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terça-feira, 29 de maio de 2012

O uso do palavrão

Há horas em que um nome feio bem aplicado alivia a tensão e traduz perfeitamente os nossos sentimentos de desconforto,  além de dar alívio à alma.
Outro dia, ouvi uma pessoa muito bem preparada intelectualmente, falar sobre o emprego do palavrão, como forma de expressão, lógico que sem cair na vulgaridade total. Ele falava assim  justamente porque muitos puritanos e desavisados teimam em dizer que o palavrão é pecado. Nem sempre, depende da intenção de ofender; contudo ele é sempre falta de educação ou de refinamento.

Existem pessoas que não conseguem falar uma frase completa, sem introduzir uns dois ou três nomes bem feios no meio. Isso realmente não é bom, não é simpático, nem educado. Por essas razões precisamos nos policiar, visto sermos educadores, e, como tal, não podemos nos dar ao luxo de sair falando o que quisermos, sob pena de sermos imitados.

Achamos horrível quando vemos alguém xingando - a todo o momento e em qualquer lugar – mas não reparamos muito ao soltarmos um nome inapropriado quando alguém nos dá uma fechada com o carro na rua, ou quando damos uma boa topada no pé da cama. Isso porque é mais fácil reparar nos outros do que em nossas falhas.

Lembro-me de ouvir uma história de uma mãe que corrigia sua filha em uma conversa, para que não falasse palavrões, pois era feio uma menina dizendo coisas grosseiras e chulas. No momento seguinte, como estavam no carro, o sinal fechou de repente e a mãe precisou frear de forma brusca, e não perdeu a deixa, soltando um grande palavrão, dos duplos! Dessa forma, esta mãe perdeu uma boa oportunidade de educar com seu próprio exemplo. Porém, não se intimidou, disse à filha, que se falou foi por já estar viciada, pois proferir xingamentos se torna um vício, e ela não queria tal coisa para sua filha. Saiu-se bem, mas nem sempre isso funciona. O ideal é darmos o exemplo, com as nossas atitudes, evitando ao máximo usar esses termos grosseiros em público e à vontade.

Hoje minha filha de 11 anos resolveu me perguntar sobre vários palavrões e seus significados, porque seu colega havia dito que alguns nem eram feios. Fui obrigada a falar claro, repetindo cada nome e seu significado. Tentei driblar um pouco, mas depois vi que era melhor eu lhe explicar que ela aprender na rua com amigos e de forma errada. Assim aproveitei para mostrar que fica muito feio uma jovem com um vocabulário tão pobre. E assim fiquei sabendo sobre sua "cultura" de palavrões,  e inclusive que ela é bilíngue, sabe também inglês!

3 comentários:

Patricia disse...

Formidável poder ter esse tipo de conversa com os filhos adolescentes(note que não os chamo de aborrecentes...fico triste ao vê-los assim caricaturizados).

O pitoresco dessa conversa foi saber que agora eles já estão aprendendo até os palavrões extrangeiros, ou melhor, bilíngues! Ká ká ká ká

Não conto o único que aprendi em inglês, porque minha mãe reclamava quando ouvia meu pai dizê-lo quando ficava MUUUUUUUUUITO ZANGADO com alguma coisa ou fato inesperado e "saía no automático!" Uma vezinha só, quando descobrí a "tradução para português"(aos 5 ou 6 aninhos) e saí falando,levei umas palmadas e daí, o único que consigo dizer, e claro, vem sempre sem premeditação, é o inofensivo e simpático "que DROGA" ao quase ser atropelada pelas bicicletas "voando pelas calçadas" ou quando caio por conta de calçadas mal pavimentadas. Fora esse, consigo ser uma "Lady"!

Liana Clara disse...

Sorte sua Patrícia! A garotada atualmente fala tanto palavrão que fica difícil colocar um freio.
Essas palavras grosseiras, tornam-se um verdadeiro vício. Depois de se habituar a falar, fica difícil parar.
Tenho uma amiga que contou que a mãe pra assustá-la, quando era pequena, dizia que o diabo ficava feliz toda vez que falava palavrão. Assim ela nunca falou nenhum, pra não alegrar o chifrudo. Cada um com seus costumes, né?

Mª Teresa disse...

Concordo com fato de poder se tornar um vício, mas que há horas em que alivia bastante, vamos confessar.

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