Jacó, ou Jacob (Ya’aqov), também chamado Israel (Ysra’el), foi um grande patriarca, filho de Isaque e Rebeca, neto de Abraão.

Também ficou famoso por características e peripécias especiais: era gêmeo de Esaú, e apaixonou-se com tal intensidade por Raquel que por ela trabalhou quatorze anos, servindo ao pai da donzela, seu tio Labão. Pelo primeiro item, foi imortalizado por Machado de Assis no livro Esaú e Jacó, que conta a história de irmãos gêmeos em conflito; pelo segundo, por Camões no inesquecível soneto que reproduziremos posteriormente. Vamos à história, como a Bíblia nos conta.
No capítulo 25, versículo 25, lemos o nascimento dos gêmeos, e já nos parece uma metáfora prévia do que virá depois. Esaú nasce primeiro, sendo assim considerado o primogê

Desde cedo eles se mostraram opostos: o mais velho era hábil caçador e preferido do pai. O caçula, dócil e quieto, a quem a mãe mais se afeiçoou. Quieto, mas esperto, induziu Esaú a lhe conceder o direito de primogenitura em troca de um prato de lentilhas, quando este chegou cansado e esfaimado da caça. O texto bíblico registra que Esaú comeu, bebeu e partiu, desprezando o seu direito, pois jurou que dele abria mão.
No capítulo 27, dá-se o desfecho anunciado: Isaque, sentindo a morte próxima, chama Esaú e manda-o caçar algo, para que coma, o abençoe e morra feliz. Porém, a mãe se adianta em defesa de seu preferido, tramando astutamente e aproveitando-se da vista débil do marido. Ela faz Jacó matar dois cabritos e prepara-os como o velho patriarca aprecia. Jacó reluta, temendo a maldição do pai, mas a mãe o convence, tomando para ela essa provável maldição.
A trama é bem urdi

Mal pronunciada a benção chega Esaú, que, percebendo o engano, reivindica para si uma benção, mas já é tarde. Fica, então, tomado de fúria assassina contra o irmão, e este, protegido pela mãe, foge para a casa de seu tio Labão, irmão dela. No próximo capítulo, o amor e serviço de Jacó por Raquel.
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