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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 137)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossos amigos. Podem fazer suas perguntas nos comentários.

1 – A. M. diz: Dra gostaria de saber quais são os indícios para suspeitarmos que um jovem está usando drogas? E quais providências tomarmos.

RESP: Cara Sra.A.M.
 Vale a pena sempre observar no jovem as  mudanças no comportamento, nos hábitos, no humor,  inapetência,sonolência ou irritabilidade, queda no rendimento escolar, " amizades " estranhas, que costumam  indicar que algo diferente acontece e levam a família a suspeitar do uso de drogas.Em geral, pais atentos aos filhos logo percebem quando algo estranho está ocorrendo e o melhor é falar sempre do que suspeitam com clareza ,diretamente,com calma e serenidade, sem brigar mas oferecendo ajuda. Perguntar ao jovem se quer consultar um bom profissional e acompanhar a consulta, marcando para os pais também um atendimento porque importa muito que todos em casa sejam acompanhados para saberem como agir. Primeiramente procurar o medico da família e este , além da  consulta e acompanhamento do estado geral do jovem e de seus pais,indicará um bom  psiquiatra, de acordo com o que observar.
Fico ás suas ordens, Mannoun


2 – A. diz:Minha filha tem 9 anos e menstruou pela primeira vez, é normal? Ela só tem 1,45m, é verdade que vai parar de crescer agora que menstruou?

RESP: Caro(a) A.
 É importante saber as idades em que mãe, irmãs, avós , tias maternas menstruaram e qual a estatura dos familiares.
Pode ser uma perda sanguínea transitória e a menstruação normal só vir a ocorrer mais tarde.
A menina não tem acompanhamento médico habitual? Em geral os pediatras tem no seu prontuário a ficha com peso e altura verificados em cada consulta, além das etapas do desenvolvimento biológico (mamas, pelos pubianos e axilares)  e o próprio médico responderá suas inquietações e duvidas com mais precisão do que eu o posso fazer sem examinar a menina....
Em todo caso, não se aflijam e busquem ajuda do pediatra que a atende.
Fico às suas ordens, Mannoun

domingo, 29 de abril de 2012

Brincando de bonecas

Quem tem filhas pequenas deve aproveitar para curtir essa fase, brincando de bonecas de papel, com roupinhas para trocar.

Seguem algumas ideias para fazermos junto com as crianças e aproveitar uma tarde chuvosa para essa brincadeira divertida.Basta ampliar as figuras e imprimir. Recontando tudo depois.

Para a boneca o melhor é fazê-la num papelão, para que fique mais durinha. E depois arrumar uma caixa de sapatos para fazer de guarda roupas.

sábado, 28 de abril de 2012

Panquecas para criançada

Vamos fazer panquecas com formatos diferentes e colocar vários recheios para um lanche gostoso da garotada.
RECEITA:

Massa
• 1 e ½ xícara (chá) de farinha de trigo
• 1 xícara (chá) de leite
• 2 ovos
• 4 colheres (sopa) de óleo
• uma pitada de sal
Modo de fazer: Coloque no liquidificador: os ovos, o leite o e óleo, bata durante alguns minutos, acrescentando aos poucos a farinha de trigo. Após colocar toda a farinha de trigo coloque a pitada de sal. A massa deve ficar pastosa não muito grossa.
Pegue uma concha (essas conchas de servir feijão) ela vai servir como medida, coloque na frigideira untada com pouco óleo. Cada concha vai equivaler a uma panqueca. Despeje no meio da frigideira e vá girando, espalhando a massa de uma forma uniforme por todo o fundo da frigideira. Vire para dourar o outro lado.
Caso você tenha formas para panquecas, elas ficarão ainda mais atraentes e poderão servi-las abertas, com recheios doces variados ou mesmo salgadas.

Sugestões de recheios:
• Geleias
• Carne moidinha refogada
• Sorvete e calda de chocolate
• Frango desfiado refogado com palmito
• Manteiga
• Mel
• Frutas picadinhas

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Água mole em pedra dura tanto bate até que fura

Por Maria Teresa Serman

Este ditado popular longevo pode ser traduzido modernamente como algo assim: a perseverança sempre alcança. Rima e faz sentido, na vida prática. Sem perseverança, nada conseguimos. Atualmente, porém, as pessoas andam praticando essa virtude quase que exclusivamente na vida profissional, bem menos na familiar. Nos afetos e responsabilidades também devemos exercitá-la.

Antes, era mais comum ver separações conjugais com médio tempo de casados. Agora não, é de pasmar o pouco que pode durar um casamento recente hoje em dia. A convivência bastante íntima que a maioria tem não previne, muito pelo contrário, o rompimento. Por que será? Pode ser que esse mesmo relacionamento pré-matrimonial tire a surpresa e lance os casais direto na rotina, no seu lado mais áspero. Também pode ser o fato de que ambos, marido e mulher, são independentes financeiramente, e concluem, erroneamente aliás, que isso lhes dá o direito de não suportar nada do outro. "Não preciso aguentar isso!" é o mantra das mulheres atualmente. As tarefas e as despesas devem ser milimetricamente divididas, não sobra espaço para a renúncia, e sacrifício é palavrão.

Esquecem facilmente da graça matrimonial, do sacramento, da união indissolúvel de corpos e almas. Fazem muitas aplicações financeiras, mas não investem nada no "capital" do casamento. Há que perseverar sempre, pois a vida familiar sobrevive do amor, que só sustenta esse nome somado à perseverança. Na educação dos filhos, por exemplo, é preciso repetir e ensinar incontáveis vezes as mesmas coisas, e reforçá-las com atitudes coerentes, o que também exige um mar de "água mole". Educar é basicamente isso, continuar com as mesmas mensagens, com a paciência renovada, com o abraço sempre a postos e os ouvidos permanentemente à escuta. Isso é amar. Serve para todos os afetos familiares e humanos em geral.

Um dos principais segredos amorosos é a perseverança, que, junto com a audácia de que já falamos, formam uma dupla bem sucedida. E a mais recompensada forma de perseverança é a oração, o amor a Deus, pois Ele, como o melhor dos pais, ouve nossas preces, nossos pedidos, se pedirmos o que for melhor para os nossos e para nós mesmos. "Pedi e recebereis; batei e abrir-se-vos-á.", assegurou Jesus Cristo no evangelho. É necessário não esmorecer na oração e perseverar na filiação divina, pois assim conseguiremos mover corações e atingir objetivos que parecem impossíveis.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O ciúme – um grande inimigo do amor

Num relacionamento, marido e mulher precisam ter muita confiança um no outro e não permitirem desconfianças de nenhuma ordem entre o casal.

O famoso ciúme, já foi, durante muito tempo, considerado um agente do amor, diziam que quem ama cuida e tem ciúmes. Ledo engano, o amor precisa de cuidados sim, mas o ciúme é como um agrotóxico para a planta. Pode até afastar as pragas, mas tira o sabor e a beleza da planta.

Amar seu marido, seu namorado, seu noivo, requer dar-se, confiar, criar raízes. E se desde o namoro o casal não tem como confiar um no outro, esse relacionamento está fadado ao insucesso. Uma jovem que desconfia do namorado com outra moça, ou até descobre que ele tem outra e o perdoa, com certeza terá sempre uma desconfiança entre os dois, algo que irá minar a convivência deles. E nessa fase, do namoro, ainda pode recapitular, deixar esta pessoa e ir em busca de alguém em que possa confiar. Com certeza terá mais sucesso num relacionamento baseado em confiança mútua.

Já no casamento, o casal busca acertar todas as arestas para que dure para sempre, o famoso: “até que a morte os separe”. Desse modo, é necessário um maior empenho de cada um, para que o ciúme não entre neste amor e venha a criar suspeitas desnecessárias entre os dois.

Existem profissões que facilitam as suspeitas para o ciúme, como a de médicos e seus plantões, a de professores homens em colégios com maioria feminina, engenheiras em usinas onde predominam os homens, e assim por diante. Muitos criam ideias fantasiosas de seus maridos ou esposas “pulando” a cerca e indo buscar novidades em outros lugares.

Santa Teresa dizia: “ a imaginação é a louca da casa” – logo cuidemos para não dar asas a esta traidora e não nos permitirmos grandes divagações sobre o cônjuge fora de casa, no seu horário de trabalho.

O importante é cuidar da nossa aparência, do nosso humor e da nossa saúde para estarmos sempre bem quando o outro estiver junto de nós.

As mulheres se produzem muito para ir ao trabalho, e ao chegar a casa, depois da luta diária, tendem a colocar uma roupa velha, confortável e seus chinelinhos, tomando o cuidado de lavar o rosto para tirar a maquiagem por completo. E o que sobrou? Uma aparência cansada, um ar largado e pronta para jogar suas mágoas do dia no marido, que afinal de contas é com quem se pode contar para desabafar. Aí cometem o maior erro. Na rua, os maridos também veem as mulheres produzidas, cuidadas e querem a sua também ao menos cheirosa e bem posta.

Tudo isso leva à insegurança pessoal, e por consequência ao ciúme, com o medo de perder o outro. Para evitar essa situação, não vamos deixar chegar a esse ponto, vamos cuidar antes, ser espertas, ser mais carinhosas, ter detalhes de atenção com o outro, criar situações alegres e bem humoradas para que o marido queiram sempre estar perto de nós. Isso vale também para eles, é claro.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Depressão não é mau-humor!

Por Maria Teresa Serman

Aquela frase que se diz (ou dizia, não sei se saiu de moda) de vez em quando, para caracterizar um estado de espírito, "Hoje estou deprê!", indicando tristeza, nostalgia, sei lá mais o quê, certamente deve ter acostumado as pessoas a confundir um momento de desânimo com o estado clínico depressivo. Depressão é doença, não pode ser encarada como desesperança ou preguiça.

Os sintomas básicos da depressão inicialmente podem levar a própria pessoa a não perceber sua chegada. Sonolência, perda de apetite, desânimo, tristeza, todos esses passam despercebidos como coisas passageiras, como às vezes são realmente. Contudo, é preciso estar atento para não deixar ela se instalar, e procurar um profissional médico logo. Aí vem o preconceito de acharem que quem vai a um psiquiatra é "maluco". Esquecem que a mente pode padecer tanto ou mais do que o resto do corpo, do qual cuidamos escrupulosamente.

Para quem está em depressão, é desagradável e inútil ouvir os "estímulos" dos amigos e conhecidos, muito bem intencionados, mas prejudiciais. Pode-se fazer uma lista: "Não fica assim, você é tão alegre!"; "Levanta a cabeça, tenha esperança!", "Tenha pensamentos positivos que você vai se sentir melhor!"; "Sai de casa, vai pro shopping que você melhora!"; "Não se deixe abater, coragem!", e a lista é longa, até culminar na crueldade não intencional de diagnosticar o problema como falta de fé. Aí o discurso muda um pouco: "Você precisa rezar mais!", "Tenha fé que isso passa!" ou "Deus vai te curar, é só ter fé!"

Depressão é DOENÇA, repetimos, não vai embora por força de vontade, que, aliás é o que mais falta no caso, pensamento positivo, compras ou orações. Estas últimas ajudam muito, como sempre, mas Deus também cura por meio de médicos competentes e remédios bem prescritos.
Ela é uma doença democrática, não tem discriminação de sexo, idade ou situação social. Incapacita temporariamente, o que pode parecer, como já dissemos, preguiça ou tristeza somente. Pode ser visível na expressão ou jeito do doente, mas engana também, de modo que os outros não vejam e não acreditem. Não deve ser menosprezada em momento algum, pois essa negligência pode ser perigosa, e torna o mal mais difícil de combater e sua duração mais longa.

Hoje em dia há muitos e modernos remédios bastante eficazes no combate à depressão, que podem ser indicados e acompanhados por profissionais. O organismo leva um tempo, mais ou menos um mês, para metabolizá-los, e essa demora pode desestimular o paciente e os familiares, mas, sem trocadilho, é preciso ser paciente e esperar o resultado, que será bom, libertador. E colocar-se a cada momento de angústia nas mãos de Deus Pai, que é o melhor médico.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Linda de óculos

Por Maria Teresa Serman

Se são inevitáveis, aproveite e saiba usá-los com charme e bom gosto. Há armações lindíssimas hoje em dia, das mais discretas às mais chamativas. Escolha de acordo com seu rosto, estilo e pode ousar com elas, mas sem exagerar no resultado. Para isso, é preciso prestar atenção em alguns detalhes.

Maquiagem e óculos podem se completar muito bem, desde que façam isso mesmo, se completem, não briguem por qual chama mais atenção. Uma armação mais chamativa, exuberante, pede maquiagem mais suave, corrigindo olheiras e com pouco rímel, nada de lápis, delineador ou sombra forte. Aliás, esta última é um perigo permanente para quem usa lente com grau forte, pois pode destacá-la demais. Se gosta de maquiagem forte, opte por uma armação leve, o mais discreta possível.

Evite passar produtos oleosos na pele, do corretivo à base, que devem ser do tipo mais seco, para não ficar muito marcados no nos lugares onde os óculos encostam. Deve fazer retoques delicados nesses pontos ao longo do dia, tomando sempre cuidado para não manchar a maquiagem ou ficar mascarada.

Para o batom, vale o mesmo equilíbrio dos olhos: armação suave, boca mais carregada, e vice-versa. De modo geral, nesse caso, é bom chamar atenção para os olhos, de modo que eles se destaquem, apesar das lentes. No trabalho, a discrição é fundamental e sinônimo de elegância.

Os óculos devem estar bem fixos para não lhe provocarem o cacoete de ajeitá-los a todo o momento. No calor, pode-se aproveitar umas fugidas ao toalete para secar o nariz ou a face suavemente, com lenços de papel e retocar a maquiagem. Assim ela se manterá adequadamente, a armação não escorregará e você poderá se concentrar no que faz, sem perturbações.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Perguntas e Respostas: Dra Mannoun Chimelli - Adolescentes - Como educar? (Parte 136)

As perguntas estarão apenas com as iniciais dos nomes, para deixar bem a vontade nossos amigos. Podem fazer suas perguntas nos comentários.

1 – L. B. diz: Doutora, Meu filho foi assaltado em Niterói e depois disso ficou muito inseguro de pegar ônibus. Meu marido quer que ele passe a levar uma faca na mochila, mas eu fico com receio de que reagir seja bom. Principalmente com faca. Será que spray de pimenta ou outra coisa mais leve é melhor? O que devo fazer?

RESP: Cara Sra .L.B. De fato a senhora tem toda a razão em não querer que seu filho reaja, porque violência chama violência e necessitamos urgentemente de PAZ! Que pena chegarmos a estas situações nas cidades!

Vamos refletir com calma e sugiro que serenamente converse com seu marido, troquem ideias e depois juntos, conversem com seu filho.

Não me parece prudente nem educativo que ele leve na sua mochila qualquer instrumento agressivo, muito menos uma faca, porque não sabemos em que circunstâncias as coisas piores acontecem e cabe aos pais dar aos filhos uma educação positiva, que olhe os seres humanos como pessoas, portadoras de uma dignidade que muitas vezes ignoram. Provavelmente quem assaltou seu filho não recebe de seus pais qualquer noção de valores e respeito... Não podemos nem devemos revidar!

Seu filho vai para a Escola sozinho? Bom é que sempre procure andar com grupos de amigos. Ele faz algum esporte? Participa de algum Grupo Jovem em Igreja? Vocês costumam rezar em casa?

Tem sido uma alternativa saudável que os jovens comecem a aprender alguma das artes de defesa pessoal que além de conferir mais segurança , destreza e prontidão de reflexos ajuda a saber como, quando e de que maneira agir nas diferentes situações, sem agredir e sem usar de violência. Escolham muito bem os professores, que realmente ensinem as artes de bem defender-se e não as agressões.

Fico a seu dispor caso deseja voltar a falar comigo.
Atenciosamente, Mannoun

domingo, 22 de abril de 2012

MENINAS SUPERESTIMULADAS (2ª Parte)

Por Dora Porto - da revista Ser Família - Ano III - Nº19

Hoje, pode-se observar que, para muitas garotinhas, comprar é um vício! (...) E o pior de tudo isso, nem é o fato de serem estimuladas a comprar, mas sim os produtos que compram... Maquiagens, roupas de adultos, serviços de beleza (como depilação, tintura de cabelos, unhas, etc)... E mal saíram das fraldas! Com essa atitude (muitas vezes bem intencionada) das mães, essas meninas são obrigadas a crescer a toque de caixa, a queimar etapas importantes de sua infância e puberdade. Hoje, as meninas com 9 anos de idade apresentam comportamentos das de 14 de ontem.

Outra grande influência é o modelo apresentado por artistas, "reality shows" e outros programas de TV. Adultos que servem de "exemplo" para elas, e que não se importam com isso e nem deveriam ter esse papel. Não estão ali para educá-las, mas acabam sendo imitados... O que acontece é o que afirma a autora (Maggie Hamilton): "ter um comportamento precocemente sexy e fora de controle parece a melhor forma de virar notícia, e talvez isso explique por que as meninas se envolvem em situações de risco ainda tão jovens." E "virar notícia" é para muitas meninas o maior "sonho de consumo"!
(...)
Mas, afinal, o que querem as pré-adolescentes? Podemos afirmar, sem medo de errar, que querem ser amadas! E para ter certeza disso, parece que precisam ser notadas, fazer parte, integrar, pertencer. Ou seja o "todo mundo faz" passa a ser a palavra de ordem que deixa muitos pais calados, por falta de argumentação. Hoje, por obra e graça de alguns programas televisivos, o sonho da adolescente é "ser famosa" e poder lucrar muito com essa fama. Só resta saber que lucro é este!

Isso também tem suas consequências no que se refere à preocupação com seu corpo. Muitas meninas, ainda bem pequenas, adquirem uma verdadeira neurose por regimes e "malhação", pois o que interessa é manter a forma. Algumas, graças a Deus não a maioria, podem até se submeter a exageros no não comer para adquirir um corpinho perfeito. Casos de anorexia infelizmente são mais frequentes do que se poderia supor há alguns anos. A mensagem é clara:"é proibido ser mais gordinha e não corresponder ao padrão de beleza estabelecido." E as inúmeras meninas que não se enquadram nesse padrão começam a se sentir marginalizadas. Sentem uma flechada na sua autoestima.

Também há um aspecto importante e preocupante que deriva dessa hiperestimulação proveniente de permanecerem o tempo todo "online". Diferente dos adultos, acostumados a processar grandes volumes de informação captados da mídia, as crianças não podem suportar a mesma carga. (...) Elas não têm tempo para a reflexão, nem para aprenderem a relaxar por algumas horas, e acabam não tendo oportunidade de desenvolver experiências enriquecedoras que as levem a desenvolver sua criatividade.
(...)
O papel dos pais é cada vez mais importante e requer reflexão e criatividade, pois é costume que as adolescentes desdenhem daquilo que vem por parte de seus pais, se estes não tiverem criado uma autoridade moral e sobretudo um canal aberto de comunicação. É muito frequente que as mães e os pais não tenham a menor ideia do que realmente estão pensando e vivendo suas filhas pré-adolescentes. Sua própria experiência de vida parece não lhes render muitos argumentos. Mas, ao contrário do que podem pensar, os adolescentes se importam com o que pensam seus pais.

sábado, 21 de abril de 2012

MENINAS SUPERESTIMULADAS (1ª Parte)

Por Dora Porto - da revista Ser Família - Ano III - Nº19

Há alguns anos, elas calçavam os sapatos de suas mães, para brincar de adultas. Agora vemos nossas filhas saindo para festinhas, não apenas "mal vestidas", mas vestidas como mini adultas, correspondendo aos modelos que a moda e a mídia lhes impõem. Isso é normal?

"Muito cedo, desde bebês, nossas meninas estão sendo super estimuladas, super sensualizadas e superexpostas." Quem faz essa afirmação é Maggie Hamilton, autora, editora, comentarista e grande observadora de tendências e modas, com mestrado em Literatura Inglesa, cujos trabalhos já foram publicados na Itália, Holanda e Arábia Saudita. Maggie realizou uma pesquisa, entrevistando um grande número de meninas e adolescentes para chegar a essa afirmação. Ela diz em seu livro " - O que está acontecendo com nossas garotas?", e todos somos obrigados a concordar, que "em poucas décadas quase todas as partes da vida das jovens foram transformadas, trazendo liberdades com as quais gerações anteriores só podiam sonhar."

O que ela quer dizer com isso? Que em quase todos os aspectos da vida de nossas meninas houve uma mudança quase mais rápida que a velocidade da luz. O que uma menina, que agora tem 12 anos, vivenciou aos 7, é muito diferente do que vivencia uma garota com 7 anos atualmente. Por isso fica tão difícil compreender a vida das meninas de hoje. Mas ao lado dessas novas possibilidades é preciso apurar o que elas ganharam e o que perderam. Será que isso representa um crescimento?

Até há pouco tempo, elas brincavam com bonecas e panelinhas, e agora veem-se gastando grande parte de seu tempo na frente de DVD's, programas de TV, videogames, cujos enredos e temas enviam mensagens subliminares a todo tempo. Isso sem falar dos "advergames", jogos que têm a intenção de promover produtos para as pré-adolescentes, já que elas passam horas se divertindo com eles, o que não acontece com os comerciais de TV, que têm alguns segundos de duração.
A oportunidade de viver a infância com pureza e ingenuidade, características próprias da idade, é praticamente enterrada pelo esforço de transformá-las em "boas mini consumidoras". O que nos preocupa e deve preocupar a todos os pais é que não estamos cientes do quanto elas estão expostas aos marqueteiros na TV, revistas, shoppings, áreas de alimentação e quanto é fácil coletar informações para novas campanhas publicitárias. Resultado: nossas menininhas, ingenuamente, são estimuladas a comprar! E não são responsáveis só aqueles que fazem a publicidade, mas também as mães que estimulam a ida aos shoppings como forma de diversão, e os pais que se desentendem da sua educação.