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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O Ano da Fé

Por Maria Teresa Sermam

"Todos experimentamos uma grande alegria com a Carta apostólica Porta Fidei, em que o Papa anunciava o Ano da Fé. Bento XVI não poupou esforços para apresentar os conteúdos fundamentais do Evangelho, com uma linguagem acessível aos homens do século XXI. E nessa linha, por ocasião do quinquagésimo aniversário do início do Concílio Vaticano II, convocou para 11 de outubro de 2011 um Ano da Fé, que terá início no próximo 11 de outubro e se concluirá na Solenidade de Cristo Rei, em 24 de novembro de 2013. O início deste ano coincide com o vigésimo aniversário da Constituição Apostólica Fidei depositum, com a qual o beato João Paulo II ordenou a publicação do Catecismo da Igreja Católica, um texto de extraordinário valor para a formação pessoal e para a catequese que devemos desenvolver incessantemente em todos os ambientes.

 O Ano da fé apresenta-se, portanto, como uma nova chamada a cada um dos filhos da Igreja, para que tomemos consciência viva da fé, esforcemo-nos em conhecê-la melhor e colocá-la fielmente em prática e, ao mesmo tempo, empenhemo-nos em divulgá-la, comunicando o seu conteúdo – com o testemunho do exemplo e da palavra – para as inúmeras pessoas que não conhecem Jesus ou que não O tratam.

O Santo Padre lamenta que um grande número de cristãos – também entre aqueles que se consideram católicos – “sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária."

Essas inspiradas palavras de D. Javier Echevarría sobre a iniciativa do Santo Padre de promulgar um ano especial para que reavivemos nossa fé, alicerçados por uma releitura meditativa e atenta do Catecismo da Igreja Católica, aquele a que fomos apresentados na preparação para a Primeira Comunhão, são o convite carinhoso de um bom pastor ao rebanho de Cristo. Atualizar o nosso conhecimento da doutrina, do depósito da fé que a Igreja nos guardou escrupulosamente ao longo dos séculos, é imprescindível para que possamos nos considerar filhos dela e verdadeiros cristãos.

Será verdadeiro o amor da mãe que desconhece as iniciativas, atitudes e desejos dos filhos? Como amar, sem conhecer? Como descobrir sem procurar na fonte certa? Como seguir, sem o amor embasado na prática de acompanhar o objeto do amor com os olhos, o coração, a mente, a alma? Como se dizer cristão, e até querer sinceramente agir em conformidade com os ensinamentos dEle, se não O buscamos diariamente, em profundidade? A leitura do Novo Testamento - evangelhos, Atos dos Apóstolos, Cartas, Apocalipse - precisa se tornar um hábito, um compromisso de encontro íntimo com a Humanidade Santíssima de Cristo durante sua passagem entre nós. A leitura de um capítulo, ou até menos, se aquele for longo, por dia, tirando um ensinamento, uma imagem de Jesus para lembrarmos e imitarmos, não toma muito tempo e desenha com segurança o nosso caminho neste dia. É uma trilha segura, mais suave e santificadora.

Assim também podemos dedicar quinze minutos de leitura diária ao Catecismo. Vamos lembrar e aprofundar a doutrina, com uma visão atualizada, que a vivência nos permite agora, sem perder a humildade da criança que fomos, quando docilmente aceitávamos a catequese, enxergando os mistérios com pureza de espírito, prontos para fazer o que o Senhor nos ensinava por meio da catequista. Hoje podemos adquirir um conhecimento mais maduro, mas sempre cuidando para manter intacto nosso coração amoroso de criança, que se encantava diante do Menino Jesus, mandava beijos para Nossa Senhora, ajoelhava e fazia o sinal da Cruz  diante do Sacrário. Podemos recomeçar nossa vida de fé agora, já. O céu nos espera e incentiva.


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