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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Os Benefícios dos Métodos Naturais – A Saúde do Casal

Por Luciana Aguilar*
Os Métodos Naturais, como forma de planejamento familiar, trazem diversos benefícios para a família e a sociedade. No texto anterior* apontamos os benefícios para o relacionamento familiar, tanto o conjugal quanto com os filhos. Dentre outros benefícios, o acompanhamento e a supervisão da saúde do casal, tanto do homem quanto da mulher.

O primeiro benefício à saúde é o conhecimento dos corpos feminino e masculino, e, principalmente, da fisiologia de seus aparelhos reprodutores. Ao conhecer o próprio corpo e a do cônjuge, a vivência da sexualidade e do planejamento das gestações torna-se mais consciente – o casal compreende melhor as causas e consequências das decisões tomadas. Ademais, essa vivência permite a elaboração de uma relação mais respeitosa consigo e com o esposo, sabendo dos limites e desejos estabelecidos pelo corpo.

Para a mulher, o acompanhamento de seus ciclos menstruais permite a percepção de possíveis problemas ou irregularidades no ciclo. Conforme mudanças de padrões aparecem, ou novidades como corrimentos e sangramentos, ela pode concluir que há algo errado e, com isso, procurar um profissional de saúde. A prática de anotar os sinais que o corpo oferece da fertilidade, bem como os diferentes sintomas (dor de cabeça, enjoos, oscilações emocionais, peso etc), permite a construção de um relatório quase que completo da saúde da mulher.

Ainda para a mulher, os Métodos Naturais não a tornam dependente de qualquer medicamento ou dispositivo, não alterando o funcionamento de seu corpo, tampouco trazendo toda carga de efeitos colaterais e reações adversas que o uso de destes elementos pode acarretar. Também não impõe a necessidade de cirurgias ou procedimentos cirúrgico - que trazem riscos e, em alguns casos, não podem ser revertidos.

O homem também se beneficia do uso dos Métodos Naturais, por que não? O conhecimento do próprio corpo faz com que o homem se volte para a sua saúde, coisa bem rara nos hábitos masculinos. Mais que isso, ao observar a mudança do ritmo de sua vida sexual, as suas necessidades e demandas, o homem é capaz de desconfiar de algum problema em sua saúde, em especial, os problemas hormonais. Fora isso, há ainda a possibilidade de perceber problemas relacionados à fertilidade quando, mesmo a mulher tendo seu ciclo regular, o casal não consegue engravidar.
Desse modo, o uso dos Métodos Naturais de planejamento familiar permite ao casal o autoconhecimento e do cônjuge, e com isso, o acompanhamento da saúde de ambos. Serve de auxílio na percepção de problemas da saúde, não só a sexual e reprodutiva, mas a saúde global de cada um.

No próximo texto, apresentaremos os benefícios sociais decorrentes do uso de Métodos Naturais.

*Luciana Aguilar -  é católica, casada com Wander e mãe de três. Socióloga, servidora pública federal. É uma brasiliense encantada por Brasília, cidade onde mora. Tem duas grandes paixões: o Fluminense e uma boa comida.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Amamentando: Relactação ou Translactação

* Por Maite Tosta

mamatutti2[5]Amamentar nem sempre é tão fácil como parece. Muitas vezes as mães se deparam com dificuldades – pega incorreta, produção aparentemente insuficiente, baixo ganho de peso – e precisam complementar a mamada com a fórmula (NAN, Aptamil, Similac, Enfamil, etc), o que resulta num sentimento de frustração por não ser suficiente para o bebê, por não poder amamentar.

GRD_173_mamatutti[4]A relactação ou translactação é um método de iniciar ou reiniciar a produção de leite da mãe (ou mãe adotiva). Com essa técnica, mãe e bebê podem desfrutar da proximidade proporcionada pela amamentação e reforçar os vínculos, sem a preocupação com o ganho de peso e a nutrição do bebê.

O processo consiste em colocar o leite numa seringa, mamadeira ou outro recipiente, ligando-se a uma sonda que deve ser presa ao seio, com sua extremidade perto do mamilo. A criança sugará o mamilo e a sonda ao mesmo tempo e, à medida que se alimenta, também estimula a produção do leite materno. A altura em que é colocado o leite e a força de sucção da criança determinam a velocidade de ingestão. O fluxo é controlado ao se dobrar um pouco a sonda.

sns medela 2[3]
Este material deve ser bem limpo e esterilizado em água fervente cada vez que for usado. O tempo para que a produção de leite pela mãe aumente é de no mínimo uma semana, requer paciência e persistência para se obter sucesso. O leite ministrado pela sonda é o que a criança estava usando e, na medida do aumento de produção pela mãe, este é restringido progressivamente. O uso de droga estimulante não é necessário. O envolvimento da mãe e sua disponibilidade de tempo neste processo é essencial.

O sistema pode ser montado com mamadeira regular e sonda nasogástrica nº 4 (mais usada) ou 5, ou ainda sonda aspiração traqueal nº 4, inserida no furo do bico da mamadeira, que deve ser ligeiramente aumentado para esse fim. Entretanto, há marcas que oferecem o sistema já pronto, como a Medela e a Mama Tutti, cujas fotos seguem abaixo.

Algumas mães relatam que a sonda que vem com o Mama Tutti é muito grossa e o fluxo de leite fica muito forte. Este blog não experimentou e nem recomenda uma ou outra marca. As fotos estão aqui somente para que as mães conheçam esse sistema de aleitamento e possam fazer sua pesquisa pessoal. De qualquer modo, a sonda que vem com o sistema pode ser substituída pelas sondas nasogástricas sem problema.
sonda-nasogastrica-longa

A sonda possui dois lados. Um deles vem com uma borrachinha que você deverá retirar, cortando com o auxílio de uma tesoura. Este lado é mais “molinho” e é o que será introduzido na boquinha do bebê. O outro lado, por ser mais duro, pode machucar o bebê, pelo que ficará dentro do recipiente. Inicie a amamentação ao seio e após cerca de uns minutos você já poderá introduzir a sonda na boquinha do bebê. Enquanto ele suga, coloque delicadamente a pontinha da sonda no cantinho da sua boca e introduza-a até sentir que ao sugar está saindo o complemento pela sonda. Você irá notar facilmente pelo barulhinho do bebê sugando e engolindo e também pelo fluxo de fórmula (leite artificial) pela sonda. Você também poderá utilizar um esparadrapo tipo “micropore” para segurar a sonda bem junto ao seio.

Medela SNS[5]Caso o bebê solte a sondinha ou cuspa, recoloque-a. Pode ser que no início ele estranhe, mas logo irá se acostumar. A mãe precisa ter paciência e insistir. Assim que você perceber que a fórmula (leite artificial) está acabando, retire a sonda para evitar que o bebê sugue ar.

Para as mães que experimentarem a técnica, por favor enviem seus relatos para therezatosta@yahoo.com para que, através da divulgação, possamos ajudar outras mães e bebês a se beneficiarem.

* Maite Tosta - bacharel em Letras e especialista em Direito Constitucional, é serventuária de Justiça, tutora de cursos à distância, casada e mãe de quatro filhos no Rio de Janeiro/RJ. Católica e Vascaína, gosta de escrever e de mídias sociais.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Filhos crescidos, hora de novas conquistas...

Jaqueline de Oliveira Costa de Melo*

Na vida de mãe e esposa, nem tudo são flores. E apesar de amarmos as flores e os filhos, quando eles crescem e começam a se tornar independentes, nossa vida no lar, como dona de casa e esposa, que sempre pareceu maravilhosa, pode (não é regra), chegar a um instante em que se faz necessário dar um "upgrade" ou uma espécie de "plus", um algo a mais, já que o momento em que nós não nos sentimos tão necessárias na vida deles é um misto de alegria – por colher os frutos de nossa dedicação, como uma firme educação religiosa e o sucesso nos estudos dos filhos - e nostalgia, pois bate aquela saudade dos tempos em que era para o nosso colo que eles corriam e que se sentiam seguros.

Mas vida que segue... a mulher de mil e uma tarefas não mais se contenta com um "cargo " que vai demandando cada vez menos; busca novos interesses e traça novas metas. No meu caso, cursei uma faculdade. Peguei hoje meu diploma de administradora! Realmente surpreende com o tanto de coisas que podemos aprender e ensinar aos filhos ao iniciar uma formação profissional e uma carreira. É impressionante como os filhos que veem na mãe alguém que consegue conquistar o que almeja mudam a forma de olhar para ela, e, ainda que percebam que aquele ser humano não é mais apenas todo deles, mesmo assim ficam felizes com isso, a ponto de sair contando para todo mundo com um “quê” de orgulho e pompa o que a mãe deles é capaz de fazer.

*Jaqueline de Oliveira Costa de Melo - Mulher,  católica, casada, mãe de 2 filhas , professora de religião, administradora, projetista, vendedora, dona de casa, bordadeira e costureira nas horas vagas.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Mea Culpa – Cadê o Prato (Parte II)

Por Verônica Lunguinho*

Título estranho para um texto, não? Pois é. Você só vai entender do que estou falando se clicar aqui e ler a primeira parte dessa história.

Passei uns dez dias achando que meu filho estava sumindo com objetos da casa. Normal, ele tem um ano e dois meses! Mas descobri que grande parte da minha lista de itens perdidos é minha culpa!
Alguns dias depois do pratinho ter sumido, eu já me conformava em comprar outro. As mães experientes que souberam da história diziam “Ah, quando você menos esperar ele aparece!” ou então “Tem coisas que até hoje não encontrei!”. Achando que comigo o mais provável a acontecer seria a segunda opção, já incluí o prato em outra lista: a de compras. Só que eu nunca achava um de menino, todos eram de temas de meninas.

Fui me virando em casa até o dia em que resolvi usar o forno do fogão. Dou um doce pra quem adivinhar quem estava lá, escondidinho... E o pior: com restos de comida secos! (Eca!) Mas quem foi a criatura que fez o favor de colocar o prato dentro do forno?? Eu.

A maternidade mexeu muito comigo, mas muito mesmo. Eu já não era a pessoa mais organizada do mundo com a casa, imagine agora com um filho! A parte boa disso tudo é que os filhos fazem com que a gente se policie. Por mais louco que possa parecer, agora o meu esforço para me organizar é bem maior!

Outra lição que tirei disso tudo é que às vezes projetamos nossos sentimentos em nossos filhos, atribuindo a eles uma culpa que nem sempre lhes cabe. É verdade que o rapazinho tira as coisas do lugar, mas boa parte do que some em casa é falta de atenção minha. Da mesma forma às vezes dizemos “Como o fulano está nervoso” ou “Hoje ele não me deixou fazer nada”. Na maior parte das vezes temos a nossa parcela de culpa. Mas a maternidade está aí para isso: nos proporcionar pequenos aprendizados como esse e nos tornar pessoas melhores...

*Verônica Lunguinho -  é jornalista, casada, mãe do Miguel e mora em Brasília. É católica, gosta de comer e vive dando uma de quituteira nas horas vagas.

domingo, 27 de julho de 2014

Dicas para o esmalte durar mais

Por Alessandra Leão*

Mães e filhas poderão agora, aqui no blog, contar com as dicas de moda, estilo e beleza de Alessandra Leão, consultora de imagem e mamãe da princesinha Maria Theresa, de apenas três meses. Iniciando a série de posts, ela traz algumas dicas sobre unhas e esmalte.

Dicas para o esmalte durar mais

Desde adolescente, sempre fiz minhas próprias unhas. Minha mãe comprava esmalte, acetona, palitinhos de madeira e dizia que era pra eu aprender, pois não pagaria manicure pra mim toda semana. Aí está uma dica para as mães. Ensinem suas filhas a fazerem suas próprias unhas e economizem com manicure.

Entre muitos erros e acertos, fui aprendendo a pintar, limpar, mesclar cores e ser criativa.
Mas depois de uns dias com as unhas feitas, meu esmalte descascava nas bordas. Fui pesquisar e encontrei umas dicas muito boas que têm funcionado comigo e ajudado para que o esmalte dure mais tempo nas unhas.

Vamos lá!

1- Passar o esmalte em camadas finas e sempre esperar secar bem para passar a segunda demão.

 2 -Após passar o esmalte, é importante limpar os cantinhos das unhas. Assim:

3 -  Usar top coat, que é o famoso extra-brilho. Além de ajudar a não formar bolinhas, ele ajuda a fixar o esmalte fazendo com que dure mais tempo.

Foi seguindo estas dicas que consegui fazer meu esmalte durar mais nas unhas.

Foto: www.unhabonita.com.br

*Alessandra Leão – Psicóloga, Consultora de Moda e estilo, Mãe, Esposa e dona de casa em tempo integral, em Formiga/MG.

sábado, 26 de julho de 2014

Procuram-se avós!

Coisa gostosa é ter uma avó pra fazer bolinho de chuva, biscoitinho, café... Uma vovó pra dizer pra nossa mãe: “Ihh, sua mãe aprontava cada uma...” E um avô cheio de histórias pra contar! Que delícia ouvir com atenção os relatos de um senhorzinho de cabelos brancos e dobras no rosto...

Tive a oportunidade de conhecer meus quatro avós. Os avós paternos foram mais próximos de mim fisicamente. Chegaram a morar na mesma casa que eu e minha família morávamos. Já os maternos moravam distantes. A parte boa era que entrar de férias significava “ir pra casa dos meus avós”. Mas a vida é um ciclo e, com o tempo, fui perdendo meus velhinhos. Um de cada vez. A avó materna foi a última a falecer, quando eu tinha uns vinte anos.

Se você sentiu um clima de melancolia ao ler isso, saiba que meu sentimento é o oposto. Sou realizada por ter convivido com os quatro por um tempo não tão curto da minha vida. Meu irmão de treze anos não teve a mesma oportunidade, mas arrumou uma avó adotiva (uma amiga da família que o adotou como neto).

Dei essa volta toda para falar de um vovô em especial: meu pai. Ele é o terceiro filho de uma família de dez irmãos, tem quase 74 anos. Até pouco tempo atrás, apenas ele e um irmão (bem mais novo) não tinham netos. Enquanto isso, outro irmão, mais jovem que ele, já é bisavô! Como ele se casou aos 36 anos (idade um pouco avançada para a época dele) até que um filho atingisse a vida adulta, casasse e tivesse filho, ia demorar um pouco. O fato que quero destacar é: mesmo eu sendo a única filha casada (há sete anos) meu pai NUNCA me cobrou um neto!

Depois que meu filho nasceu, ele quebrou um silêncio de anos. Sempre que pega seu tão querido netinho no colo, conta: “Eu ficava me perguntando ‘Meu Deus, será que um dia eu vou ter um neto? Qual dos filhos vai me dar um neto primeiro? Eu não quero morrer sem um neto’”. Questionamentos que jamais tinham chegado aos meus ouvidos. Nem por terceiros. Ele diz que apenas rezava para que pudesse ver pelo menos um neto antes de morrer. Imaginava o neto correndo pelo quintal - agora esta cena de sua imaginação se tornou realidade. Bom, as orações foram atendidas.

Quantos pais e mães de filhos adultos não devem se fazer esses mesmos questionamentos! Nem todos com a mesma paciência que meu pai teve, de guardar em silêncio o desejo de ver os frutos de seus frutos. Acabam “cobrando” dos filhos: “Quando é que vocês vão me dar um netinho?” Já ouvi um caso de uma senhora que ofereceu uma viagem internacional a um casal para que eles lhe dessem um neto. A viagem que eles quisessem!

Mas somos uma geração tão ocupada... É o trabalho, a casa própria, a promoção no emprego, a faculdade, a pós-graduação... E nossos pais vão ficando velhos. E nós vamos ficando velhos... E um dia ficaremos mais velhos. Será que teremos netos?

Essa atitude de meu pai só me dá mais vontade de presenteá-lo com mais netos. Até porque um dia meu marido e eu também queremos ser avós e cobrir nossos netinhos de mimos, guloseimas e histórias...

A todos os papais e mamães “com açúcar”: Feliz Dia dos Avós!

Verônica Lunguinho -  é jornalista, casada, mãe do Miguel e mora em Brasília. É católica, gosta de comer e vive dando uma de quituteira nas horas vagas.

Doces Lembranças - 2 - Dia dos Avós

Quantas vezes nos paramos para lembrar aqueles momentos em que vivemos com os nossos avós, em especial aquele avô que descascava cana e fazia balanço no quintal todo arborizado, fazia carros de rolimã para descermos ladeira abaixo... E aquela avó que fazia os melhores doces do mundo, que sempre nos defendia e que estava sempre pronta para apaziguar e acalmar tudo e todos! Que alegria é ter avós!

Atualmente essa convivência que tínhamos ao ar livre é muitas vezes substituída por momentos de interatividade nas redes sociais, mas não importa, o negócio é estarem juntos, seja como for, pois pelo que se vê o corre-corre do dia a dia não permite que os avós se dediquem tanto quanto gostariam aos seus netos. A necessidade de continuar trabalhando mesmo após se aposentarem é algo que retira o tempo para a dedicação aos filhos e netos e por vezes, acaba por distanciá-los.

Outro fator que impede a proximidade de avós e netos são as separações! Por vezes, os pais se separam e os filhos saem perdendo, bem como os avós. Esses momentos de encontro, tão fundamentais na minha vida, permanecem na minha memória com riqueza de detalhes, marcaram minha vida!

Momentos como aqueles natais em que vovó cortava o pescoço de peru bêbado de cachaça (o bicho era temperado ainda vivo) e nós, os netos, saíamos numa corrida incrivelmente saudável e disputávamos quem iria pegar o peru sem cabeça que teimava em correr mais do que nós... Momentos como aprender com seu avô a subir numa jaqueira e ficar jogando caroços na cabeça dos primos que lá de baixo iniciavam uma “batalha” de caroços de jaca, até um de nós despencarmos da árvore no meio dos galhos e nos ralarmos todos, ou nos engancharmos no galho da amoreira ou da goiabeira e descer com os braços melados dos melhores sucos do mundo escorridos pelas roupas que, “coaradas” no sol, rapidamente ficavam novinhas, como só vovó sabia fazer!

Para mim, ter avós é mágico, é algo que te dá uma confiança incrível de que tudo realmente vai acabar bem. É saber que seus pais, que estão trabalhando ou viajando, serão substituídos a altura da responsabilidade porque os avós não pouparão esforços para suprir todas as nossas carências (principalmente as de doces...). Ter avós é ter a quem contar nossas travessuras, é saber que sempre eles estarão ao nosso lado, é ter a certeza que jamais um aniversário passará sem bolo ou doces com gostinho de infância, é ter se não o maior, um dos maiores amores do mundo! Dizem por aí que a melhor coisa do mundo é ser avó! Eu não sou avó ainda, mas por enquanto, eu acho que a melhor coisa do mundo é ter avó! É ter avô! Ainda que não mais estejam comigo aqui na terra, tenho a mais absoluta certeza de que tenho dois intercessores no céu!

Feliz dia dos avós a todos os avós!

Jaqueline de Oliveira Costa de Melo - carioca, católica, casada, mãe de 2 filhas, professora de religião, administradora, projetista, vendedora, dona de casa, bordadeira e costureira nas horas vagas.  

Doces lembranças: Dia dos Avós

Todo mundo gosta de dizer que as avós costumam fazer, pelos netos, tudo o que não fizeram por seus filhos. Talvez pela falta de vigor, ou mais ainda porque já se sabem não serem mais as educadoras primeiras de seus netos. Essa obrigação cabe aos pais. Sendo assim as avós e os avôs podem fazer tudo para seus netos, para que eles se lembrem deles com muito carinho e um amor sem limites.

Como hoje é o dia dos avós, justamente por ser o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Nossa Senhora, então reza a tradição comemorar com os avós e homenageá-los. Quem os tem, que aproveite bem o dia, passando com eles e dando muita atenção e retribuindo um pouco desse imenso carinho que sempre receberam deles.

Eu pude usufruir da presença de meus avós e guardo com muito carinho no coração, os inúmeros detalhes de afeto deles. Minha avó materna era exigente com os netos, mas nunca deixou de nos tratar com todo o amor que tão bem sabia dar. Uma das boas lembranças era do dia em que ia receber o pagamento do meu avô: ela levava minha mãe e uma das netas junto e sempre no final fazíamos um delicioso lanche na Confeitaria Colombo, no Rio de Janeiro. Era um fato marcante, para nós crianças, poder ter essa oportunidade de frequentar um lugar chique e refinado, ainda tão pequenas.

Cada presente caro que nosso pai não conseguia nos dar, acabávamos ganhando da nossa avó, coisa que meu pai não entendia muito bem e o deixava enciumado. Mas, nós, as netas, amávamos!

Vale a pena, e não me canso de dizer, dar esse tanto de amor aos netos, pelo simples fato de amá-los incondicionalmente. Os netos não ficarão deseducados por tantos mimos, saberão a diferença entre a autoridade dos pais e esse liberalismo dos avós. Mas, avós e avôs, não abusem! Tentem sempre consultar os pais antes desses arroubos de generosidade, para que todos se sintam bem e respeitados.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Descomplicando viagens com os pequenos (I)

Por Maya*

Muita gente me pergunta como eu faço para viajar com meu filho, eu nunca parei para pensar porque para a gente, viajar com ele é tão natural, nunca foi uma preocupação! A dica é: organização!!!!! A primeira coisa que faço quando vamos viajar é pensar: vamos de carro, de avião? Quanto tempo de viagem? Quais as restrições?


Viajando de carro / mais de 3 horas!

Leve sacolas e bolsas separadas porque como elas vão ficar paradas no carro quanto mais fácil de acessá-las melhor!

- Alimentação: se o bebê mama no seio programe parada para os intervalos (2 em 2 horas mais ou menos); se você conhece bem a estrada já pense onde vai parar, se não conhece pare em postos de gasolina ou em áreas para estacionar que costumam existir antes dos pedágios (colado com eles na verdade). Evite parar no acostamento porque podem acontecer acidentes graves! Se mama na mamadeira leve as mamadeiras com a quantidade do pó certa e garrafinhas de água (se seu bebê só toma leite quente leve a água em uma garrafa térmica). Se já é maiorzinho, leve sucos de caixinha, bolachinhas, pão, papinhas prontas (salgadas e doces), leve sempre bastante coisa, melhor que sobre do que falte, nada pior que criança com fome e você não ter onde comprar. Eu não recomendo levar frutas ou comida caseira pronta porque não tem como garantir que não irá estragar!

- Troca de roupas: sim, roupaS, porque acidentes acontecem, eles podem regurgitar, vomitar, derrubar suco, vazar a fralda... levo no mínimo 2 trocas de roupa completas! Quanto menor for o bebê mais trocas!!!

- Fraldas: se ainda usa fraldas leve uma fralda por hora de viagem, parece muito mas vale a pena. Sim, para 10 horas de viagem eu levo 10 fraldas!!! Para fazer as trocas use as paradas, não deixe muito tempo para não vazar! Para os recentemente desfraldados, cubra a cadeirinha com um tapete higiênico para pet (compra em pet shop ou no supermercado), corta um espaço para passar o cinto na frente e pronto (leve dois ou três extras), a cadeirinha está protegida contra “acidentes”.

- Entretenimento: se você tem um tablet, existem umas capas para prender ele no banco. Se não tem e der para investir em um DVD portátil tem uns da Galinha Pintadinha, Mickey, Princesas que vem com um suporte e carregador para carro! Aí selecione os DVDs preferidos e leve! Para os menorezinhos, brinquedos de morder, bolinhas de amassar, também ajudam a distrair, só não leve brinquedos muito barulhentos porque todo mundo no carro vai ficar irritado!

- Kit farmácia: Sempre passe no pediatra antes de viagens longas e converse com ele sobre quais medicamentos o bebê pode usar. Eu levo dois antitérmicos (sim dois porque quando dá febrão e precisa intercalar eu tenho dois!), um para enjoo, um para alergia, soro fisiológico para limpar o nariz, quando a viagem é internacional levo até antibiótico (tudo receitado pela pediatra SEMPRE), loção para picada de inseto, termômetro, band-aid.

Quando o bebê dorme a gente não pára, quanto mais tempo de estrada com eles dormindo mais tranquila é a viagem!!!

(Vem aí: Parte II : Viajando de avião)

* Maya - paulistana, mãe de um menino e com outro a caminho, engenheira, hoje mãe em tempo integral

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Filho único: como educá-lo?

Por Evelyn Mayer*
Como agir quando se tem um filho único? É fato que, quando o filho chega, seja o primeiro, seja o décimo, o que queremos é dar-lhe o melhor: escola, alimentação, saúde... Contudo, nos esquecemos, em meio ao turbilhão de coisas, que não há nada melhor para um filho (único ou não) compreender o seu papel dentro de casa: o de filho.

Como assim? Simples: o filho único precisa entender que ele não é, não foi, nem nunca será o centro do universo, mas parte do universo familiar. Isso só será possível se pais, avós, tios e demais membros o fizerem compreender. De que forma? A primeira que vejo cabível, como mãe de filho único que sou (não por escolha, que fique claro!) é dar limites. Filho único não precisa ganhar todos os brinquedos que deseja só porque queremos compensar a falta de um irmão. Para sanar a falta de um irmão, que se “faça” outro irmão, entende?

Precisamos mostrar a esta criança, também, que é importante partilhar o que tem com os que fazem parte da sua vida. Um exemplo que faço com o meu filho é separar brinquedos, roupas e sapatos que ele não usa mais e distribuir aos parentes ou colegas de escola. Essa ação faz com que a criança compreenda que, assim como ela, outras crianças também precisam desses itens. Logo, se repartir, todos terão. É, também, uma forma de fazer com que a criança compreenda que o prazer da vida não está no ter, mas no ser, na generosidade, na comunhão.

O limite também ajuda a criança a compreender que nem sempre aquilo que se deseja é necessário ter. Ajuda a fazê-la pensar se o que quer é importante. Os pais e parentes devem, por amor a esta criança, fazê-la olhar criticamente para seus desejos, mostrando que não ter algo hoje pode proporcionar a ela ter algo melhor e que a fará mais alegre no futuro. Que o perder hoje pode ser um bom ganho amanhã.

Por fim, sem limites, a criança cresce sem visão de futuro, de partilha, além de se tornar instável e não tão bem quista na sociedade. Que pai e mãe quer isso? O limite que os pais põem ao filho único são o primeiro caminho para a felicidade plena desta criança, futuro adulto.

Evelyn Mayer - é católica, consagrada à Virgem Maria, casada, mãe, professora de Língua Portuguesa e palestrante de recursos humanos em indústrias da cidade de Londrina.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Férias escolares: mais brincadeiras

Por Carol Balan*

Continuando com nossas dicas para ocupar e entreter os pequenos durantes as férias, seguem mais algumas ideias de brincadeiras.(texto anterior)

Volto a lembrar que o ideal é separar um espaço na casa para as brincadeiras, pois precisam de uma certa estrutura e devem ficar montadas por alguns dias.

PISTA DE FITA CREPE
Essa ideia é muito simples: montar uma rua na sala! A mudança de níveis torna a brincadeira mais interessante.
 Aqui em casa, aproveitamos para montar também uma cidade, com bloquinhos, árvores e bonecos.


TOBOGÃ DE PAREDE
Muito fácil de fazer, para esse brinquedo é necessário apenas fita crepe (aqui usamos fita adesiva colorida, mas não recomendo porque soltou tinta na parede!) e tubos de papel toalha e papel higiênico. É só ir colocando os tubos na parede, Alguns mais retos, outros mais inclinados, de maneira a formar um caminho por onde passarão bolinhas ou carrinhos. Você pode colocar uma caixa no chão para que as bolinhas caiam dentro dela.

PIQUENIQUE DENTRO DE CASA
Em dias de frio ou chuva, um piquenique dentro de casa é uma boa opção para o lanche. Montar o piquenique embaixo da mesa (na casa de pano) ou dentro do navio pirata, vira uma sensação. Aqui sempre faço piqueniques dentro de casa ou no quintal e eles adoram! É só colocar a toalha no chão e servir o lanche. Pode ser lanche simples ou elaborado, para eles o que vale é a diversão de fazer um piquenique dentro de casa!

*Carol Balan, pedagoga e doula, é católica, casada, mãe de 2 meninos e dona de casa em Araraquara /SP. Ama cozinhar, bordar, fazer crochê e tricô.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Minha filha voltou ao trabalho: e agora?

Por Olga Maria Lavor*

Minha filha está voltando ao trabalho depois de uma prolongada licença-maternidade e não quer colocar o bebê na creche. Como lidar com essa situação?

Bom, graças a Deus, o neném tem todas as avós vivas, e eu sou uma delas; e, apesar de morar distante, coloquei-me à disposição para ajudar. Para quem tem acesso a transporte público (de péssima qualidade, diga-se de passagem), é sempre possível dar um jeito.

Então aqui estou eu às voltas com o neto, dividindo os dias da semana com a avó paterna, que tem a sorte de morar mais perto.

Cuidar de um bebê fofo como o meu neto (avó também é coruja) é uma dádiva dos céus, e devemos sempre agradecer a Deus oportunidades como essa.

A viagem pela manhã é uma delícia: o ônibus vai fazendo seu itinerário maravilhoso pela praia da Barra, pelo Itanhangá, bairro nobre do Rio formado sobretudo por casas, e pelo Alto da Boa Vista. Depois deste percurso turístico, chego à casa do meu neto, que já me recebe com aquele sorrisão que deixa a avó bobona babando. Troco então de roupa (é importante não passar o dia com o bebê cheia de impurezas, em especial nos primeiros meses), minha filha vai para o trabalho e ficamos só eu, o bebê... e meu genro.

(Ia me esquecendo: meu genro trabalha em casa. Problema? Nada disso: solução. Ele me ajuda – e muito, apesar de meu esforço para não ocupá-lo em demasia. Minha convivência com ele é super tranquila, até porque ele é, como eu, alguém extremamente pacífico: é portanto o genro que eu pedi a Deus; para melhorar, às vezes ainda me permite ouvi-lo cantando gregoriano.)

Voltando aos meus afazeres: é essencial para as avós tentar não se meter nem mudar a rotina do casal. Assim, antes de minha filha sair já pergunto quais são os legumes da papinha do neném, incluindo o tipo de carne que devo fazer de almoço. Eu sei que o coração da filhota fica apertado por ter de deixar o filho, e por isso é meu dever mantê-la segura quanto ao andamento da casa, reduzindo assim seu sofrimento. Nessas horas, a experiência que acumulamos como mães tem de estar ao serviço de nossas filhas. Avó nunca deixa de ser exemplo.

Olga Maria Lavor – cearense, casada, mãe e avô.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Por trás da Lei da palmada

Por Daiana de Lima Ramos*
A chamada lei da palmada, que entrou em vigor recentemente, é subjetiva e não acrescenta nada à legislação já existente em nosso país. A referida lei proíbe "castigo físico" que cause "sofrimento físico" ou "lesão", por isso, apesar do apelido, a palavra palmada não consta no texto. Para o caso de castigo físico que cause lesão já existe a tipificação no Código Penal do crime de lesão corporal, dispositivos no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, e a própria Constituição Federal de 1988 trata do direito da criança e adolescente, contra toda forma de violência, crueldade e opressão. Mais eficaz que a criação de novas leis, meramente pontuais, seria aplicar exemplarmente as existentes. Por isso, essa lei em nada acrescenta, é como chover no molhado, sendo que se constitui em mais uma indevida, e desproporcional interferência do Estado sobre as vidas das famílias.

O nosso ordenamento jurídico busca sempre o “melhor interesse do menor”; sabe-se, contudo, que o melhor interesse do menor é, justamente, viver em um Estado que resguarde e respeite a família, notadamente a liberdade dos pais em educar seus filhos da forma como melhor lhe convir. A dita “lei da palmada” gera mecanismos que autorizam o Estado a intervir no terreno da família, desestabilizando-a, dando um "cheque em branco" para agentes públicos interferirem, de forma nem sempre adequada, no convívio familiar, muitas vezes gerando tensões, colocando os filhos contra os pais, minando a autoridade destes.

Verifica-se, de plano, que o objetivo velado desta lei é proteger o menor de seus pais dando, ao mesmo tempo, maior poder ao Estado de intervir nas relações familiares, o que será, na verdade e em longo prazo, prejudicial ao menor, na medida em que a família - célula mater da sociedade cujo pilar reside justamente no chamado "poder familiar" - acaba por perder uma grande parcela desse poder, o qual é transferido ao Estado, ficando o menor fica à mercê de pais engessados pela lei, e do Estado - que é falho.

Os pais devem praticar todos os atos necessários ao perfeito desenvolvimento físico, moral e intelectual de seus filhos, mantendo-os sob sua guarda e vigilância, tratando-os com amor, carinho e compreensão, até que atinjam a maioridade ou a plena capacidade civil, visando transformá-los em cidadãos bem formados e úteis à sociedade. Entretanto, já está se tornando comum ouvir por aí que os filhos, ao desobedecerem os pais e serem por eles repreendidos, ameaçam denunciá-los ao Conselho Tutelar ou à Polícia. Com a vigência desta lei, casos como esses vão se tornar cada vez mais corriqueiros, bem como casos de pais que deixam de repreender condutas graves dos filhos com medo de serem denunciados por um vizinho ou familiar. Resta clara e evidente uma inversão de valores em nossa sociedade. Muito se fala em proteger, mas proteger o que? De quem? Proteger os filhos dos próprios pais? São perguntas que necessitam urgentemente de uma resposta, sob pena de em um futuro próximo termos filhos órfãos de pais vivos, pais esses que figuram na plateia assistindo os seus rebentos serem educados por um Estado que sequer os conhece.

Vale a pena uma reflexão: educai a criança para que não seja necessário punir os adultos. Nessa máxima, não se defende o castigo físico, o ideal é sempre que se eduque por meio das palavras e, principalmente, dos bons exemplos, porém, quando uma palmada se fizer necessária, que ela seja dada, não para machucar, mas para corrigir, como última opção e recurso, por decisão dos pais que têm garantido constitucionalmente o seu "pátrio poder".

Daiana de Lima Ramos - é mãe de dois meninos, advogada e procuradora jurídica municipal no Paraná. Nas horas vagas gosta de estudar, viajar e ama estar com a família.

domingo, 20 de julho de 2014

Meu Melhor Amigo


Chega o mês de julho e as redes sociais ficam inundadas de mensagens fofas – e até melosas – sobre o “dia do amigo”, que é comemorado no dia 20 de julho. Ao me dar conta da proximidade da data, parei para pensar… e me dei conta de que sou uma pessoa de muitos contatos – on e offline – mas poucos amigos.

O melhor amigo, dizem, é aquele que está sempre disponível, presente, que é leal, companheiro, que te apoia, que te “manda a real” quando você precisa “ouvir umas verdades”, que te entende no olhar, que completa suas frases, que sabe da sua vida, dos seus sonhos, dos seus planos, que te consola, que te incentiva, que te alerta quando é preciso…

Eu e meu melhor amigo nos conhecemos há 16 anos… e logo eu não me imaginava mais sem meu BFF (Best Friend Forever – Melhor Amigo para Sempre)… tanto que casei com ele. Aqui estamos, tantos anos depois, mais amigos que nunca. Alguns diriam “friends with benefits” (amigos com benefícios)… (risos)… mas o fato é que, dezesseis anos depois, é dele que sinto falta quando passo o dia no trabalho, é para ele que quero contar o meu dia, os meus planos, é ele quem escuta os meus desabafos.

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É pelo meu melhor amigo que assisto os jogos do Fluminense, mesmo sendo Vascaína; é por ele que ouço rock, mesmo que goste mais de pop… porque para ser melhor amigo não precisa ser igual, gostar igual… basta amar igual. Sim, o amor é a matéria prima da amizade… o compromisso com o outro, o acolhimento, o perdão. Tanto mais amigo quanto te faz melhor. E sim, eu sou, e quero ser cada vez mais, a melhor amiga do meu melhor amigo.

Feliz dia do amigo, meu BFF!!!
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Os benefícios dos Métodos Naturais – O relacionamento familiar

Por Luciana Aguilar*

A Igreja Católica, com vistas a possibilitar o espaçamento entre as gestações e os filhos em conformidade com a vontade de Deus, orienta ao uso de Métodos Naturais como forma de planejamento da família. Entretanto, podemos observar que o uso dos Métodos Naturais oferece diversos benefícios aos casais e às famílias, independentemente da fé que professam, bem como à sociedade em geral.

Um importante benefício diz respeito ao relacionamento familiar, tanto o conjugal, entre os esposos, quanto na relação destes com os filhos. A base dos Métodos Naturais é o diálogo entre os esposos, pois, para que tenham êxito, é necessária uma boa comunicação entre eles. Ao dialogarem sobre suas necessidades e anseios, constroem uma relação baseada na troca e no conhecimento mútuo, possibilitando respeito, carinho e companheirismo.

Do mesmo modo, permitem que o casal assuma a responsabilidade da sua fertilidade, fortalecendo as tomadas de decisão e pensando nos filhos como consequência do amor conjugal. Assim, é possível que se preparem para a chegada dos filhos, acolhendo-os desde o início da gestação e encarando-os como um dom.

Por fim, o casal que consegue se beneficiar do diálogo necessário para o uso dos Métodos Naturais como instrumento para a harmonia conjugal, tende a levar esta forma de relacionamento para a educação dos filhos. Estes, além de terem pais treinados para o diálogo, experimentam os benefícios de uma vivência familiar harmoniosa e com isso, tendem a desejar para si a formação de uma família nos mesmos moldes.

Ou seja, mais do que o mero planejamento familiar e – no caso dos católicos - a obediência aos ditames da Igreja, o casal que utiliza os Métodos Naturais pode, por meio da vivência das regras dos métodos, construir uma família baseada no diálogo e no respeito das necessidades de todos, sendo modelo de família para os filhos e aqueles que se encontram próximos. Nos próximos textos falaremos de outros benefícios que os Métodos oferecem às famílias e à sociedade.

Luciana Aguilar - é católica, casada com Wander e mãe de três. Socióloga, servidora pública federal. É uma brasiliense encantada por Brasília, cidade onde mora. Tem duas grandes paixões: o Fluminense e uma boa comida.

sábado, 19 de julho de 2014

Mãe de Menina: A Barbie

 Quando era solteira, ou mesmo depois de casada, mas sendo mãe de apenas um menino, eu “enchia a boca” para dizer, com muita convicção: “se eu tiver filhas, elas não terão bonecas Barbie!” – como diria “cumpadre” Washington: “Sabe de nada, inocente!” – na prática a teoria é outra!

Quando criança, tive várias: rockeira, noiva, baile de gala... mas, já adulta, li que a boneca idealizada pela da Mattel, supostamente uma top model adolescente, tem “curvas perfeitas” e vem com 1001 acessórios que atiçam o consumismo das meninas. Alta, magra, bonita, bem-vestida, ela é acusada de influenciar as meninas a serem fúteis e superficiais, e a perseguirem um ideal inalcançável de beleza.
Realmente, não comprei Barbies para as minhas filhas, mas não contava com um pequeno detalhe... as tias! Uma cunhada trouxe uma Barbie dos EUA para a Esther (4). Ela já veio me mostrar desembrulhada – e deslumbrada. Estava feito o estrago. Mais tarde, outra tia presenteou-a com outra Barbie, dessa vez tupiniquim.

Um dia, voltando da escola...

 - A Gabriela Guedes tem a Barbie butterfly, ela é muito linda, mãe, eu quero!
- Filha, você já tem duas Barbies!
- Maix nãaao é baterfláááiiiii (chorando)!!!
- Calma, filha, quando formos ao shopping vamos lá ver a Barbie butterfly, e aí a mamãe vai pensar, ok? (snif, snif)

Fui lá ver o raio da boneca. É uma Barbie que tem umas asas de borboleta enoooormes nas costas, que encaixam e desencaixam. Porque raios uma barbie teria asas nas costas? Vai entender... calculo que estejam tentando desvincular a boneca de uma imagem adulta, sexy, e torná-la mais próxima do mundo imaginário, de contos de fadas, o que é uma boa estratégia.

Observei e participei das brincadeiras das minhas meninas com as suas Barbies e percebo que elas acompanham a idade, por mais que as Bonecas tenham aparência adulta. Quanto às medidas da boneca, irreais, me parece óbvio que não têm o poder de, por si só, levar as meninas à frustração, como pensa o presidente Venezuelano Hugo Chavez. Há muitos outros fatores, tais como ambiente familiar, relação com a mãe, etc, sobre os quais podemos atuar. Como sempre, a escolha – e a responsabilidade - está nas mãos dos pais. Dar ou não dar, dar sob alguma condição? Limitar o tempo de brincadeira? Enfim, há várias opções.

“E aí, comprou a Barbie butterfly?” – E teve jeito? Até o bolinho dela de 4 anos foi com tema da Barbie, como vocês podem ver na foto, cuja modelo é super tímida!

É... mordi a língua... Optei por relaxar e observar, interferindo se necessário. A Isabel (2) também já está apaixonada pelas Barbies, e de vez em quando rola uma briga aqui pelas bonecas... Pelo visto a Barbie ainda “dá ibope”...

Maite Tosta - bacharel em Letras e especialista em Direito Constitucional, é serventuária de Justiça, tutora de cursos à distância, casada e mãe de quatro filhos no Rio de Janeiro/RJ. Católica e Vascaína, gosta de escrever e de mídias sociais.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Enxoval de Bebê (parte 2)

Maya*

Nessa segunda parte vou escrever mais algumas dicas para outros itens da lista de enxoval! Cada um tem um estilo de vida e um orçamento, as dicas são para ajudar na escolha. ( primeira parte clique aqui)

Carrinho: quanto mais prático melhor. Sempre teste na loja - abrir, fechar, carregar - se encaixar bebê conforto melhor ainda! Para as mamães mais práticas os “guarda-chuva” são uma ótima opção!

Babá eletrônica: eu amo as de vídeo mas elas são caras, uma opção um pouco mais em conta é comprar uma câmera IP que dá acesso pela internet, assim você pode monitorar o bebê pelo smartphone, tablet, computador (para as mamães que trabalham fora dá até para dar uma checadinha de como estão as coisas em casa durante o dia)! Mas a verdade é que a imagem não é essencial. Há vários modelos legais só de áudio: confesso que hoje que o meu está maior eu uso só a de áudio!

Bebê conforto: prefiro ele à cadeirinha (assento para automóveis) mesmo que seja a de 0 a 36kg por dois motivos: é ótimo quando o bebê dorme no carro, dá par
a tirar eles dormindo (a cadeirinha é fixa, não dá essa mobilidade) e é menor, deixando o bebê mais confortável!

Sling: eu acho essencial, pois ajuda quando bebê está com cólica, quando você precisa sair sem carrinho e quer as duas mãos livres (uma ida ao supermercado por exemplo, sozinha não dá para empurrar o carrinho do bebê e o do supermercado e carregando o bebê no colo é muito difícil pegar as compras). Tem alguns tipos diferentes o meu favorito é o “wrap” mas se você mora em região quente procure um de argola ou um “pouch”.

Banheira: a com suporte é ótima, e se tiver pouco espaço compre a com trocador junto! Se você for alta, compre o prolongador para os pés do suporte, sua coluna vai agradecer!

Berço: tem modelos lindos de madeira, mas se você é uma pessoa mais prática compre o desmontável, ele pode ser fixado no alto quando os bebês são pequenos e precisamos tirar muitas vezes, e quando estão maiores pode ser regulado mais fundo, então a chance do bebê pular do berço diminui! Os desmontáveis têm colchão para poder usar com o berço!

Kit higiene: garrafa térmica, pote para colocar a água na hora da troca, pote para algodão e pote para cotonete são os principais itens! Escolha o que combinar com o quarto do seu bebê e se o orçamento estiver apertado dá para fazer você mesma comprando os itens separados e coloca em uma bandejinha.

Bolsa para fraldas: a gente tem que carregar o mundo quando sai com os pequenos, uma pequena ida ao pediatra é uma verdadeira mudança! Procure bolsas grandes, com compartimentos, laváveis (sim a mamadeira vaza, você derruba suco, apoia sem querer no chão sujo...) mochila é maravilhoso porque você terá as mãos livres (quando eles começam a correr você vai agradecer muito estar com as mãos livres para segurá-los!!!!!!).

E aí, #curtiu ?

*Maya -  paulistana, mãe de um menino e com outro a caminho, engenheira, hoje mãe em tempo integral!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Seminário Moda e Comportamento

Para quem gosta de moda e de bom gosto associados, vai se interessar muito por este seminário que acontecerá no Rio de Janeiro nos dias 29 e 30 de julho. Com a especialista no assunto, Lula Kiah, consultora de imagem - personal Style


Ser mãe é (também): passar vergonha!

Por Raquel Suppi*

É bastante corriqueiro, quase como uma regra, os filhos colocarem os pais em situações embaraçosas. Parece até que todos fazem um curso universal! Tipo: “Como fazer os seus pais passarem vergonha”!
Quem nunca pareceu ser mentirosa por conta dos filhos? Dizemos para a sogra: “Ela não gosta de comer verdura”, mas a filha não só toma toda a sopa de legumes, como diz que estava deliciosa e pede mais! Quem nunca se constrangeu diante das respostas extremamente sinceras? A tia rabugenta pergunta: “Gostou do presente?”. E o filho responde: “Não! Eu queria brinquedo, e não roupa!”. Quem nunca fez papel de fofoqueira? Cruzamos com a vizinha indiscreta, e o caçula solta: “Olha, mamãe: a garota que está sempre de decote e saia curta!”.

Não há como escapar! Viver momentos constrangedores, por causa das nossas crianças, é marca registrada de toda mãe – e pai também! É uma espécie de tradição de maternidade/paternidade, passada de geração em geração. Um dia, nós fizemos isso com os nossos pais, que fizeram com os nossos avós, que fizeram com os nossos bisavós e por aí vai! E, se todos passam ou já passaram por isso, bem que poderíamos encarar de uma maneira mais leve. Quem sabe até curtir?! Claro que, na hora do aperreio, é complicado ver por essa ótica. Se pudéssemos, desapareceríamos ou enfiaríamos a cabeça em um buraco, como um avestruz! Mas, depois, é quase impossível não virar motivo de gargalhada. Histórias que serão contadas por anos, provavelmente, para as gerações que virão!

Aqui em casa, temos um caderno cheio de casos assim. Costumamos anotar tudo! Vez ou outra, a gente lê e a risada é geral! Os filhos adoram! Se vemos necessidade, dependendo da história, aproveitamos a ocasião para reforçar que aquilo não foi uma coisa legal, e explicamos o porquê.

Um dos “clássicos” da família, com vários desdobramentos e histórias semelhantes – como capítulos de novela, com o humor dos sitcoms –, envolveu o André, nosso filho mais velho. Na época, com três anos, ele começava a aprender e levar a sério algumas “normas” das boas maneiras. Entre elas, a de não soltar “pum” perto de alguém. Ensinamos que deveríamos nos afastar das pessoas ou ir ao banheiro. Certa vez, em um restaurante razoavelmente cheio, meu marido e eu o observávamos brincar no play. De repente, o André saiu apressado, correndo para a direção oposta à nossa. Nós nos levantamos rapidamente, achando que estava perdido. Foi quando ele parou, próximo de algumas mesas vazias, levantou o polegar e, sorrindo, gritou: “Mamãe! Papai! Peidei de longe!”. Ops! Falha nossa! Esquecemo-nos de dizer que ninguém precisava saber!

Naturalmente, todos caíram na gargalhada! Quanto a nós, não tivemos como fugir ou disfarçar, com aquela cara de “quem sãos os pais dele?!”. Éramos os únicos em pé – tirando os garçons olhando para a direção que o André estava. Ficou óbvio que ele era o nosso filho! Foi o jeito entrar na onda e soltar o riso – e não os gases – também!