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domingo, 29 de novembro de 2009

Lí por aí (3) - O SENTIDO DO BELO

Neste tópico colocaremos variedades interessantes que encontramos nas buscas pela internet.Coisas que de alguma forma possam acrescentar algo as famílias.

Texto retirado do Tatarana

Não me admira que o homem atual sinta uma atração especial pelo mórbido, pela aberração, pelo feio. A síntese dessa realidade é, a meu ver, o Funk, erigido a “patrimônio cultural” do Rio de Janeiro. Sinceramente, eu não sei o que é pior no Funk, se é a “melodia” from hell, ou se é a letra, uma espécie de “mantra” de sexo e violência.
Ponta Seixas, extremo oriente das Américas

Ponta Seixas, extremo oriente das Américas

O homem moderno perdeu o sentido do belo a partir do momento em que passou a instrumentalizá-lo como forma de dominação ou de transformação social e ideológica. A beleza começa ser destruída com Nietzsche, esvaziando-a do seu sentido ontológico quando afirma que o belo não está nas coisas, já que o próprio homem o produz para dar as coisas e assim empobrecer-se. É auto-engano do homem.

São conhecidos os pensadores que quiseram utilizar-se do belo como forma de revolução social, como Gramsci, que propôs a utilização das artes para implantação do comunismo.

A arte moderna, a partir do momento em que, numa revolta quase adolescente, quis se libertar de qualquer “regra”ou proporção de estética, caiu no abismo do caos e do non sense. Em vários campos da arte (música, pintura, escultura, etc) abstrações que marcam o triunfo do disforme e do informe são tidas como obras-primas pelos especialistas. Mas o homem simples, desprovido da “sabedoria dos intelectuais da cidade” percebe que se trata de autêntica feiúra, mais ou menos como na fábula em que um menino grita que o rei estava nu.

Ocorre que a beleza possui uma dimensão ontológica. Assim, um dos elementos estruturais da beleza classicamente consiste na forma. A obra de arte é sempre e apenas uma obra demiúrgica, imprimindo forma ao informe, tirando do caos o cosmos em que brilha o logos. Para os gregos, a arquitetura, a escultura e a cerâmica baseavam-se em cânones que constituíam uma regra de perfeição essencial e podiam ser expressos com exatidão por meio de números e proporções.

Os gregos consideravam inseparáveis o belo do bem, o que sintetizavam pela palavra “Kalokagathia” (καλοκαγαθία), conceito grego derivado da expressão kalos kai agathos (καλός καi αγαθός), que significa literalmente belo e bom, ou belo e virtuoso Por outro lado, Konrad Lorenz afirma que “a familiaridade com o belo é um ótimo antídoto contra a opinião equivocada (…) de que só é real o que pode ser definido com exatidão e quantificado”.

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