Minha sogra tinha o costume de dizer que era de aço inox, pois estava sempre firme para enfrentar as lidas diárias. Lembrei-me disso para falar sobre os pais e também as mães de hoje, do quanto precisam ser fortes e inquebrantáveis para resistir aos apelos dos filhos, não se deixarem levar pela pressão externa ("todo mundo tem") e interna (se fazerem de vítimas, baterem portas, gritos, copiosas lágrimas, caras emburradas e modos bruscos - dos filhos, é claro), e acabarem cedendo em coisas vitais.
Eles geram vínculos estreitos com seus pais desde muito pequeninos. Esse vínculo é garantia para que a mãe possa alimentá-los e os dois criarem-nos. Mas, conforme vão crescendo, eles vão construindo outras ligações, com vários tipos de pessoas, o que pode levá-los a se separarem de nós.
Já foi provado que o contato corporal e o bem-estar imediato são muito mais importantes que a alimentação, para unir o recém-nascido a sua mãe. Nos humanos, o contato físico imediatamente após o nascimento costuma influir nessa relação de forma substancial. Assim sendo, os pais devem, desde o início, manter esses laços bem firmes com seus filhos, para que no futuro sejamos o ponto de apoio, onde eles encontrarão as verdades da vida e nos terão como os amigos mais sinceros.
Voltando ao tema de sermos de aço inox, essa expressão não pode ser interpretada literalmente, nos tornando rígidos e distantes; ela apenas serve para mostrar o quanto precisamos ter a firmeza e a “liga” de um aço, sem a frieza do metal e sua dureza.
Um pai moderno precisa ser firme, resistir à tentação de ceder aos filhos em tudo, para não se tornar um escravo deles. E, ao mesmo tempo, ser amoroso, para cercá-los de atenção e dos carinhos necessários, mesmo depois de longas horas de trabalho e preocupações. Precisa saber chegar ao coração de seu filho, para transformá-lo em uma pessoa de bem. Nesse momento , então, é fundamental ser de aço inox.
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