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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Cumprimentos Adequados (ou não)

Por Maria Teresa Serman

Não sei se acontece com vocês, mas recebo vários telefonemas, principalmente de pessoas jovens, que se iniciam de modo confuso: quem deve dizer "alô" é quem atende, e não quem liga, pois se não acontece assim, prepare-se para uma sequência interminável de "alôs". Aquele ou aquela que liga deve responder ao sinal (o "alô") de quem atende com "Por favor, poderia falar com a fulana?" ou "Por gentileza, o fulano está?", e não repetir... "Alô?"

Vejamos outro modismo sem sentido: "Ele(ou ela) não se encontra." Não sei quem concebeu esta bobagem que todos vêm repetindo como se fosse muito criativo. A pessoa simplesmente "Não está." Por que "Não se encontra"? Alguém foi procurar? Estão brincando de esconde-esconde?

Outro ponto delicado é o beijo como saudação democrática e universal. Há vários perigos, o terreno é delicado. Há que se levar em consideração a hierarquia: quando pessoas que trabalham juntas se encontram em ambiente social, deve partir daquele ou daquela de posição ou cargo mais alto a iniciativa de beijar ou apenas apertar a mão. Também devem ser as mulheres que decidem se querem esse tipo de cumprimento, não os homens.

E é preciso estar muito atentos ao costume de pessoas de outros países em que o beijo decididamente está fora, e até mesmo o aperto de mão. Japoneses, por exemplo, limitam-se a curvar-se respeitosamente, no que devemos retribuir com o mesmo ar solene. Nada de intimidades brasileiras mascaradas de simpatia! Tal atitude pode custar um bom negócio e dificultar futuros contatos.

Quanto aos gripados, por favor, fiquem em casa ou guardem distância saudável dos que vão saudar. É muito desagradável que uma pessoa, depois de beijar-nos, venha fazer a sincera e constrangedora declaração, geralmente acompanhada de espirros e fungadelas, de que está "...terrivelmente gripado, só vim por consideração a vocês!" Obrigada, mas consideração mesmo é não contaminar os outros.

Para finalizar por hoje - o assunto é extenso, continuaremos posteriormente -, quando apresentar ( ou reapresentar, no caso) uma pessoa a outra, pelo amor dos seus filhinhos, NUNCA faça este suspense clichê: Olha quem eu encontrei, você se lembra dela? Geralmente faz séculos que a pobre interrogada não vê esta, isso se não a tiver conhecido ainda de fraldas e a dita já estiver no mestrado. Este é o método mais seguro de deixar duas pessoas, como dizia minha avó, numa sinuca de bico. Traduzindo, numa situação tremendamente desagradável.

2 comentários:

Ricardo Milosevic disse...

As mulheres que neste ponto são mais sem vergonhas e vem beijar os homens, mesmo os casados sem que tenhamos como impedir.

Liana Clara disse...

Olha Ricardo não é questão de ter vergonha ou não e sim de falta de educação. Tanto homens como mulheres muitas vezes não sabem seus limites e cometem estes erros de falta de educação.

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