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quinta-feira, 31 de maio de 2012

A linguagem dos presentes - Quando começamos a envelhecer?

É muito simples: quando os cabelos começarem a fazer mechas sozinhos; quando reclamamos de uma dor aqui, outra ali; quando não achamos mais tanta graça nas festinhas dos amiguinhos dos nossos filhos; e... quando começamos a ganhar sabonetes de presentes.

Os presentes são uma boa forma para nos avaliar em vários aspectos das nossas vidas, principalmente quando são dados pelos mais chegados a nós: marido, filhos, genros e noras. Atenção aos indícios que chegam junto com o presente recebido!

Como estes mais chegados querem nos agradar, pensam muito antes de comprar algo pra nós, buscam ideias, e vão comprar algo que nos seja útil e agradável. Quando chegam com flores, sabem que vão nos encantar e trazer um lindo sorriso aos nossos rostos.  As roupas são presentes desafiadores: se pequenas, mostram o quanto engordamos e não reparamos, ou até é um alerta para nos cuidarmos melhor; caso venham grandes demais, mostram que nos veem meio largadas, sem muita definições nas nossas formas. Algumas nos rejuvenescem, mas há aquelas que nos fazem pensar que nos enxergam com oitenta anos. E por aí segue a linguagem dos presentes...

Contudo, quando ganhamos sabonetes, líquidos ou sólidos, ou ambos, aí a coisa está séria. Ou foi porque temos tudo e não sabem mais o que nos dar, ou porque estamos envelhecendo, nem que seja por dentro, e os outros já não conseguem mais nos imaginar usando outras coisas que não sejam o básico para nossa higiene pessoal.

Lembro que sempre fazia assim, na hora de comprar os presentes de Natal, escrevia uma lista com os nomes das pessoas e as ideias do que dar ao lado de cada um. E na hora da tia idosa, ou uma amiga de idade avançada, lá ia a palavrinha mágica dos presentes: sabonetes! Até caprichava na marca, nos cheiros, mas acabava sempre nele ou num talquinho ( pior ainda)!!
Hoje, com um pouco mais de tempo passado para mim, vejo o quanto  é importante presentes mais duradouros, como a lembrança que devem deixar. Receber só coisas descartáveis faz sentir um vazio cheio de descartáveis.

Vamos, então, cuidar melhor da aparência, para por em evidência o quanto ainda estamos vivos, com que intensidade apreciamos a vida, que a alma continua  jovem. Para transmitir essa mensagem, vamos usar coisas mais modernas, como diria uma tia velhinha: “o sapatinho da moda”, uma roupa mais elegante, a pele bem cuidada. Claro que tudo dentro do bom senso, com bom gosto.  Para quem gosta de viver e se faz jovem, até "post it" diferentes serão uma boa opção para nos dar.

4 comentários:

Patricia disse...

Será que alguém lembra de dar um DICIONÁRIO em idioma estrangeiro,para ajudar a entender uma ou outra expressão difícil no idioma que sabe é o que gostamos mais de aprender, mesmo já tendo os neurônios mais cansadinhos... ou até uma gramática brasileira ATUALIZADA para podermos nos corrigir já lá pela 3ª troca de ortografia?

Não é coisa de 'nerd', não...quantas CANÇÕES LINDAS ainda não entendemos completamente pela falta de conhecimento do sifnificado dos sentimentos expressados pelo compositor? Digo isso como IDÉIA DE PRESENTE para os que já vivemos bastante, mesmo antes de chegarmos aos oitenta ou mais, pois então, a vista já estará mais cansada e não poderemos aproveitar tanto essa lembrança "letrada", rsss

Eu adorei descobrir o que significa a palavra "comenos"...não é ligada à comida! Quase nenhum dicionário dos mais populares contém esse verbete, no mínimo, estraaaaaaaanho...Para matar a curiosidade dos que nunca leram a expressão "neste comenos" ela significa o mesmo que "neste ínterim"...esquisitinho né? Sem o presente recebido no aniversário, já faz uns anos, eu não poderia ter saído da sinuca em que me via, durante um trabalho de VERSÃO de português para espanhol.

Liana Clara disse...

Taí, Patricia, um presente que nunca lembrei de dar nem de pedir pra ganhar: um dicionário!! Já ganhei um curso de francês para iniciante, on line. Rsrsrsrs

Mª Teresa disse...

Acho que, pelo que tenho visto e lido por aí, uma cartilha já viria a calhar... E depois, uma gramática fazendo duplo presente com um manual de boas maneiras, o que acham? rsrsrs

Patricia disse...

Imagino que com o dicionário, mais o curso on-line de idiomas, mais a cartilha do beabá e o manual de boas maneiras,pra virar uma verdadeira "letrada", só faltou a TABUADA!

Essa tão esquecida na era pós calculadora, ainda faz falta para aquela multiplicaçãozinha de última hora, que muitas vezes a memória teima em não nos revelar, rsssss

Em tempo: eu tinha um irmão brilhante, que se radicou nos EEUU, trabalhando em várias Universidades como professor,Doutor em Engenharia Mecânica e Matemática Pura e Aplicada,uma época, desenvolvendo projetos para construção de foguetes defensivos na NASA, e que me dizia: "não é certo a gente só contar com equipamentos para solucionar problemas, mas é preciso ter a TABUADA na ponta da língua em primeiro lugar"!

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