O Brasil é gigantesco e bonito como que! As
artes, os usos e os costumes de cada pedacinho de nosso
país, bem misturadinhos , num grande caldeirão, formam
nosso rico e belo folclore.
Por exemplo:
Macaxeira, jerimum, zabumba, farol
... são palavras que não usamos aqui no Rio de Janeiro, mas fazem
parte da língua portuguesa e são bem
conhecidas . “Nana neném.....”, “Atirei o pau no gato to ....” e “Cai,cai
balão ...”são cantigas de ninar, de roda
e de Festa Junina. Samba, frevo e forró são ritmos e danças
populares. Feijão
tropeiro, acarajé, cocada e carne de sol,... quem já não os experimentou ? O gaúcho, lá no Rio Grande do Sul, usa
bombacha e toma chimarrão. Saci, mula
sem cabeça e lobisomem assustam
muita gente ainda hoje . E as
histórias? A festa de Céu é uma delas. Lendas, então , há milhares.
Nossos índios, há muito tempo
atrás, viam o céu, o sol, a lua, as
estrelas, as águas e as florestas como um grande mistério. Não havia quem lhes
explicasse a origem de todas essas
maravilhas. Não sabiam de onde vinham dos bichos e as plantas que os
alimentavam, nem as ervas que curavam suas doenças. Como terá aparecido o fogo que os aquecia? Criavam
, então, histórias fantásticas para
explicar todos esses fenômenos. Os velhos das tribos contavam essas histórias que depois
foram passadas de pais para filhos até chegarem a nós.
E, como cada um que conta um conto acrescenta
um ponto, as histórias foram ficando um pouco diferentes com o passar do tempo .
Vamos dar um exemplo: Foi o sapo que foi à Festa no Céu escondido na viola do urubu ou foi o jabuti? Ninguém sabe, mas não importa. As duas
versões são
boas e divertidas.
Algumas tribos indígenas acreditavam que a noite saiu de um coco tucumã onde estava presa com
grilos, morcegos e sapinhos. Antes disso só havia o dia. Não havia noite. Era a
Cobra Grande que guardava o coco no
fundo do rio.
Outros acreditavam que ,um dia, o
Sol e a Lua eram noivos, mas esse
casamento teria
sido impossível, pois o sol queimaria a terra e a Lua de tanto chorar, apagaria o fogo com suas lágrimas, mas
inundaria tudo. Teria sido um desastre. A Lua então continuou a chorar de
saudades do Sol e tantas lágrimas derramou que acabou formando o Rio Amazonas.
Diziam alguns que os urubus eram os donos do fogo por muito tempo , mas que um índio muito esperto enganou-os fingindo-se
de morto e roubou uma brasa com que fizeram uma grande fogueira e a partir daí puderam
aquecer-se no inverno e cozinhar seus alimentos.
Na imaginação de muitas tribos, a Vitória
Régia, era uma jovem índia , muito bonita,que acreditava ser a Lua
um belo guerreiro e sonhava casar-se
com ele. Um dia viu o reflexo da lua no rio e pensando que iria enfim encontrar-se
com seu amado guerreiro, mergulhou para
não mais voltar. Foi , então, transformada
na mais bela flor das águas do grande Rio Amazonas e suas pétalas se abrem
todas as noites de lua cheia para receber o sorriso da Lua.
Bem, tudo isso é Folclore, mas trovas
e trava-línguas também são. Que tal dizer bem rapidinho:
“Quando digo digo,digo digo, não
digo Diogo e quando digo Diogo, digo Diogo e não digo, digo.”
E quem não conhece a mais famosa de todas as par lendas: Uni duni
tê
Salamê minguê
Um sorvete
colore
O
escolhido foi VOCÊ
Agnes G. Milley
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