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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Saber envelhecer – é uma arte, para os homens e para as mulheres

A coisa mais natural do mundo é que tudo que nasce um dia envelhece e morre. E conosco não é diferente. Mas o fato de envelhecer causa certa ojeriza aqueles que não conseguem lidar com certas coisas que o envelhecimento trás: Como as dores reumáticas, a perda da memória atual, a agilidade física, e muitas outras que fazem parte do “pacote velhice”.

Evitamos pensar nessa realidade e isso pode nos levar a surpresas desagradáveis e achar tudo muito difícil e pesado. O ideal seria desde cedo nos preparamos para ela, e descobrir que mesmo na pior situação física o idoso terá o seu valor, passando suas riquezas acumuladas com o passar dos anos. E o maior testemunho que dá é o do sentido que deu a sua vida.

A velhice é um aprendizado também para os que convivem com o ancião. Não basta aprender a suportar as limitações do outro, é preciso saber amar apesar das limitações. E isso é uma verdadeira arte. Este amor será firmado pelo cuidado físico, pela atenção que se dá e no tempo que gastamos com o idoso. Com caras alegres, e muita paciência.

Quando vivemos cientes de que um dia também ficaremos velhos, vamos lutando contra os nossos vícios e defeitos para não nos tornarmos aquela pessoa cansativa e desagradável que só vê amargura pela frente e reclama de tudo por melhor que seja. São os famosos “de mal com a vida” que conhecemos por aí.

Eu hoje recebi um email com uma oração que achei bem interessante e de forma brincalhona vai dizendo umas boas verdades a nós. Só não concordo com seu finalzinho onde diz que é difícil conviver com os santos. Tenho certeza de que os "santos mesmo" são pessoas que atraem gente para si, estejam em que época da vida que estiverem.
Coloco abaixo a oração, não conheço a autoria, mas vale a pena ser lida:
Oração de quem descobre que está envelhecendo.

Ó Senhor, tu sabes melhor do que eu que estou envelhecendo a cada dia. Sendo assim, Senhor, livra-me da tolice de achar que devo dizer algo, em toda e qualquer ocasião. Livra-me, também, Senhor, deste desejo enorme que tenho de querer pôr em ordem a vida dos outros.

Ensina-me a pens
ar nos outros e a ajudá-los, sem jamais me impor sobre eles, mesmo considerando com modéstia a sabedoria que acumulei e que penso ser uma lástima não passar adiante. Tu sabes, Senhor, que desejo preservar alguns amigos e uma boa relação com os filhos, e que só se preserva os amigos e os filhos quando não há intromissão na vida deles.

Livra-me, também, Senhor, da tolice de querer contar tudo com detalhes e minúcias e dá asas à minha imaginação para voar diretamente ao ponto que interessa. Não me permita falar mal de alguém. Ensina-me a fazer silêncio sobre minhas dores e doenças.Elas estão aumentando e, com isso, a vontade de descrevê-las vai crescendo a cada ano que pa
ssa.

Não ouso pedir o dom de ouvir com alegria a descrição das doenças alheias; ser
ia pedir muito. Mas, ensina-me, Senhor, a suportar ouvi-las com paciência. Ensina-me a maravilhosa sabedoria de saber que posso estar errada em algumas ocasiões.Já descobri que pessoas que acertam sempre são maçantes e desagradáveis.

Mas, sobretudo, Senhor, nesta prece de envelhecimento, peço: Mantenha-me o mais amável possível. Livrai-me de ser santa. É difícil conviver com santos!
Mas uma velha rabugenta, Senhor, é obra prima do diabo! Poupe-me, por misericórdia. E proteja-me contra os mal intencionados.... Assim seja!

Um comentário:

João Felipe disse...

A oração é muito bonita, mas concordo que o trecho "Livrai-me de ser santa" ficou sem sentido numa conversa com Deus. Também podemos ser santos no final da vida, quando, aparentemente, não nos resta muita coisa a fazer.

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