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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Comer e beber e o resto que se dane!

Por Maria Teresa Serman

O fim do ano faz a felicidade financeira - só contabilizada no início do próximo - de nutricionistas, endocrinologistas e cirurgiões hepáticos. Haja dieta e transplante de fígado para sanar os efeitos calamitosos das comemorações nessa época! Todos comem e bebem como se não houvesse amanhã, e este chega, junto com as broncas dos médicos e a conta na farmácia.

Mencionada a saúde física, que tal nos concentrarmos na espiritual? As comemorações de fim de ano, que devem ser alegres e comunitárias, não podem prescindir do tempero bem dosado de um exame de consciência mais acurado, de uma avaliação deste tempo que se encerra, para já abrir-se outro que exigirá e trará novos desafios.

Não se trata de elaborar, mentalmente ou por escrito até, as famosas listas de intenções para o ano vindouro, listas estas que geralmente tem um fim anunciado: a lata de lixo da memória e a literal. Muitas resoluções acabam por assustar a alma, pois o ser humano não pode se sentir muito pressionado, senão sai correndo. E foge de si mesmo, escondendo-se na rotina segura, mas aburguesada do "deixa ficar assim que está bom".

Poucas e precisas metas são essenciais para progredirmos na vida, de preferência que comprometam as áreas mais importantes: o próprio jeito de ser - sorrir mais, agradecer, procurar mais intimidade com Deus, pedir a Ele pelos outros e pelas intenções pessoais; o convívio familiar - aproveitar melhor os momentos em família, conversando, ouvindo muito, compreendendo, ajudando, rindo e brincando em vez de reclamar e criticar; o trabalho - trabalhar com mais diligência, (não esquecendo de oferecer ao Pai cada tarefa, estudando e se aprimorando na profissão, seja esta dentro ou fora do lar.

É tempo de "paz na terra aos homens de boa-vontade". Essa vontade positiva deve ser a marca do novo, que não precisa esperar pelo calendário, mas pode começar já, imediatamente. "Agora recomeço", a cada instante, a cada situação, desafio, tropeço ou queda. Vamos mudar o paradigma de "ano novo, vida nova" para vida renovada já! Esperar para quê?

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