
Todos eles eram crias daquele viveiro e nunca viram o mundo lá fora. A visão deles era daquele viveiro no meio de um quintal com poucas árvores e um cão que guardava a casa.
Um belo dia começou um alvoroço no viveiro, começou o boato de que e

Nick, o amarelo mais sapeca, logo falou que queria conhecer o mar, de que tanto ouvia a menina da casa falar. Julieta, sua companheira azulzinha, de traquinagens, ficou pensativa e achou muito estranho este passeio, nunca saíram dali antes e isso não era comum acontecer, só saía algum quando eram vendido. Hum... Isso estava cheirando mal!
D

Tamanha era a algazarra na gaiola que nem ouviram o Sr Antônio comentar que iria vender a todos porque estava ficando velho e não tinha mais saúde para cuidar de tantos passarinhos. E lá se foram alegres e cantando olhando o mundo lá fora da gaiola com muita curiosidade e comentando aqui e ali, as novidades que viam.
Ao chegarem à loja de animais, todos silenciaram e arregalaram muito seus olhinhos, vendo tantos outros animais ali presentes, em gaiolas. Foi uma comoção geral:
- Seu Antônio não nos quer mais – disse o Julinho, um periquito verdinho e preto.
- Coitado! Com certeza se cansou do nosso barulho de todo dia bem cedinho – disse Aurora, a periquita branquinha.

Mas, seu Antônio, com lágrimas nos olhos, foi logo explicando à dona da loja que só estava vendendo-os porque andava ruim da artrite e não conseguia mais cuidar desses bichinhos tão queridos dele. Todos ficaram alegres em saber que eram queridos, mas também tristes porque não veriam mais o seu querido dono. A vida de passarinho é muito complicada, diziam alguns dentro da gaiola.
A única recomendação do Seu Antônio era de que só vendessem os periquitos para crianças que soubessem cuidar bem deles.
E assim foi: a dona da loja fazia perguntas às crianças na hora da compra e, conforme via que sabiam como cuidar do bichinho, ela consentia na venda.
Numa tar


Aninha, a menina que levou a Julieta, tinha um bom coração e logo percebeu que seu periquito estava muito tristonho, e para distraí-lo fez muitas brincadeiras , cuidou da nova gaiola, e fez companhia ao que ela deu nome de Twitter, achando ser um macho da espécie. E ele nada de cantar, quietinho no seu novo poleiro, o tempo todo.
No dia seguinte, a irmã da Aninha, vendo o pássaro tão acabrunhado, foi à loja convencer a dona a vender uma companheira para o Twitter. Tal não foi sua surpresa quando o veterinário da loja explicou que o azulzinho era fêmea e que também tinham um macho que ficou muito quietinho quando ela foi vendida.
O macho era o N

Aninha, que não estava em casa, pois fora a um clubinho no sábado de manhã, quando chegou também deu pulos de alegria ao ver seu periquito com uma companheira. Assim ela resolveu trocar o nome que havia escolhido, para, adivinhem qual?
- Julieta e Nick!
Nenhum comentário:
Postar um comentário