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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Do lar?

Outro dia eu estava assistindo um filme na TV e duas senhoras inglesas ridicularizavam a personagem principal justo por ela ser uma simples dona de casa a vida inteira.

No desenrolar do filme, esta simples dona de casa se mostra mais capaz e mais astuta que as outras que riram dela.

Uma mãe de família, uma esposa, aprende muito cuidando do seu lar, e, se tiver horizontes abertos, aprenderá muito com a vida e terá conhecimentos gerais muito grandes, adquirido pelo convívio com os filhos e com a atualização diária através de jornais e outros meios de comunicação.

Não penso que uma dona de casa precise estar parada no tempo, só porque cuida do lar e não de uma multinacional. Ela estará tão ou mais atualizada com o que acontece no mundo quanto uma funcionária pública ou uma executiva bilíngüe. Basta que tenha interesse em crescer intelectualmente para seu próprio benefício e para estar no mesmo nível que os filhos e marido.

A dona de casa que exerce a profissão de “executiva do lar” tem a obrigação de, além das múltiplas tarefas domésticas e dos cuidados com os filhos e marido, se atualizar e estar sempre à frente das notícias que acontecem pelo mundo a fora, a fim de poder orientar seus filhos, principalmente quando chegam à adolescência, sobre o que é certo e o que é errado. Tais mulheres são, acima de tudo, formadoras de opinião, e de grande valia, pois estão formando os homens e mulheres de amanhã.

Não se envergonhem por colocarem o termo Do lar como profissão, lembrem-se que juntando fica DOLAR, uma moeda ainda muito valorizada! Trocadilhos à parte, tenho certeza de que é mais uma profissão que deveria ser muito valorizada e bem remunerada, haja vista que, sem as mesmas profissionais, o mundo vira de ponta cabeça, como anda atualmente, sem estas nos seus lugares, assumindo o leme do barco.

Podem cair de pedras, não me importo, mas por experiência própria posso dizer que vale muito à pena abrir mão de horários integrais na rua, como executivas, para cuidar de perto da família e da casa. Um lar é uma mini empresa onde os funcionários estão em constante aprendizado.

Há muitas exceções, mulheres que de fato precisam trabalhar, porque são o sustento da família; nestes casos os filhos bem compreendem e se ajustam, conforme as necessidades, mas onde a mulher sai porque só pensa em buscar sua realização pessoal, ascensão e brilho, aí deixa um vazio na família que pode trazer consequências desagradáveis na formação de seus filhos.

Vamos olhar com melhores olhos as donas de casa e mães de família que se dedicam exclusivamente a isso. Vamos ajudá-las a encontrar o equilíbrio entre suas tarefas e seu cuidado pessoal.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Trabalhos do lar 1ª parte – Cozinha

Por Maria Teresa Serman

"Os tempos mudaram...", diriam nossas avós. Antes toda mulher tinha que saber cozinhar, cuidar da casa e dos filhos. Hoje, as refeições frequentemente se fazem "às punhaladas", como destacava S. Josemaria Escrivá, com seu tom costumeiro, de bom-humor, mas falando as verdades. Abrimos várias latas e, pronto, está completa a obra. É realmente muito prático, e devemos aproveitar essas facilidades para acompanhamentos, molhos, talvez contribuir na salada. Contudo, fazer desses produtos a essência da alimentação é perigoso, pois eles contêm conservantes e aditivos danosos à saúde.

Para nutrir bem uma família, em corpo - dieta balanceada, comida saborosa -, e em espírito - aparência agradável, atraente tanto aos olhos quanto ao paladar, cardápio variado -, é preciso combinar engenho e arte, cabeça e coração.

Isso requer aprendizado, se possível alicerçado por um fichário competente e criativo. Pode ser este em parte herança familiar, com receitas testadas por gerações anteriores, combinada à nossa contribuição, com ingredientes mais modernos e novas fórmulas. Precisam, porém, também serem testadas e adequadas ao tamanho da família.

Há pessoas experientes, que já sabem fazer os pratos só no "olhomêtro", mas isso pode ser fatal para iniciantes. Daí a importância de um compêndio organizado, em forma de fichário (mais fácil de manusear), pastas com plásticos (boas também, as folhas ficam mais limpas, pois tendemos a pegá-las com as mãos "temperadas"), ou caderno.

Prática sugestão é separar as receitas por grupos alimentares, usando abas coloridas, de acordo com cada tipo de alimento: por exemplo, AZUL, para frutos do mar e peixes; VERMELHO, para vegetais e saladas; AMARELO, para massas e tortas salgadas; MARROM, para carnes; VERDES, para verduras; outra cor para molhos (pode ser CENOURA ou ROSA); BRANCO, para laticínios e queijos. Então, dentro de cada setor, serão ordenadas alfabeticamente. Isso poupa tempo e desgaste, deixando os cozinheiros mais felizes (os homens andam apaixonados por esse antigo reino feminino), o que a família agradece.

O prato mais saboroso pode ser mal aceito, se estiver visualmente prejudicado. Daí cabeça e coração, engenho e arte, matéria e espírito. Essa dualidade, constante na nossa vida, torna-se fundamental para a harmonia familiar, para a melhoria na saúde e nas relações interpessoais, na valorização e santificação do trabalho cotidiano.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Como tratar do problema das drogas com os filhos

Por Rafael Carneiro Rocha

O debate sobre o problema das drogas parece ganhar nova repercussão midiática, com o lançamento de um documentário conduzido pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Dentro das famílias, a discussão sobre o assunto deve ser corajosa, e sem margem a qualquer ranço de hipocrisia.

É preciso levar em conta que, na era da internet, os jovens recebem um grande volume de informações. E é preciso saber também que as instituições produzem muitas informações científicas. Não é difícil encontrar alguma pesquisa científica com relativa credibilidade, que atente, por exemplo, que a maconha não é lá muito nociva ao organismo. Ou que não é muito diferente, nesse aspecto de "fazer mal", do álcool ou do tabaco. Se são informações convincentes ou não, isso importa menos do que reconhecer que, para debater sobre drogas com os filhos, é preciso ouvir o que os jovens tem a dizer. Se um filho falar que o álcool faz mais mal do que a maconha, ou que coisas como café e chocolate também podem ser consideradas drogas, é preciso ouvir tais considerações com respeito. Como eu disse, os jovens são bastante informados e as ciências produzidas nas instituições pode chegar a mil e uma conclusões sobre as drogas.

O papel dos pais deve se pautar pela franqueza das conversas e pelo cuidado com os exemplos vindos deles próprios. Um filho adolescente gostar de festas noturnas pode ter raízes nos "inocentes" churrascos familiares, regados a muitas latinhas de cerveja, que ele via desde pequeno. Não incentivo necessariamente a adoção de costumes puritanos, onde o álcool é visto como algo demoníaco, mas é preciso ter em mente que existe alguma hipocrisia quando a voz que critica o consumo de álcool entre os adolescentes também faz uso de bebidas.

Se os pais e familiares gostam das festinhas com bebidas, que seja francamente aberto, depois dos eventos, nas conversas em família, que existiam, sim, naquelas ocasiões um consumo de substâncias que podem causar alterações psíquicas e fisiológicas nos indivíduos. E que aquelas bebidas devem ser consumidas com responsabilidade, porque aquela mesma cervejinha que a vovó toma, em alguns tristes casos, pode motivar violências domésticas, abusos sexuais e mortes absurdas no trânsito.

É preciso também reconhecer que existe uma hierarquia do poder destrutivo das drogas. A cocaína, a heroína, o crack e as anfetaminas são mais letais do que a maconha. O próprio consumo abusivo de álcool é mais danoso fisicamente do que o uso recreativo da maconha. Por outro lado, se a conversa se aproximar das supostas propriedades terapêuticas e relaxantes da erva, que se afirme com contundência que usuários de maconha correm o sério risco da alienação, da letargia e da perda do domínio de si.Em relação às implicações sociais, os usuários de substâncias ilícitas fomentam, sim, atividades criminosas, o que já é um ótimo motivo para se afastar delas.

Para resumir, eu penso que as famílias, antes de cumprirem seu forte dever de proteger os filhos das drogas, devem se atentar para esses dois pontos:

1 - Como andam os exemplos vindos dos mais velhos, por mais banais que sejam?
2 - As conversas com os filhos são respeitosas e inteligentes?

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 96)"

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossos amigos.

1 – C. diz: Dra tenho duas meninas uma de 11 e a outra de 14 anos. Elas agora deram pra brigar por tudo, por roupas que uma pega da outra pra usar, por TV , por computador, são brigas constantes quando estão em casa. O que posso fazer para melhorar esta situação? Elas eram tão amigas quando menores.
RESP: Cara Sra .C.
A senhora já experimentou estabelecer horários para cada qual, partindo delas mesmas? Enquanto uma utiliza o computador outra faz seus deveres de Escola ou assiste a um programa de TV, por exemplo. Quanto às roupas, comunique a elas que serão compradas roupas iguais caso as brigas não cessem... Assim não haverá competição por esta ou aquela.... Praticam algum esporte ? Estudam no mesmo horário? Bom seria que tivessem atividades em tempos distintos, para que a senhora pudesse estar com cada uma separadamente e conversasse em particular orientando, ouvindo o que cada uma tem a dizer e não pudessem reclamar que a mãe dá maior ou menor atenção à outra... Veja, por favor, outras respostas à questões semelhantes no blog, ok? Tenha paciência - a fase de vida em que estão é mesmo de pequenas implicâncias e rusgas - a de 14 anos está no eclodir de hormônios e muitas vezes não saberá explicar à irmã ( que também não a compreenderá...) porque age desta forma . Acredite e enfatize com elas o quanto são felizes, que a senhora as ama muito e que elas também se amam (mesmo que de momento, contestem...) Fico às suas ordens ! Mannoun

2 – A. diz: Sou pai de um menino de 14 anos e agora estou num novo relacionamento e minha mulher esta grávida de 6 meses e este meu filho não quer nem ouvir falar na nova criança que vai chegar. Ele fica comigo aos finais de semana. Como posso fazê-lo aceitar isso?
RESP: Caro Sr.A.
Converse calmamente com seu filho. Durante 14 anos ele foi o único e saber que terá que
" dividir " o amor do pai com outro irmão é mesmo difícil, sobretudo porque é outra a mãe ( não tenho maiores detalhes sobre a vida dos cinco - pai, mãe, filho, outra pessoa e o bebê.)
Procure sempre mostrar a ele que amor de pai pelos filhos é especial e diferente do amor entre adultos que se unem por escolha pessoal.
Sempre fale bem da mãe dele e ressalte que vocês estão separados porque não se entendiam mais e que, entretanto isto não deve interferir no relacionamento pai / filho nem em seu amor por ele.
Ele se dá bem com sua companheira? Peça que ela tenha muita paciência e delicadeza para com ele, que também seja reservada e respeitosa quanto a comentários sobre a mãe dele.
A separação dos pais é extremamente dolorosa para os filhos ainda que se diga o contrário. Na cabeça dos filhos e no coração, pai e mãe formam uma unidade indivisível e precisamos muita delicadeza para ajudá-los a conviver com a realidade da separação...
Leia, por favor, outras respostas no Blog, à semelhantes questões. Fico às suas ordens! Mannoun

domingo, 26 de junho de 2011

A missa e as crianças


Fui à missa na Candelária por São Josémaria Escrivá, foi sensacional! Muitíssimas pessoas dando graças e louvores a Deus! Sempre me emociono muito, numa missa como esta, pois várias pessoas dão testemunho do que é a Obra (o Opus Dei) na vida delas, e o que representa São Josémaria para a Igreja, para cada pessoa que busca a santidade no meio do mundo.

A igreja ficou lotada de ponta a ponta com muitos adultos, e enfeitada de crianças das mais variadas idades, mostrando as famílias jovens se renovando e tendo a coragem de gerar seus filhos e acostumando-os desde pequenos a viver a fé de seus pais.

Tudo isso me fez lembrar o tempo em que os meus filhos ainda bem pequenos iam conosco às missas dominicais e festivas, participando de tudo ao nosso lado. Por isso aprenderam desde cedo a fé católica e também a saber se comportar em lugares públicos, ou que exigissem maior respeito e silêncio.

Desde cedinho levávamos conosco a criançada à igreja, meu marido e eu, e tínhamos como costume colocá-los entre nós dois, limitando assim o espaço que eles teriam para se movimentar durante a missa.

Sempre chegávamos cedo para conseguir um banco onde coubéssemos todos, num local mais discreto da igreja, e assim armávamos o nosso esquema para não perturbar os outros, e também para que eles não agitassem as nossas crianças.

Levava a “munição” necessária para o tempo da missa: água, biscoitinho, brinquedinho para os bem pequenos , de preferência os que fossem suaves e não provocassem barulhos. Tudo planejado e calculado, sem deixar de fazer as recomendações em casa ou pelo caminho, para que os maiores entendessem que deveriam se comportar e ficar em silêncio, porque estaríamos na casa de Deus, onde todo o respeito e reverência eram necessários para mostrar o nosso amor ao Pai.

O interessante é que funcionava com as crianças, e depois, conforme iam crescendo, os maiores nos ajudavam a manter a mesma disciplina com os pequenos. É claro que muitas vezes assisti missas de corpo presente, tendo que ficar com um olho na missa e outro no bebê agitado ao meu lado, ou no meu colo (talvez por isso minha coluna reclame tanto atualmente), mas nem por isso deixava a peteca cair. Quando cansava, revezava com meu marido, e assim assistíamos a todo o sacrifício imolado de Jesus, oferecendo o nosso mínimo sacrifício do dia.

Havia uma interação surpreendente ente nós e as crianças, bastava um olhar bem dado e o agitadinho logo entendia que era pra ficar quieto e parasse de subir e descer do banco; sem contar que bastava eu dizer: "fica quieto", ou "vamos lá fora pra conversar", que o molequinho bem pequeno já sabia que eu não estava brincando, e que era melhor sossegar do que ter a tal conversa ao pé do ouvido. Não existiam tantas regras de educar, quando eles eram pequenos, mas nem por isso as nossas foram demasiadas austeras ou castradoras.

Os filhos, hoje, podem atestar aqui, a veracidade das minhas palavras. Graças a Deus todos, sem exceções, estão saudáveis e sem complexos, levando a vida pra frente, e fieis à nossa Fé e ao amor a Deus, sem traumas.

sábado, 25 de junho de 2011

TORRADAS QUEIMADAS!

Recebi de um grande amigo, Werneck, e estou postando aqui porque além de ser uma bela história mostra muito bem como um pai de família pode ser um grande exemplo para toda a vida de seus filhos

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente, de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro.

Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastantes queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado. Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada.
E eu nunca esquecerei o que ele disse: " - Adorei a torrada queimada..."

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:

“- Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!"

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.

Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir um as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando. Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar.
A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apóia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai. Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.

De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.Então, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente, com quem dedica o precioso tempo da vida a você e ao próximo.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

O que é o quê na cozinha - parte 2

Maria Teresa Serman
Decidimos fazer uma sequência dos termos culinários mais comuns, e seus significados. Vamos destacar alguns, como já disse, para esclarecer ou lembrar os aficionados que acessam este blog. Quem se lembrar de algo importante que foi esquecido, por favor, comente, que traremos à pauta.
Seguem umas explicações sobre termos culinários que serão de grande valia para casais novos.

EMBEBER
Impregnar com líquido, geralmente leite ou bebida alcoólica.
EMPANAR
Passar o alimento primeiro em farinha de trigo, e, depois em ovos batidos.É diferente de fazer "À MILANESA", que tem uma terceira etapa, a farinha de rosca.
ENFARINHAR
Polvilhar com farinha. Faz-se para as massas ficarem mais soltas e não grudarem nas mãos ao manipulá-las.
ESCABECHE
Conserva feita de azeite, alho, vinagre e salsa, apropriada para peixes, pois torna-os mais tenros e com mais sabor.
ESCALDAR
Jogar água fervente no produto sem cozinhá-lo.
ESPESSAR
Dar mais consistência aos molhos, por meio de farinha de trigo ou amido de milho.
FOIE GRAS
Especialidade dos franceses, é um patê feito com fígado de ganso propositalmente engordado.
FONDANT
Outro nome francês. É uma cobertura cremosa, feita com açúcar cozido e essências, empregado para cobrir docinhos.
FOUET
Mais um mimo dos franceses, eles entendem como ninguém de apetrechos culinários. É um utensílio de cozinha feito com fios de aço ou plástico curvos, que se entrelaçam no fim, com formato de gota. Ótimo para bater ovos, cremes e molhos.
GRATINAR
É quando se leva ao forno um prato coberto com queijo ralado, para dourar e derreter.
INCORPORAR
Adicionar ingredientes a outros, com delicadeza, sem bater, para obter uma mistura homogênea.
INFUSÃO
É usar água quente sobre café ou chá, para extrair a essência e aroma. Deve-se tampar para não perder o calor, vital ao processo.
JARDINEIRA
Prato feito com legumes cozidos.
JULIANA
Modo de cortar legumes em tira finas e pequenas. Pode se referir a pedaços pequenos, como para saladas ou sopas. Invenção francesa, claro!
MARINAR
Mergulhar o alimento cru (geralmente carnes) em uma mistura de temperos, por horas, para curtir e apurar o gosto.
MERENGUE
Claras batidas em neve, a que se acrescenta açúcar, sem deixar de bater, até que formem-se picos firmes, próprios para suspiro.
MUSSAKA
Fala-se "mussaká', e pode ser um prato libanês, grego, turco.Camadas de legumes como berinjela, com molho de carne(carneiro), como se fosse uma lazanha.

Continuamos mais adiante com outros significados.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O Milagre Eucarístico de Lanciano

Por Maria Teresa Serman

Hoje é o dia do Corpo de Deus Corpus Christi, quando a Igreja Católica comemora a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia. Por isso, nada melhor que recordar o Milagre Eucarístico de Lanciano, para aquecer a nossa fé no Santíssimo Sacramento do Altar.

O fato aconteceu na cidade de Lanciano, na Itália, por volta do ano 700, na igreja do mosteiro de S. Legoziano(este é o centurião que rasgou com sua lança o lado de Cristo crucificado, e daí brotou sangue e água), onde viviam monges de S. Basílio. Entre estes havia um que, voltado mais para o mundo do que para as coisas de Deus, passou a duvidar de que a hóstia e o vinho consagrados fossem o verdadeiro Corpo e o verdadeiro Sangue de Jesus.

“Certa manhã, celebrando a Santa Missa, mais do que nunca atormentado pela sua dúvida, após proferir as palavras da Consagração, ele viu a hóstia converter-se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo. Sentiu-se confuso e dominado pelo temor, diante de tão espantoso milagre, permanecendo longo tempo transportado a um êxtase verdadeiramente sobrenatural. Até que, em meio a transbordante alegria, o rosto banhado em lágrimas, voltou-se para as pessoas presentes e disse:
"Ó bem-aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar-se neste Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos vossos olhos. Vinde, irmãos, e admirai o nosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a Carne e o Sangue do nosso Cristo muito amado!"

A notícia se espalhou rapidamente. A hóstia feita carne é de tamanho maior do que a atual, como de uso naquele tempo. É um pouco escura e ligeiramente rosada contra a luz. O Sangue está coagulado em cinco glóbulos de cor, tamanho e formas diferentes, de cor ocre. As sagradas espécies foram guardadas em um relicário providenciado pela piedade do povo.

“Desde 1713 a Carne está conservada num artístico Ostensório de Prata, finamente cinzelado, estilo napolitano. O Sangue está contido numa rica e antiga ampola de cristal de rocha.

Os Frades Menores Conventuais custodiam o Milagre desde 1252, por determinação do Bispo de Chieti, Laudulfo, e por Bula Pontifícia de 12.05.1252. Antes disso, executavam essa tarefa os Monges Basilianos até 1176 e os Beneditinos de 1176 a 1252.

Em 1258 os Franciscanos construíram o Santuário atual, que, em 1700, sofreu uma transformação do estilo românico-gótico para o barroco.”

A ANÁLISE CIENTÍFICA.
“Aos vários reconhecimentos eclesiásticos, feitos em fins de 1574, seguem-se em 1970-1971 - e retomados em 1981 - os reconhecimentos científicos, executados pelo prof. Edoardo Luioli (livre docente em Anatomia e Istologia Patológica e em Química e Microscopia Clínica), coadjuvado pelo prof. Ruggero Berteli da (Universidade de Siena).
As análises, procedidas com absoluto rigor científico e documental de uma série de fotografias ao microscópio, deram estes resultados:
- A Carne é carne verdadeira. O Sangue é sangue verdadeiro.
- A Carne e o Sangue pertencem a espécie humana.
- A Carne pertence ao Coração em sua estrutura essencial.
- Na Carne estão presentes, em secções, o miocárdio, o endocárdio, o nervo vago e, - pela expressiva espessura do miocárdio, o ventrículo cardíaco esquerdo.
- A Carne e o Sangue pertencem ao mesmo grupo sanguíneo AB. (*)
- No Sangue foram encontradas as proteínas normalmente existentes e nas proporções percentuais idênticas às encontradas no sangue normal fresco(ou seja, de uma pessoa VIVA).
- No Sangue foram encontrados também os minerais cloro, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio.
- A conservação da Carne e do Sangue miraculosos, deixados em estado natural durante doze séculos e expostos aos agentes físicos, atmosféricos e biológicos constitui um Fenômeno Extraordinário.

Outro detalhe inexplicável: pesando-se as pedrinhas de sangue coagulado (e todos são de tamanhos diferentes) cada uma delas tem exatamente o mesmo peso das cinco pedrinhas juntas! Deus parece brincar com o peso normal dos objetos.
E antes mesmo de redigirem o documento sobre o resultado das pesquisas, realizadas em Arezzo, os Doutores Linoli e Bertelli enviaram aos Frades um telegrama nos seguintes termos:

" Et Verbum caro factum est" = "E o Verbo se fez Carne!"

Concluindo, pode-se dizer que a Ciência, chamada a manifestar-se, deu uma resposta segura e definitiva a respeito da autenticidade do Milagre Eucarístico de Lanciano.”

(*) Mesmo tipo sangüíneo encontrado na análise do Santo Sudário de Turim.

O trechos entre aspas foram retirados do site www.derradeirasgraças.com , pois não poderíamos descrevê-lo em pormenores tão precisos quanto estes. O prodígio vem revigorar não só a fé daquele monge no século 8, mas a nossa também. Mais do que isso, confirma o milagre do amor imenso do Sacratíssimo Coração de Nosso Senhor pelos homens, amor tamanho que se deixa esconder sob pão e vinho, à mercê da nossa devoção nos sacrários.
O milagre, como disse S. Paulo, não é para os que creem, mas para os que não creem. Todavia, soa como mais um aviso carinhoso de Deus para nós, que recebemos a Comunhão e o visitamos no Sacrário. Como está nossa devoção eucarística?

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Ser bi-vó

Por Maria Teresa Serman

O título vem de uma brincadeirinha de uma amiga piadista, que me chamou de bivó, porque meu segundo neto, ou neta, está a caminho. E o assunto é este, da alegria de ver um novo ramo da família nuclear aumentando e progredindo. Acredito que cada criança traz o seu pãozinho debaixo do braço, e este não foi exceção: meu filho, o pai, acabou de ser promovido.

Com esse otimismo, e muito trabalho, é claro, meu marido e eu criamos nossos cinco filhos. Ao contrário do que pensam, e dizem, clara e até grosseiramente alguns, otimismo não é irresponsabilidade. Trata-se de ver os fatos da vida sob uma ótica positiva, de esperança e entrega nas mãos de Deus Pai. Nunca nos faltou nada, nem mesmo tempo, que parecia o mais escasso, com tantos encargos e cuidados. A ordem faz maravilhas, personificada em uma preciosa agenda, como já recomendou a
Liana em um texto próximo.

Ficamos todos muito felizes: pais, avós, tios, bisavós e amigos, com essa notícia. Porém, o que mais me emocionou nesse contexto foi a alegria da minha nora, que, mesmo sem esperar, abraçou esse novo serzinho dentro de si e refletiu essa generosidade no seu rosto. É uma mãe muito dedicada e amorosa do Pedro, e tenho certeza de que será também assim com a Isabel ou o Francisco, quando chegarem, não sei em qual ordem.

Neste mundo tão voltado para o consumismo de coisas e pessoas, reacende nossa esperança que jovens casais estejam abertos à paternidade e se dediquem a melhorar o mundo, trazendo a ele crianças que serão uma benção para todos. Estamos igualmente felizes pela Clara e pelo que brevemente chegará; pela Carolina e Letícia; pela Beatriz e o neném que virá; pela Maria Clara, Tomás e o novo bebê a caminho; enfim, por todos esses exemplos de amor jovem que temos a nosso redor.

Deus os abençoe!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Como fazer o que é certo?

Por Rafael Carneiro Rocha

O livro Gênesis tem uma belíssima linguagem poética. A verdade do livro é mais estética do que literal. No primeiro capítulo, Deus faz as coisas e vê que elas são boas. A luz, a terra, o firmamento, as plantas, os animais e finalmente o homem e a mulher: a cada obra terminada, Deus via que era tudo bom. O autor do Gênesis insiste nesta percepção de Deus e ainda acrescenta no último versículo daquele capítulo: "Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom".

Todas as coisas criadas por Deus são boas, porque foram obras Dele. Mas além dessa perspectiva moral, é importante pensarmos na estética das coisas criadas. A linguagem do Gênesis é poética, porque a estética da criação também é "boa". Penso que a estética divina deve sempre nos servir de inspiração quando precisamos criar. Não falo necessariamente de grandes projetos ou de obras de arte, mas das decisões que tomamos em nossas rotinas. Às vezes, perguntamo-nos o que fazer a respeito de determinado assunto. Nesses casos, é preciso fazer, simplesmente, o que é mais "bonito".

Saber o que é certo e o que é errado é uma vocação natural do ser humano, mas algumas decisões são mais difíceis, porque parecem ser moralmente neutras. Nesse sentido, criar o gesto mais bonito é o que deve pautar as nossas decisões. Os gestos mais bonitos tem sabor de sacrifício alegre e heroísmo escondido. Podem ter características sentimentais, mas devem trazer consigo sentimentos profundos e duradouros, não apenas rompantes de alegria que podem desaparecer.

Se tivermos dúvida sobre o que deve ser feito em determinada ocasião, fixemo-nos neste ponto: fazer a coisa certa é criar um gesto bonito. Será algo tão bom como a luz e o firmamento?

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 95)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossos amigos.

1 – L. diz:Minha filha tem 15 anos e quer namorar um colega da turma que ela se acha apaixonada, o que devo fazer? Como devo orientar para ser este namoro. Obrigada L.

RESP: Cara Sra.L.
Seu relacionamento com sua filha é bom? Convide a que ela saia com a senhora para um lanche em um local que ela goste, que escolha o que lhe apraz e no final, explique a ela o que seu coração de mãe lhe inspirar. Especialmente acentue que o namoro é uma preparação para o casamento, e ela está numa idade em que é importante fortalecer boas amizades e o namoro exige exclusividade o que afastará os dois de um relacionamento com muitos amigos. Seria bom que ela esperasse um pouco mais, saíssem juntos com mais amigos, convivessem, sem caracterizar um namoro. Certamente ela vai achar que o momento é este, que depois será tarde, etc., etc.
Escute com serenidade as ponderações dela, não feche o assunto, diga que voltarão a conversar, " negocie " -porque vale a pena!
Leia outras respostas sobre o tema, do lado direito do blog, secção Adolescentes.
Fico a às suas ordens, Mannoun

2 – A. diz: Gostaria de saber qual a melhor maneira de se estudar matemática.
Grata pela sua atenção. Anônimo

RESP: Caro (a) A. Consultei um especialista em matemática e passo a resposta que recebi: “Na minha opinião, a melhor maneira de estudar matemática é através da resolução de listas de exercícios, ou problemas como costumávamos chamar. Os exercícios trazem o abstrato da matemática para algo mais concreto e mostram aplicações das formulas e equações estudadas.
Existem algumas ferramentas que parece que ajudam, embora não haja evidências robustas: Kumon e Sudoku. O primeiro é uma técnica japonesa de ensino de habilidade com números e o outro é um jogo que auxilia no raciocínio numérico.”
Espero ter ajudado! Fico a seu dispor, Mannoun .

domingo, 19 de junho de 2011

Sopas para Aquecer o Corpo e a Alma

Com esse tempinho gélido para nossa natureza carioca acostumada a um calor senegalesco, nada melhor, e mais prático, do que uma boa sopa. Selecionamos três receitas, que passamos para vocês, deliciosas e nutritivas. Valem por uma refeição completa. São elas a sopa de ervilha, o caldo verde e o minestrone, um sopão à moda italiana. Todas podem ser acompanhadas por um pãozinho fresco, que pode ser, no caso do caldo verde, uma broa de milho com erva-doce. Ai, que delícia, só de lembrar! Bom apetite!

SOPA DE ERVILHA

- Ervilha seca previamente de molho (aquela verdinha, de pacote ou a varejo) - a quantidade depende dos comensais, mas cuidado porque rende muito. Aliás, as três sopas rendem bastante.
- Cebola e alho picados.
- Linguiça calabresa defumada em rodelas, costelinha de porco dessalgada e aferventada por 15 minutos.
- Bacon, se gostarem e o colesterol permitir. Não é absolutamente necessário, a linguiça já é saborosa o suficiente.
- Azeite (ou óleo), sal e água a gosto. Cuidado quando colocar na panela de pressão, pois a ervilha incha e suga a água. Não encha muito a panela, pois pode transbordar pelos orifícios da válvula.

Refogar o alho e a cebola, acrescentar a linguiça, refogar bem, sem deixar queimar. Despejar a ervilha com sua água (deve cobrir com folga, pois, como já dissemos, a ervilha vai desmanchar e encorpar o caldo).
Cozinhe por 15 minutos, se esta tiver ficado algumas horas de molho.
Abra, mexa (pode pegar no fundo, não use fogo alto) e deixe ferver um pouco para apurar. Prove o sal e veja se é necessário colocar mais água.

CALDO VERDE

2kg de batata (do tipo "suja", que tem mais amido e engrossa o caldo) em pedaços
2 cebolas grandes fatiadas
4 dentes de alhos em pedaços
Azeite para refogar
300g de lingüiça calabresa defumada em rodelas ou pedaços
200g de paio em rodelas ou pedaços
Couve mineira enrolada e fatiada bem fina (2 molhos)
Sal
2 litros de água

Modo de preparar
Refogue a cebola e o alho no azeite em uma panela de pressão, deixando dourar. Acrescente o paio, bem lavado antes de cortar e a linguiça.
Refogue bem, com o fogo não muito alto, junte as batatas picadas e a água em que estavam, mexa, ponha sal, prove e feche. A partir do momento em que sair o vapor, dê 5 minutos e apague. Abra quando puder, deixando arrefecer naturalmente. Retire com uma concha-peneira o paio e a linguiça, triture o resto com o mixer e devolva a carne à panela.
Veja a água, se é suficiente. Ponha a couve fininha com o creme, mexa, deixe cozinhar por uns 10 minutos, para pegar o gosto, prove de novo o sal e sirva bem quente, com um fio de azeite extra virgem sobre o caldo, em cada prato. Tome um bom vinho tinto português para
acompanhar, e uma broa de milho com erva-doce. Hummm, é de comer rezando!

sábado, 18 de junho de 2011

Desejo

Aproveitando este mês dedicado aos enamorados eternos, segue um lindo poema de:
Victor Hugo

Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.

Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.

Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar ".

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 94)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossos amigos. Como esta seria uma resposta muito longa, excepcionalmente colocamos hoje, uma sexta feira, Porém as respostas são sempre colocadas nas segundas.

Como agir com um drogado em casa


1– M. S. Diz: Oi, tomei conhecimento do seu site através de uma conhecida minha. Gostaria que minha pergunta fosse encaminhada para Dra Mannoun. Minha amiga está vivendo num inferno. Ela não sabe o que fazer a respeito, por isto eu tento aqui ajudá-la através de pessoas tão competentes e imparciais.
Aposentada, vive com o marido aposentado e dois filhos um de 20 e outro de 22, o mais novo usa drogas pesadas, bebe, faz faculdade, mas nunca estuda, sai todas as noites para as farras com uma namoradinha menor que também é usuária de drogas. voltam os dois para casa da mãe dele pela manhã todos os dias,drogados, dormem ate 5 hs da tarde ele vai às vezes para faculdade particular, e depois vai p as farras, minha amiga não sabe aonde ele vai todos os dias. Eles são sustentados por minha amiga, que não sabe negar ajuda financeira, paga táxi para os dois, dá $ para saírem, empresta o carro novo, depois reclama para mim, enfim não sabe dizer não para eles. Não dorme à noite nervosa com o filho na rua.
O filho mais velho é deprimido, não fala com o irmão. Só tem uma relação boa com minha amiga, relação que eu acho até doentia, pois estão sempre juntos, só saem juntos, dependem um do outro para tudo. Vão juntos para a academia, para o supermercado, não têm lazer nenhum. só isso. O pai não fala com os filhos direito. Com o mais novo nem troca palavras, e com o mais velho só as vezes conversa, mas os chama de vagabundos para baixo. É omisso, nunca conversa sobre a situação da casa com ninguém. Só sabe brigar. Brigas diárias, discussões.
O marido a trata com desrespeito, não há diálogo entre eles, só se aturam. Ela ainda é jovem, bonita, mas não reage. Sempre reclama do marido, dos filhos eu tento convencê-la a separar dele para ser feliz, mas ela é muito dependente desse relacionamento doente, se acomodou, e não sabe o que fazer também com os filhos. Está perdida, num circulo vicioso. Reclama, eu falo, dou conselho, mas ela não reage. Está deprimida sempre. Perde a vida nesta tristeza infinda. O que eu posso dizer para ela, como posso ajudá-la? Por favor, me ajude Dra. Mannoun.


RESP: Olá, M.S.
Que belo gesto o seu de ajudar sua amiga ! Vamos ver se conseguimos também ajudar, primeiramente colocando vocês bem pertinho do Coração de Deus que é Aquele que sempre está pronto e pode nos socorrer ....
Se seus amigos moram no Rio, existe o NEPAD ( Núcleo da UERJ que atende pessoas com drogadição, isto é dependentes de qualquer droga, lícita ou não) .
Fica em São Cristóvão e é composto por uma equipe de alto padrão onde podem buscar ajuda, os dependentes e os familiares.
Não se pode perder tempo porque as coisas se precipitarão seriamente se não houver um posicionamento JÁ ! As ações que vou sugerir são muito difíceis e duras mas absolutamente necessárias .
Atitudes propostas:
1- em primeiríssimo lugar sua amiga deve DE IMEDIATO cortar qualquer dinheiro nas mãos do filho( difícil mas não impossível )
2- Não aceitá-lo em sua casa com a namorada.
3-Não emprestar o carro porque e´colaborar com um crime - ( ela já pensou que ele pode provocar acidentes que envolvam sua vida e a de terceiros ?)
4- Comunicar à família da namorada do filho o que está acontecendo e que atitudes está tomando para que eles façam o mesmo - se desejarem salvar vidas !
5- Com o filho mais velho, esforçar-se por não fazer dele uma " muleta" e muito menos substituto do pai- procurar afastá-lo um pouco desta situação e sugerir que procure o medico da família para que este o encaminhe a um tratamento também;
6 - Com muito carinho e serenidade tentar envolver o pai nas ações propostas, conversando, pedindo ajuda, convidando-o a procurarem um bom Psiquiatra para ajudá-los de perto, especialmente quanto ao que fazer em família.
7- Que rezem muito porque a oração dos pais pelos filhos é preciosíssima!
8- Com relação a você, M.S. uma vez feita sua parte, diga à sua amiga que irá se afastar dela até que as providências ( as sugeridas ou outras, especialmente ajuda psiquiátrica ) sejam ultimadas porque não é amizade você apenas poder ouvir queixas sem tomar parte ativa no processo de ajuda à família....
Alí TODOS estão doentes e necessitam tratamento imediato !
Peço-lhe que me perdoe falar nestes termos, mas dói saber que uma família inteira caminha para autodestruição por falta de coragem para dizer NÃO!!!!
São pareceres duros estes, mas se faltaram os limites dos pais até aqui e talvez sobraram recursos financeiros, esta é a hora em que devem ser utilizados para curar e não para destruir uma família inteira !
Fico a seu dispor, M.S. e desejo que eles queiram sua ajuda e que você consiga, de fato , ajudá-los.
Boa sorte, Mannoun

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Passeios cultuais diferentes

Idas e vindas à escola das crianças podem se tornar verdadeiros passeios culturais. Aproveitar temas das notícias interessantes do dia, ou dos últimos dias, pode gerar discussões bem divertidas ou esclarecedoras.

Pela manhã, na ida para o colégio, quando as cabeças ainda estão fresquinhas, podemos levantar assuntos bem relevantes, que vão interessar tanto ao moleque pequeno como ao vestibulando caronista.

Um exemplo atual é o do Vulcão Puyehue, que está em erupção, no Chile, lançando grande volume de cinzas e provocando nuvens que chegam até ao sul do nosso país, passando pela Argentina e Uruguai.

A conversa gira desde os atrasos nos vôos, as dificuldades das pessoas que estão em trânsito, até o formato e a razão da existência dos vulcões. Isso torna os minutos de espera no trânsito momentos culturais e agradáveis, quando cada um pode opinar sobre o que sabe, ouviu ou leu sobre o assunto.

O tempo passa mais rápido e todos podem conversar e aprender algo novo, e também passar seus conhecimentos mais detalhados para os outros.

Um dia a conversa é sobre os vulcões; no outro, sobre a greve dos bombeiros; em um terceiro é o menor homem do mundo que entrou para o livro dos recordes. Contudo, o mais importante é deixar claro que devemos sempre tirar a verdade das notícias. Porque nem tudo que é publicado é verdade e muitos fatos até são distorcidos pela própria opinião parcial de quem escreve. É bom que a garotada comece desde cedo a fazer essa diferença, para formarem seus próprios juízos baseados em fatos concretos, colocados diante das leis morais. Só assim estarão se formando bem para este mundo tão cheio de engodos e falsos profetas da verdade. ( e eu nem citei a política nacional)!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Amar o outro como a si mesmo

Por Maria Teresa Serman

Casamentos sempre me emocionam. Quando um dos noivos me faz relembrar a criança que conheci, como no sábado passado, mais ainda. É sempre reconfortante ouvir o padre dizer: “O que Deus uniu o homem não separe.” Ou que o esposo deve amar sua esposa como Cristo ama sua Igreja.

Escrevo este texto, no dia dos namorados, que deve ser pelo menos a maioria deles – não dá pra ser todo dia, senão enjoa -, desejando a todos eles que possam encontrar, reconhecer e alimentar o amor que Deus colocou nos nossos corações, meu e do meu marido, há quase trinta e três anos. Um amor desafiado no seu início pela diferença de religiões, e testado, ao longo da convivência, por temperamentos bem diferentes, mas com valores comuns.

A rotina é aliada e inimiga do amor, pois, ao mesmo tempo que lhe confere solidez, sufoca os arroubos e limita as surpresas. Há que perguntar sempre, interiormente e em voz alta, adaptando o poeta: Você quer ser meu (minha) namorado (namorada)? E mais do que isso, quer ser o(a) amado(a) pra valer, pra sempre?

Se realmente entendemos o assunto como o principal objetivo de vida – AMAR - , ficará mais fácil, ainda que cotidianamente desafiador, amar o outro – os mais próximos – marido, filhos, pais, irmãos; e os demais – amigos, colegas, conhecidos e anônimos, como a nós mesmos. “Deus nos dá forças (...) e nos julga dignos de confiança”, como nos tranquiliza S. Paulo.

E hoje, dia dos namorados, e no hoje em que o texto estará no blog, quero homenagear o meu amado, e alguns namorados que merecem o epíteto – Liana e Pepê, Salete e Oscar, Beatrice e Bruno, Sandra e Luiz, Dorise e Maurício, Márcia e José Antônio, Jussara e Daniel; os noivos Gaby e Rafael , e o casalzinho recém-esposado, que motivou esta reflexão: Mariana e Pedro Rotava. Que Deus os abençõe sempre, e a nós todos!

terça-feira, 14 de junho de 2011

A importância da vida interior

Por Rafael Carneiro Rocha

É muito difícil não presenciar ao nosso redor pessoas com sintomas de ansiedade, irritação e medo. Nós mesmos experimentamos cotidianamente, em maior ou menor grau, essas desagradáveis visitas espirituais. De qualquer forma, é possível que melhoremos muito nosso enfrentamento com aquelas sensações.

É necessário, primeiramente, que tenhamos conversas interiores, de profunda auto-reflexão. Não digo que precisemos rezar por horas e horas, nem que tenhamos de aprender técnicas de meditação, ou coisas do tipo. Para ter esse tipo de vida interior é preciso, antes de tudo, questionar as nossas atitudes: o que fazemos de bom, de ruim, de neutro - não importa. Precisamos reparar em toda a nossa conduta e perceber como reagimos interiormente a cada coisa. O que nos deixa agitados? O que nos deixa constrangidos? E como reagimos exteriormente às coisas do cotidiano? O que nos faz balançar as pernas? O que nos faz levantar o tom de voz? O que nos faz franzir a testa?

A partir desse mapeamento contemplativo, poderemos chegar à conclusão, por exemplo, de que determinada irritação pode ser consequência de uma ansiedade que não tínhamos aprendido a detectar. É um primeiro passo para lidarmos melhor com nosso nervosismo. Ter controle de si é um sintoma importantíssimo de fortaleza. Quem não se contempla, é capaz de se apavorar ou se enfraquecer por coisas mínimas.

Mas e quando os sintomas de stress chegam por fatores que fogem ao nosso controle? Quase sempre, é assim, certo? Sim. Mas a nossa resposta ao fator externo, seja um evento ou um comportamento desagradável de alguém, pode ser purificada, eu diria. Vivamos, em toda a nossa vida, a disposição para a caridade! Se nos desagradam, a primeira atitude é encarar o ato como uma mortificação que nos leva a Deus, ao sumo bem. Foi permitido tal desgosto, porque eu posso ter força o suficiente para encará-lo, ainda que eu pareça ser a pessoa mais frágil do mundo.

Se Deus fala ao universo, Ele fala comigo todo o tempo. Mesmo na tristeza que nos atinge, Deus nos fala como podemos ser bons. Todas as sensações espiritualmente desagradáveis são vazios que gritam por preenchimento do que é bom. E o que é bom, existe em abundância inimaginável.

Ter vida interior: conversar consigo mesmo e perceber a presença de Deus em todas as coisas do cotidiano são dicas valiosas para melhorar nossa existência. Faremos o bem para os outros e cuidaremos melhor desse tesouro que nos foi dado, o coração humano.