Por Maria Teresa
Tem dias em que a gente precisa refrescar a cabeça. E há vários "métodos" femininos de conseguir isso. Um deles é bater perna no shopping, com uma amiga ou sozinha mesmo. O objetivo não é comprar, só encher os olhos de futilidade, roupas, sapatos, bolsas, maquiagem, creminhos, sei lá, mil coisas. Qual a mulher que não arranja, de vez em quando, um tempinho pra mergulhar no mundo do consumismo, ainda que fechando a carteira? Como já deu pra perceber, o papo de hoje é confessadamente mulherzinha.
O frio insuspeito nesta época do ano fez as mulheres correrem para as botas, acompanhadas de variadíssimas meias. Tem bota pra todo gosto e perfil. Cada uma mais linda que a outra, nos seduzindo nas vitrines. A vantagem é que a mesma bota pode ser usada ano após ano, pois, a não ser por variações sutis, os modelos não mudam muito. Portanto, se você tem uma guardada e ainda não colocou pra arejar e polir, e saiu com ela, está perdendo tempo precioso. Os homens adoram bota, observe. Então, uma mulher que não tem uma é literal e figurativamente uma mulher desbotada.
Outro item são as roupas, nos elegantes tons da estação, os casacos que só usamos pra viajar a lugares mais frios, agora imprescindíveis nesta temperatura baixa. Sem esquecer das echarpes, cachecóis e pashminas, que dão um toque aconchegante, e elegante, ao conjunto. Sei que todas sabem o que é pashmina, uma manta tipo chale, mas é preciso informar bem aos leitores(masculinos) do blog. Vou reproduzir um pequeno texto que esclarece isso e aprimora nossa cultura geral. Até na futilidade adquirimos conhecimento, viram?
"De origem controversa, a palavra pashmina possui várias explicações. Uns dizem que vem da palavra Persa para lã, outros que deriva da palavra ipashami que significa se refere a fina lã da Chvangrai, a cabra selvagem do Himalaia ( Capra Hibiscus Ibex) . Em princípio, o uso da pashmina era reservado à nobreza. Tudo começou com uma peça shahtoosh , a mais fina de todas as tramas de pashmina. Por volta do século XVIII quando o governador da Caxemira presenteou um visitante de Bagdá com um desses belos xales que este tecido tornou-se conhecido dos ocidentais. Esta peça terminou nas mãos de Napoleão Bonaparte que o deu a sua esposa Josephinne. Esta, por sua vez, demandou peças de todas as cores possíveis dando início, assim, à paixão ocidental pela pashmina.
A suavidade da pashimina é devido ao tipo e a grossura do pelo usado na sua confecção. Esta fibra possui uma grossura inferior a 15 microns de diâmetro, o que é bastante significativo quando consideramos que o fio de cabelo humano possui uma grossura de 75 microns. Cada cabra selvagem produz de 80 a 100 gramas de pashmina por ano. Por outro lado, o shahtoosh é consideravelmente mais fino e leve que a pashmina, podendo uma manta deste material, passar facilmente por dentro de um anel. Shahtoosh é uma combinação da palavra persa Sha que significa “Rei” e toosh “xale”. Estes maravilhosos e cobiçados xales tem sido produzidos em Caxemira e disputados pelos nobres e poderosos por muitos séculos.
As "nobres" brasileiras já podem encontrar pashminas importadas, as dignas do nome, em lojas variadas, até nas mais populares. São coloridas ou neutras, algumas estampam os motivos delicados de seu país de origem, a Índia. Já o shahtoosh é mais raro, e muito mais caro, não é à toa que os dois adjetivos rimam.
Por hoje é só. Se gostarem do "papo mulherzinha", digam, que na próxima podemos trazer modos diversos de usar a pahmina.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário