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sábado, 28 de agosto de 2010

Li por aí (11) - Educação sentimental

Retirei o texto abaixo do blog do João Carlos, onde mostra bem, por onde andam os sentimentos. E podemos aproveitar as idéias na educação dos nossos filhos. Para que tenham mais controle sobre si e dominem suas reações intempestivas.

O coração é a sede dos sentimentos, mas os sentimentos devem adequar-se à realidade. Já pensou se, no cinema, um espectador caísse na gargalhada durante a exibição de um encontro romântico ou no momento da execução injusta de um personagem importante da trama? Ainda pior seria na vida real: isso ofende muito, demonstra egocentrismo e mina a confiança entre as pessoas.

Nem todo sentimento será de acordo com a razão (“o que deve agradar me agrada, o que deve desagradar me desagrada”). Diante dos sentimentos “irracionais”, que não correspondem às circunstâncias, às pessoas, ao momento…, o que fazer? Não parece eficaz mudá-los à força, nem aguardar que mudem por si mesmos. O mais indicado é ignorá-los e fazer o que se deve fazer, segundo o bom senso. Agindo assim, o gosto virá depois, com o hábito das boas reações já arraigado.

E os sentimentos razoáveis? Como saber que efetivamente correspondem a reações corretas? A racionalidade dos sentimentos vem dada pelas relações que supõem. O motivo de uma alegria, a finalidade de uma atitude aguerrida, a razão de uma esperança, etc., tudo isso ganha sentido no contexto das relações interpessoais. O sentimento tem um caráter relacional, mas o objetivismo exacerbado leva à dureza de coração.

Formação é a educação da vontade, inteligência e do coração. Mas, na sociedade tecnicista, os educadores infelizmente tem preferido encobrir a atrofia sentimental pelo consenso. É a etiqueta substituindo a estética.

Como você vai de educação estética?

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