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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O lar e o circo

Lembrando-me do circo, faço uma analogia entre os equilibristas de pratos e os da corda bamba.

Antes, quando jovem, nos sentimos um daqueles chineses que giravam vários pratos, nos circos. Quando um deles começava a parar, rapidamente, o apresentador  se voltava para o inerte e tocava a girar outra vez. Até que todos estivessem em giro harmônico e constante. Repetia o cuidado sempre, para manter a todos sempre no ritmo. Como uma mãe de muitos filhos, esse é  o propósito: manter a sinergia familiar.

Sinergia, na família, tem o objetivo de conseguir que as pessoas se esforcem para que o relacionamento entre todos dê certo, para que funcione, onde as partes se esforcem para o mesmo fim. Então, é isso, ter uma família, onde  cada membro busque o bem comum a todos. E, enquanto são pequenos, tudo parece mais fácil. Pai e mãe são o centro de tudo e conseguem, com todo esforço possível, dar esse tom ao lar.

Com o passar dos anos, filhos crescendo e alguns já bem crescidos, passamos a nos imaginar agora, um equilibrista de trapézio, aquele que fica na corda bamba, na iminência de um salto mortal. A família já estando noutro patamar, com uma grande parte encaminhada, preparada para viver cada um sua vida, formando outras famílias, e alguns, poucos, ainda na catapulta de lançamento para esse mundo de adultos, é o momento de se lutar para se manter no trapézio sem se deixar cair.

Quando somos jovens temos todo o vigor, próprio da idade, para enfrentar as dificuldades da vida familiar, e obtermos sucessos nas empreitadas. Mas, com os anos chegando, é necessário, além de boa saúde física, ter uma boa saúde mental, um envelhecer com sabedoria, alegria e bom humor. Para ainda aproveitar o convívio com as famílias dos nossos filhos e netos.

Passamos, pai e mãe, de atores principais a coadjuvantes ou até mesmo, simples plateia. Realidade que precisamos encarar, sem mágoas e com alegria, e saber o momento certo de se retirar para trás das cortinas e dar lugar aos novos atores e torcer por eles.

O mundo precisa de muitos circos, palhaços, equilibristas e também de mágicos, para deixar cada vez mais a vida bela!

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