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terça-feira, 25 de junho de 2013

Criança precisa brincar! Parte 1

A cada geração que passa, as crianças são assoberbadas com mais encargos, porque os pais, que têm o seu tempo também cada vez mais ocupado fora da família, desejam que os pequenos ou jovens usufruam o que o mesmo trabalho que  lhes rouba a presença dos genitores pode render em termos financeiros. É a lei da compensação, com outro possível título: "Meu filho é melhor!"

Geralmente é no singular mesmo, "meu filho" ou "minha filha", pois se aproveita essa super preparação para justificar ter um filho só ou no máximo dois. "Assim podemos lhe dar tudo de que ele precisa para ter um futuro brilhante!", é uma das frases padrão.

Felizmente, os profissionais da educação e da psico-pedagogia já estão alertando para o perigo de sobrecarregar as crianças em detrimento do que elas mais devem fazer: BRINCAR, e ter: AMOR e TEMPO dos pais.

As vítimas desse excesso de zelo - se é que podemos chamar assim, zelo - habitualmente não reclamam, o que é pior; manifestam seu estresse de várias maneiras indiretas: dificuldade de relacionamento; impaciência; agressividade; explosões frequentes; falhas de memória; choro sem motivo; tristeza e isolamento.

Brincar significa deixar o computador, o celular, a TV e joguinhos eletrônicos, e correr; se aventurar sob supervisão de um adulto ao ar livre; brincar com outras crianças, para aprender a reconhecer seus limites, direitos e deveres sociais; usar a imaginação com brinquedos simples, que propiciem o velho e fundamental "faz-de-conta"; empilhar, dobrar, criar situações que suas próprias cabecinhas sugerem; pular corda; brincar de pique-pega, de esconde-esconde, e de muitas outras formas simples que alimentaram a alma e construíram a personalidade de muita gente boa, não só no intelecto e quanto à parte física falando, mas moral e psicologicamente também. 

E digo mais uma coisa, que aprendi na minha vida de filha única e mãe de cinco filhos: não há presente melhor para alguém do que a companhia, para brincar e brigar, dos irmãos!

                                         Maria Teresa Serman

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