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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Deus e nós

Por Maria Teresa serman

Já foi escrito um texto sobre a obediência e a liberdade; contudo, o tema é tão determinante em nossas vidas que, sem ter a mínima pretensão de esgotar o assunto - ninguém poderia -, resolvemos meditar um pouco mais no tema. É preciso, de início, diferenciar a VONTADE DE DEUS da Sua PERMISSÃO, coerente com a liberdade que nos concedeu e mantém. Aquilo que Ele concede não retira, como infelizmente os homens fazem. As alianças e bens espirituais que recebemos de Sua bondade são irrevogáveis, só podendo diminuir ou parecer nulos pelo NOSSO procedimento, não por castigo ou vingança Sua.

Deus não está eternamente de tocaia, como acreditam muitos, que assim aumentam seu sofrimento e desesperança. Não está esperando oculto, traiçoeiro, para "nos pegar". Pensar desse modo é conceber um Deus cruel, não um Pai amorosíssimo, "mais do que qualquer mãe do mundo pode ser". Ele está, sim, sempre atento ao momento da nossa salvação. Oferece a cada instante, a cada ESCOLHA NOSSA, a chance de nos arrependermos, retificarmos, mudarmos de vida, voltando para o caminho que leva à felicidade na terra e no céu. O passado e o futuro não têm importância decisiva no plano da nossa redenção, só o presente. O primeiro pode servir de escola para nós; o segundo, cabe a nós prepará-lo, lutando para melhorar o que já foi feito, e o que será ainda construído. Tanto faz para a Ssma. Trindade se rezamos agora por algo que já aconteceu, embora seja melhor nos anteciparmos, pois oração é amor. Ela já conta com isso, o Pai Criador, o Filho Mestre e Redentor, o Espírito Santo, que derrama sobre nós Seus dons.

Vivemos com nossas decisões; por isso, é fundamental examinar e retificar sempre. Deus nos protege, guarda, ilumina, mas não decide por nós. Também não fica de braços cruzados, digamos assim, para nos dar o devido castigo. Só aguarda paciente e benignamente nosso amor. Agrada-lhe muito mais o que FAZEMOS DE BOM,  pelo próximo, por amor a Ele, do que aquilo que NÃO FAZEMOS por rigorismo, farisaicamente.

Consideremos que cada momento é uma chance de amá-lO mais, amando e servindo como Ele QUER SER SERVIDO, não como nos é mais fácil. Com a Sua imensurável misericórdia de Pai , não permite que a nossa vida, por outro lado, ou como complemento dessa misericórdia, seja estritamente dependente das decisões tolas e cegas que podemos tomar. Se agimos com reta intenção e procuramos meditar na Sua Presença nossos erros e acertos, Ele extrairá dessas bobagens ou pecados graves muitas graças, pois, como disse S. Paulo, "omnia in bonum", "tudo concorre para o bem dos que amam a Deus" (com obras, não só palavras).

Como diz o ditado, "o seu a seu dono". Este texto é de autoria indireta de Ana Lúcia Romano, e brotou de uma conversa entre duas grandes e antigas (só na amizade, olhem bem) amigas, que compartilham da mesma fé. Obrigada, Nana, pela inspiração e sabedoria. Procurei ser fiel às infusões do Espírito que você me comunicou. Ele sopra onde quer mesmo, inclusive em uma mesa de restaurante.

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