Ontem foi um dia triste nos EUA e isto repercutiu em todo o mundo. O massacre na escola em Connecticut trouxe tristeza e preocupação, mas também foi usado por oportunistas que, vampiros do sangue alheio, aproveitam uma situação trágica para vender suas idéias, no caso o desarmamento.
A constituição americana, em sua segunda emenda garante que os cidadãos tem o direito de ter armas. Sendo a primeira emenda a liberdade de expressão e de religião, ler algo logo em seguida como o que vai abaixo:
A well regulated militia being necessary to the security of a free state, the right of the people to keep and bear arms shall not be infringed
Nos mostra que é um direito que está nos fundamentos da sociedade americana. Você poderá dizer: que sociedade retrógada! E pode estar seguro que estará falando uma bobagem.
Sem contar a de San Marino, a constituição dos EUA é a mais antiga em vigor. Além das 10 emendas iniciais (1789) sofreu apenas mais 17 emendas desde que foi promulgada em 1788. Só em termos de comparação, o Brasil teve sete constituições sendo que a atual tem 250 artigos e já foi emendada 70 vezes. Portanto, pode-se inferir que a fidelidade aos fundamento do sonho americano: direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade estão bastante arraigados e não serão mudados por mais que a imprensa tupiniquim insista em dar pitacos sobre como eles deveriam viver.
Não digo que a sociedade americana seja perfeita, admiro a sociedade americana, mas ela tem muitos defeitos como em todos os lugares. O direito de ter armas não é um dos defeitos dela.
Você poderá dizer: se não houvesse armas não teria acontecido o massacre de ontem. Será? Ou então, se não houvesse armas liberadas haveria menos mortes. Não é bem assim que a coisa funciona; vamos ver?
Na Venezuela do ditador Chavez há 45 homicídios para cada 100.000 habitantes. No Brasil há 21 / 100k. Nos EUA há apenas 4.2 / 100k. No Brasil onde comprar uma arma legalmente é mais difícil que conseguir um doutorado houve em 2011 o maior número de homicídios no planeta: 40974!
Mas eu me desviei do tema. Queria fazer uma consideração sobre uma medida simples mas eficaz para reduzir massacres como este.
Muitos, senão todos, os indivíduos que fizeram massacres como este são psicopatas e/ou com um distúrbio narcisista de personalidade. Para eles, o grande ganho da matança é a publicidade que terão após a sua morte durante o massacre. Se cortarmos a divulgação de seus feitos, eles perdem um dos seus importantes motivos.
Então devemos proibir a imprensa de reportar estes eventos? Não! De forma alguma. Sou defensor da total liberdade de imprensa. No entanto, nada impede que cada veículo de comunicação pense numa política interna de dar a notícia sem destacar o assassino. Deixar ele no ostracismo, nem mencionar seu nome pode ser uma forma de evitar que outras pessoas perturbadas como ele busquem inspiração para fazer atos similares.
O massacre em Sandy Hook nos deve levar a pensar na formação dos adolescentes, em rezar pelas famílias afetadas, não em fazer proselitismo barato pregando o controle de armas sobre o cadáver de 20 crianças.
P.S.: Aos leitores do blog: tenham claro que esta é minha opinião. Se você pensa diferente a área de comentários está aberta para você expor suas idéias e colocar argumentos favoráveis ou não à minha opinião.
Fonte: Zeletron
4 comentários:
Concordo inteiramente com tudo o que foi dito sobre a validade dos artigos de uma Constituição Sólidamente Redigida, em Princípios Sólidos, que se comprovam por si só, através da sua permanência há centenas de anos tendo sido pouquíssimas vezes alterada para obter alguma melhora na sua eficiência.
Excelente a observação sobre a MÍDIA parar de dar destaque a Psicopatas/Narcisistas,assim contribuindo para que os "copy cats" não sintam seus egos inflados pensando na PUBLICIDADE que conseguiriam ao repetir esses descalabros.
Não nos cabe julgar o que transformou esses seres humanos, que deveriam funcionar como GENTE DE VERDADE, em verdadeiras MONSTRUOSIDADES,mas sim, PREVENIR através de maior atenção à SAÚDE MENTAL dos CIDADÃOS, muitos sem o menor cuidado médico apesar de já terem demonstrado comportamentos inadequados em várias ocasiões.
O bem maior que consolou um pouco a gente, foi escutar o discurso do pai da menina Emily, vítima de 6 anos,só falando sobre A DOR DAS OUTRAS FAMÍLIAS, INCLUINDO A DO ASSASSINO, e mantendo um impressionande auto-controle da sua própria dor e da perda da sua própria família.
Deixou a melhor lembrança da filha ao dizer que ela também, se estivesse viva, seria a primeira a lamentar a perda das outras famílias!
NOTA-SE A FORMAÇÃO QUE VEM DO LAR BEM FORMADO SOBRE OS CRITÉRIOS CRISTÃOS DO AMOR DE BENEVOLÊNCIA.
Olá Patrícia.
Muito obrigado pelo seu comentário,
Oi, Pedro Paulo.
Gostei muito dos detalhes estatísticos que você deu sobre desarmamento, sua aparente eficácia, mas que em se indo mais a fundo, realmente não dá pra concordar. Eu já me senti muito isolada defendendo essa mesma posição sua, e não foi nada fácil, no meio de um grupo de pessoas que me olhavam como se EU fosse a bandida, rs rs rs
Oi, Pedro Paulo. Concordo com vc quanto à constituição americana, embora pense que algumas emendas mais recentes a desvirtuaram um pouco. Mas, no que tange ao controle da venda de armas totalmente liberada, eu discordo bastante. Em um país com um "ego" social exacerbado, pelo seu poder mundial, com as constantes ameaças terroristas, e devido à crise mundial que assola as famílias, acredito que as armas mortíferas, do arsenal pesado que a própria e infeliz mãe do mais infeliz ainda assassino-suicida, pelo seu alcance e rapidez nos disparos, possibilitou a devastação que ele provocou. Veja bem que a mãe foi a primeira atingida, no rosto, o que demonstra ódio; ele morava sozinho com ela, depois do divórcio dos pais, após 28 anos de casamento, e tinham se mudado para lá, se não me engano; ela tentava socializá-lo, pois ele era avesso a contatos sociais e muito inteligente; ninguém, nem mesmo amigas do clube de biriba dela, tinha acesso ao interior da casa. Vc vai dizer que isso só comprova o problema familiar - e,sim, é verdade. Mas por que um nítido sociopata tinha ao seu alcance, e ainda praticava com elas, armas tão letais? Porque não é admissível que tal tipo de armamento seja vendido como legumes na feira, mesmo com licenças.
Na Itália, no período do terrorismo que sequestrou e matou o político Aldo Moro, a população foi desarmada, só restando armas brancas em seu poder. Não é preciso dizer que os crimes como assassinatos, assaltos e sequestros diminuíram substancialmente. Em resumo, há tipos de arma que não deveriam circular entre uma população civil, destreinada ou erroneamente praticante. Citando de novo seriados, vemos como isso vem causando danos ao país, principalmente entre adolescentes perturbados e crianças idem. Um abraço, MT
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