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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Felicidade em família

Por Rafael Carneiro da Rocha

Muitas pessoas desistem de amar e de constituir famílias porque pensam que terão grandes problemas pela frente. Existe o medo de que uma pessoa para dividir a vida se transforme em fardo pesado e existe o medo de que os filhos se tornem criaturas ingratas.

Antes de ceder ao pessimismo infrutífero do “antigamente era melhor”, eu penso que vale a pena aceitar os desafios da realidade, tal como ela se apresenta ao nosso cotidiano. Hoje, pode ser que seja cada vez mais difícil “ser família”, mas o fato é que mais dificuldades superadas significam mais felicidade alcançada.

Não é bom ter uma vida comandada por medos. Eles devem ser enfrentados, porque quando se sente medo, a própria capacidade de compreender a realidade é prejudicada. É um absurdo pensar que uma pessoa amada é um fardo, assim como não há sentido algum em ter medo de constituir uma família.

Amor verdadeiro, aquele que solidifica felicidades, é sempre doação, entrega. Quem quer amar muito, está sempre disposto ao carinho, à compreensão e à paciência. É preciso amar sem ter a preocupação racionalizada de receber afetos na mesma medida. Citando exemplos bastante comuns, é desse modo que o pai paciente que ama seus filhos rebeldes ou a esposa perseverante que ama o seu marido insensível cultivarão terreno para os tesouros da vida. Não há vale de lágrimas que não se seque com a fortaleza do sorriso. Como deve ser feliz a pessoa que sorri quando, teoricamente, não teria razão nenhuma para isso.

3 comentários:

Stella disse...

"Como deve ser feliz a pessoa que sorri quando, teoricamente, não teria razão nenhuma para isso." E forte, muito forte, a pessoa que sorri quando tem tantos motivos para chorar.

Mª Teresa disse...

A família da foto tem muitos (são 17 ou 18 filhos?)motivos para rir. E o texto está, "para variar", muito sábio e interessante.

Rafael Carneiro disse...

Stella, eu penso que a fortaleza é a virtude mais difícil de ser compreendida. Santo Tomás de Aquino já dizia que não se trata de "atacar", mas de "resistir". Vide o exemplo de Gandhi...

Maria Teresa, quando eu vi essa foto que a Liana escolheu confesso que quase caí da cadeira com o choque, hehehe... Quanta animação! Céus!

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