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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O NATAL DA MULHER(2)

Por Maria Teresa Serman

Depois de preparar bem a confissão – o que significa fazer um bom exame de consciência antes e anotar os pontos de confissão, para não perder tempo nem fazê-lo perder ao sacerdote, nesta época de tantos atendimentos -, podemos nos concentrar no seguinte, que é abrir o coração aos mais carentes, crianças e idosos, os que mais se assemelham a Ele, por sua dependência. Reservar, também, um carinho especial aos que estão perto de nós, que nos auxiliam nos trabalhos domésticos e profissionais. Devemos nos esmerar no trato e na generosidade para com estes.

E as relações conjugais, filiais, fraternas, como aproveitar para melhorá-las, dar-lhes vida nova, esta vida que nos veio de Belém? Podemos cuidar dos pequenos detalhes de sempre com carinho redobrado, e ainda inovar, buscar novas oportunidades de amar, possibilidades latentes por que passamos distraídos. Qual a característica de cada um ao nosso redor? De que ele ou ela precisa? Como posso lhe dar mais alegria, trazer-lhe mais paz, amaciar o seu caminho? Qual a especial demonstração de meu amor que lhe oferecerei neste natal? O que o Menino Jesus deixou reservado comigo para este, ou para esta?

Se for difícil lembrar e fazer, podemos elaborar um a pequena lista e consultá-la ao longo desse tempo. Lista útil e mais importante do que a do shopping ou do mercado. Lista que não precisa ter itens caros demais, mas coisas simples, pequenos e singulares atos de carinho, embrulhados num sorriso, num abraço, em beijos que muitas vezes economizamos; em ouvir, em servir, sem esperar retribuição ou cobrar equivalência. O amor pode sugerir; contudo, perde seu brilho quando cobra retorno.

Nós nos valorizamos na proporção exata da profundidade do nosso amor. Ele é que nos torna jóias preciosas, de preço inestimável. Não são os outros que devem nos dar valor, mas nós mesmas aos olhos de Deus, desse Deus-Menino, tão poderoso quanto indefeso, que desse modo nos aponta o mistério segundo o qual Aquele que mais vale é tão desprezado. O mistério do Seu nascimento obscuro ser anunciado pelos anjos a uns humildes pastores, porém ignorado pelos ricos e poderosos.

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