Estava eu, não a (*)Inês, posta em sossego, e comecei a meditar sobre estas três coisas. Minha mente se encheu de metáforas que transformaram-se em uma alegoria. Não de escola de samba, mas a palavra de linguagem que designa um encadeam

Para que sua levedura seja completa, porém, é necessário dar-lhe um tempo para atuar, frequentemente depois de sovar a massa - quanto trabalho é necessário para construir um lar; total dedicação e tempo sabiamente gasto também se exigem de um casal na criação dos filhos! Voltando à massa, esta, deixada em descanso, cresce e encorpa-se, multiplicando-se como por mágica. Aí vem a hora de aquecê-la, para que se torne comestível. E não há melhor forno que o amor humano, quando bem encaminhado.
Sem o calor que a cozinha, ela seria intragável, danosa, repulsiva. Com o co


Também é preciso cuidar do fermento, por outro lado. Armazená-lo com cuidado, para que seja eficaz. Usá-lo logo, quando novo e ativo. Assim seu desempenho será o esperado; seu efeito, o melhor possível. Por isso não entendo a espera de algumas pessoas para bem utilizar o amor que Deus põe em seus corações, criando vínculos permanentes e frutificando ainda jovens, pois o tempo rouba as forças indispensáveis para criar os filhos. Com a energia de sovar a massa, somada à paciência de esperar seu crescimento e à temperatura indicada, só resta desejar bom apetite.
E não há que se vangloriar pelos elogios à mesa da vida, porque assim não o faz o fermento, pois cumpriu seu papel, multiplicando-se generosamente. Seu prêmio é sua própria eficácia e o bem estar dos que saciou. E lembrem-se que a metáfora do fermento e da massa não é minha, só a tomei emprestada. O Autor é outro.
(*) Inês - Refere-se a Inês de Castro do poema de Camões - A mesma do " É tarde, Inês é morta"
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