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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Por onde andam as boas maneiras?

Por razão de uma pequena cirurgia que precisei fazer, depois de passar alguns dias, comecei a refletir sobre a graça que é termos amigos e parentes que nos visitam e nos fazem algum agrado numa ocasião como esta, de desconforto físico. 

Atualmente, mesmo com os meios de comunicações abundantes, vemos menos ainda estes detalhes de carinho e atenção com o enfermo. Então, em conversa com uma amiga, sobre o assunto, ela me enviou este texto que coloco abaixo. Não sei a autoria, porém sei que é bem antigo, visto a maneira tão incisiva de tratar do assunto de boas maneiras com doentes e com as felicitações. Atualmente, já me sentiria bem acalentada um telefonema ou até mesmo um Whatssap. Vamos repensar o que segue com nossos filhos e marido.

“Na vida social, as visitas tem grande importância. Conciliam os ânimos, estreitam os vínculos de amizade e aumentam os conhecimentos. É importante, pois, saber algumas regras a esse respeito.

Fazem-se visitas de parabéns ou pêsames aos amigos, por alguma prosperidade ou infortúnio que lhes tenha acontecido. Tem-se ainda maior obrigação de visitar os amigos ou conhecidos gravemente enfermos; é acima de tudo uma obra de caridade. O doente, uma vez restabelecido, deve apressar-se em retribuir a visita.

Possivelmente as visitas devem ser retribuídas no prazo de oito dias. Se não for possível, é necessário apresentar as devidas desculpas.

Para fazer visitas devem-se procurar as horas oportunas a quem recebe. Por isso, nem muito cedo, pela manhã; nem muito tarde, a noite; nem na hora das refeições ou de funções religiosas nos dias santos. 

As visitas de cumprimentos e felicitações devem ser breves, ainda mais se quem recebe está muito ocupado.

Em visitas, não se fala na beleza de pessoas ausentes, na riqueza das casas de outras pessoas, ou no brilho de diversões alheias. Esses louvores sobre outras pessoas ausentes podem desgostar os presentes.”

terça-feira, 18 de abril de 2017

O Tempo e a família numerosa

Ter uma família numerosa é ter um moto contínuo, onde o tempo passa com mais velocidade, tudo acontece ao mesmo tempo, dando essa sensação de extrema velocidade. As necessidades são para agora, já, e sendo que para vários ao mesmo tempo.

Quando surge a questão: preciso levar fulano ao dentista, logo mais três se pronunciam que estão com dor aqui ou ali. O siso de um dói, o outro está com um dente mole e por aí seguem as necessidades de todos. Lá vamos nós então ao dentista com três ou quatro a tira colo. Deveria existir um plano família para estes casos, como não há, lá se vai um rombo no orçamento. Aprendemos com isso a remanejar verba dentro do orçamento familiar para que cheguemos ao final do mês ainda com saldo positivo, ou pelo menos pouco no negativo. (acho que um presidente deveria sair de uma família numerosa).

Quando na família têm-se muitas mulheres, as necessidades sempre aumentam, acabam os usos das fraldas, começam o dos absorventes. A quantidade de shampoo que se gasta é um diferencial nas despesas. Outras necessidades que surgem com muitas mulheres em casa são: a de fazer unhas, sobrancelhas, cabelos, depilações... , mas ao mesmo tempo as alegrias e movimento na casa também multiplicam, as meninas são mais faladeiras, não deixam faltar assunto durante refeições, e deixam a casa mais movimentada. 

Os meninos, por sua vez, faz o tempo voar com suas artes e confusões, a cada dia criam novas ideias para burlar regras e inventar novas peraltices. Quando temos em casa meninos e meninas é possível ver bem claro suas diferenças, até nas artes que fazem.

Enquanto todos aprontam, pai e mãe correm contra o tempo para prover as necessidades da casa e dos filhos e ainda arrumar tempo para namorar e curtir um ao outro. Não falta emoção, a palavra monotonia não existe, a cada dia temos novidades, coisas a comemorar, assuntos a resolver, sofrer com quem sofre e rir com quem se alegra. 

O tempo precisa ser administrado bem, priorizar tarefas para que no final de cada dia todos tenham seus cuidados. A criatividade cria asas e aprendemos a nos multiplicar e a ser feliz nas pequenas coisas do dia a dia.

A frase: “conheça a vida selvagem: tenha filhos” não se aplica a uma família numerosa, o correto dizer é: “ conheça a felicidade: tenha filhos”!