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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo ou um Final de Ano Feliz?

Por Maria Teresa Serman

Nesta época de corrida desenfreada para dar conta das comemorações, compras e preparativos, sempre com a sensação de que não conseguiremos fazer aquilo a que nos propusemos dentro do prazo, estamos com a mente e o coração - mais o segundo do que a primeira - já no novo tempo.

É a fase dos conhecidos e "reciclados" projetos e intenções para o ano iniciante, aqueles que acabamos por não cumprir, principalmente porque fazemos uma lista inexequível, devido à extensão da mesma, não tanto pela dificuldade na execução. Se enfileiramos metas demais, isso nos vai assustar, não estimular. Poucas (pouquíssimas) e significativas ambições serão mais produtivas e menos assustadoras, podem crer.

Contudo, essa expectativa pelo futuro pode sufocar o presente, e não damos o merecido valor aos últimos momentos do ano que se finda. Passamos por ele como por um túnel, cujo fim se anseia por vislumbrar, sem aproveitar o passeio e prestar atenção aos que vão na mesma condução. Muito se come e se bebe, há muita risada e papo superficial, nenhuma profundidade.

Dirão alguns que comemorações de fim de ano são assim mesmo, superficiais e velozes, mas pessoalmente não gosto de ir de acordo com o fluxo, sem pensar, só no GPS. Se não aprofundamos, pelo menos um pouco, não extraímos do tempo, geral e particularmente, o que ele tem a nos dar. Assim é com o Natal; assim será com o Ano Novo. Por que não analisar o que está indo embora, mas cujo resíduo permanecerá conosco, como todos os anteriores em nossa vida, antes de nos precipitarmos em projetos para 2012?

Que tal pensar: o que fiz de produtivo este ano? Consegui ser mais generosa, paciente, alegre? Tentei tornar o ambiente do lar, do trabalho, da vida em geral que levo, junto aos que Deus pôs a meu lado, mais feliz e santo? Ajudei os demais a se tornarem melhores, percebendo que não posso avançar sozinha, egocentricamente?

Pode parecer piegas; porém, traz sensíveis benefícios analisar-se periodicamente, e em especial no fim de uma etapa da vida, um ciclo que não se fecha, mas continua em outro. Aí podemos dizer com certeza:
Feliz Ano Novo, melhores dias virão!

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