Este é um assunto sempre atual e frequente em uma família. Todos gostam de encontrar comidinha em casa, roupas lavadas e casa limpa, mas não reparam no quanto isso pode ser trabalhoso para uma dona de casa, ou melhor dizendo, para uma administradora do lar.
A ida ao mercado pode ser vista como um passeio a mais feito pela mãe; porém, ela requer várias etapas bem desgastantes, e nem por isso é mais valorizada. Só reparam quando não tem mais biscoitos na despensa, bebidas na geladeira e os componentes das dietas estranhas dos adolescentes.
Quando a família é um pouco maior, essas idas ao mercado são mais frequentes, semanais; porque não adianta tentar estocar as mercadorias, pois quanto mais veem coisas em casa, mais consomem. É necessário calcular o consumo semanal e se limitar a comprá-los para este período. Assim a economia será maior.
Com a situação atual do país, precisamos estar bem atentas às mudanças sutis de preços; eles estão subindo a cada dia e prejudicando os consumidores mais desavisados. Sendo assim, os itens que sempre compramos precisam ser mais observados em seus valores. E, com certeza, não são só vinte centavos de aumento. Em um dia, o quilo da alcatra está a R$12,90 e no outro a R$17,00. São mudanças bem substanciais no orçamento de compras. Se somarmos todos os pequeninos aumentos, teremos um gasto muito maior a cada semana, por desperdício ou falta de atenção. Um jeito de driblar esses aumentos é comparar preços, e optar por mudar o cardápio da semana, para gastar o mesmo valor da semana anterior. É agir como se fosse um equilibrista de circo: sempre na corda bamba ou equilibrando pratos com varas!
Outro desgaste que temos com essas idas ao mercado é o processo das compras em si: ir até lá; escolher com cuidado as mercadorias; colocar no carrinho; ficar na fila do caixa; tirar tudo do carrinho; colocar na bancada; ensacar as compras; colocar de volta no carrinho; levar para o carro; tirar do carrinho, encher o bagageiro do carro; voltar pra casa, tirar tudo do carro; levar pra dentro de casa;, guardar nos armários e geladeira. Um copo de água, por favor! Cansei. E isso pode ser alterado, recrutando a cada semana a ajuda de um filho ou filha, ou não tendo ninguém pra ajudar.
Todas essas coisas acontecem semanalmente, e quando o marido chega do trabalho, coitadinho: trabalhou o dia inteiro! Trabalhou sim, mas nós, as administradoras do lar, trabalhamos fisicamente e ao mesmo tempo com o cérebro, arquitetando como será a semana inteira com o cardápio para a família, com as atividades dos filhos, com as preocupações na educação dos jovens ou com os problemas escolares dos mesmos. Isso tudo é muito pouco valorizado, porque é feito sempre sem alardes. E, como somos capazes de múltiplas ações, vamos em frente e ainda fazemos a jornada noturna.
2 comentários:
A situação só não é "engraçada" como nos filmes a gente vê, pois só quem tem essa rotina desgastante é que pode entender.
Seria bom se não apenas 1 filho ou filha acompanhassem na medida do possível(horários de estudo, estágios, trabalho fora de casa, etc.)a mãe às compras, e que se pudessem ir DOIS juntos(nem se fosse no final de semana), ajudaria pelo menos na seleção de produtos a serem comprados, e combinando um ponto de encontro pudessem ir juntos ao CAIXA, cada um descarregando seu carrinho e o mesmo fizessem na hora de levar pro carro, retirar e colocar nos armários ou geladeira, etc....
CLARO QUE ISSO É UM SONHO BOM DEMAIS pra ser ver com frequência, mas eu cheguei a conhecer uma família de 9 filhos, que perderam mãe e pai muito cedo, e JUNTOS fizerem esse acordo, pra que nunca um ficasse tão sobrecarregado nas compras.
VI COM MEUS PRÓPRIOS OLHOS! NÃO É UMA MIRAGEM! Sei disso, pois uma tarde acompanhei algumas das meninas nas compras(enquanto éramos todas adolescentes) e era na hora de sair do supermercado que pesava mais até encontrar um táxi que parasse na porta para poderem carregar a compra e levar pra casa.
Fica aqui a minha ADMIRAÇÃO pelas ADMINISTRADORAS DO LAR!
Querida amiga
Só é possível tudo isso se acostumamos nossos filhos desde pequenos.
Gostei muito do seu exemplo. As vezes quando os pais faltam, os filhos criam forças maiores para suprir essa ausência. bjs
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