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sábado, 15 de maio de 2010

Família – Laboratório para a vida

Estive pensando como aprendemos com a vida em família, pois, a todo o momento, nos deparamos com situações diferentes e que temos que decidir entre duas coisas, ambas quase sempre boas, e se faz necessário optar.

De fato, temos em casa temperamentos diversos e pessoas pensando e agindo de forma bem diversa umas das outras e isso faz com que, com o passar dos anos de convivência, tenhamos aprendido muitas virtudes que fazem parte do relacionamento humano.

Minha mãe dizia: “ Quanto maior a Nau maior a tormenta”. “ Quanto maior a família maiores as possibilidades de aprender a virtude da convivência”, digo eu. Seria o oposto do que alerta o ditado popular, pois, nesse caso, a grande Nau é a família numerosa e a tormenta, no caso da família, os obstáculos que aproveitamos para desenvolver as virtudes. Algo muito bom que nos prepara para enfrentar a vida fora do lar.

É claro que toda família, tenha o tamanho que tiver, poderá transformar cada momento em aprendizado para a vida lá fora. Um filho ou filha criado com muita proteção, muito mimo, suprindo todas as necessidades, da mais básica a mais complexa, será um ser humano sem fortaleza, sem fibra para agüentar os trancos que receber no mundo “fora lar”.

Já um filho criado com muito carinho, mas que é cobrado, é requisitado para colaborar nas atividades de casa, será mais forte diante das controvérsias da vida.

Pegar um copo de água na geladeira; limpar o banheiro que molhou após o banho; guardar seus pertences que estiverem espalhados sobre os móveis da casa; tirar seu prato da mesa; ajudar um irmão mais novo com seus deveres; deixar o bife maior para o pai que trabalhou muito o dia inteiro, comer também o que não gosta, mas que faz bem à saúde; ter horário para dormir e levantar; ir para a escola mesmo com chuva e frio; tudo isso faz parte deste aprendizado para a vida extra lar. E só em casa, em uma família, poderemos ter esse aprendizado.

O casal, quando inicia a vida em comum, normalmente não tem idéia da responsabilidade que assume, ou melhor, deveria assumir, que é dar a este novo núcleo condições de criar seus futuros filhos e membros desta mesma família, com virtudes para enfrentar a vida futura fora do ninho. E também, muitas vezes não imagina o mal que causa a estes novos seres, produtos deste amor, quando os deixam desassistidos, quando a mãe vai para um lado e o pai para outro, transformando esta família em frações, onde cada um pensa mais em si do que no todo que um dia construiu.

Depois nos perguntamos porque a sociedade vai tão mal, com tantos problemas. A resposta está em cada um de nós: devemos examinar o que estamos fazendo com nossas famílias, pois este será o retrato da nossa sociedade.

Um comentário:

Angelica disse...

Concordo plenamente, a família prepara para a vida. Mas tem família que também desprepara. Deixa a pessoa errada na vida

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