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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Champanhe, espumante e prosecco - vamos celebrar!

Por Maria Teresa Serman

Primeiro é preciso diferenciar champagne de espumante: o nome de champagne é esclusivo da região de Champagne, no nordeste da França, de solo calcário, clima mais frio, com uvas de teor de ácidos mais alto. Já os vinhos espumantes são, basicamente, aqueles que contêm gás carbônico: apresentam farta espuma ao ser servidos e bolhas que perduram no copo (perlage). Quando as bolhas são em menor número e a espuma inicial não é tão evidente, o vinho pode ser apenas frisante.

Na Champagne, só são produzidos vinhos de safra em anos considerados excelentes pelas condições de clima. Disso, consequentemente, deriva a excepcional qualidade das uvas colhidas.

Além dos espumantes brancos, a maioria, também há espumantes rosados e tintos. Os espumantes rosés são muito apreciados e têm uma peculiaridade: são os únicos vinhos rosados a serem elaborados por mistura de vinhos tintos com brancos. Em geral são mais intensos ao paladar, com maior corpo e acidez que seus similares brancos, sendo muito indicados para acompanhar refeições. Gelados, são leves e deliciosos, e servem de aperitivo.
O espumante mais seco é chamado "très brut"; e em sequência, brut e demi-sec. O primeiro tem menos de seis gramas de açúcar por litro; o segundo, grau inferior a 15 gramas por litro.

O Prosecco é feito de uma casta de uva branca específica, originária da região do Veneto, Itália. O prosecco mais famoso é o de Valdobbiadene. Inclue-se na categoria dos espumantes.

O champagne - ao contrário do que se diz comumente, é um nome masculino, pois é UM vinho - nem sempre foi sinônimo de alegria e celebração. Até 1700, as bolhinhas eram consideradas um defeito que se tentava eliminar. Foi Dom Pérignon, monge francês que se tornou nome de uma marca famosa, que conseguiu melhorar o champanhe com o processamento separado de uvas de diversas regiões, para depois então misturar todos os componentes em uma bebida final. Ele tentou eliminar a perlage; porém, já no fim do século 19, o vinho estava consagrado como espumante e obrigatório em comemorações diversas, até em batismo de navios.

Há dois métodos principais de se fazer o champagne:
- o de champenoise, clássico ou tradicional (esta denominação só pode referir-se ao champagne da região de mesmo nome): realiza-se a segunda fermentação, segundo invenção do já citado D. Pérignon. Este é o método utilizado para a produção do autêntico champagne, também sendo empregado em outros espumantes de qualidade superior. O método consiste principalmente numa dupla fermentação do mosto, primeiro em tanques, e o segundo nas garrafas, em adega, fazendo o remuage regularmente.
No momento de engarrafar o vinho básico assim obtido, é acrescentado um composto de fermentos e cerca de 24g de açúcar por litro de vinho.
Isso provocará a última fermentação e é esta segunda fermentação que vai originar as bolhas de dióxido de carbono. A garrafa então é definitivamente tampada.

-Método Charmat

O nome foi patenteado pelo francês Eugene Charmant, que não foi seu inventor, e sim o enólogo italiano Frederico Martinotti. É um método mais moderno e econômico que o Método Champenoise para criar gás carbônico nos espumantes. O vinho é submetido à segunda fermentação em tanques de aço inoxidável (em vez da própria garrafa) e é engarrafado sob pressão. O processo é similar ao do fabrico de refrigerantes, diferindo deste na medida em que o gás carbônico do espumante é produzido na dupla fermentação, enquanto o do refrigerante é simplesmente adicionado.
Seja qual for a classificação do espumante, o que se quer é celebrar. Salut!

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