldades na carreira, eu, com os filhos pequenos e com o marido (piloto) viajando muito para cumprir suas missões operacionais; mas sempre fomos muito unidos.
3) Como você se definiria como esposa– suas qualidades e no que você pretende melhorar?
Bom, eu sou como uma esposa feliz e fiel, realizada com o lar que construí. Estou lutando com meu temperamento, procurando viver mais a virtude da temperança para não aborrecer meu marido com bobagens, e saber lidar com a ausência dos filhos de casa, estamos só os dois no Rio. É o período do ninho vazio... Procuro ocupar-me com coisas boas.

4) O que vocês fazem para alimentar e melhorar o relacionamento nestes anos de matrimônio?
Para manter nosso amor, respeitamos muito um ao outro, conversamos, saímos sempre juntos, gostamos de cinema , de viajar também.

5) Dizer os anos de casados.
Somos casados há 31 anos.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Homem e a máquina a seu serviço

Mudanças na sociedade são visíveis quando um aplicativo para IPhone , sobre cozinha de emergência, passa a ocupar o primeiro lugar no ranking de aplicativos.

Um objeto muito usado por adolescentes e jovens adultos,( na sua maioria), demonstra que nós pais precisamos rever conceitos e voltar a ensinar aos nossos filhos as famosas prendas domésticas. Ninguém vive sem comer.

Filhas e filhos precisam aprender a cozinhar para sobreviver e, por alguns anos passou a ser tabu dar estes ensinamentos aos filhos.

Nos nossos tempos modernos cada vez menos temos tempo para dar a atenção devida aos filhos e a formação geral acaba ficando pendente em muitos assuntos, e neste momento então entram as máquinas substituindo o homem em muitas coisas.

Não sei se isso é bom ou ruim, só o tempo poderá nos dizer isso, mas tenho certeza de que enquanto o Homem se omite nos seus deveres para com a formação de seus filhos, as máquinas cumprem mais do que satisfatoriamente seu papel, servindo e apoiando.

Este programa foi feito por mim e pelo meu filho, engenheiro de computação, com a colaboração da minha nora e as receitas da minha mãe. As pessoas estão gostando muito, porque ensina o básico e de forma clara bem explicadinha. Não tem o que errar e é isso que todos querem: Comer sem sofrer!

Não deixe a vida te levar

Por Maria Teresa

Não dá pra levar a vida

"Deixa a vida me levar, / vida leva eu!"

A canção de Zeca Pagodinho é uma delícia de se ouvir e cantar. O ritmo é contagiante, sua interpretação, magistral.
Contudo, a letra não é apenas a de um sambinha gostoso. Carrega e transmite uma mensagem muito profunda, em que podemos meditar e tirar conclusões. Parece, a princípio, uma ode ao otimismo, um hino à tranqüilidade. Claro que devemos ficar felizes com o que Deus nos deu. Até aí, está ótimo. Só que contentar-se, simplesmente, não basta, é medíocre e empobrece a alma.

Acomodar-se ao compasso da vida significa enterrar os talentos que o próprio Deus nos deu. Um programa atual de TV, que trata de estética feminina, se apresenta com uma frase interessante: "O tempo transforma a gente, a gente transforma o tempo." Não sei se o verbo é esse ou se é "mudar". Prefiro transformar porque significa ir além da forma, transcender.

E isso remete à vida, à transformação que imprimimos nela. "Sê útil, deixa rastro" - esta é a mensagem. Vamos levar a nossa vida deixando uma marca transformadora. Em nós mesmos, em primeiro lugar; nos outros, próximos ou distantes, logo a seguir. Podemos empreender tal missão, e não é menos do que isso, fazendo bem o que nos compete a cada momento, sem deixar nosso posto familiar, profissional, social. A ansiedade leva à expectativa falsa de que faríamos melhor, teríamos mais sucesso, se nos pudéssemos ser uma outra pessoa, em outro país, com uma trajetória diversa.

Fazer o que devemos e estar no que fazemos é o jeito de levar a vida agradecendo o que o Pai nos concedeu, com alegria e espírito de serviço. Afinal, a história reconhece e admira os que amaram com audácia e abundância. Esses perduram na memória das gentes de modo estimulante. Pois só desse modo a vida traz felicidade e nós conseguimos comunicá-la aos outros.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Guia da Copa do Mundo para desinteressados em futebol

Por Rafael Carneiro da Rocha

Parece estranho neste país do futebol, mas muitas pessoas não acompanham o esporte, não torcem para nenhum time e não dão a mínima para a Copa do Mundo. Penso como deve ser difícil para essas pessoas lidar com a euforia reinante. De um modo geral, os brasileiros só ostentam bandeiras e patriotismos de quatro em quatro anos, às vésperas da Copa.

Porém, eu preparei aqui algumas frases triviais que podem contribuir para que os leitores desinteressados em futebol possam se sair bem nas rodas sociais contagiadas pela Copa do Mundo.

É bem provável que você escute comentários sobre o Dunga. Este sujeito é o técnico da seleção brasileira. Você, que não tem a menor idéia se o treinador é motivo de elogios ou críticas, apenas diga: "É... Na verdade, o Dunga montou um time com jogadores de sua confiança. Definitivamente, não são os melhores, mas pode ser que o grupo surpreenda".

Se conversarem sobre os favoritos para ganhar o torneio, você pode dizer o seguinte: " Os favoritos são os times de sempre, que já ganharam Copas: Brasil, Itália, Alemanha, Argentina... Mas pode ser que nesse ano, a Espanha, que está com um time muito forte, ganhe a Copa".

Outra coisa importante: por mais desinformado que você seja, a rixa entre brasileiros e argentinos no futebol é de conhecimento de todos. Caso escute algum comentário sobre a seleção argentina, o melhor a se dizer é algo do tipo: "Bem... na minha opinião, em termos de talentos individuais, o time da Argentina é muito bom. Eles tem muitos craques. Mas o time ainda não inspira muita confiança e o Maradona parece não ser um técnico constante. De qualquer forma, eles são favoritos".

É isso! No fundo, desejo mais boa sorte para você, uma pessoa desinteressada em futebol, do que à seleção brasileira. Imagino como deve ser difícil aturar tanta gente fissurada por 22 homens, e uma figura com um apito na boca, correndo atrás de uma bola.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 46)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem à vontade nossas amigas.

Depressão na adolescência?
1 – M. G. diz: Como saber se o que a minha filha tem é depressão ou não. ela tem momentos de grande irritação, agressividades constantes e em outros momentos total apatia. Moro numa cidade grande, mas convivemos num círculo limitado, somos militares e por isso fica difícil fazer um tratamento sem que os outros saibam. Conto com a sua orientação. Ela tem 15 anos e é filha única, não pudemos ter outros filhos.
RESP:Cara M.G.
Não tenha receio de levar sua filha a um bom profissional médico - vale a pena esclarecer se o que ela apresenta é um quadro transitório de Adolescente, filha única, que talvez viva mais isolada ou se realmente é uma depressão. Isto porque hoje são muitos os recursos de que dispomos e a idade dela facilita sucesso com o tratamento.
O fato de morarem em conjunto de militares não invalida a consulta - vocês podem procurar, por exemplo, se moram no Rio, o Hospital Universitário do Fundão, o Fernandes Figueira no Flamengo ou da UERJ no Maracanã, que contam com Ambulatórios de Adolescentes e não há porque comentar com as pessoas onde foram e porque.
As duvidas torturam desnecessariamente todos vocês. Ânimo e para frente ! Continuo à sua disposição, Mannoun


Adolescente com TOC?
2 - A. diz: Minha filha tem mania de arrumação, chego a sentir vergonha quando estamos em lugar público e ela vê algo fora do lugar, sai arrumando, endireitando. Ela tem que ver tudo certinho e se reclamo fica irritada e diz que é um absurdo um quadro torto ou um livro invertido numa estante. Isso é normal ou é alguma psicose?

RESP:Caro A,
Não sei a idade de sua filha, mas sua descrição faz pensar na Síndrome do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) que é bastante sensível ao tratamento e proporcionará um grande alívio a todos porque se os familiares sofrem ao vê-la, ela sofre mais ainda porque são atitudes rituais que independem da vontade.
É mais freqüente na população do que se imagina e as pessoas ficam rotuladas como maníacas, excêntricas, esquisitas etc. e poderiam perfeitamente ser tratadas!
Boa sorte e busque logo um bom profissional que cuide de sua filha. Atenciosamente, Mannoun