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quinta-feira, 27 de junho de 2013

Saudades

Eu sabia que este dia chegaria e chegou! O tempo de sentir falta das crianças pequenas. Como passou rápido. Foram os trinta e nove anos mais velozes da história da minha vida.

Parece brincadeira, porque gosto de brincar com tudo, mas é a mais pura verdade; de repente me vi com os filhos criados e a casa começando a esvaziar. E olhem que isso é difícil por aqui, com nove filhos ainda vai demorar pra todos criarem seus novos ninhos.

Eu olho para meu marido e começo a reparar como os anos passaram para nós dois, e nem tivemos muito tempo para notar nossas rugas e cabelos brancos - os dele, porque os meus já são pintados, faz tempo. Quando temos muitas atividades, muitas preocupações e muitos trabalhos, não paramos para ver o tempo passar, ele simplesmente passa.

Hoje digo às mães jovens, com filhos pequenos: curtam muito cada etapa das suas crianças, porque elas crescem num piscar de olhos. E nos períodos dos tornados e tsunamis, não sabemos aproveitar os bons momentos. E depois, só viver das lembranças.

Não estou triste, nem desanimada, foi muito bom tudo e viveria tudo de novo, mas, com certeza, com mais atenção, e tentaria guardar mais atentamente os bons momentos com cada filho.

Como são muitos, confesso que a memória de muitos acontecimentos fica turva, e me confundo se era este ou aquele que levou um certo tombo ou  que fez aquela determinada travessura. Com certeza, eles se lembram melhor do que eu, e sempre me corrigem quando misturo os acontecimentos, nos momentos de confraternização familiar, quando querem comentar fatos passados.

As saudades são boas, são de lembranças de fatos vividos com a família unida, e demonstram que todos esses anos valeram a pena e através dessas lembranças, desejo a todas as outras famílias que tenham guardadas também as suas no fundo do coração, para serem curtidas no período em que não houver mais crianças pequenas chorando ao nosso redor.

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