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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

“DAR-SE A CONHECER”

Por Maria Teresa Serman

O título está entre aspas porque o “colei” de uma frase da Mannoun do dia 25 de julho. Ela se refere ao relacionamento pais e filhos e surge com essa pérola, coisa de gênio humano, coração cuidadoso e mente abençoada, de que os pais, além de conhecer os filhos, o que todos buscamos incessantemente, também devem se dar a conhecer. É o ovo de Colombo!

Porque deve haver essa correspondência de revelação interior? O óbvio que passa despercebido para muitos é que o conhecimento satisfatório nas relações humanas precisa ser uma dupla via, como em tudo nessa área, um dar e receber. Nem só nas relações humanas, aliás, pois o próprio Deus revela-se aos homens, na Sagrada Escritura, na Revelação e, principalmente, inefável mistério, na Encarnação como Filho do Homem, Jesus.

O amor é um bicho estranho, na verdade. Geralmente quer saber, descobrir, pesquisar, mas se mantém na sombra, em um limbo confuso que desnorteia os que viajam por essa estrada. E o amor materno/paterno pensa que, por sua maior responsabilidade, o que não deixa de ser verdade, necessita conhecer o que vai na mente, no coração e até na alma dos filhos. “Calma alma, calma”, este é um bom lema! Também não se pode perscrutar o que é mais íntimo, isto deve ser revelado, sutilmente adivinhado.

Nessa despreocupação em se deixar conhecer, os pais muitas vezes levam os filhos à insegurança, pois estes, certamente, terão algumas epifanias nada animadoras de seus genitores, pois todos se revelam inexoravelmente por seus atos e palavras, principalmente os impensados e as casuais. Se não gastarmos tempo também com certas demonstrações explícitas de como somos, e nessa hora devem se destacar as virtudes e os defeitos, não cabe falsa humildade, nossos filhos se sentirão mais confiantes e saberão, suprema verdade, mas que passa batida, que os pais são FALÍVEIS, humanos, não a Mulher Maravilha ou o Super-Homem! Experimentem e verão como a qualidade do amor melhora!

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