logo

terça-feira, 2 de agosto de 2011

O espírito social do casamento

Por Rafael Carneiro Rocha

Álbum, Buffet, cerimonial, coral, decoração, doces, filmagem, maquiagem, música, recepção, trajes e muitas outras cifras. A rotina dos noivos que escolhem pela cerimônia religiosa seguida de festa é uma viagem pela até então invisível indústria do casamento. Um desses profissionais comentou conosco que se trata de um mercado em "alta". Não questiono quem faz dos casamentos uma fonte de renda, mas é preciso questionar o modo como as cerimônias e festas são realizados.

Se os noivos optam pela cerimônia na Igreja Católica, é preciso ter em mente que se trata de um momento sacramental. Assim como nas liturgias de batizado, primeira comunhão e ordenação não há músicas radiofônicas (infelizmente, eu não poderia dizer o mesmo de algumas missas), é fundamental que os noivos e o padre escolham apenas repertório sacro para o casamento.

Em relação à festa, eu defendo que se não existe uma condição financeira que dê conta dos vários gastos, que ela não seja realizada nos moldes da "indústria do casamento". Por outro lado, se houver recepção montada a partir das coisas oferecidas pelo mercado, que o evento seja pensado não para seguir modismos ou para reforçar status, mas para servir, de bom coração, quem se dispôs a prestigiar os noivos. Neste caso, vale também uma recomendação para os convidados: criticar uma recepção por qualquer motivo (mal atendimento nas mesas, comida ruim, pista pouco animada, etc) é muito deselegante.

O casamento deve ser vivido pelos noivos e reparado pelos convidados como um momento de alegria genuína. O contentamento dos recém-casados é o melhor presente para a sociedade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário