Li e ouvi bastante a respeito desse assunto, mas para falar dele, de maneira simples mas precisa, escolhi as professoras Fanny Abramovich e Vera Teixeira de Aguiar que muito melhor transmitirão o imenso valor que essas histórias representam no desenvolvimento emocional de nossas crianças.
OS CONTOS DE FADAS VIVEM ATÉ HOJE ...
Quem lê “Cinderela” não imagina que há registros de que esta história já era contada na China, durante o século IX A.C.. E, assim como tantas outras, tem se perpetuado há milênios, atravessando todas as geografias, mostrando toda a força e a perenidade do folclore dos povos.
Por quê? Porque os contos de fadas estão envolvido
Ou, como bem explica Vera Teixeira de Aguiar: “Os contos de Fadas mantêm uma estrutura fixa. Partem de um problema vinculado à realidade (como estado de penúria, carência afetiva, conflito entre mãe e filho), que desequilibra a tranquilidade inicial. O desenvolvimento é uma busca de soluções, no plano da fantasia, com a introdução de elementos mágicos (fadas, bruxas, anões, duendes, gigantes etc.) A restauração da ordem acontece no desfecho da narrativa, quando há uma volta ao real. Valendo-se desta estrutura, os autores, de um lado, demonstram que aceitam o potencial imaginativo infantil e, de outro transmitem à criança a idéia de que ela não pode viver indefinidamente no mundo da fantasia, sendo necessário assumir o real, no momento certo”.
Por lidar com conteúdos da sabedoria popular, com
Fanny Abramovich, em Literatura Infantil – Gostosuras e Bobices Editora Scipione 5ª Edição 1995
Vera Teixeira de Aguiar, em posfácio da coleção Era uma Vez (Contos de Grimm), com bibliografia de apoio para professores, Porto Alegre, Ed. Kuarup
Obs.: Na próxima semana, farei chegar a vocês a opinião de um famoso psicólogo infantil, já falecido. Bruno Bettlelheim analisa e aprofunda o assunto sobre qual refletimos hoje. Não percam. É matéria para discussão.
Agnes G. Milley
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