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domingo, 30 de junho de 2013

Para curtir o friozinho -Sopa de cenoura com gengibre



Fácil de preparar e com um sabor inigualável, a receita de sopa de cenoura com gengibre vem sendo passada de gerações em gerações, sendo ainda utilizada de forma medicinal como um alívio para a garganta devido ao gengibre, sabia?

Ingredientes:

1/2 cebola picada
1 litro de água filtrada
2 colheres de sopa de azeite
4 cenouras médias descascadas e cortadas em rodelas
1/2 pimentão vermelho ou amarelo picado
Sal
Gengibre picado

Modo de preparo:

Em uma panela, refogue no azeite a cebola, o gengibre e o pimentão. No momento em que a cebola passar a ficar transparente, coloque as rodelas de cenoura na panela. Misture bem todos os ingredientes e, em seguida, adicione a água.

Desde aí, você tem duas opções: colocar a mistura em uma panela de pressão para acelerar o seu cozimento ou ter um pouco mais de paciência e deixar que a misture cozinhe mais tempo, acrescentando água quando necessário.

Quando a cenoura estiver macia, tire a mistura da panela e coloque-a no liquidificador. Bata-os até ficarem em ponto de creme e pronto!

sábado, 29 de junho de 2013

Graviola ou Guanabana - Inimigo número um do câncer

A Graviola é uma fruta que tem se mostrado surpreendente para eliminar as células do câncer. É dez vezes mais potente do que a quimioterapia.

Por que não estamos conscientes disso? Talvez existam organizações interessadas em encontrar uma versão sintética ou química, permitindo-lhes ganhar renda substancial.

Não esqueçamos que a aspirina deve a sua origem ao salgueiro "branco". Essa planta foi usada ao longo dos séculos na China, na Grécia antiga e na Europa medieval, pela sua ação antifebril e analgésica. Em 1882, o farmacêutico francês Leroux extraiu a da planta a salicina, sua principal substância ativa. Um italiano, Rafael Piria foi o primeiro a produzir ácido acetilsalicílico em forma natural,  mais tarde sintetizado pela Bayer.

Você deve saber que pode beber suco de Graviola para prevenir a doença. Seu sabor é agradável. E, naturalmente, não produz os efeitos desagradáveis da quimioterapia. E você pode ainda plantar uma árvore da graviola em seu quintal. Todas as suas partes são úteis.

Na próxima vez que você quiser  beber um suco, peça graviola.

Quantas pessoas sofrem enquanto este segredo é guardado com

cuidado para não diminuir o lucro de vários milhões de dólares de grandes corporações?

A árvore da graviola é baixa. Não ocupa muito espaço, e a fruta é conhecida com esse nome no Brasil e na América Latina por guanabana, e "Soursop" em inglês. O fruto é muito grande e sua polpa, doce e branca, é comida diretamente, ou usada normalmente para fazer bebidas, palhetas, doces etc.

Os seus efeitos anti cancerígenos são muito fortes, e, embora haja muito mais propriedades atribuídas a ela, a coisa mais interessante sobre o assunto é o efeito nos tumores. Essa planta é mostrada como um remédio para câncer, testado para cânceres de todos os tipos. Há quem diga que é muito útil em todas as variantes do câncer.

É eficiente também como agente anti microbiano de amplo espectro contra infecções por bactérias e fungos. É eficaz contra vermes e parasitas internos, regula a pressão arterial elevada e é antidepressivo, além de combater stress e distúrbios nervosos.

A fonte desta informação é fascinante: vem de um dos fabricantes de medicamentos do mundo, informando que, depois de mais de 20 testes, efetuados, foi revelado que destruiu mais de 12 tipos de células de câncer, incluindo dois pontos diferentes, mama, próstata, pulmão e pâncreas.

Os compostos da planta mostraram atuar dez vezes melhor, retardando o crescimento das células cancerosas, que o produto Adriamycin, uma droga de quimioterapia, geralmente utilizada no mundo. E o que é ainda mais surpreendente: esse tipo de terapia extraído da graviola destrói somente as células malignas e não afeta as células saudáveis.
Instituto de Ciencias de la Salud, L.L.C. 819 N. Charles Street Baltimore, MD  1201

sexta-feira, 28 de junho de 2013

EmContando – 40 - Memórias

Um herói sem medalhas
Obs.: Este episódio se deu ao final da Segunda Guerra, na Alemanha, quando éramos conduzidos para um albergue numa aldeia chamada Heinesreuth, próximo a Bayreuth, cidade de Richard Wagner, o compositor.

Éramos um grupo bem grande de pessoas de todas as idades, na maioria idosos, mulheres e crianças. 
Atravessávamos um bosque como aqueles dos contos de fadas dos Irmãos Grimm. Árvores altas, eretas, de tronco liso e copa pequena deixando entrar a luz do sol.  Baixos arbustos de frutas silvestres aqui e ali. Singelas flores do campo por toda a parte. Borbulhar das águas de fontes e regatos correndo ligeiras por cima de pedras e cascalhos.  Assim era nossa floresta, mas naquela tarde não prestamos muita atenção a ela, e os pássaros, lebres e corças, assustados com  nosso barulho, devem ter se refugiado mais além.

Soldados conduziam o grupo com suas baionetas às costas. Davam ordens e instruções numa língua  estranha para nós. Algumas vezes faziam-nos abaixar e rastejar como cães de caça. Sentíamos, então, de perto, o cheiro da umidade  da terra ,  do musgo e das folhas e agulhas de pinheiros  que atapetavam o chão. Tudo isso se misturava com certo medo, pois não  compreendíamos bem o que se passava.

Mamãe estava atrapalhada. Ela não podia perder-nos. Éramos três meninas pequenas e ela não podia segurar-nos a todas como desejaria. Minha irmã mais nova ainda nem andava. Além disso , mamãe   levava uma valise com documentos, retratos de família e não sei bem mais o quê. Sem que o esperasse, um dos soldados tirou a valise de suas mãos e carregou-a por alguns metros. Desculpando-se, sorriu para ela com doçura. Era muito jovem, quase um adolescente. Procurando com muita dificuldade as palavras, conseguiu, enfim,  dizer: “Sinto muito, mas somos proibidos de ajudar os refugiados” e acrescentou bem devagar: “Meus avós, na América, ensinaram-me um pouco de sua língua. Eles também eram húngaros.” Olhou-nos  com o coração e depois retomou  seu posto.

Mamãe contava esse pequeno episódio com a voz embargada de gratidão.
                                                                                                                              Agnes G. Milley

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Saudades

Eu sabia que este dia chegaria e chegou! O tempo de sentir falta das crianças pequenas. Como passou rápido. Foram os trinta e nove anos mais velozes da história da minha vida.

Parece brincadeira, porque gosto de brincar com tudo, mas é a mais pura verdade; de repente me vi com os filhos criados e a casa começando a esvaziar. E olhem que isso é difícil por aqui, com nove filhos ainda vai demorar pra todos criarem seus novos ninhos.

Eu olho para meu marido e começo a reparar como os anos passaram para nós dois, e nem tivemos muito tempo para notar nossas rugas e cabelos brancos - os dele, porque os meus já são pintados, faz tempo. Quando temos muitas atividades, muitas preocupações e muitos trabalhos, não paramos para ver o tempo passar, ele simplesmente passa.

Hoje digo às mães jovens, com filhos pequenos: curtam muito cada etapa das suas crianças, porque elas crescem num piscar de olhos. E nos períodos dos tornados e tsunamis, não sabemos aproveitar os bons momentos. E depois, só viver das lembranças.

Não estou triste, nem desanimada, foi muito bom tudo e viveria tudo de novo, mas, com certeza, com mais atenção, e tentaria guardar mais atentamente os bons momentos com cada filho.

Como são muitos, confesso que a memória de muitos acontecimentos fica turva, e me confundo se era este ou aquele que levou um certo tombo ou  que fez aquela determinada travessura. Com certeza, eles se lembram melhor do que eu, e sempre me corrigem quando misturo os acontecimentos, nos momentos de confraternização familiar, quando querem comentar fatos passados.

As saudades são boas, são de lembranças de fatos vividos com a família unida, e demonstram que todos esses anos valeram a pena e através dessas lembranças, desejo a todas as outras famílias que tenham guardadas também as suas no fundo do coração, para serem curtidas no período em que não houver mais crianças pequenas chorando ao nosso redor.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Criança precisa brincar (2ª Parte)

Além do excesso de atividades educativas e esportivas, há outra fontes de estresse para as crianças, que podem ser causadas, inadvertidamente, por uma rotina familiar mais complexa nos dias de hoje, embora certas atitudes sejam comuns aos pais desde, calculo eu, Adão e Eva:

- Superproteção - não podemos nem devemos poupar nossos filhos de sacrifícios ou restrições financeiras; perdas afetivas ocasionais e naturais; limites necessários à sua educação; reconhecimento dos seus deveres e dos direito dos outros na convivência diária. Isso os torna fortes e constrói adultos de caráter firme e emocionalmente confiáveis.

- Críticas frequentes - elogios e incentivos sinceros devem ser bem mais frequente do que críticas, principalmente em público, pois estas minam a confiança e a autoestima de qualquer um, especialmente crianças e jovens.

- Falta de horário e ritmo - a rotina de uma criança deve ser previsível e consistente, pois a falta de horário certo para dormir e comer é uma fonte de insegurança e falta de saúde para a criança.

- Violência física - não é nada produtivo e estimula a agressividade nos pequenos. Os castigos devem ser educativos, de duração curta e suportáveis para ambos os lados. Não escolha um castigo para seu filho que você não aguentará e que o fará voltar atrás. Isso é péssimo.

- Traumas - há situações inevitáveis que causam traumas que só podem ser resolvidos com auxílio de um terapeuta. Não mascare a situação, pois carinho, mesmo sem fim, nem sempre atinge o objetivo. Frequentemente precisamos de uma abordagem externa e profissional competente.

Quanto às atividades que desejam proporcionar aos filhos, é prudente consultar os próprios antes. Criança não é um ser abúlico, sem vontade própria; tem preferências, motivações e compatibilidades físicas e emocionais: uns gostam de esporte, outros não. Muitos preferem a música, e outros tanto,  lutas e atividade física intensa. Respeite isso, seu filho não é seu clone ou a compensação pelo que você não teve.

Reflitam e analisem sempre a agenda dos filhos. Pode parecer que não é muita coisa, mas, se nos colocamos no lugar daquele serzinho em particular, veremos que não está adequada, por estar além, aquém ou diferente do que ele ou ela precisam.
                           Maria Teresa Serman

terça-feira, 25 de junho de 2013

Criança precisa brincar! Parte 1

A cada geração que passa, as crianças são assoberbadas com mais encargos, porque os pais, que têm o seu tempo também cada vez mais ocupado fora da família, desejam que os pequenos ou jovens usufruam o que o mesmo trabalho que  lhes rouba a presença dos genitores pode render em termos financeiros. É a lei da compensação, com outro possível título: "Meu filho é melhor!"

Geralmente é no singular mesmo, "meu filho" ou "minha filha", pois se aproveita essa super preparação para justificar ter um filho só ou no máximo dois. "Assim podemos lhe dar tudo de que ele precisa para ter um futuro brilhante!", é uma das frases padrão.

Felizmente, os profissionais da educação e da psico-pedagogia já estão alertando para o perigo de sobrecarregar as crianças em detrimento do que elas mais devem fazer: BRINCAR, e ter: AMOR e TEMPO dos pais.

As vítimas desse excesso de zelo - se é que podemos chamar assim, zelo - habitualmente não reclamam, o que é pior; manifestam seu estresse de várias maneiras indiretas: dificuldade de relacionamento; impaciência; agressividade; explosões frequentes; falhas de memória; choro sem motivo; tristeza e isolamento.

Brincar significa deixar o computador, o celular, a TV e joguinhos eletrônicos, e correr; se aventurar sob supervisão de um adulto ao ar livre; brincar com outras crianças, para aprender a reconhecer seus limites, direitos e deveres sociais; usar a imaginação com brinquedos simples, que propiciem o velho e fundamental "faz-de-conta"; empilhar, dobrar, criar situações que suas próprias cabecinhas sugerem; pular corda; brincar de pique-pega, de esconde-esconde, e de muitas outras formas simples que alimentaram a alma e construíram a personalidade de muita gente boa, não só no intelecto e quanto à parte física falando, mas moral e psicologicamente também. 

E digo mais uma coisa, que aprendi na minha vida de filha única e mãe de cinco filhos: não há presente melhor para alguém do que a companhia, para brincar e brigar, dos irmãos!

                                         Maria Teresa Serman

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Fazendo compras de mercado (imaginem que cheguei do mercado!!)

Este é um assunto sempre atual e frequente em uma família. Todos gostam de encontrar comidinha em casa, roupas lavadas e casa limpa, mas não reparam no quanto isso pode ser trabalhoso para uma dona de casa, ou melhor dizendo, para uma administradora do lar.

A ida ao mercado pode ser vista como um passeio a mais feito pela mãe; porém, ela requer várias etapas bem desgastantes, e nem por isso é mais valorizada. Só reparam quando não tem mais biscoitos na despensa, bebidas na geladeira e os componentes das dietas estranhas dos adolescentes.

Quando a família é um pouco maior, essas idas ao mercado são mais frequentes, semanais; porque não adianta tentar estocar as mercadorias, pois quanto mais veem coisas em casa, mais consomem. É necessário calcular o consumo semanal e se limitar a comprá-los para este período. Assim a economia será maior.

Com a situação atual do país, precisamos estar bem atentas às mudanças sutis de preços; eles estão subindo a cada dia e prejudicando os consumidores mais desavisados. Sendo assim, os itens que sempre compramos precisam ser mais observados em seus valores. E, com certeza, não são só vinte centavos de aumento. Em um dia, o quilo da alcatra está a R$12,90 e no outro a R$17,00. São mudanças bem substanciais no orçamento de compras. Se somarmos todos os pequeninos aumentos, teremos um gasto muito maior a cada semana, por desperdício ou falta de atenção. Um jeito de driblar esses aumentos é comparar preços, e optar por mudar o cardápio da semana, para gastar o mesmo valor da semana anterior. É agir como se fosse um equilibrista de circo: sempre na corda bamba ou equilibrando pratos com varas!

Outro desgaste que temos com essas idas ao mercado é o processo das compras em si: ir até lá; escolher com cuidado as mercadorias; colocar no carrinho; ficar na fila do caixa; tirar tudo do carrinho; colocar na bancada; ensacar as compras; colocar de volta no carrinho; levar para o carro; tirar do carrinho, encher o bagageiro do carro; voltar pra casa, tirar tudo do carro; levar pra dentro de casa;, guardar nos armários e geladeira. Um copo de água, por favor! Cansei. E isso pode ser alterado, recrutando a cada semana a ajuda de um filho ou filha, ou não tendo ninguém pra ajudar.

Todas essas coisas acontecem semanalmente, e quando o marido chega do trabalho, coitadinho: trabalhou o dia inteiro! Trabalhou sim, mas nós, as administradoras do lar, trabalhamos fisicamente e ao mesmo tempo com o cérebro, arquitetando como será a semana inteira com o cardápio para a família, com as atividades dos filhos, com as preocupações na educação dos jovens ou com os problemas escolares dos mesmos. Isso tudo é muito pouco valorizado, porque é feito sempre sem alardes. E, como somos capazes de múltiplas ações, vamos em frente e ainda fazemos a jornada noturna.

domingo, 23 de junho de 2013

Este é um novo dia!

Para ordenarmos a nossa vida, o Senhor deu-nos os dias e as noites. O dia fala ao dia e a noite comunica à noite os seus pensamentos. E cada novo dia recorda que temos de continuar os nossos trabalhos interrompidos e renovar os nossos projetos e as nossas esperanças: “O homem sai para o trabalho e lá fica até o anoitecer. Depois chega a noite e, com um sorriso bondoso, Deus manda-nos pôr de lado todas as ninharias a que nós, pobres mortais, damos tanta importância [...], fecha-nos os livros, esconde-nos as distrações, cobre com um grande manto negro as nossas existências...; quando a escuridão nos envolve, passamos por um ensaio geral da morte; a alma e o corpo despedem-se um do outro... Então chega a manhã e com ela o renascimento”.

De certa maneira, cada dia começa com um nascimento e acaba com uma morte; cada dia é como uma vida em miniatura. No fim, a nossa passagem pelo mundo terá sido santa e agradável a Deus se tivermos tido a preocupação de que cada dia fosse grato a Deus, desde que o sol despontou até o seu ocaso, como também a noite, porque a teremos igualmente oferecido a Deus.

O hoje é a única coisa de que dispomos para santificar. O dia fala ao dia; o dia de ontem sussurra ao de hoje e nos diz da parte do Senhor: “Começa bem”. O dia de ontem desapareceu para sempre, com todas as suas possibilidades e com todos os seus perigos. Dele só ficaram motivos de contrição pelas coisas que não fizemos bem, e de gratidão pelas inumeráveis graças, benefícios e cuidados que recebemos de Deus. O “amanhã” ainda está nas mãos do Senhor. “Porta-te bem «agora», sem te lembrares de «ontem», que já passou, e sem te preocupares com o amanhã, que não sabes se chegará para ti”

Do livro  Falar com Deus. Tempo Pascal. Quinta Semana. Quinta feira

sábado, 22 de junho de 2013

Em relação aos medicos: médica responde a um dos seus contatos no Facebook

Tenho apenas dois anos de formada, mas tudo que vivenciei até hoje foi na saúde pública. Formei-me na que tem a fama de ser uma das melhores Universidades do Brasil, e é neste mesmo lugar que por diversas vezes achei que o melhor não poderia ser só isso.

Logo no meu sexto período (primeiro período que ficamos maior parte do tempo nas enfermarias) metade das enfermarias foi fechada por falta de verba. Quando digo metade deveria dizer 1/4, pois metade do hospital já não funcionava desde a sua construção.

Durante o internato em muitas ocasiões não podíamos participar de cirurgias por falta de roupa no centro Cirúrgico ( não por falta da mesma, e sim por falta de roupa limpa). Por problemas com locais que realizavam a higienização destas roupas.

Às vezes, precisávamos colher sangue de um paciente e não tínhamos luvas (daquelas de caixinha mesmo que se compra na farmácia sem grandes complicações). Ah, e  isso quando o que não faltava era agulha, seringa, tubo de hemograma, gaze, esparadrapo...

No meu último ano de faculdade a famosa metade do hospital que não funcionava foi implodida (sua estrutura aberta há anos estava prejudicando a parte que funcionava com risco de desabamento). Algumas vezes o prédio apresentou abalos na estrutura e precisamos sair correndo, (e os pacientes acamados? E outros tantos que não podem se locomover com facilidade?).

Eu disse no inicio que tenho dois anos de formada. E o entulho que restou da parte implodida? Quanto tempo ficou lá? Prefiro não responder...

Em certos lugares do hospital nós passávamos ao lado de ratos ( gigantes), baratas e outros animais. Os ninhos de ratos não ficavam num cantinho longe e sim dentro do hospital mesmo.

No momento continuo dentro da saúde pública, pois agora faço minha residência num grande Hospital Federal do RJ. Não continuarei a citar as deficiências estruturais encontradas, só posso dizer que assim como onde me formei, o problema não é o número de médicos.

Nem acho também que posso colocar publicamente todos os problemas da saúde pública e suas consequências, pois as consequências envolvem pessoas.

Bom, estou falando de uma cidade grande, uma das maiores capitais do Brasil, mas posso citar um exemplo de interior.

Outro dia recebi uma proposta de trabalho. Irrecusável!(ironia). Trabalhar numa cidade em Roraima com um salário ate que interessante para um médico no inicio da carreira. Problemas: seria o único médico da cidade, a capital fica a uma distancia de um pouco menos de 200 km, não tem hospital, não tem boas estradas para o acesso a próxima cidade... E isso sem pensar em outros problemas. Imagine um paciente precisando de uma cirurgia de urgência, (não fiz cirurgia) que acaba morrendo antes de chegar ao hospital. O que acontecerá comigo? A insatisfação da família será só com a falta de recurso? Acho que eu acabaria virando noticia de jornal... Ou só desaparecida mesmo, sem noticias... Acho que ninguém que estudou tanto acharia agora esse salário atrativo.

O que acontece (contact redacted) vai muito além do número de médicos no Brasil e da qualidade desses médicos.

Acho que o texto já ficou muito longo e não consegui nem de perto falar tudo e concluir meu pensamento. Por isso, vou sugerir que veja esse vídeo:



Só farei mais duas observações. Assim como este deputado do vídeo, nenhum médico brasileiro é contra a entrada de médicos estrangeiros. Só achamos que os diplomas desses médicos devem passar por um processo de validação no nosso país. Em qualquer outro país de respeito existem provas e muitas etapas, para se conseguir trabalhar como médico tendo um diploma brasileiro.

A segunda observação é: muitos brasileiros que não foram aprovados em vestibulares no Brasil recebem propostas para se filiar ao partido atual do Governo e com isso ganham uma vaga nas universidades de Cuba. — por Ana Luiza.

A Banca do "Distinto"

Estive em um  velório, a um tempo atrás, e ouvi uma pessoa presente falar, exatamente, a última estrofe desta música antiga, de Billy Blanco: “Todo mundo é igual, acaba com terra por cima...”. Isso me levou a refletir nas vezes em que nos achamos melhores que outra pessoa, superiores, ou quando agimos como se fossemos algo mais do que outros.

Segue a música, que além de divertida, é uma excelente reflexão para nós e nossos filhos.


 Composição: Billy Blanco  

Não fala com pobre,// Não dá mão a preto
Não carrega embrulho // Pra que tanta pose, doutor

Pra que esse orgulho// A bruxa que é cega
Esbarra na gente // E a vida estanca

O enfarte lhe pega, doutor //E acaba essa banca
A vaidade é assim, //Põe o bobo no alto

E retira a escada // Mas fica por perto
Esperando sentada // Mais cedo ou mais tarde

Ele acaba no chão // Mais alto o coqueiro,
Maior é o tombo // Do coco afinal

Todo mundo é igual // Quando a vida termina
Com terra em cima // E na horizontal

sexta-feira, 21 de junho de 2013

EmContando - 39 - Lições de cada dia

Cheguei  de mais uma visita ao CTI. Minha amiga está se recuperando, graças a Deus. Está mais corada, respira melhor e hoje olhou-me bem nos olhos. Vim com o coração mais leve.

Desci do ônibus no Largo dos Leões. Tião estava sentado no banco verde da praça arborizada. Cochilava tranquilo com o queixo caído no peito. Tião é forte, em torno dos 60 anos de idade. Tem a pele escura e cabelos crespos, ligeiramente grisalhos.  Seu semblante é sempre sereno e só fala o necessário.

Como extensão do banco verde, ele enfileirou uma série de caixotes servindo de balcão para sua livraria de segunda mão. Além de livros, vende DVDs, CDs, muitas vezes clássicos, e reserva um cantinho para pequenos objetos como caixinha de música, abotoaduras, bichinhos e flores de gesso, antigas imagens de santos, caixinhas de porcelana ... Tudo muito velho, tirados do baú.

Tião dormia tranquilo. Passei por ele e sorri. Parecia feliz em sua simplicidade. Rapidamente, desviei os olhos para um barulho no asfalto. Os carros estavam parados na faixa, esperando o sinal abrir quando surgiu do nada uma espécie de skate quadrado com um passageiro nele sentado, sem pernas. Ele vinha em toda a velocidade em direção dos carros, e no último instante, antes de bater, girou o corpo e seu veículo subiu pela rampa da calçada, esbarrando de leve na mocinha que ali fazia seu estranho trabalho. Ela assustou-se, deu um grito, mas logo os dois riram do incidente.

A
mocinha, quase uma adolescente, tirava latas de alumínio de um saco, na beira da rua, e jogava-as sobre asfalto no momento exato  em que o sinal abria para os carros. As latas pipocavam debaixo das rodas e quando os carros se afastavam e o sinal fechava novamente, ela corria e recolhia as latas achatadas e jogava outras. Era esse o seu trabalho. Fiquei encantada; sorri de novo. Ali, tão pertinho, no tempo e no espaço, três cenas tão inusitadas!

Minha amiga, Tião, o jovem do carrinho e a menina das latas me acalentaram o coração naquela tarde. Quatro vidas, quatro histórias, quatro pessoas lutando pela vida superando o quase insuperável, esperando, confiando   e sem complicações, fazendo  a vida acontecer.


                                                                Agnes G.Milley

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Dicas para fazer bolos

Mesmo as mais experientes boleiras precisam relembrar, às vezes, detalhes simples mas fundamentais. Estas dicas são da Andreia, do blog Aromas e Sabores.

"Quando comecei a cozinhar tive muitas dificuldades, solei vários bolos e queimei outros tantos. Hoje em dia estou melhor e raramente erro. Não sou experta em confeitaria, mas reuni aqui algumas dicas que fui aprendendo ao longo dos anos, para ajudar o boleiro iniciante e facilitar sua vida na cozinha.”

Dicas
  • 1. Antes de começar a fazer o bolo, verifique se tem todos os ingredientes necessários em casa. Essa dica parece óbvia, mas eu nem sempre sigo e fico igual a uma pateta com os ovos quebrados, forma untada e sem açúcar!
  • 2. Utilize ingredientes em temperatura ambiente. Nãose  lembrou de tirar da geladeira? Utilize o micro-ondas muito rapidamente. Eu coloco até meus ovos por lá... Mas bem aos pouqinhos e com muito cuidado para não cozinhar!
  • 3. Unte a forma/tabuleiro com manteiga e polvilhe com farinha de trigo. Faça isso antes de começar a fazer o bolo. Unte bem, verifique se os cantinhos estão com gordura.
  • 4. Para untar a forma, gosto de usar um pedaço de papel toalha, ou então o próprio pacote da manteiga. Assim não meleco os dedos. Um pincel pode ser usado mas terá que ser lavado ao final...
  • 5. Quando a receita pede para bater as claras separadamente, faça isso antes de bater os outros ingredientes. Dessa forma você não precisa lavar as pás da batedeira entre os processos.
  • 6. Falando em claras: para bater claras em neve, sua tigela e os utensílios devem estar sem nenhuma gordura para que elas cresçam.
  • 7. Peneire a farinha e outros ingredientes secos antes de usar para evitar bolinhas na massa e algum bichinho penetra... Outro dia peneirei e veio uma larva... Eca!
  • 8. Aprendi a misturar a farinha de trigo mexendo a massa de baixo para cima com uma colher de arroz, e raramente tenho massa com bolotas.
  • 9. Ao misturar as claras em neve ao final da preparação, misture muito delicadamente. Se a massa estiver muito densa, misture um terço das claras primeiro, do jeito que der, e depois o restante com cuidado. A clara em neve vai deixar seu bolo mais aerado, mais fofo. Se as claras forem misturadas com muito empenho esse efeito se perderá.
  • 10. Ao incorporar ingredientes em pedaços, como castanhas, passas e chocolate, envolva-os com farinha. Isso faz com que se espalhem de forma mais uniforme pelo bolo.
  • 11. O forno deve sempre estar pré-aquecido. Ligue-o antes de começar a bater o bolo na temperatura que a receita aconselha. Um forno demora em média 20 minutos para aquecer: se ele ainda está com a porta embaçada, é porque não está quente o suficiente.
  • 12. A temperatura ideal do forno para um bolo comum é normalmente de 180°c, ou seja, forno médio. Mas atenção, quanto mais densa e pesada for a massa de seu bolo menor deve ser a temperatura do forno, para que ele asse bem por dentro e não queime por fora.
  • 13. Bolos assados em forma de bolo inglês ou formas muito altas também levam mais tempo para assar e pedem temperaturas mais baixas.
  • 14. Não encha demais a forma para que seu bolo não transborde. Deixe vazio pelo menos um dedo em um tabuleiro e dois dedos em um forma mais funda.
  • 15. Não abra o forno durante o crescimento do seu bolo.
  • 16. Para verificar se seu bolo está pronto, faça o teste do palito. Insira um palito de dente no centro do bolo e retire. Se o palito sair limpo, o bolo está assado. Se estiver com massa grudada, deixe seu bolo no forno por mais tempo. Se o bolo estiver muito dourado e ainda cru, diminua o forno.
  • 17.Quando abrir a porta do forno, olhe para seu bolo: se ele "sambar" como uma gelatina, é porque está cru por dentro. Feche a porta rapidamente.
  • 18. Não seja guloso! Espere o bolo esfriar um pouco antes de desenformar para que ele saia por inteiro da forma.
  • 19. Não desista! Bolo não é difícil de fazer; com paciência, carinho e uma boa receita, seu bolo vai ficar delicioso!
  • 20. Se você não tem muita experiência ou tempo, teste uma receita básica e, se gostar, utilize-a sempre, mas variando o sabor. Troque o leite por sucos diversos, acrescente castanhas, chocolate, canela, frutas, etc.
  • 21. Ao acrescentar chocolate em pó em uma receita de bolo, reduza a quantidade de farinha de trigo proporcionalmente, ou seja, se acrescentar 50 g de chocolate em pó, diminua 50 g de farinha.
  • 22. Ao limpar os utensílios engordurados, utilize água morna. Água fervente pode fazer com que a gordura grude ainda mais.
Maria Teresa Serman

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Não nos perturbemos com os nossos defeitos

O bom e o mau arrependimento

"A tristeza que é segundo Deus, afirma S. Paulo, produz uma penitência estável para a salvação; a tristeza do mundo produz a morte." (2 Cor 7,10) A tristeza pode, pois, ser boa ou má, conforme os efeitos que produza em nós. Mas, em geral, produz mais efeitos maus que bons, porque os bons são apenas dois: a misericórdia - o pesar pelo mal dos outros -, e a penitência - a dor de ter ofendido a Deus -, ao passo que os maus são seis: medo, preguiça, indignação, ciúme, inveja e impaciência. Por isso, diz o Sábio: "A tristeza mata a muitos e não há utilidade nela"(Ecle 30,25), já que, para dois regatos de águas límpidas que nascem do manancial da tristeza, nascem seis de águas poluídas).

"Devemos entristecermo-nos, mas com um arrependimento verdadeiro, não com uma dor mal-humorada, cheia de despeito e indignação. O verdadeiro arrependimento é sempre calmo, como todo o sentimento inspirado pelo bom Espírito: "o Senhor não está a perturbação“ (3 Re 19,11). Onde principiam a inquietação e a perturbação, a tristeza má passa a ocupar o lugar da tristeza boa.
"A má tristeza - insiste S. Francisco de Sales - deprime e perturba a alma, inquieta-a, incute-lhe temores desmedidos, tira-lhe o gosto pela oração, atordoa e fatiga lhe a cabeça, impede-a de tirar proveito dos bons conselhos, de tomar resoluções, de formar juízos, de ter coragem, e abate-lhe as forças.(...)

Em resumo: não vos aborreçais, ou, pelo menos, não vos perturbeis por vos terdes perturbado; não vos abaleis por vos terdes abalado; não vos inquieteis por vos terdes inquietado por causa desses impulsos incômodos. Recuperai o domínio do vosso coração e colocai-o suavemente nas mãos do Senhor. Fazei, na medida do possível, que o vosso coração torne a estar em paz convosco mesma, ainda que vos saibais miserável...

Sempre que virdes o vosso coração amargurado, limitai-vos simplesmente a apanhá-lo com a ponta dos dedos, não de punho fechado, bruscamente... É necessário ter paciência e afagar o coração, animando-o; e quando estiver muito intranquilo, é preciso segurá-lo como a um cavalo desembestado, firmemente, sem o deixar correr à solta atrás dos sentimentos."

Extraído do livro “A arte de aproveitar as próprias faltas”, de Joseph Tissot

terça-feira, 18 de junho de 2013

Truques e dicas

Ocasiões especiais exigem cuidados extras. Então resolvemos pesquisar algumas dicas, para aumentar o efeito que os produtos conhecidos de maquiagem  já produzem, permitindo excepcionais resultados para aqueles momentos em que queremos brilhar, literal ou metaforicamente.

O novo mas já famoso BB Cream é a primeira ferramenta. Condensa em um só três etapas básicas: hidratante suave, primer facial e base. E alguns já vêm enriquecidos de vitamina E, chá verde, e outros componentes que ampliam seu alcance. Se quiserem usar um primer somente, este também recebe "aditivos", tipo ácido hialurônico, linoleico e linolênico, que protegem a pele contra agressões do sol, poeira e vento.

Bases há muitas e boas, mas Dior Skin Sculpt, nada barata, mas vale cada real, pois faz de um tudo: contém silicone líquido e cera de abelha, dando uma erguida na pele, o que chamam em maquiagês de "UP", disfarça rugas e é ótima para fotografias.

O corretivo Dermacolor Camouflge Creme, da Kriolan é
fantástico para encobrir manchas, cicatrizes, vasinhos e vitiligo. Só acho que sua consistência é demasiado pesada para a área dos olhos, prefiro o imbatível corretivo da Lâncome. Porém os de marcas nacionais são bons em sua maioria.

Pós faciais pra tirar o brilho devem ser aplicados suavemente com pincel próprio, para não pesar. Uso sempre o translúcido da Payot, que tem partículas mínimas de brilho, podendo ser empregado no dia a dia, e é barato.

Chegamos aos olhos, peças fundamentais para a beleza. É preciso prepará-los bem, com creme ou máscaras que clareiem olheiras e reduzam bolsas e inchaços, para que a maquiagem se destaque. O preferido da hora é o delineador. Pode ser o maravilhoso da Mac, em mousse, o que facilita demais a aplicação, ou um lançamento da Revlon, à prova d'água, resistente ao suor, lágrimas e tempo. Para completar a Máscara de Cílios Outrageous, da Sephora, que dá um volume esplêndido!

Já ficou claro que carregar nos olhos indica não destacar a boca. Mas, para um dia especial, à noite, por que não olhos esfumados e boca vermelha, com batom do tipo matte, fosco que não desidrata os lábios. Um truque é, além de contornar os lábios com lápis do mesmo tom do batom, arrematar o primeiro lápis com um contorno de lápis branco, só no topo, naquele V que é chamado de arco do cupido, ou embaixo da parte mais carnuda do lábio inferior. Vai dar uma sensação de volume sem igual.

Em próximo texto vamos falar sobre como destacar a pele do corpo, aguardem!

                                                             Maria Teresa Serman

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Churrasco combina com vinho, sim!

Vinho e carne: desce redondo!

"Você chamou alguns amigos para estrear a sua churrasqueira no final de semana e já tem a comida sob controle, então que tal surpreendê-los com a bebida? Saiba que há estudos que explicam em detalhes o porquê de a harmonização entre carne vermelha e vinho tinto ser tão perfeita. Acontece que a proteína da carne suaviza os taninos do vinho, enquanto a bebida ajuda a contrabalancear a gordura da carne. Isso, no nosso paladar, é entendido como uma verdadeira sinfonia de sabores e sensações. E aí, já está convencido a abandonar a cerveja?"

Uma combinação harmoniosa, como dizem os especialistas(sommeliers),
se faz entre a carne e alguns tipos de vinhos, de intenso sabor e persistentes no paladar, de modo que o gosto naturalmente acentuado da carne vermelha não se anule, e nem anule a bebida, por outro lado. Uma casta recomendada no caso é o Cabernet Sauvignon puro, como alguns italianos da região do Veneto, na Itália.

O tempo que o vinho "hiberna" em barricas de carvalho intensifica seu sabor, conferindo-lhe a qualidade que se chama de "amadeirado". Nesse caso, há "cortes" ou "varietais" vinhos que mesclam mais de um tipo de uva, como alguns espanhóis, também trazendo em sua composição a Cabernet Sauvignon.

Vale ou não vale uma traição à "loura"?

                                       Maria Teresa Serman

Trecho entre aspas e consultoria geral do endereço www.contato@epicerie. com.br