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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Projetos para quê?

Por Maria Teresa Serman
Toda vez é o mesmo papo (comprovadamente furado): projetos feitos para o novo ano, que são padrões, tais como emagrecer; fazer exercício físico; comer saudavelmente aquela catrefada de coisas com ômega 1,2,3,4,5,6 ao infinito, e radicais livres que nos aprisionam; começar uma atividade prazerosa, ou terminar de ler a pilha de livros empoeirados na cabeceira, que olham condenatoriamente para quem os vem rejeitando; dar mais atenção à família (esse então é campeão!); trabalhar menos e ter mais lazer; enfim, aquela lista que ninguém aguenta mais ouvir ou fazer, por isso não fazemos mesmo!

Que tal começar o ano com pouquíssimas e acessíveis metas, encabeçadas por uma fundamental, que conduzirá todas as outras? Abandonar-se nas mãos amorosas do Pai e deixar que a Divina Providência nos guie? Não entendam tendenciosamente que isso significa deitar na rede e ficar de papo pro ar, nananina!, de maneira alguma, é exatamente o contrário: trabalhar, servir, amar, cuidar da família, dos outros e de si mesmo, mas sempre com uma visão sobrenatural, que é a que nos salva realmente, desde o começo até o fim.

Acredito que "tudo contribui para o bem dos que amam a Deus", e procuram estar atentos às Suas inspirações. Neste ano que virá, de minha parte só penso em fazer o que Ele espera de mim, e já é muito, porque Ele espera o melhor dos Seus filhos, como esperamos dos nossos. O que vou conseguir vai ser uma equação feliz - assim espero - da minha correspondência (por maior que seja só vai representar talvez 5% do total) e das graças que Sua misericórdia sem fim vai me proporcionar.

S.Paulo já disse, com toda a sua peculiar sabedoria e firmeza, que "quando sou fraco, aí é que sou forte", para que a Ssma.Trindade manifeste Seu poder. A minha contribuição é ter fé, esperança e caridade, e assim mesmo só será possível se eu Lhe pedir, pois sendo virtudes teologais, só advirão diretamente dele. O que, de novo, não significa inoperância.

Vamos fazer os outros felizes, sermos felizes e esperançosos, acolhermos com benignidade e alegria os que amamos, os que podemos amar melhor, e aqueles que necessitam do nosso amor, mas que precisam aprender a retribuir. Comemorar o Ano-Novo é abrir-se às expectativas de Deus para nós, e confiar cada vez mais na Sua bondade, desde este minuto, e em todos os novos anos da nossa vida passageira, com vistas ao Ano realmente novo e derradeiro, quando passaremos à eternidade junto a Ele, e nossa felicidade não terá fim. 

Felizes sejam todos os recomeços que o Senhor permitir a vocês, leitores e leitoras do blog, é o desejo que nós expressamos com carinho neste momento. Feliz Ano-novo!

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